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TCC - CONFORTO TÉRMICO

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1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA 
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELA CAMILA RODRIGUES FREITAS 
PATRICIA ANGELIM NUNES 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DO CONFORTO TÉRMICO EM PROTÓTIPOS DE 
EDIFICAÇÕES COM UTILIZAÇÃO DA MANTA FLEX FOIL E DA MANTA DE CAIXAS 
TETRA PAK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2019 
2 
 
DANIELA CAMILA RODRIGUES FREITAS 
PATRICIA ANGELIM NUNES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DO CONFORTO TÉRMICO EM PROTÓTIPOS DE 
EDIFICAÇÕES COM UTILIZAÇÃO DA MANTA FLEX FOIL E DA MANTA DE CAIXAS 
TETRA PAK 
 
 
Trabalho de conclusão de Curso apresentado à 
coordenação do Curso de Engenharia Civil do Centro 
Universitário Santo Agostinho como requisito parcial a 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Esp. Ítamo Miguel Batista de Araújo 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2019 
3 
 
 
DANIELA CAMILA RODRIGUES FREITAS 
PATRICIA ANGELIM NUNES 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DO CONFORTO TÉRMICO EM PROTÓTIPOS DE 
EDIFICAÇÕES COM UTILIZAÇÃO DA MANTA FLEX FOIL E DA MANTA DE CAIXAS 
TETRA PAK 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de Curso apresentado à 
coordenação do Curso de Engenharia Civil Do Centro 
Universitário Santo Agostinho como requisito parcial a 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. 
 Data de aprovação: ___/___/____ 
 
 
 
 
 
____________________________________________ 
Prof. Esp. Ítamo Miguel Batista de Araújo 
Centro Universitário Santo Agostinho 
 
 
 
____________________________________________ 
Prof. Esp. Maércio Vasconcelos 
Centro Universitário Santo Agostinho 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus pelo dom da vida e por termos conseguido terminar esse trabalho. 
E agradecemos ainda, aos nossos pais e amigos pelos incentivos e apoio, ao nosso orientador Ítamo 
Miguel Batista de Araújo pela paciência e apoio para conosco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
 
FREITAS, R. C. D; NUNES, A. N. Análise Comparativa do Conforto Térmico em Protótipos de 
Edificações com Utilização da Manta de Alumínio e da Manta de Caixas de Tetra Pak. p. 
Monografia (Graduação em Bacharelado em Engenharia Civil) – Centro Universitário Santo 
Agostinho: UNIFSA, 2019. 
Os equipamentos condicionadores de ar tornaram-se itens indispensáveis atualmente, porém um dos 
efeitos da sua larga utilização é o alto consumo de energia elétrica que para ser produzida demanda 
grandes investimentos que afetam o meio ambiente e para ser consumida demandam uma grande 
quantia monetária dos usuários. Diante dos problemas expostos têm-se notado uma grande 
movimentação de estudos e investimentos em novas tecnologias e reutilização de materiais que visam 
reduzir o consumo de energia e proporcionar a indivíduos que não possuem acesso a ares-
condicionados um ambiente confortável termicamente, um desses novos produtos são as mantas 
térmicas reflexivas. No presente trabalho será abordado a utilização de duas mantas térmicas 
reflexivas, a flex foil e uma manta confeccionada através de caixas tetra pak, estas serão aplicadas 
em 2 (dois) protótipos de edificações, onde será feito o comparativo de conforto térmico entre os 
ambientes utilizando-se de 3 (três) tipos de coberturas diferentes, a primeira de telha cerâmica, a 
segunda telha de fibrocimento e a última a telha de aço zincada, observando o comportamento térmico 
do ambiente através da utilização das 2 (duas) mantas diante dos 3 (três) materiais utilizados na 
cobertura. 
 
Palavras-chave: conforto térmico, mantas térmicas, cobertura, sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
 
FREITAS, R. C. D; NUNES, A. N. Comparative Analysis of Thermal Comfort in Building 
Prototypes Using Aluminum Blanket and Tetra Pak Box Blanket. p. Monography (Undergraduate 
Degree in Civil Engineering) - Centro Universitário Santo Agostinho: UNIFSA, 2019. 
 
Air conditioning equipment has become indispensable items today, but one of the effects of its wide 
use is the high consumption of electric energy that to be produced demands large investments that 
affect the environment and to be consumed demand a large monetary amount of the users. In view of 
the above problems, there has been a great movement of studies and investments in new technologies 
and reuse of materials that aim to reduce energy consumption and to provide individuals who do not 
have access to air conditioning a thermally comfortable environment, one of these new products are 
the reflective thermal blankets. In the present work the use of two reflective thermal blankets, the flex 
foil and a blanket made by tetra pak boxes will be approached, these will be applied in two (2) 
prototypes of buildings, where comparative thermal comfort will be made between the environments 
using (3) different types of coverings, the first of ceramic tile, the second asbestos cement tile and the 
last one the galvanized steel tile, observing the thermal behavior of the environment through the use 
of the 2 (three) materials used in the coverage. 
 
Key words: thermal comfort, thermal blankets, coverage, sustainability. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 Telha Brasilit (A), Telha Fibrotex (B) e Telha Kalhetão 90 (C) ...................................... 19 
Figura 2 Mapa das zonas bioclimáticas brasileiras .......................................................................... 20 
Figura 3 Dados de algumas cidades brasileiras ................................................................................ 20 
Figura 4 Estratégias de condicionamento térmico passivo para a Zona Bioclimática 7 ................ 21 
Figura 5 Camada das embalagens Tetra Pak.................................................................................... 29 
Figura 6 Protótipos de residências de alvenaria de tijolo cerâmico, cobertura de telhas de 
fibrocimento e a abertura frontal de 38,00x31,00cm........................................................ 31 
 Figura 7 Protótipos de residências de alvenaria de tijolo cerâmico, cobertura de telhas 
 cerâmicas abertura frontal de 38,00x31,00cm..................................................................32 
Figura 8 Caixas de Tetra Pak utilizadas para a confecção da manta. ............................................. 32 
Figura 9 Painel das caixas Tetra Pak. ................................................................................................ 33 
Figura 10 Termohigrômetro. .............................................................................................................. 33 
Figura 11 Termômetro de contato ...................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak instaladas 
em cobertura de telha de fibrocimento no dia 02 de maio de 2019 ................................. 35 
Gráfico 2 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a telha 
de fibrocimento no dia 04 de maio de 2019 ...................................................................... 36 
Gráfico 3 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a 
telha de fibrocimento no dia 05 de maio de 2019.............................................................. 37 
Gráfico 4 Comparativo entre as médias diárias da temperatura de contato das mantas Tetra Pak e 
Flex Foil sob o telhado de fibrocimento ............................................................................. 37 
Gráfico 5 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta Tetra Pak e Flex 
Foil com a cobertura de telha de fibrocimento em relação à temperaturaambiente 
externa no dia 02 de maio de 2019. .................................................................................... 38 
Gráfico 6 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta tetra pak e flex 
foil com a cobertura de telha de fibrocimento em relação à temperatura do ambiente do 
local no dia 04 de maio de 2019. ....................................................................................... 39 
 Gráfico 7 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta Tetra Pak e Flex 
Foil com a cobertura de telha de fibrocimento em relação à temperatura ambiente 
exterior no dia 05 de maio de 2019.................................................................................40 
Gráfico 8 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a telha 
cerâmica no dia 11 de maio de 2019..............................................................................41 
Gráfico 9 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a telha 
cerâmica no dia 12 de maio de 2019. ................................................................................ 42 
 Gráfico 10 Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a telha 
de cerâmica no dia 14 de maio de 2019. ........................................................................... 42 
 Gráfico 11 Comparativo entre as médias diárias da temperatura de contato das mantas Tetra Pak e 
Flex Foil sob o telhado cerâmico ...................................................................... ................43 
Gráfico 12 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta tetra pak e flex 
foil sob a telha cerâmica em relação à temperatura do local no dia 11 de maio de 2019
 ............................................................................................................................................. 44 
Gráfico 13 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta tetra pak e flex 
foil sob a telha cerâmica em relação à temperatura do local no dia 12 de maio de 2019
 ............................................................................................................................................. 44 
 Gráfico 14 Comparativo entre a temperatura ambiente dos protótipos com manta Tetra Pak e Flex 
Foil sob a telha cerâmica em relação à temperatura do local no dia 14 e maio de 2019.
 ............................................................................................................................................. 45 
Gráfico 15 Comparativo entre as médias diárias da temperatura ambiente das mantas Tetra Pak e 
Flex Foil sob o telhado de fibrocimento..........................................................................46 
Gráfico 16 Comparativo entre as médias diárias da temperatura ambiente das mantas Tetra Pak e 
Flex Foil sob o telhado cerâmico.....................................................................................46 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a telha 
de fibrocimento, no dia 2 de maio de 2019. ............................................................ 35 
 
Tabela 2 Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a telha 
de fibrocimento, no dia 4 de maio de 2019 ............................................................. 36 
 
Tabela 3 Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a telha 
de fibrocimento, no dia 5 de maio de 2019 ............................................................. 37 
 
Tabela 4 Dados obtidos com a aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a 
 telha de fibrocimento, no dia 2 de maio de 2019. ................................................... 38 
 
