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Caderno Didático_DesArq-2019

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INSTITUTO FEDERAL DO SUDESTE DE MINAS GERAIS 
CAMPUS JUIZ DE FORA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES 
DESENHO ARQUITETÔNICO 
Caderno Didático 
 
 
 
 
Walcyr Duarte Nascimento 
Professor Titular 
 
 
 
 
 
 
 
Juiz de Fora - MG 
Fevereiro, 2019 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 2 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Este Caderno Didático destina-se aos alunos do Curso Técnico em Edificações do IF 
Sudeste MG - Campus Juiz de Fora. Foi inteiramente baseado na apostila de Desenho 
Arquitetônico do Professor Aurélio Marangon Sobrinho, já aposentado, meu amigo e 
companheiro de trabalho por quase vinte anos. Marangon me deixou como legado seu 
profissionalismo, sua dedicação à docência de qualidade e a apostila acima citada. A ele 
expresso meus sinceros agradecimentos. 
Nas últimas décadas tem sido intenso o desenvolvimento da ciência e tecnologia em 
todas as áreas, inclusive na de área de expressão gráfica (holografia a laser, desenho 
auxiliado por computador, impressora 3D, etc.). O desenho de engenharia e a tecnologia 
gráfica constituem um dos principais métodos de comunicação em ciência. A expressão 
gráfica na construção tem sido o mais importante curso de todos para a formação de 
técnicos, arquitetos e engenheiros, pois é inquestionável sua relevância como o principal 
meio de comunicação entre projetistas e as pessoas envolvidas no processo da construção 
de obras. Portanto, todos os estudantes de Edificações devem dominar bem o 
conhecimento da expressão gráfica aplicada à construção e praticá-la. Só assim os futuros 
técnicos terão ascensão na vida profissional. Esta apostila foi preparada com a finalidade 
de repassar aos estudantes do curso técnico em edificações grande parte do conhecimento 
do desenho arquitetônico necessário para inseri-los no mercado de trabalho. Para aqueles 
que desejarem aprofundar no assunto, devem consultar as referências no final deste 
caderno. 
 
 
 
“Desenhar é transcrever suas idéias no papel por 
meio de um instrumento.” 
 Walcyr Duarte Nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 3 
ÍNDICE 
 
 
 
 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO, 4 
 
CAPÍTULO II – INSTRUMENTOS GRÁFICOS, 5 
 
CAPÍTULO III – VISTAS AUXILIARES, 8 
 
CAPÍTULO IV – REPRESENTAÇÃO, 10 
 
CAPÍTULO V – PLANTA BAIXA, 17 
 
CAPÍTULO VI – CORTES, 18 
 
CAPÍTULO VII – FACHADA, 19 
 
CAPÍTULO VIII – PLANTA DE COBERTURA, 20 
 
CAPÍTULO IX – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO, 21 
 
CAPÍTULO X – DEFINIÇÕES, 22 
 
CAPÍTULO XI - CÓDIGO DE OBRAS DE JUIZ DE FORA, 24 
 
CAPÍTULO XII – ESCADAS, 29 
 
CAPÍTULO XIII – PROJETO N° 1, 36 
 
CAPÍTULO XIV – PROJETO N° 2, 40 
 
CAPÍTULO XV – CONCEPÇÃO DE UM PROJETO, 46 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 4 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I 
INTRODUÇÃO 
 
 Ao iniciar o estudo da expressão gráfica através do curso de Desenho Técnico, o 
aluno entende o valor desta arte na sua vida profissional. O curso de Desenho 
Arquitetônico amplia em demasia este conhecimento e equipara-se ao aprendizado de 
uma linguagem verbal estrangeira. 
A expressão gráfica é um dos melhores meios de comunicação entre os seres 
humanos e esta linguagem possui artifícios inimagináveis, sendo que alguns deles serão 
apresentados no decorrer do curso. 
Imagina alguém usando a linguagem verbal para descrever um quadro de um 
pintor famoso da renascença. Quem ouvir essa descrição sentirá uma sensação gratificante 
e certamente entenderá a beleza da obra. Imagina agora um aluno do curso de edificações 
desenhando profissionalmente uma residência familiar. Com precisão, quem não entende 
de desenho arquitetônico jamais entenderá a magnitude e os detalhes existentes na 
edificação descrita. Daí a importância da expressão gráfica na vida profissional do técnico 
em edificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 5 
 
CAPÍTULO II 
INSTRUMENTOS GRÁFICOS 
 
Para se registrar uma informação no papel é necessário usar instrumentos e 
equipamentos mesmo sendo o desenho feito a mão livre usando lápis, borracha e papel. 
As linhas utilizadas nos desenhos são retas e curvas. Para traçá-las, necessita-se de 
instrumentos de desenho tais como esquadros, réguas, compasso e curva francesa. 
 
2.1 – PAPÉIS DE DESENHO 
 
a) PAPEL CANSON: 
 
O papel de desenho é um papel opaco fino sobre o qual os desenhos são feitos a 
lápis. Os papeis nos formatos A3 e A4 serão utilizados nas atividades deste 
curso. 
 
b) PAPEL MANTEIGA: 
 
O papel manteiga é um papel transparente fino sobre o qual os desenhos são 
feitos a lápis. Sua transparência facilita a cópia de desenhos e a transposição de 
linhas. 
 
c) PAPEL VEGETAL: 
 
O papel vegetal é um papel transparente fino sobre o qual os desenhos são 
feitos, principalmente, à tinta nanquim. Não será usado neste curso. 
 
