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INSTITUTO FEDERAL DO SUDESTE DE MINAS GERAIS CAMPUS JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES DESENHO ARQUITETÔNICO Caderno Didático Walcyr Duarte Nascimento Professor Titular Juiz de Fora - MG Fevereiro, 2019 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 2 APRESENTAÇÃO Este Caderno Didático destina-se aos alunos do Curso Técnico em Edificações do IF Sudeste MG - Campus Juiz de Fora. Foi inteiramente baseado na apostila de Desenho Arquitetônico do Professor Aurélio Marangon Sobrinho, já aposentado, meu amigo e companheiro de trabalho por quase vinte anos. Marangon me deixou como legado seu profissionalismo, sua dedicação à docência de qualidade e a apostila acima citada. A ele expresso meus sinceros agradecimentos. Nas últimas décadas tem sido intenso o desenvolvimento da ciência e tecnologia em todas as áreas, inclusive na de área de expressão gráfica (holografia a laser, desenho auxiliado por computador, impressora 3D, etc.). O desenho de engenharia e a tecnologia gráfica constituem um dos principais métodos de comunicação em ciência. A expressão gráfica na construção tem sido o mais importante curso de todos para a formação de técnicos, arquitetos e engenheiros, pois é inquestionável sua relevância como o principal meio de comunicação entre projetistas e as pessoas envolvidas no processo da construção de obras. Portanto, todos os estudantes de Edificações devem dominar bem o conhecimento da expressão gráfica aplicada à construção e praticá-la. Só assim os futuros técnicos terão ascensão na vida profissional. Esta apostila foi preparada com a finalidade de repassar aos estudantes do curso técnico em edificações grande parte do conhecimento do desenho arquitetônico necessário para inseri-los no mercado de trabalho. Para aqueles que desejarem aprofundar no assunto, devem consultar as referências no final deste caderno. “Desenhar é transcrever suas idéias no papel por meio de um instrumento.” Walcyr Duarte Nascimento. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 3 ÍNDICE CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO, 4 CAPÍTULO II – INSTRUMENTOS GRÁFICOS, 5 CAPÍTULO III – VISTAS AUXILIARES, 8 CAPÍTULO IV – REPRESENTAÇÃO, 10 CAPÍTULO V – PLANTA BAIXA, 17 CAPÍTULO VI – CORTES, 18 CAPÍTULO VII – FACHADA, 19 CAPÍTULO VIII – PLANTA DE COBERTURA, 20 CAPÍTULO IX – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO, 21 CAPÍTULO X – DEFINIÇÕES, 22 CAPÍTULO XI - CÓDIGO DE OBRAS DE JUIZ DE FORA, 24 CAPÍTULO XII – ESCADAS, 29 CAPÍTULO XIII – PROJETO N° 1, 36 CAPÍTULO XIV – PROJETO N° 2, 40 CAPÍTULO XV – CONCEPÇÃO DE UM PROJETO, 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 47 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 4 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO Ao iniciar o estudo da expressão gráfica através do curso de Desenho Técnico, o aluno entende o valor desta arte na sua vida profissional. O curso de Desenho Arquitetônico amplia em demasia este conhecimento e equipara-se ao aprendizado de uma linguagem verbal estrangeira. A expressão gráfica é um dos melhores meios de comunicação entre os seres humanos e esta linguagem possui artifícios inimagináveis, sendo que alguns deles serão apresentados no decorrer do curso. Imagina alguém usando a linguagem verbal para descrever um quadro de um pintor famoso da renascença. Quem ouvir essa descrição sentirá uma sensação gratificante e certamente entenderá a beleza da obra. Imagina agora um aluno do curso de edificações desenhando profissionalmente uma residência familiar. Com precisão, quem não entende de desenho arquitetônico jamais entenderá a magnitude e os detalhes existentes na edificação descrita. Daí a importância da expressão gráfica na vida profissional do técnico em edificações. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 5 CAPÍTULO II INSTRUMENTOS GRÁFICOS Para se registrar uma informação no papel é necessário usar instrumentos e equipamentos mesmo sendo o desenho feito a mão livre usando lápis, borracha e papel. As linhas utilizadas nos desenhos são retas e curvas. Para traçá-las, necessita-se de instrumentos de desenho tais como esquadros, réguas, compasso e curva francesa. 2.1 – PAPÉIS DE DESENHO a) PAPEL CANSON: O papel de desenho é um papel opaco fino sobre o qual os desenhos são feitos a lápis. Os papeis nos formatos A3 e A4 serão utilizados nas atividades deste curso. b) PAPEL MANTEIGA: O papel manteiga é um papel transparente fino sobre o qual os desenhos são feitos a lápis. Sua transparência facilita a cópia de desenhos e a transposição de linhas. c) PAPEL VEGETAL: O papel vegetal é um papel transparente fino sobre o qual os desenhos são feitos, principalmente, à tinta nanquim. Não será usado neste curso. 