Tabela 5 Dados obtidos com a aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a 
 telha de fibrocimento, no dia 4 de maio de 2019 .................................................... 39 
 
Tabela 6 Dados obtidos com a aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a 
 telha de fibrocimento, no dia 5 de maio de 2019 ..................................................... 40 
 
 Tabela 7 Aferição do termômetro de contato nos protótipos com a cobertura de telha de 
cerâmica, no dia 11 de maio de 2019.....................................................................41 
 
Tabela 8 Aferição do termômetro de contato nos protótipos com a cobertura de telha de 
cerâmica, no dia 12 de maio de 2019 ....................................................................... 41 
 
Tabela 9 Aferição do termômetro de contato nos protótipos com a cobertura de telha de 
cerâmica, no dia 14 de maio de 2019 ....................................................................... 42 
 
 Tabela 10 Aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a telha cerâmica, no 
dia 11 de maio de 2019...........................................................................................43 
 
 Tabela 11 Aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a telha cerâmica, no 
 dia 12 de maio de 2019 ............................................................................................. 44 
 
 Tabela 12 Aferição do termômetro de ambiente nos protótipos com a telha cerâmica, no 
 dia 14 de maio de 2019............................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
0 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 
1.1 Tema ....................................................................................................................................... 12 
1.2 Problema de Pesquisa .......................................................................................................... 14 
1.3 Hipóteses ................................................................................................................................ 15 
1.4 Objetivos ............................................................................................................................... .15 
1.4.1 Objetivo Geral ....................................................................................................................... 15 
1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................ 15 
1.5 Justificativa ........................................................................................................................... 15 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 17 
2.1 Cobertura ..................................................................................................................... ........17 
2.1.1 Telhas Cerâmicas .............................................................................................................. .18 
2.1.2 Telhas Onduladas de Fibrocimento .................................................................................. 18 
2.2 Conforto Térmico............................................................................................................ 19 
2.3 Sustentabilidade na Construção Civil........................................................................... 22 
2.4 Manta térmica de Alumínio............................................................................................25 
2.5 Manta térmica de Tetra Pak.......................................................................................... 28 
3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 30 
3.1 Procedimentos Metodológicos ............................................................................................30 
3.2 População e Amostra .......................................................................................................... 30 
3.3 Procedimentos de coleta de dados..................................................................................34 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... .35 
4.1 Análise das temperaturas de contato das mantas Flex Foil e Tetra pak instaladas com 
4elha de fibrocimento.......................................................................................................35 
4.2 Análise das temperaturas ambiente no interior dos protótipos com uso das mantas Flex 
Foil e Tetra pak nas coberturas com telha de fibrocimento em comparação com a 
temperatura ambiente externa....................................................................................38 
1
1 
 
4.3 Análise das temperaturas de contato das mantas Flex Foil e Tetra pak instaladas com 
telha cerâmica.................................................................................................................40 
4.4 Análise das temperaturas ambiente no interior dos protótipos com uso das mantas 
Flex Foil e Tetra pak nas coberturas com telha cerâmica em comparação com a 
temperatura ambiente externa.....................................................................................43 
5 CONCLUSÃO......................................................................... ......................................47 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 49 
APÊNDICE A- FOTOGRAFIA.........................................................................................58 
APÊNDICE B.......................................................................................................................61 
APÊNDICE C.......................................................................................................................64 
APÊNDICE D.......................................................................................................................67 
APÊNDICE E.......................................................................................................................68 
APÊNDICE F.......................................................................................................................69 
APÊNDICE G.......................................................................................................................70 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Tema 
Sabe-se que a preocupação com o conforto térmico dos ambientes é retratada desde os 
primórdios, quando o homem produzia fogo e vestia-se com casacos de pele para se proteger do frio 
ou em épocas quentes se mantinham em cavernas ou grutas. Segundo Di Clemente (2009), a noção 
humana do clima e a sensação de conforto térmico devem-se não só a fatores fisiológicos, mas 
também psicológicos e culturais. 
Ainda no século passado, havia grande preocupação quanto às condições climáticas da região 
das construções, pois não haviam maneiras de promover o conforto térmico, como equipamentos de 
condicionamento do ambiente. Segundo Lamberts et al., (1997), com as revoluções industriais novos 
equipamentos foram criados com o intuito de promover um ambiente mais agradável para os 
trabalhadores, visto que anteriormente utilizavam-se recursos naturais para estas funções e esses 
equipamentos passariam a funcionar por meio de fontes energéticas. 
Porém, atualmente existem muitos materiais e produtos que não necessitam de fontes de 
energia para desempenharem a função de isolantes térmicos e que são facilmente instalados em 
residências que não possuem forro. Vitorino et. al., (2003), diz que esses materiais são divididos em 
duas classes, os que resistem a transferência do calor por meio da condução, que são os isolantes 
resistivos e os que dificultam a transmissão de calor por radiação, os isolantes reflexivos. 
Na concepção de um projeto de engenharia devem ser analisados diversos fatores para que se 
obtenha um resultado satisfatório ao término da obra. No Brasil, um país predominantemente tropical, 
onde grande parte do ano é marcada pela estação quente, surge cada vez mais uma preocupação com 
o conforto térmico. Esse clima quente força o uso de equipamentos movidos a fontes energéticas, 
como a eletricidade, por exemplo temos o ar-condicionado, onde no Brasil tanto em setores 
comerciais quanto em residenciais este é responsável por 20% do consumo de energia (GELLER, 
1990). 
Segundo Getter e Rowe (2006), o desconforto térmico existente nas edificações dos grandes 
centros urbanos ocorre em consequência do desequilíbrio ambiental, perda de vegetação, dificuldade 
de absorção da água devido ao aumento de área impermeável, associado à facilidade de alguns 
materiais em reter calor. 
Já Lamberts e Trianna (2010), concluíram que a arquitetura contribui para influências externas 
nos ambientes internos das edificações, como exemplo a incidência de sol nos mesmos. Em casos 
onde os fatores arquitetônicos não são planejados ou mesmo haja outros fatores em que ocasione 
13 
 
desconforto térmico, algumas alternativas podem ser adotadas para minimizar os efeitos da incidência 
solar, como, por exemplo, o uso da manta térmica sob o telhado. 
O conforto térmico deve ser considerado em qualquer edificação, pois o mesmo é responsável 
pelo aumento ou diminuição do stress e fadiga causados aos residentes do local, consequentemente 
influenciando na qualidade de vida dos mesmos. Cada material proporciona uma sensação térmica 
diferente, dependendo da finalidade a que foi projetado, podendo ser avaliado através do desempenho 
térmico da cobertura. Akutsu e Lopes (1988), caracterizam o desempenho térmico como a relação 
entre o edifício e o ambiente térmico em que este se encontra, ou entre outros fatores ambientais como 
a radiação solar, a radiação emitida pelas superfícies, a temperatura, a quantidade de habitantes, a 
orientação solar ao longo do ano. 
As mantas térmicas flex foil à base de polietileno e na outra face filme de alumínio são 
materiais reflexivos, de fácil obtenção e que são aplicadas entre a trama do telhado e as telhas. Os 
materiais reflexivos, barreiras radiantes ou conhecidas também como foil, geralmente são mantas 
com espessuras finas e compõem-se de um material de baixa emissividade em uma ou ambas as faces, 
posicionada no elemento construtivo, o telhado, voltada para o espaço do ático podendo ser ou não 
ventilada (VITTORINO; SATO; AKUTSU, 2003). 
Com a crescente necessidade de se reaproveitar os materiais utilizados, cientistas criam novos 
materiais oriundos de produtos que seriam descartados, diminuindo a exploração de recursos naturais 
de maneira a preservá-los para as gerações futuras, incentivando o desenvolvimento sustentável. Esse 
gerou os principais objetivos das políticas ambientais e desenvolvimento dos quais se destacam a 
promoção do crescimento, o atendimento às necessidades de emprego, alimentação, energia, água, 
saneamento e principalmente conservação e aprimoramento dos recursos existentes reorientando as 
tecnologias e controlando o risco, incluindo o meio ambiente e a economia no processo decisório 
(DIAS, 2006). 
No âmbito da construção civil há uma gama de materiais que são reutilizados, seja pela própria 
empreiteira ou a mesma encaminha os resíduos a cooperativas que irão tratar e reciclar esses 
materiais. Porém, materiais do nosso dia a dia que são esquecidos e rejeitados por grande parte da 
população se reaproveitados podem assumir papéis importantíssimos dentro de um imóvel. Um 
desses materiais é a caixa de leite líquido (tetra pak), que têm como principal função a diminuição da 
temperatura dentro de um ambiente. A embalagem da caixa é composta de múltiplas camadas de 
papel, plástico e alumínio,o revestimento de alumínio reflete a radiação infravermelha solar e o 
14 
 