2.2 – FITAS ADESIVAS 
 
O papel a ser usado estará preso à prancheta por uma fita adesiva. 
 
2.3 – LÁPIS 
 
O instrumento básico para o desenho é o lápis de grafite feito em durezas 
diferentes. Os lápis de desenho são numerados por algarismos e letras: do 6B até o 2B, são 
macios; depois vem B, HB e H, que são os de graus médios; depois vão de 2H até 7H, os 
mais duros. Os tipos macios são mais usados para desenho a mão livre e os mais duros 
para desenhos com instrumentos. 
 
2.4 – BORRACHA 
 
Deve ser macia para não arranhar o papel de desenho ou deixar vestígios. 
 
2.5 – TINTA 
 
 Deve ser usada somente no papel vegetal. Não será usada em nosso curso. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 6 
 
 
2.6 – ESQUADROS 
 
 Os esquadros são feitos de material plástico, mas devido à dilatação térmica, 
algumas vezes sua precisão deve ser verificada. 
 
2.7 – ESCALAS 
 
 As escalas são feitas em uma variedade de graduações para se adequar aos 
diferentes tipos de trabalho, por exemplo, os desenhos que compõem um projeto 
arquitetônico geralmente são concebidos em escalas diferentes, por exemplo: Planta baixa, 
1:50; Locação e Situação, 1:200. 
 
2.8 – COMPASSO 
 
 São instrumentos destinados ao traçado de curvas regulares, isto é, de arcos de 
circunferência. 
 
2.9 – CURVAS 
 
 As réguas curvas destinadas ao desenho de curvas irregulares (aquelas que não são 
arco de circunferência) são chamadas de curva francesa. 
 
2.10 – RÉGUA T 
 
É um instrumento destinado a traçar retas horizontais e dar suporte aos esquadros 
para traçar linhas verticais e inclinadas. A régua T deve ser usada com o cabeçote apoiado 
ao lado esquerdo da prancheta e traçar as linhas horizontais da esquerda para a direita, 
mas se o desenhista for canhoto, deve inverter a régua T para a direita e traçar as linhas 
horizontais da direita para a esquerda com a luz vindo da direita. 
 
2.11 – RÉGUA PARALELA 
 
 Geralmente já vem instalada na prancheta de desenho e funciona de forma 
semelhante à régua T. 
 
2.12 – DIMENSÕES DOS FORMATOS DO PAPEL DA SÉRIE A 
 
No projeto arquitetônico, devem ser utilizados os formatos de papel da série A, 
conforme NBR 10068, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar 
problemas de manuseio e arquivamento. 
 
A4 – 210 x 297 
A3 – 297 x 420 
 
A2 – 420 x 594 
A1 – 594 x 841 
A0 – 841 x 1189 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 7 
O formato fixado pelas normas da ABNT é o retângulo harmônico “raiz de 2”, pois 
é o que mais agrada a vista humana. O lado maior do papel é igual ao lado menor 
multiplicado por “raiz de 2”. Por exemplo: 210 x √2 = 210 x 1,4142 =297. 
 
Apenas os formatos A4 e A3 serão utilizados nas aulas práticas deste curso de 
desenho arquitetônico e suas medidas devem ser memorizadas. 
 
2.13 – COMO ARQUIVAR OS DESENHOS 
 
 Nos escritórios de desenho o arquivamento é feito de duas maneiras: 
 
a) Mapoteca: 
 
O papel é guardado sem dobras noarquivo denominado mapoteca. 
 
b) Pastas: 
 
Neste caso, as folhas são dobradas, o que é mais usual. As folhas devem ser 
dobradas levando em conta a fixação através da aba em pastas e de modo a deixar 
visível o carimbo destinado à legenda (vide Figura abaixo). É importante lembrar 
que não se dobra um papel vegetal. 
 
 
 
 
2.14 – RELAÇÃO DE MATERIAL A SER USADO EM NOSSO CURSO 
 
- Compasso; 
- Lapiseira 0,5 mm; 
- Fita adesiva; 
- Borracha; 
- Régua T ou régua paralela; 
- Par de esquadros 45°/60° ( de 32 a 42 cm); 
- Gabarito de peças sanitárias; 
- Escalímetro triangular de 30 cm Trident n°1 ou 50/1. 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 8 
CAPÍTULO III 
VISTAS AUXILIARES 
 
As vistas auxiliares são as projeções especiais usadas para facilitar e completar as 
descrições ortográficas de uma forma. 
 
A Figura abaixo ilustra, segundo a geometria descritiva, a representação do ponto A 
e sua projeção em três planos ortogonais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 9 
De forma semelhante, imagine agora um sólido cuja projeção se deseja no espaço 
formado pelo triedro triretângulo (espaço formado por 3 planos normais entre si), como 
ilustrado na Figura a seguir. Essa Figura demonstra como se obtém a projeção do sólido 
sobre os três seguintes planos considerados: (1) plano horizontal – PH; (2) plano vertical – 
PV; e (3) plano lateral - PL. 
 