2.2 – FITAS ADESIVAS O papel a ser usado estará preso à prancheta por uma fita adesiva. 2.3 – LÁPIS O instrumento básico para o desenho é o lápis de grafite feito em durezas diferentes. Os lápis de desenho são numerados por algarismos e letras: do 6B até o 2B, são macios; depois vem B, HB e H, que são os de graus médios; depois vão de 2H até 7H, os mais duros. Os tipos macios são mais usados para desenho a mão livre e os mais duros para desenhos com instrumentos. 2.4 – BORRACHA Deve ser macia para não arranhar o papel de desenho ou deixar vestígios. 2.5 – TINTA Deve ser usada somente no papel vegetal. Não será usada em nosso curso. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 6 2.6 – ESQUADROS Os esquadros são feitos de material plástico, mas devido à dilatação térmica, algumas vezes sua precisão deve ser verificada. 2.7 – ESCALAS As escalas são feitas em uma variedade de graduações para se adequar aos diferentes tipos de trabalho, por exemplo, os desenhos que compõem um projeto arquitetônico geralmente são concebidos em escalas diferentes, por exemplo: Planta baixa, 1:50; Locação e Situação, 1:200. 2.8 – COMPASSO São instrumentos destinados ao traçado de curvas regulares, isto é, de arcos de circunferência. 2.9 – CURVAS As réguas curvas destinadas ao desenho de curvas irregulares (aquelas que não são arco de circunferência) são chamadas de curva francesa. 2.10 – RÉGUA T É um instrumento destinado a traçar retas horizontais e dar suporte aos esquadros para traçar linhas verticais e inclinadas. A régua T deve ser usada com o cabeçote apoiado ao lado esquerdo da prancheta e traçar as linhas horizontais da esquerda para a direita, mas se o desenhista for canhoto, deve inverter a régua T para a direita e traçar as linhas horizontais da direita para a esquerda com a luz vindo da direita. 2.11 – RÉGUA PARALELA Geralmente já vem instalada na prancheta de desenho e funciona de forma semelhante à régua T. 2.12 – DIMENSÕES DOS FORMATOS DO PAPEL DA SÉRIE A No projeto arquitetônico, devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento. A4 – 210 x 297 A3 – 297 x 420 A2 – 420 x 594 A1 – 594 x 841 A0 – 841 x 1189 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 7 O formato fixado pelas normas da ABNT é o retângulo harmônico “raiz de 2”, pois é o que mais agrada a vista humana. O lado maior do papel é igual ao lado menor multiplicado por “raiz de 2”. Por exemplo: 210 x √2 = 210 x 1,4142 =297. Apenas os formatos A4 e A3 serão utilizados nas aulas práticas deste curso de desenho arquitetônico e suas medidas devem ser memorizadas. 2.13 – COMO ARQUIVAR OS DESENHOS Nos escritórios de desenho o arquivamento é feito de duas maneiras: a) Mapoteca: O papel é guardado sem dobras noarquivo denominado mapoteca. b) Pastas: Neste caso, as folhas são dobradas, o que é mais usual. As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação através da aba em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda (vide Figura abaixo). É importante lembrar que não se dobra um papel vegetal. 2.14 – RELAÇÃO DE MATERIAL A SER USADO EM NOSSO CURSO - Compasso; - Lapiseira 0,5 mm; - Fita adesiva; - Borracha; - Régua T ou régua paralela; - Par de esquadros 45°/60° ( de 32 a 42 cm); - Gabarito de peças sanitárias; - Escalímetro triangular de 30 cm Trident n°1 ou 50/1. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 8 CAPÍTULO III VISTAS AUXILIARES As vistas auxiliares são as projeções especiais usadas para facilitar e completar as descrições ortográficas de uma forma. A Figura abaixo ilustra, segundo a geometria descritiva, a representação do ponto A e sua projeção em três planos ortogonais: Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 9 De forma semelhante, imagine agora um sólido cuja projeção se deseja no espaço formado pelo triedro triretângulo (espaço formado por 3 planos normais entre si), como ilustrado na Figura a seguir. Essa Figura demonstra como se obtém a projeção do sólido sobre os três seguintes planos considerados: (1) plano horizontal – PH; (2) plano vertical – PV; e (3) plano lateral - PL. As projeções 1, 2 e 3 da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando de nome. Neste caso, a projeção no plano horizontal 1 é conhecida como Planta de Cobertura. De forma semelhante, tem-se também a Planta de Situação e Locação e a Planta Baixa. A projeção no plano vertical 2 é conhecida como Fachada e também há o corte transversal. A projeção no plano lateral 3 é conhecida como Fachada Lateral e também há o Corte Longitudinal. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 10 CAPÍTULO IV REPRESENTAÇÃO O Objetivo deste capítulo é trata da elaboração dos projetos de arquitetura segundo a norma da ABNT NBR6492 - Representação de projetos de arquitetura. Conceitualmente, será representado graficamente a obra a executar com todos os detalhes necessários a sua realização. Esta representação é feita através de escalas gráficas regulamentadas pelo código de obra. Os desenhos que compõem um projeto de arquitetura são: - Planta Baixa; - Corte Longitudinal; - Corte Transversal; - Cobertura; - Fachada; - Planta de Situação e Locação. Toda obra para ser edificada necessita ter seu projeto previamente aprovado pela prefeitura da localidade. Deve conter as seguintes informações: - Indicação detalhada do endereço da obra; - Nome do proprietário; - Nome do projetista; - Nome do responsável técnico. Esses dados são colocados na legenda (gabarito, quadro) situada no canto inferior direito de cada prancha desenhada. Atualmente, os projetos são desenhados com o auxílio do computador por meio de softwares específicos (AutoCad). Caso o projeto seja desenhado à mão, primeiramente deverá ser feito a lápis em papel manteiga e em seguida à nanquim em papel vegetal. As escalas mínimas utilizadas para os desenhos são: - 1:100 para as plantas baixa e de cobertura; - 1:50 para cortes e fachadas; - 1:500 para planta de situação e locação; - 1:25 para detalhes. 4.1 – REPRESENTAÇÕES GRÀFICAS DAS CONVENÇÕES USUAIS a) LINHAS A UTILIZAR As espessuras e os tipos de linhas utilizados no desenho possuem significados e servem para transmitir informações sobre os elementos que estão sendo representados. A norma que determinam os tipos e espessuras de linhas a ser dotados para os projetos de arquitetura é a NBR 6492/94 – Representação de projetos de arquitetura. Na prática profissional, os desenhistas que atuam no mercado não seguem Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 11 rigorosamente esta norma e adotam outras convenções que diferem um pouco do que é prescrito na norma. Nesta presente apostila serão apresentadas apenas as convenções usuais de mercado uma vez que facilitam muito o dia-a-dia da prática profissional. Neste caso, adota-se a seguinte regra genérica para a definição da espessura das linhas a serem utilizadas nos projetos de arquitetura: � Elementos estruturais e/ou de alvenaria cortados pelo plano de corte são representados com linhas largas (grossas). � Elementos leves (esquadrias, pisos frios, azulejos, aparelhos, etc.) cortados pelo plano de corte são representados com linhas médias. � Arestas e contornos aparentes observados em vista (não cortados) são representados com linhas estreitas (finas). � Linhas de contorno – Contínuas: são representados com linhas mais largas. � Linhas internas – Contínuas: são representados com linhas largas. � Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas: são representados com linhas médias. � Linhas de projeção - Traço e ponto: Quando se tratar de projeções importantes, são representados com linhas médias. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, e balanços. � Linhas de eixo ou coordenadas - Traço e ponto: são representados com linhas médias e com traços longos. � Linhas de cotas – Contínuas: são representados com linhas estreitas. � Linhas auxiliares – Contínuas: Para construção de desenhos, guia de letras e números, com traço o mais leve possível. � Linhas de indicação e chamadas – Contínuas: são representados com linhas médias. � Linha de silhueta: são representados com linhas médias. � Linha de interrupção de desenho: são representados com linhas médias. b) LINHAS DE COTA As cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1 m e em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1 m, e os milímetros (mm) Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 12 devem ser indicados como se fossem expoentes, conforme o exemplo ilustrado a seguir para um desenho a grafite: As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições: � As linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade; � As linhas de chamada devem parar de 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado; � As cifras devem ter 3 mm de altura, e o espaço entre elas e a linha de cota deve ser de 1,5 mm; � Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha; � Nos cortes, somente marcar cotas verticais; � Evitar a duplicação de cotas. c) LETRAS E NÚMEROS As letras, quando feitas á mão livre, serão sempre maiúsculas e não inclinadas, devendo ter altura de 5 mm ou 3 mm, conforme a ilustração abaixo: Os números, quando feitas á mão livre, serão sempre não inclinados, devendo ter altura de 5 mm ou 3 mm, conforme a ilustração abaixo: NOTAS: - As dimensões das entrelinhas não devem ser inferior a 2 mm. - As letras e cifras das coordenadas devem ter altura de 3 mm. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 13 d) PORTAS Porta em planta em compartimentos de mesmo nível. Porta em corte vista de lado Porta em corte vista de frente e) JANELAS Janela em planta. Janela em planta quando situada acima da linha de corte. Janela em corte vista de lado Janela em corte vista de frente Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 14 f) APARELHOS SANITÁRIOS E DOMÉSTICOS Caso não tenha acesso ao gabarito de peças sanitárias, o aluno deverá utilizar os seguintes desenhos: g) NORTE O norte verdadeiro identifica como a insolação incide nas fachadas. Com os braços abertos e a mão direita na direção que o sol nasce, o nariz aponta para o norte verdadeiro. Na ilustração abaixo,as cotas estão em mm. h) INCLINAÇÃO DAS ÁGUAS DOS TELHADOS (cotas em mm) Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 15 i) COTA DE NIVEL EM PLANTA E EM CORTE (cotas em mm) j) MARCAÇÃO DOS CORTES VERTICAIS (cotas em mm) k) NUMERAÇÃO E TITULOS DOS DESENHOS (cotas em mm) l) DESIGNAÇÃO DAS PORTAS E JANELAS (cotas em mm) Símbolo para identificar portas e janelas e exemplo de quadro de medidas. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 16 4.2 – EXEMPLO DE USO DAS REPRESENTAÇÕES NUMA PLANTA BAIXA 4.3 – REPRESENTAÇÃO EM COMPUTADORES A expressão gráfica em computador combina os métodos da arte gráfica com a capacidade técnica do computador. Em nosso curso as atividades serão realizadas à mão com uso de instrumentos segundo as diretrizes da norma da ABNT NRR 6492, mas esta mesma norma também apresenta as diretrizes do desenho arquitetônico caso as plantas sejam desenhadas com auxílio do computador via softwares específicos como o AutoCad. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 17 CAPÍTULO V PLANTA BAIXA A Planta baixa é um desenho que mostra, como se fosse um corte horizontal em uma construção, todos os elementos especiais da mesma, isto é, os compartimentos que a compõem com suas, dimensões, locais de portas e janelas, entre outras informações. É a seção obtida fazendo-se passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura de um metro e meio, tal que este plano corte as janelas, portas, paredes, etc., ficando bem assinaladas todas as particularidades e detalhes da construção, conforme ilustração de Lamartine Oberg em seu livro de Desenho Arquitetônico. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 18 CAPÍTULO VI CORTES Os cortes (ou seções) são gerados por planos verticais que interceptam as paredes, portas, janelas, lajes, etc., com a finalidade de esclarecer e facilitar a execução da obra. Os cortes tem a finalidade de demonstrar as diferentes alturas dos peitoris, portas, janelas, vergas, espessura das lajes de teto e piso, detalhes da cobertura e fundações. Nos projetos de arquitetura é conveniente apresentar no mínimo dois cortes, um longitudinal e outro transversal. Para se desenhar os cortes é recomendado o uso da planta baixa, que deverá ser colocada fixa na parte superior da prancheta, e dali, transporta-se todas as medidas para o corte utilizando-se a régua paralela (ou a régua T) e os esquadros. Logo após, retira- se a planta baixa e complementa-se o desenho do corte. Corte longitudinal. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 19 CAPÍTULO VII FACHADA A Fachada (ou elevação) é a vista do lado externo da edificação. Geralmente não possui cotas e mostram os materiais de acabamento externo especificados pelo projetista. Quando a fachada é desenhada na mesma escala que a planta baixa e os cortes, o desenho se torna mais fácil, pois não há necessidade de cálculos para a mudança de escala. Assim, o desenho é feito utilizando-se a planta baixa e os cortes com o auxílio da paralela e dos esquadros. Fachada. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 20 CAPÍTULO VIII PLANTA DE COBERTURA A Planta de Cobertura é aquela que se obtém fazendo a projeção ortogonal do telhado em um plano horizontal. A figura abaixo apresenta a Planta de Cobertura de um telhado composto por duas águas (os dois planos inclinados) e uma cumeeira central. As duas setas indicam o sentido da descida das águas das chuvas. As linhas externas contínuas de espessura média representam a projeção do telhado no terreno e as linhas internas tracejadas finas representam os contornos externos das paredes da edificação. Planta de Cobertura. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 21 CAPÍTULO XI PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO 9.1 - PLANTA DE SITUAÇÃO É um desenho que mostra a forma e a posição do terreno, com suas dimensões, em relação ao logradouro com sua largura e a do passeio. Situa o lote em relação à rua adjacente. 