papelão propicia alta resistência à transferência de calor para o ambiente (NASCIMENTO et al., 
2007). 
1.2 Problema de pesquisa 
Segundo Gaudin e Bastos (2011), a qualidade ambiental tem como objetivo alcançar 
melhorias e/ou manter a característica do projeto de arquitetura, relativamente aos impactos da 
edificação no ambiente exterior e às condições de conforto, segurança e saúde dos usuários nos 
ambientes interiores da edificação. Na idealização de projetos de edificações, existem várias fases, 
possivelmente a que mais apresenta dificuldades é a da escolha de materiais a serem utilizados, nesse 
momento muitas variáveis devem ser consideradas, conforto ambiental, preço, disponibilidade e 
agilidade de execução. 
Dentre esses pode se destacar o conforto ambiental, que engloba o conforto térmico, acústico 
e a luminosidade, porém dentre estes o maior causador de transtornos é o conforto térmico. Grandjean 
(2005), diz que o calor excessivo provoca cansaço e sonolência, reduz a prontidão de resposta e 
aumenta o índice de falhas. 
 Porém, ao se falar de conforto térmico, não são apenas as altas temperaturas responsáveis por 
afetar o cotidiano do ser humano, o frio demasiado também é um fator de extremo desconforto, 
mesmo as regiões brasileiras que em sua maioria são marcadas pelas estações quentes, essas outras 
parcelas de regiões em certas épocas do ano são surpreendidas pelo frio. As condições do clima 
geralmente não interferem na temperatura do corpo humano de maneira interna, pois a mesma varia 
entre uma constante de 33ºC e 41ºC, isso se dá por que o homem é um indivíduo homeotérmico 
(COSTA, 1982). 
 Segundo Ashrae (2004), conforto térmico é uma condição da mente que manifesta a satisfação 
em relação ao meio ambiente térmico e é analisado por avaliação subjetiva. Em edificações um dos 
elementos construtivos que influi no conforto térmico é a cobertura e a utilização de forros, na maioria 
dos casos percebe-se a utilização apenas das telhas que também possuem uma grande variedade. Para 
a escolha adequada é necessário a busca de um profissional, o que em muitos casos não acontece. 
Desse modo o indivíduo sofre com as oscilações de temperatura. O uso das mantas térmicas nesses 
casos é indicado, pois apresentam baixo custo e podem ser instaladas em qualquer tipo de telha. 
 As mantas térmicas podem ser reflexivas ou resistivas e são feitas de diversos materiais como 
lã de vidro, rocha, poliuretano ou isopor, porém estas geram maiores dificuldades e custos por 
necessitarem de um espaço de ar. As mantas térmicas comuns são produzidas a partir de revestimento 
aluminizado e além de proteger o local da radiação térmica tem custo reduzido e facilidade de 
15 
 
execução. A proteção da cobertura com mantas ajuda muito, pois a maior carga de calor chega pela 
cobertura. A temperatura de uma telha cerâmica pode chegar a 60 °C - 70 °C, e essa temperatura, 
irradia calor para o interior dos ambientes, afirma Sato (2003). 
O presente trabalho tratará da análise entre duas mantas reflexivas uma de material reciclado 
e outra de material industrializado, dentre os problemas do conforto térmico, custo do produto, e 
execução, qual das mantas apresenta melhor desempenho a manta aluminizada foil ou a manta de 
caixas Tetra Pak? 
1.3 Hipóteses 
 
H1: A manta térmica de alumínio proporciona melhor conforto térmico; 
H2: A manta térmica de caixas de Tetra pak proporciona melhor conforto térmico; 
1.4 Objetivos 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Analisar o conforto térmico no interior de edificações com uso da manta térmica de alumínio 
e a manta térmica de caixas de Tetra Pack instalada em coberturas. 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 Construir dois protótipos de edificações de alvenaria com medidas de 1,10x1,20m e utilizar 
como cobertura as telhas cerâmicas, fibrocimento e zinco; 
 Avaliar as condições de conforto térmico nos ambientes dos protótipos com coberturas de 
telhas cerâmicas, telhas ecológicas e zinco utilizando manta térmica reflexiva flex foil; 
 Investigar as condições de conforto térmico nos ambientes dos protótipos com coberturas de 
telhas cerâmicas, telhas ecológicas e zinco utilizando manta térmica reflexiva confeccionada 
com caixas de Tetra Pak; 
 Analisar os dados obtidos através das aferições das temperaturas através de gráficos com o 
objetivo de comprovar qual das mantas térmicas apresenta melhor desempenho quanto a 
diminuição da temperatura no ambiente e com qual cobertura a mesma apresentou melhor 
resultado. 
1.5 JUSTIFICATIVA 
O conforto térmico se tornou uma questão bastante discutida, onde os termos “efeito estufa” 
e “aquecimento global” se tornam cada mais frequentes em nosso dia a dia. É certo que as 
temperaturas nas grandes cidades têm aumentado a cada ano, e o homem sempre em busca de se 
adaptar ao seu meio busca mecanismos para amenizar os desconfortos causados por esses 
16 
 
fenômenos climáticos. Segundo Lopes (2008), o ambiente é termicamente confortável quando suas 
condições permitem a manutenção da temperatura interna sem a necessidade de que o organismo 
acione os mecanismos termorreguladores. 
 As altas temperaturas influenciam diretamente no cotidiano humano, não só em termos 
físicos, mas também psicologicamente, estas estão entre os destaques dos quesitos que compõem 
o conforto ambiental. É um agente que interfere no desempenho das atividades físicas e 
intelectuais, isso ocorre por que para manter o corpo a uma temperatura em um limite admissível 
é preciso um consumo mais elevado de energia (FROTA; SCHIFFER, 2011). 
 De acordo com Almeida (2010), é devido ao desenvolvimento tecnológico e aumento do 
padrão de vida das pessoas e a modernidade, a concepção de edifícios, quer para habitação, 
trabalho, ou lazer, passou a exigir um conjunto de funcionalidades nas quais o conforto, ganha 
particular destaque. Tendo como consideração os distúrbios climáticos que ocorrem com 
frequência em vários países do mundo, uma conscientização e investimentos em sustentabilidade, 
reciclagem e na ecologia surge, reutilizando materiais que antes não teriam nenhuma utilidade. 
 Na construção civil, um dos maiores impulsionadores da economia, existem descobertas 
com materiais reciclados, porém muitos desses materiais acabam se tornando onerosos para certas 
regiões por não haver fábricas que os produzam. Em alguns casos as dificuldades, os alto custos e 
até desconhecimento do cliente em relação aos produtos ecológicos faz com que os mesmos não 
tenham tanto destaque dentre a maior parte da população, os levando a adquirir produtos locais e 
não recicláveis. Com isso, no setor da construção, um sistema de gestão pode otimizar a qualidade 
ambiental de uma edificação, promovendo a organização operacional e mantendo a 
sustentabilidade ambiental da edificação (REFERENCIAL TÉCNICO DE CERTIFICAÇÃO, 
2007). 
 No caso das edificações o conforto térmico é diretamente influenciado pela cobertura, qual 
seu tipo, aspectos arquitetônicos e condições do meio em que a mesma se encontra. Como já citado, 
a questão financeira é determinante para a escolha do material a ser utilizado, fazendo com que 
muitas pessoas sofram com as estações quentes por não se utilizar de material adequado. No 
entanto, há soluções possíveis para se reverter essa situação, com materiais como as mantas 
térmicas. De acordo com Güths et. al., (2004), um elemento popular no Brasil, para redução dos 
ganhos térmicos no ambiente pela cobertura são as mantas térmicas reflexivas, do tipo foil , estas 
são capazes de refletir 95% do calor irradiado com baixa emissividade (ε=5%), e é composta por 
folhas de alumínio. 
17 
 
 Outra maneira inovadora de promover o conforto térmico, é o uso das caixas Tetra Pak, 
após abertas possuem uma face aluminizada se tornando também uma manta reflexiva, de acordo 
com a Tetra Pak(1999), no território brasileiro, foram cerca de 6 bilhões de embalagens 
distribuídas, sendo que quase em sua totalidade essas embalagens não são recicladas, o que faz 
com que as mesmas sejam queimadas aumentando a emissão de gases tóxicos na atmosfera. 
 Portanto, diante do exposto em relação ao conforto térmico, da sua influência no dia a dia 
do homem, seu físico e psíquico, da importância do uso de materiais recicláveis e inovadores, dos 
custos incorridos e da disponibilidade e conhecimento desses materiais pela sociedade é relevante 
um estudo mais aprofundado em relação as mantas térmicas aluminizada foil e a manta de caixas 
Tetra Pak e seu desempenho em coberturas quanto ao bem-estar térmico. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Cobertura 
Cobertura é o termo utilizado para designar todo o conjunto da obra destinado a proteger as 
edificações da ação das intempéries, assim cobertura é o conjunto formado por telhas; estrutura 
secundária de apoio às telhas, denominada trama ou armação; pela estrutura principal de apoio, e 
pelas estruturas secundárias, que têm a função de manter a estabilidade do conjunto, usualmente 
denominada contraventamento. Nas coberturas residenciais, a estrutura principal mais utilizada é uma 
treliça triangular, usualmente denominada tesoura. Moliterno (2011), cita que as estruturas que irão 
compor um telhado podem ser de diversos materiais, como madeira, aço, alumínio ou concreto 
armado. 
As paredes, piso e material do telhados são elementos que influenciam diretamente na 
temperatura ambiente de uma residência, a cobertura por ser o elemento que recebe toda a radiação 
solar incidente e é o principal responsável pelo conforto térmico gerado dentro do edifício (FILHO, 
1991). 
Segundo Azevedo (1997), as telhas são utilizadas como elementos de vedação para cobrir a 
estrutura do telhado, protegem a edificação, com a função principal de ser impermeável, leve além 
de trabalhar como isolante térmico e acústico. Existem vários tipos de telhados disponíveis no 
mercado, como telha de alumínio, poliestireno, fibrocimento e cerâmica, cada uma com 
características distintas, devido a isto na escolha do tipo de telhado deve-se levar em conta se é de 
fácil aplicação, resistente, baixo custo e se esta irá se adequar ao seu lugar de utilização. 
 Através dos avanços tecnológicos as coberturas deixaram de ser apenas um agente protetor 
contra intempéries e passou a possuir outras atribuições que de acordo com Guerra et al., (2010), são 
18 
 