 
 
 
 
As projeções 1, 2 e 3 da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico 
apenas mudando de nome. Neste caso, a projeção no plano horizontal 1 é conhecida como 
Planta de Cobertura. De forma semelhante, tem-se também a Planta de Situação e Locação 
e a Planta Baixa. A projeção no plano vertical 2 é conhecida como Fachada e também há o 
corte transversal. A projeção no plano lateral 3 é conhecida como Fachada Lateral e 
também há o Corte Longitudinal. 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 10 
CAPÍTULO IV 
REPRESENTAÇÃO 
 
O Objetivo deste capítulo é trata da elaboração dos projetos de arquitetura segundo 
a norma da ABNT NBR6492 - Representação de projetos de arquitetura. 
 
Conceitualmente, será representado graficamente a obra a executar com todos os 
detalhes necessários a sua realização. Esta representação é feita através de escalas gráficas 
regulamentadas pelo código de obra. Os desenhos que compõem um projeto de 
arquitetura são: 
 
 - Planta Baixa; 
 - Corte Longitudinal; 
 - Corte Transversal; 
- Cobertura; 
 - Fachada; 
 - Planta de Situação e Locação. 
 
 Toda obra para ser edificada necessita ter seu projeto previamente aprovado pela 
prefeitura da localidade. Deve conter as seguintes informações: 
 
 - Indicação detalhada do endereço da obra; 
 - Nome do proprietário; 
 - Nome do projetista; 
 - Nome do responsável técnico. 
 
Esses dados são colocados na legenda (gabarito, quadro) situada no canto inferior 
direito de cada prancha desenhada. Atualmente, os projetos são desenhados com o auxílio 
do computador por meio de softwares específicos (AutoCad). Caso o projeto seja 
desenhado à mão, primeiramente deverá ser feito a lápis em papel manteiga e em seguida 
à nanquim em papel vegetal. As escalas mínimas utilizadas para os desenhos são: 
 
 - 1:100 para as plantas baixa e de cobertura; 
 - 1:50 para cortes e fachadas; 
 - 1:500 para planta de situação e locação; 
 - 1:25 para detalhes. 
 
4.1 – REPRESENTAÇÕES GRÀFICAS DAS CONVENÇÕES USUAIS 
 
a) LINHAS A UTILIZAR 
 
As espessuras e os tipos de linhas utilizados no desenho possuem significados e 
servem para transmitir informações sobre os elementos que estão sendo 
representados. 
 
A norma que determinam os tipos e espessuras de linhas a ser dotados para os 
projetos de arquitetura é a NBR 6492/94 – Representação de projetos de arquitetura. 
Na prática profissional, os desenhistas que atuam no mercado não seguem 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 11 
rigorosamente esta norma e adotam outras convenções que diferem um pouco do 
que é prescrito na norma. 
 
Nesta presente apostila serão apresentadas apenas as convenções usuais de 
mercado uma vez que facilitam muito o dia-a-dia da prática profissional. Neste 
caso, adota-se a seguinte regra genérica para a definição da espessura das linhas a 
serem utilizadas nos projetos de arquitetura: 
 
� Elementos estruturais e/ou de alvenaria cortados pelo plano de corte são 
representados com linhas largas (grossas). 
 
� Elementos leves (esquadrias, pisos frios, azulejos, aparelhos, etc.) cortados pelo 
plano de corte são representados com linhas médias. 
 
� Arestas e contornos aparentes observados em vista (não cortados) são 
representados com linhas estreitas (finas). 
 
� Linhas de contorno – Contínuas: são representados com linhas mais largas. 
 
� Linhas internas – Contínuas: são representados com linhas largas. 
 
� Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas: são representados 
com linhas médias. 
 
� Linhas de projeção - Traço e ponto: Quando se tratar de projeções importantes, 
são representados com linhas médias. São indicadas para representar projeções 
de pavimentos superiores, marquises, e balanços. 
 
� Linhas de eixo ou coordenadas - Traço e ponto: são representados com linhas 
médias e com traços longos. 
 
� Linhas de cotas – Contínuas: são representados com linhas estreitas. 
 
� Linhas auxiliares – Contínuas: Para construção de desenhos, guia de letras e 
números, com traço o mais leve possível. 
 
� Linhas de indicação e chamadas – Contínuas: são representados com linhas 
médias. 
 
� Linha de silhueta: são representados com linhas médias. 
 
� Linha de interrupção de desenho: são representados com linhas médias. 
 
b) LINHAS DE COTA 
 
As cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 
1 m e em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1 m, e os milímetros (mm) 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 12 
devem ser indicados como se fossem expoentes, conforme o exemplo ilustrado a 
seguir para um desenho a grafite: 
 
 
 
As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições: 
 
� As linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de 
impossibilidade; 
 
� As linhas de chamada devem parar de 2 mm a 3 mm do ponto 
dimensionado; 
 
� As cifras devem ter 3 mm de altura, e o espaço entre elas e a linha de cota 
deve ser de 1,5 mm; 
 
� Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar 
a cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha; 
 
� Nos cortes, somente marcar cotas verticais; 
 
� Evitar a duplicação de cotas. 
 
c) LETRAS E NÚMEROS 
 
As letras, quando feitas á mão livre, serão sempre maiúsculas e não inclinadas, 
devendo ter altura de 5 mm ou 3 mm, conforme a ilustração abaixo: 
 
 
 
Os números, quando feitas á mão livre, serão sempre não inclinados, devendo ter 
altura de 5 mm ou 3 mm, conforme a ilustração abaixo: 
 
 
 
NOTAS: 
- As dimensões das entrelinhas não devem ser inferior a 2 mm. 
- As letras e cifras das coordenadas devem ter altura de 3 mm. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 13 
 
d) PORTAS 
 
 
 
 
 
 
Porta em planta em 
compartimentos de 
mesmo nível. 
 