9.2 - PLANTA DE LOCAÇÃO É um desenho que indica a posição de implantação da edificação no terreno, as suas dimensões e afastamentos das divisas. Loca (localiza) a projeção da área construída no lote. 9.3 – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO Normalmente, para fins de facilitar o trabalho, apresentam-se em um mesmo desenho as plantas de situação e locação. Neste caso, o desenho denomina-se de Planta de Situação/Locação, devendo obrigatoriamente indicar a orientação do terreno em relação a rua e a localização da projeção da construção no lote. Descriminando, a planta deverá conter: a) dimensões do terreno – testada, profundidade e linha de fundos; b) afastamentos frontal e laterais; c) rua adjacente com as dimensões do passeio e do logradouro d) orientação. Planta de Situação e Locação. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 22 CAPÍTULO X DEFINIÇÕES 10.1 – DEFINIÇÕES � ALINHAMENTO ou TESTADA: É a linha projetada e locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro público � ANDAR: É qualquer pavimento acima do rés do chão (piso) ou nível da rua. � ÁREA: É a parte do lote do terreno não ocupada por edifício. � ÁREA PRINCIPAL: Área principal é a área destinada a iluminar e ventilar compartimentos de permanência prolongada. � ÁREA SECUNDÁRIA: Área secundária é a área destinada a iluminar e ventilar compartimentos de permanência transitória. � ÁREA ABERTA: É a área cujo perímetro é aberto em parte sendo guarnecido pelo menos em dois dos seus lados por paredes do edifício. � ÁREA FECHADA: É a área guarnecida por paredes em todo seu perímetro. � ÁREA EDIFICADA: É a soma das áreas com cobertura do edifício. � ÁREA LATERAL OU PASSAGEM: É a área que se estende sem interrupção desde o alinhamento ou área de frente até a área de fundo ou a divisa de fundo. � LOGRADOURO PÚBLICO: É toda a parte da superfície da cidade destinada ao trânsito público. � PÉ DIREITO: É a distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 23 � SOBRE-LOJA: É o pavimento de pé-direito reduzido não inferior 2,5 m situado imediatamente acima da loja ou do pavimento térreo. � TAXA DE OCUPAÇÃO: Taxa de ocupação (TO) é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre área da projeção horizontal da edificação ou área ocupada e a área do lote. TO = Área da projeção horizontal da edificação Área do lote � TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO: A taxa de impermeabilização (TI) é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre a área total da superfície impermeabilizada sobre o lote e a área do lote. T I= Área total da superfície impermeabilizada Área do lote � COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO: Coeficiente de aproveitamento (CA) é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre a área total edificada e a área do lote. � AFASTAMENTO: O afastamento é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a distância entre a edificação e o limite do lote na forma de: - afastamento frontal; - afastamentos laterais; - afastamento de fundos. � PEITORIL: É a distância do piso à face inferior da janela. 10.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS Os compartimentos classificam-se em: de permanência prolongada; de utilização transitória; e de utilização especial. a) COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA PROLONGADA (diurna e noturna): dormitórios, lojas ou armazéns, gabinetes de trabalho, escritórios, consultórios, sala de estar, dependência de empregada, e outros de destinação semelhante. b) COMPARTIMENTOS DE UTILIZAÇÃO TRANSITÓRIA: vestíbulos, sala de entrada, de espera, cozinhas, rouparia,instalação sanitária, arquivo, depósito e outros de destinação semelhante. c) COMPARTIMENTOS DE UTILIZAÇÃO ESPECIAL: São compartimentos de utilização especial aqueles que, pela sua finalidade, dispensam aberturas para o exterior, tais como: câmara escura, câmara fria, frigorífico, adega, despensa, circulação e hall interno, hall de elevador e/ou de escada com comprimento inferior a 10,00m, closet, escadas de acesso à casa de máquinas ou à caixa d’água e outros de utilização similar. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 24 CAPÍTULO XI CÓDIGO DE OBRAS DE JUIZ DE FORA A atual Legislação Urbana de Juiz de Fora foi elaborada para propiciar a interlocução entre os profissionais da área (técnicos, arquitetos, engenheiros e analistas de projetos), contribuir para qualidade técnica dos projetos e dar maior celeridade em sua tramitação no âmbito da Secretaria de Atividades Urbanas. A Prefeitura disponibiliza o livro (versão em PDF) da Legislação Urbana de Juiz de Fora no seguinte site: https://www.pjf.mg.gov.br/leis_urbanas/compilacao.php O livro da Legislação Urbana de Juiz de Fora contém a legislação de Parcelamento Urbano - Lei 6908/86, o Código de Edificações - Lei 6909/86 - e a Lei de Uso e Ocupação do Solo - Lei 6910/86. Neste caderno didático será apresentado apenas o que mais interessa aos estudantes de edificações sobre a Lei 6909 que trata das normas edílicas de Juiz de Fora. Qualquer assunto não abordado de interesse do aluno poderá ser pesquisado no livro, como por exemplo, o roteiro para solicitação de aprovação de projetos. 11.1 – ÁREAS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO a) DAS ÁREAS PRINCIPAIS E ÁREAS SECUNDÁRIAS � A área principal destinada a iluminar e ventilar compartimentos de permanência prolongada. Deve ter área mínima de 10 m² e pode ser classificada como aberta (AA), semiaberta (AS) ou fechada (AF), observando- se as figuras elucidativas abaixo: Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 25 � ÁREA ABERTA (AA) é a área que possui pelo menos uma de suas faces voltada: - para um logradouro público; - para outra área, desde que esta permita a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 15 m e atenda as seguintes condições: I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 1,50 m; III - a inscrição do círculo com o diâmetro mínimo necessário deve ser possível em toda a extensão da área. � ÁREA SEMIABERTA (AS) é a área que possui pelo menos uma de suas faces voltada para uma área aberta e atenda as seguintes condições: I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 1,70 m; III - a inscrição do círculo com o diâmetro mínimo necessário deve ser possível em toda a extensão da área; � ÁREA FECHADA (AF) é a área que não se enquadra como aberta ou semiaberta e atenda a seguinte condição: I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 2 m; � Área secundária é a área destinada a iluminar e ventilar compartimentos de permanência transitória e deverá satisfazer as seguintes condições: I – O afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe fique oposta deverá permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 1,50 m. II – Ter área mínima de 6 m². b) VÃOS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO � Todo compartimento, seja qual for o seu destino, deverá ter, em plano vertical, pelo menos um vão aberto diretamente para logradouros públicos, ou para uma área ou suas reentrâncias. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 26 � As áreas dos vãos serão expressas em fração da superfície do compartimento, medidas em projeção horizontal, de acordo com o quadro seguinte: Natureza do compartimento Dando para as áreas descobertas ou diretamente voltadas para o exterior Dando para áreas cobertas De permanência prolongada em geral 1/6 1/5 De Permanência transitória 1/8 1/6 � Serão permitidos poços de ventilação para banheiros e instalações sanitárias, observada as seguintes condições: I – Terem seção transversal com uma área correspondente a 0,60 m² para cada pavimento, não podendo esta área ser inferior a 1 m². II – Permitirem a inscrição de um círculo de 1 m de diâmetro. � Será admitida para a instalação sanitária a ventilação através de duto horizontal, desde que atenda as seguintes condições, observada a figura elucidativa: - ter seção transversal com área mínima de 0,36 m² com ventilação permanente; - ter altura mínima de 0,30 m (trinta centímetros); - ter distância máxima de 5 m entre o vão de ventilação e a parede mais afastada da instalação sanitária. � Será admitida também, a ventilação produzida mecanicamente de acordo com as normas da ABNT. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 27 c) VÃOS DE ACESSO � Os vãos livres de passagem deverão obedecer a uma altura mínima de 2 m e a seguinte largura: � vão livre de acesso interior-exterior: 80 cm para residências, salas e similares; 11.2 - COMPARTIMENTOS a) DIMENSÕES MÍNIMAS DOS PÉS DIREITOS � 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros), no mínimo, para cozinha, copa, despensa, compartimentos sanitários, corredores de circulação e área de serviço; � 2,30 m (dois metros e trinta centímetros), no mínimo, para garagem e pilotis, não se permitindo elemento estrutural abaixo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros); � 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros), no mínimo, para os demais casos. � 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) para os halls de escada. b) MEDIDAS GERAIS MÍNIMAS � Os compartimentos de uso prolongado terão as seguintes áreas mínimas: � Salas: 9 m²; � Quartos: 8 m²; � Quarto de empregada: 4 m². � Os compartimentos deverão permitir a inscrição de um círculo com o diâmetro mínimo de 1,80 m para o quarto de empregada e 2 m para os demais cômodos. c) COPAS E COZINHAS � As cozinhas devem satisfazer às seguintes condições: I - ter área mínima de 4 m²; II - ter forma que permita a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 1,60 m. III - Quando a cozinha for integrada à sala através de balcão ou bancada, ficará dispensada do atendimento dos incisos deste artigo, podendo inclusive ser ventilada através da sala. � As despensas poderão ser localizadas tanto nas cozinhas quanto nas áreas de serviço. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 28 d) COMPARTIMENTOS SANITÁRIOS � Os compartimentos sanitários deverão satisfazer às seguintes condições: I - área mínima de 1,50 m², permitindo a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 1 m; II - paredes de 1,50 m de altura e os pisos revestidos de material liso e impermeável; III - os vãos mínimos de iluminação e ventilação terão área de 0,36 m². Nota: Toda unidade autônoma deverá ter, no mínimo, uma instalação sanitária. e) CORREDORES � Para as edificações unifamiliares residenciais, os corredores terão largura de 90 cm. f) ESCADAS INTERNAS NAS RESIDENCIAS � A recomendação é de 90 cm de largura no mínimo. g) GARAGENS � A vaga para automóvel deverá ter dimensão mínima de 2,30 m x 4,50 m, ser livre de qualquer obstáculo, devendo sua localização ser indicada na planta baixa do compartimento de garagem. � Os acessos às garagens não podem ter dimensão superior a 40% da testada do terreno. a) Nos terrenos com testada igual ou inferior a 15 m, o acesso de veículos pode ter dimensão máxima de 6 m. b) Nas edificações situadas em terrenos de esquina, o acesso de veículos deve distar, no mínimo, 5 m do ponto de encontro daconcordância dos alinhamentos. c) A remoção ou o corte de árvores existentes nos passeios públicos só poderá ser executado com autorização do Poder Executivo. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 29 CAPÍTULO XII ESCADAS 12.1 - CONCEITO E TERMOS TÉCNICOS As escadas são construções destinadas a permitir a circulação vertical fácil e o livre acesso entre dois ou mais pisos situados em níveis diferentes, sendo compostas de planos horizontais e verticais sucessivos, os degraus e patamares. 12.2 - PROPORÇÕES DOS DEGRAUS a) Altura dos degraus (ou espelho “e”): O espelho “e” dos degraus (ou altura dos degraus) pode variar de 16 a 19 cm, sendo que, no caso de residências, é conveniente fixar em 17 cm. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 30 b) Largura dos degraus (ou piso “p”): O piso “p” dos degraus (ou largura do degrau) deve ser fixado de modo que o pé se assente facilmente no degrau, sendo conveniente fixar seu valor entre 28 a 32 cm. c) Patamar: A cada 3,20 m de desnível ou 16 degraus, medindo no mínimo 1,20 m na direção do movimento. 12.3 - CALCULOS DA ESCADA a) NÚMERO DE DEGRAUS “n”: O desenvolvimento gráfico da escada necessita da estimativa de seu número de degraus “n” e para obtê-lo tem que resolver a seguinte equação: n = (h1 +h2) / e onde: - “e” é o espelho ( adotar 18 cm); - “h1” é a altura do pé-direito; - “h2” é a espessura superior da laje. - a soma (h1 +h2) é o pé-esquerdo “H”. Para usar a equação acima, primeiramente fixa-se o valor do espelho “e”, em seguida, confirma os valores de “h1” e “h2” com o pessoal da engenharia, e finalmente, resolve a equação para obter “n”. Exemplos de cálculo: Ex 1: H = 270 cm; e = 18 cm; n = 270/18 = 15; Escada com 15 degraus de 18 cm. Ex 2: H = 300 cm; e = 18 cm; n = 300/18 = 16,66; Escada com 17 degraus de 17,64 cm. b) LARGURA DO PISO “p”: Experimentalmente, Blondell, arquiteto francês, estimou que o passo do homem varia de 62 a 64 cm e que o esforço necessário para se vencer distâncias na vertical é o dobro em relação à distância na horizontal. Em função disso, propôs a seguinte fórmula para o cálculo da largura do piso “p” da escada: 2e + p = 64 cm A partir da Norma de Acessibilidade (NBR90-50/2004), passa-se a trabalhar com o intervalo entre 0,63 e 0,65m. 63 cm < 2e + p < 65 cm Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 31 Exemplos de cálculo: Ex 3: e = 18 cm; p = 64 – 2x18 = 64 – 36 = 28; Escada com piso de 28 cm. Ex 4: e = 17 cm; p = 64 – 2x17 = 64 – 34 = 30; Escada com piso de 30 cm. c) COMPRIMENTO LINEAR DA ESCADA SEM PATAMAR: C = p (n-1) onde: - “C” é o comprimento linear da escada; - “p” é a largura do piso da escada; - “n” é o número de degraus. Exemplo de cálculo: Ex 5: p = 28; n = 17; C = 28(17-1) = 448. Escada de 448 cm de comprimento. d) COMPRIMENTO LINEAR DA ESCADA