estas: acrescenta à cobertura a função de isolante térmico e acústico da edificação, visando o conforto 
do usuário, além das citar as funções estéticas e econômicas. 
2.1.1 Telhas cerâmicas 
Em um projeto de engenharia a cobertura é de extrema importância, definindo-se por sua 
função, forma e arquitetura empregada. O tipo de cobertura com telha cerâmica sobre estruturas de 
madeira é um dos mais utilizados atualmente nas edificações brasileiras, pois este modelo de 
cobertura tem baixo preço. Bastos (2003), afirma que, as telhas cerâmicas se propagaram na américa 
quando os colonizadores europeus as trouxeram, no Brasil elas são utilizadas desde o descobrimento. 
De acordo com Brito e Paulo (2004), o telhado cerâmico se destaca por ter qualidade estética 
e uma diversidade de formas e estilos do material, o bom desempenho diante das intempéries e o 
baixo custo da matéria-prima e apresentam desvantagens como o alto desperdício durante os 
processos de fabricação, transporte e aplicação, a exigência de mão-de-obra especializada e a 
necessidade de elementos como rufos e calhas e isolamento térmico. 
A indústria da cerâmica está presente no mundo todo, e é considerada uma das indústrias mais 
antigas, sendo o Brasil é um dos grandes produtores mundiais. As telhas cerâmicas representam um 
dos principais produtos da indústria da cerâmica. São fabricadas através da argila pelo mecanismo de 
prensagem ou extrusão, e queimadas possibilitando que o produto final atenda às condições 
estabelecidas por Norma (ABNT, 2004). 
As telhas são classificadas em dois tipos, planas e curvas. As planas são conhecidas como 
francesas e telhas de escamas já as telhas curvas, que são conhecidas como colonial, paulista, 
paulistinha ou plan (YAZIGI, 2009). Dentre os modelos disponíveis das telhas cerâmicas destaca-se 
como mais utilizada nas mais diversas edificações a do tipo colonial. 
2.1.2 Telhas onduladas de fibrocimento 
A telha de fibrocimento é bastante utilizada em coberturas residenciais e de acordo com a 
NBR 7581:1993 são constituídas por uma mistura específica e homogênea, composta por água, 
cimento Portland e fibras de amianto e complementado com outros componentes. 
São leves e resistentes, poucas peças cobre um telhado e é de baixo custo. Possuem espessuras 
5 mm, 6 mm, e 8 mm e comprimento de 910 mm, 1220 mm, 1530 mm, 1830 mm, 2130 mm, 2440 
mm, 2750 mm, 3050 mm e 3660 mm com tolerância de até 10 mm para mais ou para menos. A 
absorção de água deve ser igual ou menor que 37%. As ondas devem ser regulares e uniformes (NBR 
7581:1993). 
19 
 
Figura 1 - Telha Brasilit (A), Telha Fibrotex (B) e Telha Kalhetão 90 (C).
 
 Fonte: Telha Norte e Damale. 
2.2 Conforto Térmico 
 A cada dia percebe-se uma preocupação maior com relação ao conforto térmico nas 
edificações criadas, por parte tanto da Engenharia e Arquitetura que são os executores e/ou 
idealizadores dos projetos e ainda dos clientes que a cada dia se tornam mais exigentes em relação 
não somente a esse parâmetro, isso ocorre pela evolução do homem que se torna cada vez mais crítico, 
consequência da quantidade e qualidade das informações disponíveis atualmente. Com relação ao 
conforto térmico é possível ter acesso a definições e parâmetros normativos utilizados para sua 
implantação, como segundo Dutra, Lamberts e Pereira (2004), as mínimas e máximas temperaturas 
confortáveis a um ser humano, em caso da temperatura se encontrar próxima dos 18° C deve haver o 
controle da ventilação natural e em casos de temperaturas próximas de 29°C deve-se controlar a 
incidência de radiação solar. 
 Assim como as edificações o corpo humano também sofre com as variações de temperatura, 
isso por que o homem também é considerado uma máquina térmica. Quando se executa uma 
atividade o corpo gera calor, esta deve ser eliminada em quantidades iguais no meio, fazendo com 
que a temperatura interna do corpo não aumente, nem diminua. De acordo com Corbella e Yannas 
(2003), o ambiente é confortável para o indivíduo quando há uma equanimidade entre a temperatura 
de ambos. 
 Em relação ao interior das edificações pode-se ressaltar que esta sofre influência do meio 
externo que é constantemente alterado pelo ser humano, a poluição dos carros e as energias geradas 
pelos grandes empreendimentos acabam por acarretar o fenômeno das ilhas de calor. Estudos já 
comprovaram os efeitos das ilhas de calor nos ambientes internos, de acordo com Emmanuel e Krüger 
(2012), em Glasgow, Escócia e ainda em Londres foram comprovadas diminuições de 65% a 85% na 
20 
 
carga térmica de aquecimento, em locais mais distantes dos centros urbanos, já na cidade a 
necessidade de resfriamento teve um aumento de 32% a 42%. 
 Segundo Teza (2005), as ilhas de calor não ocorrem unicamente nas metrópoles. Para verificar 
seu acontecimento é necessário a comparação entre as temperaturas das regiões do centro em relação 
a periferia da cidade, ou seja, quando a temperatura do centro da cidade está relativamente mais alta 
que a da periferia ocorre o fenômeno. 
 Em meio às discussões sobre conforto térmico deve-se levar em consideração o clima 
brasileiro, que é predominantemente tropical, onde em algumas regiões há duas estações que estão 
em predominância: verão e inverno. Para melhor entender sobre o clima nas regiões brasileiras é que 
se têm como base a NBR 15575 que traz em seu conteúdo a divisão das regiões bioclimáticas do 
Brasil.Segundo a NBR 15575 (2013), o Brasil é um país dividido em 8 zonas, e o estado do Piauí e 
consequentemente Teresina estão localizados na zona 7, conforme figura e tabela abaixo retiradas da 
norma em questão. 
 Figura 2: Mapa das zonas bioclimáticas brasileiras. Figura 3: Dados de algumas cidades brasileiras. 
 
 
Fonte: NBR 15575 (2013) Fonte: NBR 15575 (2013) 
 
 A NBR 15575 ainda aborda em seu conteúdo os requisitos necessários de construção de forma 
a garantir um conforto térmico em cada zona bioclimática. Lamberts et al., (2014), afirma que todos 
os materiais e métodos bioclimáticos a serem implementados nos projetos iniciais irão depender de 
uma análise bioclimática e do estudo do local. Desse modo, ressalta-se mais uma vez a importância 
da atuação de um profissional habilitado em qualquer projeto de engenharia a ser executado. 
21 
 
No caso da zona 7, a NBR 15220 (2003), recomenda que as aberturas para ventilação sejam 
pequenas, as mesmas sejam sombreadas, paredes e coberturas sejam executadas com materiais 
pesados. E ainda apresenta estratégias de condicionamento térmico passivo para a estação do verão, 
conforme quadro a seguir: 
Figura 4: Estratégias de condicionamento térmico passivo para a Zona Bioclimática 7 
 
Fonte: NBR 15220 (2003) 
Nos centros urbanos como a cidade de Teresina, as residências promovem aos usuários 
ambientes isolados dos ambientes externos. Com o grande desenvolvimento que proporciona o 
crescimento de construções cada vez mais grandiosas os métodos de aquecimento e refrigeração 
ficam dependentes de sistemas movidos pela eletricidade (DUARTE; SERRA, 2002). O elevado uso 
de energia reflete na renda do indivíduo consumidor da mesma que necessita despender uma quantia 
maior do seu salário para garantir que terá o conforto térmico almejado. 
 De acordo com Mazzaferro, Silva e Ghisi (2014), a envoltória do edifício é responsável pela 
absorção e transfusão de calor entre os ambientes internos, por isso, a composição dos materiais da 
envoltória atua com forte influência no desempenho térmico da construção. De fato, a escolha dos 
materiais componentes da edificação deve ser feita de modo criterioso e sempre com a ajuda de um 
profissional habilitado. 
 O calor ou frio que um material absorve e permite que irradie para o ambiente interno é 
determinante para que se mantenha o conforto ambiental em uma edificação. Em uma cobertura 
considerando a fonte de calor do Sol, a troca de calor será por meio de irradiação, nesse momento o 
material estará absorvendo calor. Quando as partículas se encontrarem em estado de agitação, o calor 
será propagado de molécula para molécula por meio da condução térmica e tendo atravessado toda a 
estrutura da cobertura o calor será transmitido para o ambiente interno em forma de irradiação 
novamente. Silva (2014), ressalta que mesmo após o pôr do sol o material componente da cobertura 
continuará a fornecer calor ao recinto até que os dois entrem em equilíbrio térmico. 
 Mesmo com a diversidade de materiais existentes atualmente, existem aqueles que se mantêm 
ao longo dos anos, como é o caso das telhas cerâmicas, que são utilizadas desde a época do império 
romano - porém sua criação é ainda incerta - apenas com alguns ajustes de formato e melhoramento 
22 
 