Porta em corte 
vista de lado 
 
Porta em corte 
vista de frente 
 
e) JANELAS 
 
 
 
 
 
Janela em planta. 
 
 
 
Janela em planta 
quando situada 
acima da linha de 
corte. 
 
 
Janela em corte 
vista de lado 
 
Janela em corte 
vista de frente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 14 
 
f) APARELHOS SANITÁRIOS E DOMÉSTICOS 
 
Caso não tenha acesso ao gabarito de peças sanitárias, o aluno deverá utilizar os 
seguintes desenhos: 
 
 
g) NORTE 
 
O norte verdadeiro identifica como a insolação incide nas fachadas. Com os braços 
abertos e a mão direita na direção que o sol nasce, o nariz aponta para o norte 
verdadeiro. Na ilustração abaixo,as cotas estão em mm. 
 
 
h) INCLINAÇÃO DAS ÁGUAS DOS TELHADOS (cotas em mm) 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 15 
 
i) COTA DE NIVEL EM PLANTA E EM CORTE (cotas em mm) 
 
 
 
j) MARCAÇÃO DOS CORTES VERTICAIS (cotas em mm) 
 
 
 
 
k) NUMERAÇÃO E TITULOS DOS DESENHOS (cotas em mm) 
 
 
 
l) DESIGNAÇÃO DAS PORTAS E JANELAS (cotas em mm) 
 
Símbolo para identificar portas e janelas e exemplo de quadro de medidas. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 16 
 
4.2 – EXEMPLO DE USO DAS REPRESENTAÇÕES NUMA PLANTA BAIXA 
 
 
 
 
4.3 – REPRESENTAÇÃO EM COMPUTADORES 
 
A expressão gráfica em computador combina os métodos da arte gráfica com a 
capacidade técnica do computador. Em nosso curso as atividades serão realizadas à mão 
com uso de instrumentos segundo as diretrizes da norma da ABNT NRR 6492, mas esta 
mesma norma também apresenta as diretrizes do desenho arquitetônico caso as plantas 
sejam desenhadas com auxílio do computador via softwares específicos como o AutoCad. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 17 
CAPÍTULO V 
PLANTA BAIXA 
 
 A Planta baixa é um desenho que mostra, como se fosse um corte horizontal em 
uma construção, todos os elementos especiais da mesma, isto é, os compartimentos que a 
compõem com suas, dimensões, locais de portas e janelas, entre outras informações. É a 
seção obtida fazendo-se passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma 
altura de um metro e meio, tal que este plano corte as janelas, portas, paredes, etc., ficando 
bem assinaladas todas as particularidades e detalhes da construção, conforme ilustração 
de Lamartine Oberg em seu livro de Desenho Arquitetônico. 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 18 
CAPÍTULO VI 
CORTES 
 
 Os cortes (ou seções) são gerados por planos verticais que interceptam as paredes, 
portas, janelas, lajes, etc., com a finalidade de esclarecer e facilitar a execução da obra. Os 
cortes tem a finalidade de demonstrar as diferentes alturas dos peitoris, portas, janelas, 
vergas, espessura das lajes de teto e piso, detalhes da cobertura e fundações. Nos projetos 
de arquitetura é conveniente apresentar no mínimo dois cortes, um longitudinal e outro 
transversal. Para se desenhar os cortes é recomendado o uso da planta baixa, que deverá 
ser colocada fixa na parte superior da prancheta, e dali, transporta-se todas as medidas 
para o corte utilizando-se a régua paralela (ou a régua T) e os esquadros. Logo após, retira-
se a planta baixa e complementa-se o desenho do corte. 
 
 
 
 
 
Corte longitudinal. 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 19 
CAPÍTULO VII 
FACHADA 
 
A Fachada (ou elevação) é a vista do lado externo da edificação. Geralmente não 
possui cotas e mostram os materiais de acabamento externo especificados pelo projetista. 
Quando a fachada é desenhada na mesma escala que a planta baixa e os cortes, o desenho 
se torna mais fácil, pois não há necessidade de cálculos para a mudança de escala. Assim, 
o desenho é feito utilizando-se a planta baixa e os cortes com o auxílio da paralela e dos 
esquadros. 
 
 
Fachada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 20 
CAPÍTULO VIII 
PLANTA DE COBERTURA 
 
 A Planta de Cobertura é aquela que se obtém fazendo a projeção ortogonal do 
telhado em um plano horizontal. A figura abaixo apresenta a Planta de Cobertura de um 
telhado composto por duas águas (os dois planos inclinados) e uma cumeeira central. As 
duas setas indicam o sentido da descida das águas das chuvas. As linhas externas 
contínuas de espessura média representam a projeção do telhado no terreno e as linhas 
internas tracejadas finas representam os contornos externos das paredes da edificação. 
 
