Buscar

Como funcionam as anestesias

Prévia do material em texto

Como funcionam as anestesias
Os anestesistas geralmente combinam:
· agentes locais 
· inalatórios
· intravenosos 
Anestesia Local 
Bloqueia os sinais de dor de uma parte específica do corpo, não deixando que chegue ao cérebro. A dor e outras mensagens viajam pelo sistema nervoso como impulsos elétricos. A anestesia local funciona armando uma barricada elétrica. Ela se liga às proteínas nas membranas celulares dos neurônios que deixam partículas carregadas entrar e sair e impedem partículas de carga positiva de entrar. 
Um composto que faz isso é a cocaína, cujos efeitos analgésicos foram descobertos por acaso, quando um residente de oftalmologia pôs um pouco em sua boca. Ela ainda é eventualmente usada como anestésico, mas muitas das anestesias locais mais comuns têm uma estrutura química semelhante e funcionam da mesma maneira.
Anestesia inalatória 
Porém, em cirurgias maiores, em que é preciso estar inconsciente, você vai querer algo que aja em todo o sistema nervoso, inclusive no cérebro. É isso que a anestesia inalatória faz. Na medicina ocidental, o éter etílico foi o primeiro anestésico mais comum. Era mais conhecido como droga recreativa, até que os médicos começaram a perceber que, às vezes, as pessoas não sentiam ferimentos infligidos quando estavam
sob influência da droga. Na década de 1840, começaram a sedar pacientes usando éter durante extrações dentárias e cirurgias. O óxido nitroso tornou-se popular nas décadas seguintes e é usado até hoje, embora derivados de éter, como o sevoflurano, sejam mais comuns. 
Anestesia Intravenosa
A anestesia inalatória normalmente é
incrementada com a intravenosa, que foi desenvolvida na década de 1870. Entre os agentes intravenosos comuns estão sedativos, como o propofol, que induzem à inconsciência, e os opioides, como o fentanil, que reduzem a dor. Esses anestésicos comuns também parecem funcionar afetando sinais elétricos no sistema nervoso..
Normalmente, os sinais elétricos do cérebro são uma melodia caótica. Essa conectividade mantém você acordado e alerta. Porém, quando anestesiado, esses sinais ficam mais calmos e mais organizados, sugerindo que diferentes partes do cérebro não estão mais se comunicando. Ainda há muito que não sabemos sobre como exatamente isso acontece. Muitos anestésicos comuns se ligam ao receptor GABA-A nos neurônios do cérebro. Eles mantém a passagem aberta, permitindo que partículas de carga negativa entrem na célula. A carga negativa se acumula e age como uma barreira, evitando que o neurônio transmita sinais elétricos. O sistema nervoso tem muitos desses canais, que controlam passagens para o movimento, para a memória e para a consciência. A maioria dos anestésicos provavelmente age em mais de um desses, e não age apenas sobre o sistema nervoso. Muitos anestésicos também afetam o coração, os pulmões e outros órgãos vitais.
Como os anestésicos primitivos, que incluíam venenos conhecidos como a cicuta e o acônito, as drogas modernas podem ter efeitos colaterais graves. Por isso, um anestesista precisa misturar a quantidade certa de drogas para obter todos
os benefícios da anestesia, enquanto monitora cuidadosamente os sinais vitais do paciente e ajusta a mistura de drogas como for necessário.

Continue navegando