dos materiais empregados em sua fabricação. Em uma cobertura de telhado cerâmico segundo 
Armelim et al., (2003), a temperatura na superfície dessas telhas pode chegar até 60°C e o processo 
de penetração do calor na edificação se dá de três maneiras. A primeira delas é a radiação térmica, 
responsável por 89% do calor que adentra o ambiente, a segunda é a convecção natural que por sua 
vez causa uma influência de 11% e por fim ocorre também o fenômeno de condução entre a telha e a 
trama de madeira quando a temperatura entre ambas é diferente. 
 Porém não é apenas o material que envolve a edificação que influencia no conforto térmico, 
há outro fator bastante influente que é a existência de arborização ao redor da edificação. Segundo 
Manfredini (2002), a presença de árvores traz não somente o benefício do conforto térmico, mas 
também auxilia na preservação da biodiversidade, diminui a poluição do ar, além de melhorar a 
estética do meio. 
A engenharia assim como as outras ciências estão em constante desenvolvimento criando 
inovações e descobrindo materiais que possam sanar os problemas com o alto consumo de energia. 
De acordo com Balanço Energético Nacional (Ministério das Minas e Energia, 2018), que tem como 
ano base de pesquisa o de 2017, revela que os setores industriais e residenciais juntos somam um 
percentual de 66,1% do consumo de energia elétrica no Brasil, sendo que em residências o consumo 
de energia se elevou em 0,8% em relação ao ano de 2016. 
 As subcoberturas estão entre os novos produtos que surgem com o intuito de proporcionar o 
conforto térmico ao ambiente e auxiliar na redução dos custos inerentes ao consumo de energia 
elétrica. Também são conhecidas como mantas térmicas ou mantas isolantes, estas funcionam de 
maneira que minimizam as trocas de temperaturas entre o ambiente interno e o externo. Sato (2003), 
afirma que estas mantas garantem seus adeptos devido às suas funções e várias vantagens, dentre elas 
podem ser citadas a estanqueidade e o isolamento térmico, isso por que as mesmas são instaladas 
entre o telhado e a trama de madeira ou entre a telha e forro quando há a presença deste. 
2.3 Sustentabilidade na Construção Civil 
A palavra sustentabilidade no seu sentido etimológico tem origem no latim sustentare, 
significando sustentar, apoiar e conservar. Em outras palavras sustentabilidade também é projetar 
visando economia de energia, evitando impactos ambientais e visando o tratamento dos resíduos 
gerados por certa atividade. Segundo Porto (2009), o emprego de medidas sustentáveis contribui para 
a minimizar o impacto ambiental gerados por certas práticas, onde essas medidas devem estar 
presentes no processo desde a concepção do projeto, no qual é preciso valorizar ações individuais que 
contribuem para a diminuição do impacto coletivo. 
23 
 
Para Techio (2016), o maior obstáculo para de entender o conceito de sustentabilidade é a 
distância das pessoas em relação a este assunto, constituindo assim uma dificuldade para praticar 
atividades sustentáveis, isto é resultado da ausência de acordo conceitual sobre sustentabilidade e 
desenvolvimento sustentável entre as áreas, como engenharia, economia, ciências sociais, etc. Desse 
modo, este assunto é indispensável e deve ser tratado de forma ampla, reunindo as condições 
humanas, preservação dos recursos naturais e a eficiência econômica. 
O pensamento sustentável faz com que os indivíduos busquem por melhorias para o meio 
ambiente sem deixar de lado os interesses econômicos oriundos destas melhorias. Outro ponto é que 
os empresários estão voltando sua atenção para este assunto, visto que neste cenário podem surgir 
novas oportunidades de negócios e que podem resultar em lucratividade, incentivando a inovação e, 
por consequência, a competitividade (YEMAL, 2011). 
A utilização consciente dos recursos naturais, renováveis e não-renováveis, resultam na 
origem dos 3 R’s da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar (BARBIERI; DIAS, 2002). 
Destinar de forma correta os resíduos produzidos pela indústria não é tarefa fácil. As dificuldades são 
muitas, com destaque para a conscientização e viabilidades logística, financeira e tecnológica. Mesmo 
que, se por um momento, todos cidadãos, governos e empresas aderissem plenamente aos processos 
de execução dos 3 R’s, ainda assim existiria lixo (BONFIM, 2018). 
Diante dos termos constituintes dos 3R’s pode-se destacar dois desses, reutilizar e reciclar, o 
primeiro traz em seu conceito a utilização de um produto mais de uma vez, independentemente da 
função, já o segundo éa conversão do desperdício de materiais em produtos novos e com alto 
potencial de utilidade. A grande dificuldade de reciclar e em consequência reutilizar os materiais, é a 
carência de indústrias de reciclagem, falta de locais apropriados para realizar a triagem dos materiais 
e muitas vezes falta de coleta seletiva. De acordo com Guimarães (2011), um material reciclável não 
infere ser reciclado, pois ainda existem muitas variáveis consideradas pelas empresas como os gastos 
incorridos e principalmente o retorno lucrativo que esse material proporcionará. 
 A reciclagem é uma destinação adequada para os materiais após o seu uso, pois alguns 
possuem uma composição que dificulta a sua decomposição em condições naturais, podendo de haver 
também o desperdício de matérias primas nobres. Sabe-se que quanto mais desenvolvido é um país, 
maior é a dificuldade de separar e reciclar seu lixo. O Japão e a Europa, por exemplo, investem 
consideravelmente em seus reaproveitamentos, ainda assim, só conseguem reciclar apenas 50% de 
seus resíduos e 30% sólidos. Nos Estados Unidos, 420 mil toneladas de lixo são gerados por ano e 
apenas 27% são reciclados, outros 16% são incinerados e 57% são enterrados. Porém existe um 
24 
 
projeto, proposto pelo e para o estado da Califórnia, onde o objetivo é reciclar todos os seus resíduos 
em até 2030 (SCANAVACA, 2012). 
No cenário ecológico atual é grande a preocupação com o aquecimento global, pois, esse 
ameaça a qualidade de vida das pessoas. O crescimento econômico e o modo de produção desenfreado 
devido inserção de mais pessoas no mercado de consumo, é o que gera grande poluição do meio por 
gerar resíduos descartados. A indústria da construção civil executa um papel, desagradável, na 
competência de que esta é grande produtora de resíduos que afetam diretamente o meio ambiente. 
Diante desses discussões a reutilização de material é um recurso inteligente para reduzirmos a 
poluição. Sustentabilidade são práticas que uma sociedade respeita para que o meio ambiente não 
sofra danos (MIKHAILOVA, 2004). 
Existem uma infinidade de materiais que podem ser reciclados e reutilizados no setor da 
construção civil, como é o caso das caixas de leite longa vida (Tetra Pak) que possui como materiais 
componentes o papel e o alumínio, Rizzo (2002), afirma que a cada tonelada de alumínio reciclada, 
é preservada a extração de 5 toneladas de minério de bauxita, além do que o processo de 
transformação do minério em alumínio consome bastante energia e a cada tonelada de embalagem 
longa vida reciclada gera cerca de 650 quilos de papel Kraft, o que evitará o corte de 20 árvores 
cultivadas em reflorestamento comercial. 
Apesar de já haver várias cooperativas e locais de reciclagem e ainda muitos materiais sendo 
reutilizados nas construções de edificações, de acordo com Koski (2014), a construção civil é 
responsável pelo alto consumo de recursos naturais e pela geração de resíduos sólidos construtivos 
os quais geram grandes impactos negativos ao meio ambiente, além das atividades realizadas pela 
necessidade de se construir. Logo essa parcela de reutilização ainda se torna muito pequena em 
relação aos efeitos causados pelos grandes empreendimentos. 
Diante disso é necessário utilizar-se dos preceitos da construção sustentável, que é aquela que 
faz um uso adequado do materiais provenientes da natureza para conceber a edificação, para que haja 
o aumento da qualidade de vida das pessoas levando em consideração suas necessidades. A 
construção civil tem apresentado uma crescente busca por métodos sustentáveis visando reduzir os 
impactos no meio ambiente, sejam nas etapas de produção de materiais usados ou na construção das 
edificações. Isso porque uma habitação de qualidade não é aquela que irá atender apenas aos 
interesses do construtor ou ideais dos clientes, mas também deve ser realizada sem danificar os 
ecossistemas existentes ao seu redor e isto exige das construtoras uma postura ética de preservação 
ao meio ambiente (FLORIM; QUELHAS, 2004). 
25 
 