 
Planta de Cobertura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 21 
CAPÍTULO XI 
PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO 
 
 
9.1 - PLANTA DE SITUAÇÃO 
 
É um desenho que mostra a forma e a posição do terreno, com suas dimensões, em relação 
ao logradouro com sua largura e a do passeio. Situa o lote em relação à rua adjacente. 
9.2 - PLANTA DE LOCAÇÃO 
 
É um desenho que indica a posição de implantação da edificação no terreno, as suas 
dimensões e afastamentos das divisas. Loca (localiza) a projeção da área construída no 
lote. 
9.3 – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO 
 
Normalmente, para fins de facilitar o trabalho, apresentam-se em um mesmo 
desenho as plantas de situação e locação. Neste caso, o desenho denomina-se de Planta de 
Situação/Locação, devendo obrigatoriamente indicar a orientação do terreno em relação a 
rua e a localização da projeção da construção no lote. Descriminando, a planta deverá 
conter: 
a) dimensões do terreno – testada, profundidade e linha de fundos; 
b) afastamentos frontal e laterais; 
c) rua adjacente com as dimensões do passeio e do logradouro 
d) orientação. 
 
 
 
 
 
Planta de Situação e Locação. 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 22 
CAPÍTULO X 
DEFINIÇÕES 
 
10.1 – DEFINIÇÕES 
 
� ALINHAMENTO ou TESTADA: É a linha projetada e locada para marcar o limite 
entre o lote e o logradouro público 
 
 
 
� ANDAR: É qualquer pavimento acima do rés do chão (piso) ou nível da rua. 
 
� ÁREA: É a parte do lote do terreno não ocupada por edifício. 
 
� ÁREA PRINCIPAL: Área principal é a área destinada a iluminar e ventilar 
compartimentos de permanência prolongada. 
 
� ÁREA SECUNDÁRIA: Área secundária é a área destinada a iluminar e ventilar 
compartimentos de permanência transitória. 
 
� ÁREA ABERTA: É a área cujo perímetro é aberto em parte sendo guarnecido pelo 
menos em dois dos seus lados por paredes do edifício. 
 
� ÁREA FECHADA: É a área guarnecida por paredes em todo seu perímetro. 
 
� ÁREA EDIFICADA: É a soma das áreas com cobertura do edifício. 
 
� ÁREA LATERAL OU PASSAGEM: É a área que se estende sem interrupção desde 
o alinhamento ou área de frente até a área de fundo ou a divisa de fundo. 
 
� LOGRADOURO PÚBLICO: É toda a parte da superfície da cidade destinada ao 
trânsito público. 
 
� PÉ DIREITO: É a distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento. 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 23 
� SOBRE-LOJA: É o pavimento de pé-direito reduzido não inferior 2,5 m situado 
imediatamente acima da loja ou do pavimento térreo. 
 
� TAXA DE OCUPAÇÃO: Taxa de ocupação (TO) é o instrumento de controle 
urbanístico que estabelece a relação entre área da projeção horizontal da edificação 
ou área ocupada e a área do lote. 
 
TO = Área da projeção horizontal da edificação 
Área do lote 
 
� TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO: A taxa de impermeabilização (TI) é o 
instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre a área total da 
superfície impermeabilizada sobre o lote e a área do lote. 
 
T I= Área total da superfície impermeabilizada 
Área do lote 
 
� COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO: Coeficiente de aproveitamento (CA) é o 
instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre a área total 
edificada e a área do lote. 
 
� AFASTAMENTO: O afastamento é o instrumento de controle urbanístico que 
estabelece a distância entre a edificação e o limite do lote na forma de: 
- afastamento frontal; 
- afastamentos laterais; 
- afastamento de fundos. 
 
� PEITORIL: É a distância do piso à face inferior da janela. 
 
10.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS 
 
Os compartimentos classificam-se em: de permanência prolongada; de utilização 
transitória; e de utilização especial. 
 
a) COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA PROLONGADA (diurna e noturna): 
dormitórios, lojas ou armazéns, gabinetes de trabalho, escritórios, consultórios, 
sala de estar, dependência de empregada, e outros de destinação semelhante. 
 
b) COMPARTIMENTOS DE UTILIZAÇÃO TRANSITÓRIA: vestíbulos, sala de 
entrada, de espera, cozinhas, rouparia,instalação sanitária, arquivo, depósito e 
outros de destinação semelhante. 
 
c) COMPARTIMENTOS DE UTILIZAÇÃO ESPECIAL: São compartimentos de 
utilização especial aqueles que, pela sua finalidade, dispensam aberturas para o 
exterior, tais como: câmara escura, câmara fria, frigorífico, adega, despensa, 
circulação e hall interno, hall de elevador e/ou de escada com comprimento 
inferior a 10,00m, closet, escadas de acesso à casa de máquinas ou à caixa d’água 
e outros de utilização similar. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 24 
CAPÍTULO XI 
CÓDIGO DE OBRAS DE JUIZ DE FORA 
 
A atual Legislação Urbana de Juiz de Fora foi elaborada para propiciar a interlocução 
entre os profissionais da área (técnicos, arquitetos, engenheiros e analistas de projetos), 
contribuir para qualidade técnica dos projetos e dar maior celeridade em sua tramitação 
no âmbito da Secretaria de Atividades Urbanas. 
A Prefeitura disponibiliza o livro (versão em PDF) da Legislação Urbana de Juiz de 
Fora no seguinte site: 
 
https://www.pjf.mg.gov.br/leis_urbanas/compilacao.php 
 
O livro da Legislação Urbana de Juiz de Fora contém a legislação de Parcelamento 
Urbano - Lei 6908/86, o Código de Edificações - Lei 6909/86 - e a Lei de Uso e Ocupação 
do Solo - Lei 6910/86. Neste caderno didático será apresentado apenas o que mais 
interessa aos estudantes de edificações sobre a Lei 6909 que trata das normas edílicas de 
Juiz de Fora. Qualquer assunto não abordado de interesse do aluno poderá ser pesquisado 
no livro, como por exemplo, o roteiro para solicitação de aprovação de projetos. 
 