COM PATAMAR: C = patamar + p (n-2) e) LARGURA DA ESCADA A largura mínima da escada é de 0,80 m em residências. Em edificações comerciais e institucionais a largura mínima admissível para as escadas fixas é de 1,20 m. 12.4 - FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES a) LANCE: De acordo com a ilustração apresentada no inicio deste capítulo, o lance da escada pode ser definido como sendo a série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar, ou entre dois patamares consecutivos. b) ESCADAS RETAS: São aquelas compostas apenas por lances retos. Podem ser de 4 tipos, a saber: escada reta com lance retilíneo; escada reta com lances paralelos; escadas retas com lances perpendiculares; e escadas retas com lances paralelos e normais. c) ESCADAS CURVAS: São aquelas formadas unicamente por lances curvos. d) ESCADAS MISTAS: São aquelas formadas pela combinação de lances curvos e retos. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 32 e) ESCADA HELICOIDAL: São aquelas em caracol. f) EXEMPLOS DE ESCADAS: Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 33 Escada helicoidal. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 34 12.5 - EXERCÍCIO: Desenhar a escada representada abaixo e seus 2 cortes. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 35 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 36 CAPÍTULO XIII PROJETO N° 1 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 37 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 38 Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 39 � Cálculo de áreas, coeficiente e taxas: � - área de varanda aberta = (4,30 m x 2,25 m) = 9,68 m² - área construída = (7,35 m x 10,95 m) – 9,68 m² = 80,48 m² - 9,68 m² = 70,80 m² - área do terreno = 25,00 m x 20,00 m = 500,00 m² - área livre = 500,00 m² - 70,80 m² = 429,20 m² - taxa de ocupação = (70,80 m² / 500,00 m²) x 100 = 14,16% - coeficiente de aproveitamento = (80,48 m² / 500,00 m²) x 100 = 16,10% - taxa de impermeabilização = (80,48 m² / 500,00 m²) x 100 = 16,10% Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 40 CAPÍTULO XIV PROJETO N° 2 PLANTA BAIXA. ESCALA 1:50. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 41 CORTE AB (LONGITUDINAL). ESCALA 1:50. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 42 CORTE CD (TRANSVERSAL). ESCALA 1:50. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 43 FACHADA. ESCALA 1:100. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 44 COBERTURA. ESCALA 1:100. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 45 SITUAÇÃO E LOCAÇÃO. ESCALA 1:200. Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 46 CAPÍTULO XV CONCEPÇÃO DE UM PROJETO (Atividade final) Para o trabalho final do curso de desenho arquitetônico, cada aluno irá conceber seu próprio projeto arquitetônico, segundo as diretrizes pré-estabelecidas pelo professor. Planejar uma casa térrea num terreno de 12 m x 20 m, contendo: - 3 quartos , sendo um suíte; - 1 sala de estar; - 1 banheiro social; - 1 cozinha; - 1 área de serviço; - 1 quarto de empregada; - 1 banheiro de empregada; - 1 varanda; - 1 garagem de 3 m x 5 m, para um veículo; - taxa de ocupação de 60%; - recuos mínimos obrigatórios de 3,0 m na frente e 1,5 m de um lado e nos fundos; - não pode ter mais que 144 m²; - muro de divisa com altura mínima de 1,80 m; - pé direito de 2,80 m; Adotar as seguintes áreas dos vãos: Natureza do compartimento Dando para as áreas descobertas ou diretamente voltadas para o exterior Dando para áreas cobertas De permanência prolongada em geral (sala, quarto, etc.) 1/6 1/5 Permanência transitória (copa, cozinha, área de serviço, etc.) 1/8 1/6 Medidas gerais mínimas: - quarto maior ou igual a 8 m²; - sala maior ou igual a 9 m²; - cozinha maior ou igual a 4 m²; - copa maior ou igual a 6 m²; - banheiro maior ou igual a 1,5 m²; - quarto de empregada maior ou igual a 4 m². Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABNT. NBR 6492/94 - Representação de projetos de Arquitetura. 2. ABNT. NBR 9050/2004 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 3. FERREIRA, Patrícia. Desenho de arquitetura. RJ: Ao Livro Técnico, 2001. 4. MARANGON SOBRINHO, Aurélio. Desenho Arquitetônico. Notas de aula. Juiz de Fora: UFJF, 1996. 5. MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. Porto Alegre: Edgard Blucher 1978. 6. NEUFERT, Ernest. A arte de projetar em arquitetura. 11 ed. SP: Gusta Gilli, 1996. 7. OBERG, Lamartine. Desenho arquitetônico. 22. ed. RJ: Ao Livro Técnico, 1983. 8. PMJF. Compilação da Legislação. 2.ed. JF: SAU, 2018. 9. VIZIOLI , Simone Helena Tanoue; et al. Desenho arquitetônico. SP: PINI, 2009.
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