Corrêa (2009), diz que a sustentabilidade, para ser totalmente alcançada, deve ser abordada 
em todas as suas implicações, no âmbito das atividades humanas, sejam elas familiares, educacionais, 
habitacionais, produtivas, extrativistas ou exploratórias, de consumo de produtos, prestação de 
serviços, de pesquisa, e até mesmo nas atividades futuras, aquelas que ainda nem foram inventadas. 
Todos os tipos de modificação do meio ambiente nós,os humanos, somos responsáveis, à vista disso 
o planejamento é de fundamental importância para um bom desenvolvimento, em qualquer setor, 
principalmente da construção civil. 
Em 2000, o CIB (Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção) criou a 
Agenda Setorial para Construção Sustentável para países em desenvolvimento, formando um grupo 
global para cooperação e trocas de pesquisas em construção sustentável. A intenção da agenda é 
minimizar a diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento na melhora do desempenho 
do ambiente construído (MOTTA, 2009). 
2.4 Manta térmica de alumínio 
 
O alto consumo de energia elétrica causam problemas na economia e ao meio ambiente, pois 
para a produção da mesma são necessários investimentos voluptuosos e a sua produção, sendo por 
meio de usinas, causam grandes danos ambientais. Por tanto os usos das mantas térmicas fazem-se 
importantes visto que podem diminuir o desconforto térmico atenuando o uso de ventilação artificial 
impactando diretamente no consumo de energia. Entre os materiais empregados para garantir o 
conforto térmico no interior dos ambientes, existem os que inibem a transferência do calor por 
condução, os isolantes resistivos, e os que reduzem a passagem por radiação, os isolantes reflexivos 
(VITTORINO et al., 2003). 
A redução da transferência de calor para o ambiente interno da edificação é ocasionada pela 
utilização de materiais que retardam a passagem do fluxo de calor que atravessa a instalação por 
condução, convecção e/ ou radiação. Estes materiais têm capacidade de reduzir as trocas de calor em 
função de sua resistência térmica que o tornam materiais isolantes (AL-HOMOUD; MOHAMMAD, 
2005). 
Lamberts (2007), afirma que a condução ocorre através do contato entre as moléculas de corpos 
que apresentam temperaturas diferentes entre si, onde o calor é transmitido do corpo que possui maior 
temperatura para o de menor temperatura. A condutividade térmica é uma propriedade do material que 
indica a quantidade de calor que flui através de uma área unitária se o gradiente de temperatura for 
unitário. O valor da condutividade térmica é afetado tanto pela temperatura quanto pela umidade 
26 
 
encontrada no material, consequentemente é importante observar essa propriedade térmica dos 
materiais para caracterizá-los como isolantes térmicos. 
De acordo com Bezerra (2003), o calor transferido por convecção é influenciado pelo fluido 
que escoa sobre a superfície, pela natureza do escoamento, pelo acabamento e inclinação da superfície, 
por várias propriedades termodinâmicas e de transporte do fluido, entre outros fatores. Quando os 
corpos se encontram em contato molecular, onde pelo menos um deles é um fluido em movimento, 
ocorrem trocas de calor por convecção. Em primeiro momento o calor é transmitido por condução; 
depois as variações de temperaturas ocorridas no fluido alteram sua densidade, ocasionando o 
deslocamento de massa de forma cíclica, propiciando as correntes convectivas (LAMBERTS, 2007). 
Toda matéria com temperaturas maiores que 0 Kelvin, emite calor por radiação térmica e para 
que isso ocorra não necessita de um meio material para propagação visto que a energia é transferida 
através de ondas eletromagnéticas ou fótons e é chamada de calor radiante (KREITH, 1977). É 
necessário observar a emissividade do material utilizado na construção para determinar o fluxo de calor 
que sepretende obter através do processo de radiação. Desse modo, o estudo do material usado e do 
seu acabamento é primordial para alcançar a eficiência energética pretendida nas edificações. 
A principal forma de transmissão de calor para o interior de uma edificação ocorre na forma de 
radiação, forma primária de transferência de calor, onde a energia solar atinge as telhas e a parte 
absorvida pelo material é transmitida, por condução, ao interior da edificação (LA ROCHE et al., 
2001). O fluxo térmico por radiação em direção ao interior de uma edificação pode atingir de 89 até 
93%. Por convecção não ultrapassa a faixa dos 10%. No caso da reação frente ao frio, cabe ressaltar 
que a perda de calor por radiação pela cobertura pode variar entre 65 e 80%, pouco menos que no caso 
de ganhos térmicos. As perdas térmicas por convecção são responsáveis, nesse caso, entre 15 e 28% 
do total. 
A aplicação de materiais que reduzem o fluxo de calor do telhado para o ambiente interno é 
necessária pois proporciona melhores condições de conforto, diminuindo a temperatura interna e o 
consumo de energia (MIRANVILLE et al., 2003). Este comportamento presente nestes materiais está 
associado ao valor da resistência térmica que eles apresentam, quanto maior o valor da resistência 
térmica, maior será a resistência à passagem do fluxo de calor para o interior de edificação. 
 Por ser composta por uma ou duas faces de alumínio de alta refletividade e baixa emissividade 
de radiação térmica a manta térmica de alumínio é utilizada em telhados com o objetivo de garantir 
maior conforto térmico no verão e no inverno. Ela compõe uma barreira radiante, ou seja, dificulta a 
transferência do calor por radiação. Batista e Lamberts (2010), afirmam que o comportamento térmico 
27 
 
pode definido pelo comportamento da edificação em relação à ação climática pelo lado externo e de 
fontes de calor internas devido ao uso. 
Os materiais refletivos são classificados como isolantes térmicos por reflexão ou barreiras 
radiantes, desempenham uma melhora na eficiência térmica de um sistema, refletindo o calor radiante 
ao invés de absorvê-lo. Estes materiais são fabricados com alta refletividade e baixa capacidade de 
emissão de radiação térmica, conduta de metais polidos (DARÉ, 2005). 
Segundo Vittorino (2003), dentre os inúmeros isolantes reflexivos disponíveis no mercado 
nacional, encontram-se as barreiras radiantes, que começaram a ser utilizadas no Brasil em 1995, 
importadas de outros países. Apesar do seu uso ter crescido bastante nos últimos anos, ainda não 
existe uma norma nacional que trate deste assunto especificamente. Essa ausência de especificações 
técnicas fez com que estes produtos no mercado não apresentam características satisfatórias para 
funcionar como um isolante térmico, trazendo como resultado prejuízos financeiros aos que utilizam 
esse tipo de produto. 
De acordo com Michels (2007), as barreiras radiantes são mantas finas metálicas, normalmente 
cobertas de alumínio, estas possuem ao menos, uma superfície de baixa emissividade 
(aproximadamente 0,05) e são utilizadas para reduzir os ganhos térmicos por radiação em telhados de 
edificações, pois a atenuação destes ganhos térmicos ajudam a economizar energia elétrica, 
principalmente em ambientes climatizados; e para minimizar a perda de calor em sistema de 
aquecimento, conservando internamente o calor gerado, reduzindo também a necessidade de aumentar 
a potência térmica da fonte geradora de calor. 
A utilização de barreiras radiantes ou isolantes térmicos por reflexão, especialmente em 
coberturas, limita a transferência de radiação térmica dificultando a irradiação de calor para outras 
superfícies. Os efeitos de sua aplicação são tão vantajosos e satisfatórios que seu emprego passou a 
ser considerado um método alternativo bastante atrativo, prático e econômico (GÜTHS; PAGHI, 
2004). 
Conforme Antunes (2005), por evitar a perda de calor e reduzir os ganhos térmicos, as barreiras 
radiantes ajudam a economizar energia elétrica, principalmente em ambientes climatizados. Numa 
residência que possui condicionador de ar, em função da redução do fluxo de calor que atinge ao 
interior 25 da residência, o aparelho será menos utilizado. O mesmo ocorre para o aquecimento: com 
a barreira radiante dificultando as perdas, o calor gerado internamente é conservado, reduzindo 
também a necessidade de utilizar o condicionamento térmico artificial. 
 
28 
 
2.5 Manta térmica de Tetra Pak 
Como toda e qualquer invenção as caixinhas longa vida, como também são conhecidas as 
caixas Tetra Pak, tiveram uma mente que as transformaram em realidade. De acordo com Tetra Pak 
(2010), em meados de 1943 o sueco Ruben Rausing, estudante da Universidade de Harvard, 
conheceu, nos Estados Unidos, um sistema até então novo, as lojas de autosserviço. Visando à 
expansão desta ideia para o mundo, concluiu que seriam necessárias embalagens especiais para o 
transporte de alguns produtos perecíveis onde estes produtos fossem embalados e não fossem 
contaminados por microrganismos, criando uma barreira especial, podia aumentar sua vida útil. 
Ruben Rausing patenteou a embalagem de leite longa vida e fundou a empresa Tetra Pak. A partir de 
então foram desenvolvidas várias técnicas e diversos produtos são embalados por este sistema, 
transformando, assim, a Tetra Pak numa das mais influentes multinacionais do mundo, atuando em 
165 países. 
No Brasil, a empresa começou a atuar em 1957 e desde então vem aumentando a sua produção 
ano após ano. A partir da década de 90 houve uma expansão da empresa, que passou a embalar vários 
produtos alimentícios, além do leite, tais como: sucos, chá, molhos, cremes e etc. Hoje produz em 
média 32 mil toneladas de embalagem longa vida por ano. A tendência é essa produção crescer ainda 
mais, devido ao aumento crescente do uso e do consumo desse tipo de produto pelo mercado 
consumidor (TETRAPAK, 2003). 
O ser humano através dos avanços de pesquisas e descobertas de novos materiais e outros que 
já existiam e que podem ser reutilizados, encontraram novas utilidades para materiais antes 
descartáveis e sem uso. Um desses materiais é a manta térmica reflexiva produzida a partir de caixas 
de tetra pak. Antes de se falar do produto final, é importante que se aborde aspectos relevantes sobre 
a matéria-prima, que são as embalagens Tetra Pak. As embalagens são muito importantes no dia a dia 
das pessoas, pois viabilizam o acesso e o transporte dos mais diversos produtos. De acordo com 
Borges (2007), sabe-se que as primeiras embalagens, no entanto, eram frágeis e muitas vezes pesadas, 
não proporcionando grandes vantagens aos produtos e aos consumidores. Os avanços tecnológicos 
modificaram as antigas embalagens frágeis e de baixa qualidade e proteção aos alimentos, tornando-
as embalagens modernas. 
As embalagens ultrapassadas deram espaço para as cartonadas, mais conhecidas como “caixas 
longa vida”, estas foram fabricadas com o objetivo de as embalagens protegerem os alimentos de 
forma eficaz, possibilitando seu armazenamento e ainda tornando maior seu prazo de validade sem 
que estas precisassem de refrigeração. Estas caixas segundo Nascimento et al., (2007), são compostas 
29 
 