11.1 – ÁREAS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO 
 
a) DAS ÁREAS PRINCIPAIS E ÁREAS SECUNDÁRIAS 
 
� A área principal destinada a iluminar e ventilar compartimentos de 
permanência prolongada. Deve ter área mínima de 10 m² e pode ser 
classificada como aberta (AA), semiaberta (AS) ou fechada (AF), observando-
se as figuras elucidativas abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 25 
� ÁREA ABERTA (AA) é a área que possui pelo menos uma de suas faces 
voltada: 
 
- para um logradouro público; 
 
- para outra área, desde que esta permita a inscrição de um círculo com 
diâmetro mínimo de 15 m e atenda as seguintes condições: 
 
I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe 
fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro 
mínimo de 1,50 m; 
 
III - a inscrição do círculo com o diâmetro mínimo necessário deve ser 
possível em toda a extensão da área. 
 
� ÁREA SEMIABERTA (AS) é a área que possui pelo menos uma de suas 
faces voltada para uma área aberta e atenda as seguintes condições: 
 
I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe 
fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro 
mínimo de 1,70 m; 
 
III - a inscrição do círculo com o diâmetro mínimo necessário deve ser 
possível em toda a extensão da área; 
 
� ÁREA FECHADA (AF) é a área que não se enquadra como aberta ou 
semiaberta e atenda a seguinte condição: 
 
I - o afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe 
fique oposta deve permitir a inscrição de um círculo com diâmetro 
mínimo de 2 m; 
 
� Área secundária é a área destinada a iluminar e ventilar compartimentos de 
permanência transitória e deverá satisfazer as seguintes condições: 
 
I – O afastamento de qualquer vão à face da parede ou da divisa que lhe 
fique oposta deverá permitir a inscrição de um círculo com diâmetro 
mínimo de 1,50 m. 
 
II – Ter área mínima de 6 m². 
 
b) VÃOS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO 
 
� Todo compartimento, seja qual for o seu destino, deverá ter, em plano 
vertical, pelo menos um vão aberto diretamente para logradouros públicos, 
ou para uma área ou suas reentrâncias. 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 26 
� As áreas dos vãos serão expressas em fração da superfície do compartimento, 
medidas em projeção horizontal, de acordo com o quadro seguinte: 
 
 
Natureza do compartimento 
Dando para as áreas 
descobertas ou diretamente 
voltadas para o exterior 
Dando para 
áreas 
cobertas 
De permanência prolongada em geral 1/6 1/5 
De Permanência transitória 1/8 1/6 
 
� Serão permitidos poços de ventilação para banheiros e instalações sanitárias, 
observada as seguintes condições: 
 
I – Terem seção transversal com uma área correspondente a 0,60 m² para 
cada pavimento, não podendo esta área ser inferior a 1 m². 
 
II – Permitirem a inscrição de um círculo de 1 m de diâmetro. 
 
� Será admitida para a instalação sanitária a ventilação através de duto 
horizontal, desde que atenda as seguintes condições, observada a 
figura elucidativa: 
 
 
 
- ter seção transversal com área mínima de 0,36 m² com 
ventilação permanente; 
- ter altura mínima de 0,30 m (trinta centímetros); 
- ter distância máxima de 5 m entre o vão de ventilação e a 
parede mais afastada da instalação sanitária. 
 
� Será admitida também, a ventilação produzida mecanicamente de 
acordo com as normas da ABNT. 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 27 
c) VÃOS DE ACESSO 
 
� Os vãos livres de passagem deverão obedecer a uma altura mínima de 2 m e 
a seguinte largura: 
 
� vão livre de acesso interior-exterior: 80 cm para residências, salas e 
similares; 
 
11.2 - COMPARTIMENTOS 
 
a) DIMENSÕES MÍNIMAS DOS PÉS DIREITOS 
 
� 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros), no mínimo, para cozinha, copa, despensa, 
compartimentos sanitários, corredores de circulação e área de serviço; 
 
� 2,30 m (dois metros e trinta centímetros), no mínimo, para garagem e pilotis, não se 
permitindo elemento estrutural abaixo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros); 
 
� 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros), no mínimo, para os demais casos. 
 
� 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) para os halls de escada. 
 
b) MEDIDAS GERAIS MÍNIMAS 
 
� Os compartimentos de uso prolongado terão as seguintes áreas mínimas: 
 
� Salas: 9 m²; 
� Quartos: 8 m²; 
� Quarto de empregada: 4 m². 
 
� Os compartimentos deverão permitir a inscrição de um círculo com o 
diâmetro mínimo de 1,80 m para o quarto de empregada e 2 m para os 
demais cômodos. 
 
c) COPAS E COZINHAS 
 
� As cozinhas devem satisfazer às seguintes condições: 
 
I - ter área mínima de 4 m²; 
 
II - ter forma que permita a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 
1,60 m. 
 
III - Quando a cozinha for integrada à sala através de balcão ou bancada, 
ficará dispensada do atendimento dos incisos deste artigo, podendo inclusive 
ser ventilada através da sala. 
 
