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Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia � É um aparelho que tem a propriedade de transformar a corrente elétrica alternada de baixa frequência em corrente de alta frequência. (CMBA;Brito,1995). Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Uma unidade eletrocirúrgica (bisturi eletrônico) produz efeitos no tecido biológico pela concentração de uma corrente elétrica de alta densidade no tecido alvo. A corrente elétrica é conduzida do gerador eletrocirúrgico através de um circuito completo constituído de cabos isolados, eletrodos, do paciente e do próprio gerador eletrocirúrgico. Unidade de eletrocirugia – bisturi elétrico. Os efeitos eletrocirúrgicos dependem de fatores como : � Tipo do eletrodo; � Modo de saída; � Técnica cirúrgica. Acessórios do bisturi elétrico 7 Acessórios Eletrodos ativos 8 Acessórios Eletrodos Passivos 9 Acessórios Eletrodos Pedais 10 As Unidades Eletrocirúrgicas � A Técnica Monopolar A Técnica Bipolar Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Bisturi bipolar e monopolar: 1. Pólo ativo e neutro localizam-se na mesma pinça, utilizada pelo cirurgião. 2. Os potenciais gerados são menores que as geradas pelos monopolares. 3. Utilizadas em intervenções mais delicadas. 4. Dispensa o uso de placa dispersiva. 5. O mais freqüentemente usado é o monopolar. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Finalidades: 1. Coagulação: oclusão dos vasos sanguíneos, por meio da solidificação das substâncias protéicas e retração dos tecidos. 2. Dissecção: secção dos tecidos por meio da dissolução da estrutura moléculo-celular destes, havendo desidratação e fusão das células próximas ao eletrodo positivo. 3. Fulguração: consiste na coagulação superficial, indicada para eliminar pequenas proliferações celulares cutâneas e remover manchas. 13 Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia n Os Efeitos Eletrocirúrgicos Dissecação Fulguração / Corte Coagulação Coagulação e dissecção Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia: � Monitorização do eletrodo de retorno: Os bisturis elétricos mais utilizados são aterrados e com sistema REM. A corrente elétrica é devolvida ao fio terra após ter atravessado o corpo do paciente. Em bisturis com este sistema, se a placa desconectar-se durante o uso do aparelho, o gerador deixa de enviar corrente e soa o alarme de desconexão de placa, evitando a queimadura do paciente. REM (monitorização do retorno de eletrodo) LOCAIS PARA COLOCAÇÃO DA PLACA � Panturrilha; � Face posterior da coxa; � Região glútea. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia: Cuidados na utilização do bisturi elétrico: 1. É de responsabilidade do circulante de sala cirúrgica a colocação da placa dispersiva no paciente; 2. Posicionar a placa dispersiva em área de massa muscular (panturrilha, face posterior da coxa, glúteos) próxima ao sítio cirúrgico. 3. Colocar a placa dispersiva afastada das próteses metálicas. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia: Cuidados na utilização do bisturi elétrico: 4. Evitar colocar a placa em superfícies pilosas, em pele escarificada, saliências ósseas, pois diminuem o contato da placa com o corpo do paciente. 5. Utilizar gel específico para aumentar a condutibilidade entre a placa e o corpo do paciente. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia: Cuidados na utilização do bisturi elétrico: 6.Colocar a placa após o posicionamento do paciente. 7. Manter o paciente sobre superfície seca. 8. Não permitir o contato do paciente com partes metálicas da mesa ou acessórios. 9. Atentar para o risco de combustão quando houver utilização de antissépticos e anestésicos passíveis de combustão (éter anestésico). Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia: Cuidados na utilização do bisturi elétrico: 10.Verificar a limpeza da placa dispersora antes de aplicar o gel condutor. 11. Checar a conexão placa-paciente e alarmes antes de iniciar o procedimento cirúrgico. 12. Examinar conexão da placa ao bisturi e ao paciente caso o corte e a coagulação estejam inadequados. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Causas de defeito na via de retorno: 1. Contato inadequado entre paciente e placa. 2. Colocação inadequada da placa. 3. Conexão inadequada da placa ao cabo (fratura). 4. Oxidação entre das conexões (placa e cabos). 5. Desconexão entre o bisturi e o cabo de placa. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Intensidade da corrente: Deve ser tão baixo quanto possível para cada procedimento. Deve ser determinada pelo cirurgião em conjunto com as recomendações do fabricante e confirmadas verbalmente pelo circulante da sala de operações. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Situações de risco de acidentes: 1. Presença de álcool ou similares no campo operatório. 2. Redução da área de contato entre a placa dispersiva e o paciente. 3. Interrupção parcial ou total de contato da placa com a UEC. 4. Presença de liquido em contato com a placa. Um Diagnóstico das Unidades Eletrocirúrgicas / Seminários LABMEC - 2003 24 Os Riscos Eletrocirúrgicos � Choques; � Queimaduras ; � Fumaça cirúrgica; � Incêndios; � Interferência eletromagnética em outros equipamentos. 25 Os Riscos Eletrocirúrgicos � Fatores de riscos associados às unidades eletrocirúrgicas: � Mau funcionamento do equipamento (operacional); � Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração adequada); � Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário); � Desatenção do usuário. 26 Os Riscos Eletrocirúrgicos Os Riscos Eletrocirúrgicos Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Marca-passo e o uso do bisturi elétrico: Aspectos de devem ser considerados: 1. Classificação dos marca-passos quanto à: � Localização: Interna ou externa. � Mecanismo de funcionamento: não competitivos ou competitivos. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia 2. Possíveis complicações: � Desprogramação do marca-passo. � Arritmias cardíacas. � Fibrilação ventricular. � Dano ao gerador de marca-passo. Observações: Os marca-passos mais modernos são blindados e bloqueiam a interferência eletromagnética gerada pelo bisturi elétrico. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia 3. Cuidados especiais: � Usar preferencialmente bisturi bipolar. � Caso seja monopolar; observar para que o trajeto da corrente elétrica gerada pelo bisturi (placa e caneta) não passe pela área do marca-passo. � A caneta deve estar pelo menos 15 cm do gerador e de seus cabos. � Monitorar o ritmo cardíaco e a presença de espículas de marca-passo. � Utilizar baixas potencias nos bisturis elétricos. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Cuidados especiais: � Utilizar o bisturi elétrico em breves períodos, observando o ritmo e a freqüência nos intervalos de uso. � Desativar o sistema de demanda com magneto, fixando a freqüência e o estímulo; se ocorrerem sérias interferências. � Ter na sala de operações: Gerador de marca-passo externo e eletrodo provisório. Assistência de Enfermagem na Unidade de eletrocirurgia Práticas recomendadas para a utilização segura de equipamentos eletromédicos Projeto 3:62, 1-014, da ABNT:” diretrizes para o pessoal administrativo, médico e de enfermagem envolvido na utilização segura de equipamento eletromédicos”
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