por multicamadas de papel, plástico e alumínio, as embalagens protegem os alimentos de qualquer 
tipo de umidade, passagem de luz, oxigênio ou qualquer tipo de micro-organismos. 
Figura 5: Camada das embalagens Tetra Pak. 
 
Fonte: JALES, 2013 
Em relação aos materiais componentes são divididas desta maneira, iniciando de dentro para 
fora: duas camadas de plástico, que protege o produto e evita contato com as demais camadas; uma 
camada de alumínio, que evita a passagem de oxigênio, luz e a contaminação do meio externo; a 
quarta camada, também, de plástico; seguida da quinta camada, de papel, que dá sustentação à 
embalagem e permite a inscrição das informações do fabricante,por fim, uma última camada de 
plástico que protege esta quinta camada de papel. De acordo com Pedroso e Zwicker (2007), o papel 
representa em média 75%, em massa, o polietileno, 20% e o alumínio, 5%. 
A união de todos os materiais componentes da caixa, ocorre na fabricação das embalagens, 
que se inicia a partir da impressão sobre o papel. Em seguida é formado um rolo e este é impresso, 
após isso segue para uma laminadora, onde serão aplicados o polietileno de baixa densidade em 
formas de grãos e a folha de alumínio. Os grãos de polietileno são extrusados para formar uma lâmina 
que servirá de adesivo para unir o alumínio e o papel (NEVES, 2009). 
Diante da eficiência do produto, este é bastante produzido e utilizado nos mais diversos ramos 
alimentícios. Sabe-se que o mercado das embalagens cartonadas cresce a cada ano no Brasil, em 2012 
foram utilizadas em torno de 210 mil toneladas, sendo que destas apenas 29% foram recicladas 
segundo CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), ou seja, embora o número de 
produtos reciclados venha aumentando, este não consegue alcançar o ritmo da produção e grande 
parte das embalagens é levada à aterros sanitários ou lixões. Conforme Cunha (2011), até o ano de 
2008 das 5 milhões de embalagens produzidas ao ano, apenas 1 milhão e 330 mil eram recicladas, 
restando 3 milhões e 670 mil embalagens para serem destinadas a aterros ou lixões. 
 
30 
 
3. METODOLOGIA 
3.1 Procedimentos Metodológicos 
Os métodos de pesquisa do presente trabalho são baseados na pesquisa quantitativa, 
experimental e estudo de caso. É caracterizada como quantitativa, pois para que a pesquisa seja 
desenvolvida se tem a necessidade de coletar amostras diárias das temperaturas que são medidas em 
graus Celsius, e ainda se utilizar de modelos matemáticos para a comparação e análise destas 
temperaturas obtidas, isso para que se materialize o objetivo principal desta pesquisa que é o de 
responder a problemática de qual manta proporciona melhor conforto térmico ao ambiente estudado, 
que são os interiores dos protótipos, isto é reforçado pela afirmação de Fonseca (2002), que diz que 
a pesquisa quantitativa determina que a realidade só é capaz de ser entendida por quem a interpreta 
tomando como referência dados brutos, levantados através de instrumentos que seguem uma 
padronização e são neutros. Esta recorre à linguagem matemática para que seja possível detalhar as 
origens de uma problemática e as relações entre as variáveis. 
É caracterizada ainda como experimental, pois segundo Fonseca (2002), a pesquisa 
experimental determina grupos de assuntos semelhantes, sujeitando tratamentos distintos e 
averiguando as variáveis incomuns e observando se as diferenças constantes nas respostas são 
estatisticamente significantes, ou seja, serão abordados o assunto conforto térmico nos dois 
protótipos, sujeitos ao desempenho das duas mantas diferentes tetra pak e flex foil, serão observadas 
as diferenças entre estas e se as mesmas são significantes. 
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso é uma análise empírica de um fato dentro de uma 
circunstância da vida real, não estando claramente definidos os limites entre o fato e a circunstância, 
esta seria a estratégia mais utilizada quando o pesquisador tem pouco controle sobre os objetos 
pesquisados. Portanto, por estar sendo analisado o fato de que as residências de baixa renda sofrem 
com as altas temperaturas, devido as circunstâncias de materiais incorretos, falta de capital para 
investimento em climatização entre outros e sendo nesse caso preciso responder as indagações de 
como as mantas irão melhorar o conforto térmico no ambiente e por quê uma destas possui melhor 
eficiência que a sua oponente neste quesito, é que esta pesquisa também pode ser caracterizada como 
estudo de caso. 
3.2 População e Amostra 
 A população de uma pesquisa deve, segundo Hair Jr. (2005), ser composta por um grupo 
completo de objetos ou elementos relevantes para esta, estes devem conter ainda características em 
comum, com base nisto a população escolhida para tal projeto são edificações residenciais de 
31 
 
alvenaria que possuam telhados com coberturas de telhas de fibrocimento e de telhas cerâmicas 
padrão baixa renda. 
 Uma amostra excelente de acordo com Fink (1995), seria aquela em que esta é a representação 
ou um modelo da população, desse modo, como amostra foram definidos dois protótipos de alvenaria 
com dimensões de 1,20x1,10 m, sendo construídos com tijolos cerâmicos de seis furos, possuindo 
dimensões de 9x14x19cm, sem revestimentos de qualquer natureza, as estruturas do telhado serão 
tramas de madeira e a cobertura composta de telha fibrocimento e cerâmica. 
 O estudo do presente trabalho consiste em analisar, através da coleta de dados, como se 
comportam duas mantas térmicas instaladas em coberturas de protótipos de residências, de maneira 
a conhecer qual destas possui melhor desempenho térmico de acordo com as coberturas descritas ao 
longo desta pesquisa. 
3.3 Procedimentos de coleta de dados 
Para o procedimento de coleta de dados serão realizadas uma série de etapas. A primeira é a 
construção de 2 (dois) protótipos de residências de dimensões de 1,10x1,20m e com altura máxima 
de 1,00m e mínima de 0,80m garantindo a declividade do telhado que será de 1 (uma) água. A 
fundação para sustentação dos protótipos será feita em pedra argamassada, os materiais empregados 
na construção dos protótipos para a vedação serão tijolos cerâmicos de 6 (seis) furos com dimensões 
de 9x14x19cm, não haverá nenhum tipo de acabamento na alvenaria, na cobertura serão utilizadas 
telhas do tipo cerâmica colonial e a telha de fibrocimento e uma trama de madeira que será instalada 
para sustentação das coberturas. Serão escolhidos os materiais descritos acima com intuito de 
reproduzir com o máximo de semelhanças uma residência de padrão baixa renda. 
Figura 6: Protótipos de residências de alvenaria de tijolo cerâmico, cobertura de telhas de 
fibrocimento e a abertura frontal de 38,00x31,00cm. 
 
Fonte: Autoras, 2019 
 
32 
 
Figura 7: Protótipos de residências de alvenaria de tijolo cerâmico, cobertura de telhas 
cerâmicas abertura frontal de 38,00x31,00cm. 
 
Fonte: Autoras, 2019. 
O processo de confecção do painel da manta de Tetra Pak será dividido em quatro etapas, 
coleta, corte e higienização, fixação das caixas e instalação. As embalagens serão coletadas com ajuda 
de voluntários; logo após recolhidas, as caixas Tetra Pak serão cortadas de tamanho médio seguindo 
sua formatação, ficando todas com as mesmas medidas (30cm x 25cm) em seguida serão limpas com 
água e detergente de apenas do lado aluminizado para que não danifiquem nenhuma composição da 
mesma, como mostra a figura 08. 
Figura 8: Caixas de Tetra Pak utilizadas para a confecção da manta. 
 