� As despensas poderão ser localizadas tanto nas cozinhas quanto nas áreas de 
serviço. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 28 
 
d) COMPARTIMENTOS SANITÁRIOS 
 
� Os compartimentos sanitários deverão satisfazer às seguintes condições: 
 
I - área mínima de 1,50 m², permitindo a inscrição de um círculo com 
diâmetro mínimo de 1 m; 
 
II - paredes de 1,50 m de altura e os pisos revestidos de material liso e 
impermeável; 
 
III - os vãos mínimos de iluminação e ventilação terão área de 0,36 m². 
 
Nota: Toda unidade autônoma deverá ter, no mínimo, uma instalação 
sanitária. 
 
e) CORREDORES 
 
� Para as edificações unifamiliares residenciais, os corredores terão largura de 
90 cm. 
 
f) ESCADAS INTERNAS NAS RESIDENCIAS 
 
� A recomendação é de 90 cm de largura no mínimo. 
 
g) GARAGENS 
 
� A vaga para automóvel deverá ter dimensão mínima de 2,30 m x 4,50 m, ser 
livre de qualquer obstáculo, devendo sua localização ser indicada na planta 
baixa do compartimento de garagem. 
 
� Os acessos às garagens não podem ter dimensão superior a 40% da testada 
do terreno. 
 
a) Nos terrenos com testada igual ou inferior a 15 m, o acesso de 
veículos pode ter dimensão máxima de 6 m. 
 
b) Nas edificações situadas em terrenos de esquina, o acesso de 
veículos deve distar, no mínimo, 5 m do ponto de encontro daconcordância dos alinhamentos. 
 
c) A remoção ou o corte de árvores existentes nos passeios públicos 
só poderá ser executado com autorização do Poder Executivo. 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 29 
CAPÍTULO XII 
ESCADAS 
 
12.1 - CONCEITO E TERMOS TÉCNICOS 
 
As escadas são construções destinadas a permitir a circulação vertical fácil e o livre 
acesso entre dois ou mais pisos situados em níveis diferentes, sendo compostas de planos 
horizontais e verticais sucessivos, os degraus e patamares. 
 
 
 
12.2 - PROPORÇÕES DOS DEGRAUS 
 
 
 
a) Altura dos degraus (ou espelho “e”): 
 
O espelho “e” dos degraus (ou altura dos degraus) pode variar de 16 a 19 cm, sendo 
que, no caso de residências, é conveniente fixar em 17 cm. 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 30 
b) Largura dos degraus (ou piso “p”): 
 
O piso “p” dos degraus (ou largura do degrau) deve ser fixado de modo que o pé se 
assente facilmente no degrau, sendo conveniente fixar seu valor entre 28 a 32 cm. 
 
c) Patamar: 
 
A cada 3,20 m de desnível ou 16 degraus, medindo no mínimo 1,20 m na direção do 
movimento. 
 
12.3 - CALCULOS DA ESCADA 
 
a) NÚMERO DE DEGRAUS “n”: 
 
O desenvolvimento gráfico da escada necessita da estimativa de seu número de 
degraus “n” e para obtê-lo tem que resolver a seguinte equação: 
 
n = (h1 +h2) / e 
 
 onde: 
- “e” é o espelho ( adotar 18 cm); 
- “h1” é a altura do pé-direito; 
- “h2” é a espessura superior da laje. 
- a soma (h1 +h2) é o pé-esquerdo “H”. 
 
Para usar a equação acima, primeiramente fixa-se o valor do espelho “e”, em 
seguida, confirma os valores de “h1” e “h2” com o pessoal da engenharia, e 
finalmente, resolve a equação para obter “n”. 
 
Exemplos de cálculo: 
 
Ex 1: H = 270 cm; e = 18 cm; n = 270/18 = 15; Escada com 15 degraus de 18 cm. 
 
Ex 2: H = 300 cm; e = 18 cm; n = 300/18 = 16,66; Escada com 17 degraus de 17,64 cm. 
 
b) LARGURA DO PISO “p”: 
 
Experimentalmente, Blondell, arquiteto francês, estimou que o passo do homem 
varia de 62 a 64 cm e que o esforço necessário para se vencer distâncias na vertical é 
o dobro em relação à distância na horizontal. Em função disso, propôs a seguinte 
fórmula para o cálculo da largura do piso “p” da escada: 
 
2e + p = 64 cm 
 
A partir da Norma de Acessibilidade (NBR90-50/2004), passa-se a trabalhar com o 
intervalo entre 0,63 e 0,65m. 
 
63 cm < 2e + p < 65 cm 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 31 
Exemplos de cálculo: 
 
Ex 3: e = 18 cm; p = 64 – 2x18 = 64 – 36 = 28; Escada com piso de 28 cm. 
 
Ex 4: e = 17 cm; p = 64 – 2x17 = 64 – 34 = 30; Escada com piso de 30 cm. 
 
c) COMPRIMENTO LINEAR DA ESCADA SEM PATAMAR: 
 
C = p (n-1) 
 
onde: 
- “C” é o comprimento linear da escada; 
- “p” é a largura do piso da escada; 
- “n” é o número de degraus. 
Exemplo de cálculo: 
 
Ex 5: p = 28; n = 17; C = 28(17-1) = 448. Escada de 448 cm de comprimento. 
 
d) COMPRIMENTO LINEAR DA ESCADA COM PATAMAR: 
 
C = patamar + p (n-2) 
 
e) LARGURA DA ESCADA 
 
A largura mínima da escada é de 0,80 m em residências. Em edificações comerciais 
e institucionais a largura mínima admissível para as escadas fixas é de 1,20 m. 
 