Fonte: Autoras, 2019. 
Após o corte e a limpeza, as caixas serão unidas usando rascunhos de folhas A4, 
reaproveitando o material que seria descartado no meio ambiente. A folha A4 é encaixada em cima 
das caixas que estarão sobrepostas uma sobre a outra em uma largura de 2cm, é importante que a 
folha fique posicionada sobre as juntas de uma caixa e outra pois estas serão aquecidas com o ferro 
elétrico fazendo com que as caixas fiquem coladas, o painel será de 1,30m x 1,40m utilizando o total 
de 42 caixas de longa vida. 
33 
 
Figura 9: Painel das caixas Tetra Pak.
 
Fonte: Autoras, 2019. 
Quanto a manta reflexiva flex foil, esta será adquirida em loja de materiais de construção, será 
aluminizado nas duas faces com dimensões de m. Após esses procedimentos a mesma será aplicada 
em cobertura, da mesma forma como a manta de caixas de tetra pak. 
Após as mantas instaladas nas coberturas, as temperaturas serão coletadas as medidas das 
temperaturas, primeiro a temperatura ambiente do local através do termômetro higrométrico, segundo 
no contato de cada manta com o auxíliode um termômetro de contato e por fim a medida no interior 
dos protótipos que serão coletadas com o termômetro higrométrico que emite em suas leituras a 
temperatura ambiente e a umidade no local. Todos esses indicadores das temperaturas serão aferidos 
três vezes ao dia, nos horários de 09:00, 12:00 e 15:00 horas e devem ser repetidas por 3 dias (baseado 
na norma tal), para cada tipo de telha utilizada, a de fibrocimento e a cerâmica. 
Figura 10: Termohigrômetro. Figura11: Termômetro de contato. 
 
 Fonte: Autoras, 2019 Fonte: Autoras, 2019 
34 
 
3.4 Procedimentos de análise de dados 
Segundo Gil (2010), a coleta de dado deve ser elaborada segundo um plano que especifique 
os pontos de pesquisa e os critérios para a observação dos dados a serem analisados. Os dados 
coletados serão posteriormente analisados, interpretados e chegar-se a uma conclusão. A pesquisa 
desenvolvida no presente trabalho se utilizará de gráficos e tabelas. 
 Serão analisadas os três tipos variações de temperaturas, a ambiente externa, a ambiente 
interna dos protótipos e a temperatura no contato das mantas flex foil e tetra pak. Primeiramente 
foram reunidas as temperaturas coletadas na superfície dos materiais das mantas com o telhado de 
fibrocimento nos horários de 09:00, 12:00 e 15:00 horas e organizadas em tabelas e a partir destas 
serão gerados os gráficos, com estes dados será possível analisar o quanto o material está absorvendo 
de radiação solar e se esta temperatura influenciará no ambiente interno. 
 Para que seja possível uma comparação da temperatura externa e interna dos protótipos serão 
necessários a reunião das informações das temperaturas coletadas no exterior do ambiente, estas serão 
lançadas em tabela e posteriormente gerados os gráficos baseadas nas informações das mesmas, assim 
será possível visualizar a diferença de temperatura dos dois ambientes, isto é, se houve aumento ou 
diminuição de um em relação ao outro. 
 Assim como a temperatura externa, é necessária a reunião das temperaturas aferidas no 
interior dos protótipos gerando tabelas e em seguida gráficos. Os gráficos serão comparativos entre 
as dois protótipos, o com manta tetra pak e o com a manta flex foil e conterá as informações dos 
3(três) horários medidos em um dia. 
 Com as informações das temperaturas nos 3 (três) horários durante os 3(três) dias, irão ser 
extraídas médias diárias e gerados gráficos para as 3(três) temperaturas aferidas a de contato, 
ambiente interna e externa, desse modo, será possível uma comparação de cada dia entre as 
temperaturas nas três situações. 
 A partir dos dados atingidos com os gráficos das médias diárias de cada manta para as 
temperaturas externas e internas, será gerado primeiramente um percentual da diminuição da 
temperatura ambiente interna dos protótipos e relação a externa. 
 Em seguida afim de comparar desempenho de cada manta foi gerada uma média que engloba 
as médias dos três dias analisados para cada manta em cada telhado, sendo realizado um percentual 
da temperatura de uma em relação a outra, nos dois tipos de telhados, ou seja, da manta que possuir 
menor temperatura em relação a que possui maior temperatura. 
 
35 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A seguir são apresentados tabelas e gráficos desenvolvidos a partir dos dados obtidos nas 
coletas das temperaturas de contato da manta, do ambiente externo e do ambiente interno, numa 
periodicidade de 3(três) vezes ao dia durante os 3(três) dias para cada tipo de telha com as mantas 
instaladas, de acordo com a análise e hipóteses propostas. 
4.1 Análise das temperaturas de contato das mantas Flex Foil e Tetra pak instaladas com telha 
de fibrocimento 
 As temperaturas contidas na tabela 1, expõem a comparação entre as duas mantas nos três 
horários de medição durante um dia de grande incidência solar, onde pode-se observar que as 
09:00hrs da manhã a temperatura na superfície da manta chegou a 42°C, além da alta temperatura 
neste dia também há a troca de calor entre a manta e a cobertura existente. Ainda no gráfico 1, é 
observado que a temperatura na manta tetra pak permanece com uma constante durante as medições 
realizadas, enquanto que a flex foil apresenta uma diminuição abrupta ao longo das medições. 
Tabela 1: Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a telha de 
fibrocimento, no dia 2 de maio de 2019. 
HORÁRIO MANTA TETRA PAK MANTA FLEX FOIL 
09:00 horas 42,00°C 41,20°C 
12:00 horas 35,90°C 30,70°C 
15:00 horas 35,20°C 32,30°C 
Fonte: Autoras, 2019. 
Gráfico 1: Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak instaladas em 
cobertura de telha de fibrocimento no dia 02 de maio de 2019.
 
Fonte: Autoras, 2019. 
0º
5º
10º
15º
20º
25º
30º
35º
40º
45º
9 HRS 9 HRS 12 HRS 12 HRS 15 HRS 15 HRS
TETRA PAK FLEX FOIL
36 
 
As medições realizadas no segundo dia são visualizadas na tabela 2 a seguir, assim como no 
primeiro dia de medição, é notável que a manta flex foil possui uma temperatura em sua superfície 
inferior à da manta tetra pak. 
Tabela 2: Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a 
telha de fibrocimento, no dia 4 de maio de 2019. 
HORÁRIO MANTA TETRA PAK MANTA FLEX FOIL 
09:00 horas 31,80°C 27,60°C 
12:00 horas 37,80°C 36,30°C 
15:00 horas 37,30°C 31,60°C 
Fonte: Autoras, 2019. 
 
Gráfico 2: Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a 
telha de fibrocimento no dia 04 de maio de 2019.
 
Fonte: Autoras, 2019. 
Como visto no gráfico 2, observa-se que as temperaturas das mantas vão aumentando 
conforme as duas primeiras medições, com um decréscimo da manta flex foil no último horário 
coletado e uma estabilização da manta flex foil. 
 Na tabela 3 e no gráfico 3 abaixo, se verifica um aumento gradativo das temperaturas na área 
da manta flex foil instalada na cobertura de fibrocimento, do mesmo modo se comporta a manta de 
caixas de tetra pak, nos dois primeiros horários esta teve um aumento de temperatura em sua 
superfície de 4,7°C, de 31,20°C as 09:00 horas para 35,90°C as 12:00 horas permanecendo 
praticamente constante no horário da terceira medição com 35,20°C. 
0º
5º
10º
15º
20º
25º
30º
35º
40º
9 HRS 9 HRS 12 HRS 12 HRS 15 HRS 15 HRS
TETRA PAK FLEX FOIL
37 
 
Tabela 3: Dados obtidos com a aferição do termômetro de contato nos protótipos com a telha de 
fibrocimento, no dia 5 de maio de 2019. 
HORÁRIO MANTA TETRA PAK MANTAFLEX FOIL 
09:00 horas 31,20°C 27,30°C 
12:00 horas 35,90°C 30,70°C 
15:00 horas 35,20°C 32,30°C 
Fonte: Autoras, 2019. 
 
Gráfico 3: Comparativo entre a temperatura de contato da manta Flex Foil e Tetra Pak sob a 
telha de fibrocimento no dia 05 de maio de 2019.
 
Fonte: Autoras, 2019. 
A partir da análise das temperaturas médias de contato na superfície das mantas com o telhado 
de fibrocimento, foi gerado um gráfico, onde nele estão reunidas as médias obtidas através do 
somatório das temperaturas coletadas nas três horas do dia. 
Gráfico 4: Comparativo entre as médias diárias da temperatura de contato das mantas Tetra Pak e 
Flex Foil sob o telhado de fibrocimento. 
 
Fonte: Autoras, 2019. 
0º
5º
10º
15º
20º
25º
30º
35º
40º
9 HRS 9 HRS 12 HRS 12 HRS 15 HRS 15 HRS
TETRA PAK FLEX FOIL
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
DIA 02 DIA04 DIA 05
TETRA PAK FLEX FOIL
38 
 
De acordo com o gráfico 4, é visível que a manta tetra pak destacou-se em relação a alta 
temperatura em sua superfície, onde nas médias encontradas há um diferença de cerca de 4°C da 
manta tetra pak para a manta flex foil, o que em percentual representa uma alta de 7% da temperatura 
na superfície. 
4.2 Análise das temperaturas ambiente no interior dos protótipos com uso das mantas Flex Foil 
e Tetra pak nas coberturas

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