12.4 - FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES 
 
a) LANCE: 
 
De acordo com a ilustração apresentada no inicio deste capítulo, o lance da escada 
pode ser definido como sendo a série de degraus intercalados entre o pavimento e o 
patamar, ou entre dois patamares consecutivos. 
 
b) ESCADAS RETAS: 
 
São aquelas compostas apenas por lances retos. Podem ser de 4 tipos, a saber: 
escada reta com lance retilíneo; escada reta com lances paralelos; escadas retas com 
lances perpendiculares; e escadas retas com lances paralelos e normais. 
 
c) ESCADAS CURVAS: 
 
São aquelas formadas unicamente por lances curvos. 
 
d) ESCADAS MISTAS: 
 
São aquelas formadas pela combinação de lances curvos e retos. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 32 
e) ESCADA HELICOIDAL: 
 
São aquelas em caracol. 
 
f) EXEMPLOS DE ESCADAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 33 
 
 
Escada helicoidal. 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 34 
12.5 - EXERCÍCIO: 
 
Desenhar a escada representada abaixo e seus 2 cortes. 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 36 
CAPÍTULO XIII 
PROJETO N° 1 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 37 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 38 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 39 
 
 
 
 
� Cálculo de áreas, coeficiente e taxas: 
� 
- área de varanda aberta = (4,30 m x 2,25 m) = 9,68 m² 
- área construída = (7,35 m x 10,95 m) – 9,68 m² = 80,48 m² - 9,68 m² = 70,80 m² 
- área do terreno = 25,00 m x 20,00 m = 500,00 m² 
- área livre = 500,00 m² - 70,80 m² = 429,20 m² 
- taxa de ocupação = (70,80 m² / 500,00 m²) x 100 = 14,16% 
- coeficiente de aproveitamento = (80,48 m² / 500,00 m²) x 100 = 16,10% 
- taxa de impermeabilização = (80,48 m² / 500,00 m²) x 100 = 16,10% 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 40 
CAPÍTULO XIV 
PROJETO N° 2 
 
PLANTA BAIXA. ESCALA 1:50. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 41 
 
 
CORTE AB (LONGITUDINAL). ESCALA 1:50. 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 42 
 
CORTE CD (TRANSVERSAL). ESCALA 1:50. 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 43 
 
 
FACHADA. ESCALA 1:100. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 44 
 
 
 
 
COBERTURA. ESCALA 1:100. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 45 
 
 
SITUAÇÃO E LOCAÇÃO. ESCALA 1:200. 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 46 
CAPÍTULO XV 
CONCEPÇÃO DE UM PROJETO 
(Atividade final) 
 
Para o trabalho final do curso de desenho arquitetônico, cada aluno irá conceber seu 
próprio projeto arquitetônico, segundo as diretrizes pré-estabelecidas pelo professor. 
 
 Planejar uma casa térrea num terreno de 12 m x 20 m, contendo: 
 
- 3 quartos , sendo um suíte; 
- 1 sala de estar; 
- 1 banheiro social; 
- 1 cozinha; 
- 1 área de serviço; 
- 1 quarto de empregada; 
- 1 banheiro de empregada; 
- 1 varanda; 
- 1 garagem de 3 m x 5 m, para um veículo; 
- taxa de ocupação de 60%; 
- recuos mínimos obrigatórios de 3,0 m na frente e 1,5 m de um lado e nos fundos; 
- não pode ter mais que 144 m²; 
- muro de divisa com altura mínima de 1,80 m; 
- pé direito de 2,80 m; 
 
 Adotar as seguintes áreas dos vãos: 
 
Natureza do compartimento Dando para as áreas 
descobertas ou diretamente 
voltadas para o exterior 
Dando para 
áreas cobertas 
De permanência prolongada em geral 
(sala, quarto, etc.) 
 
1/6 
 
1/5 
Permanência transitória 
(copa, cozinha, área de serviço, etc.) 
 
1/8 
 
1/6 
 
Medidas gerais mínimas: 
 
- quarto maior ou igual a 8 m²; 
- sala maior ou igual a 9 m²; 
- cozinha maior ou igual a 4 m²; 
- copa maior ou igual a 6 m²; 
- banheiro maior ou igual a 1,5 m²; 
- quarto de empregada maior ou igual a 4 m². 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Arquitetônico Prof. Walcyr Duarte Nascimento 47 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. ABNT. NBR 6492/94 - Representação de projetos de Arquitetura. 
2. ABNT. NBR 9050/2004 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos. 
3. FERREIRA, Patrícia. Desenho de arquitetura. RJ: Ao Livro Técnico, 2001. 
4. MARANGON SOBRINHO, Aurélio. Desenho Arquitetônico. Notas de aula. Juiz de 
Fora: UFJF, 1996. 
5. MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. Porto Alegre: Edgard Blucher 1978. 
6. NEUFERT, Ernest. A arte de projetar em arquitetura. 11 ed. SP: Gusta Gilli, 1996. 
7. OBERG, Lamartine. Desenho arquitetônico. 22. ed. RJ: Ao Livro Técnico, 1983. 
8. PMJF. Compilação da Legislação. 2.ed. JF: SAU, 2018. 
9. VIZIOLI , Simone Helena Tanoue; et al. Desenho arquitetônico. SP: PINI, 2009.

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