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Cefaleias primárias

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NEUROLOGIA S8 
Larissa Sena 
Cefaleias Primárias 
Dr. João José 
 
Divisão 
 Cefaleias primárias 
» Enxaqueca 
» Cefaleia do tipo tensão 
» Cefaleias trigêmino-autonômicas 
» Outras cefaleias primárias 
 Cefaleias secundárias 
 Neuralgias e outras cefaleias 
 
Epidemiologia 
 Segunda maior causa de anos vividos com incapacidade (YLD) 
em todo o ano 
 3/4 de todos os YLDs neurológicos (6,5% de todos os YLDs) 
 9ª causa de procura em consultórios médicos 
 4ª causa de procura em emergências 
 
Primárias x Secundárias 
 Dor = alarme 
» Algo que faz o alarme tocar (secundária) 
» Alarme está com defeito (primária) 
 Primária: Não dependem de outra doença para acontecer. 
Decorrem de uma desregulação envolvendo os mecanismos 
cerebrais de controle da dor. 
» São bem mais frequentes 
» 90% nas emergências e 99% nos consultórios 
 Secundária: a alguma doença que está provocando a dor. (ex.: 
meningite, tumor cerebral, ruptura de aneurisma...) 
» 10% nas emergências e 1% nos consultórios 
 
Enxaqueca 
O impacto da enxaqueca 
 A cefaleia primária que mais leva o paciente ao médico 
 18% das mulheres e 6% dos homens 
 3.000 crises de enxaqueca / milhão de pessoas / dia 
» É como se em Fortaleza: a cada dia 9.000 pessoas 
apresentam crise de enxaqueca 
 Global Burden of Disease Study 
» Terceiro agravo de saúde entre pessoas entre 15 e 49 anos 
» Segunda causa de incapacidade em ambos os sexos e em 
todas as idades (o primeiro é a dor lombar) 
» Primeira causa de incapacidade em pessoas < 50 anos 
 A enxaqueca afeta a produtividade no trabalho em 68% dos 
pacientes 
 
Fisiopatologia da enxaqueca 
 
 
Formas de apresentação 
 SEM AURA 
 
 
 
 
 COM AURA 
 
 
 
 ENXAQUECA CRÔNICA 
» Quando se apresenta mais de 15 dias no mês 
 
 
 
 
 
Cefaleia do tipo tensão 
 A mais comum das cefaleias primárias 
 Dificilmente leva o paciente ao médico 
 Prevalência 
» Na vida ~ 90% 
» No ano ~ 38% 
 M:H = 3:1 
 Não há perfil psicológico distinto 
 Apresentação 
» Cefaleia do tipo tensão episódica infrequente 
» Cefaleia do tipo tensão episódica frequente 
» Cefaleia do tipo tensão crônica 
 
Fisiopatologia da cefaleia do tipo tensão 
 Processamento anormal da dor 
 Mecanismos periféricos (episódica) 
 Mecanismos centrais (crônica) 
 Baixo limiar de dor e intolerância a estímulos mecânicos 
 Hipersensibilidade pericraniana e miofascial, embora EMG seja 
normal 
 
CEFALEIA DO TIPO TENSÃO EPISÓDICA 
 
 
 
 
CEFALEIA DO TIPO TENSÃO CRÔNICA 
 
 
 
Cefaleia Trigêmino-autonômicas 
 Cefaleias mais raras 
 Crises de dor unilateral, intensa, de curta duração 
 Pode ser episódica ou crônica 
 Sintomas disautonômicos associados 
» Hiperemia conjuntival ou lacrimejamento 
» Conjestão nasal ou coriza 
» Edema palpebral 
» Sudorese facial e da região frontal 
» Miose e/ou ptose 
 Sensação de inquietação ou agitação 
 São elas: 
» CEFALEIA EM SALVAS 
 Prevalência: 0,4% em homens e 0,08% em mulheres 
 H:M = 2:1 
» HEMICRANIA PAROXÍSTICA 
 Prevalência desconhecida 
 H:M = 1: 2,3 
» CEFALEIAS DE CURTA DURAÇÃO, UNILATERAL, 
NEURALGIFORME 
» HEMICRANIA CONTÍNUA 
 
Fisiopatologia das cefaleias 
 
 
 
Atendimento passo a passo 
 
 
Sinais de alarme 
 Sintomas sistêmicos (incluindo febre) 
 História de câncer 
 Déficit ou disfunção neurológica (incluindo diminuição da 
consciência) 
 Dor de início repentino ou abrupto 
 Paciente que começa a apresentar cefaleia após os 50 anos 
 Dor apresentando mudança de padrão ou de início recente 
 Dor de cabeça posicional 
 Dor precipitada por espirros, tosse ou exercício 
 Papiledema no exame do fundo de olho 
 Dor de cabeça progressiva e atípica 
 Gravidez ou puerpério 
 Dor no olho associada a disfunções autonômicas 
 Dor de cabeça iniciada após traumatismo craniano 
 Imunodeficiência / HIV 
 Uso excessivo de analgésicos ou novo medicamento iniciado 
Tratamento 
 
 
 
 O tratamento começa com o diagnóstico correto 
 Estabelecer uma parceria com o paciente 
 Fazer o paciente entender a cefaleia primária como uma 
doença biológica 
 Explicar em linguagem acessível os mecanismos e a 
predisposição genética 
 Discutir as opções de tratamento agudo e profilático 
 Motivar a adesão do paciente ao tratamento 
 Explicar a importância e estimular o uso de um diário de 
cefaleia 
 
Tratamento agudo 
 
 
MEDICAÇÕES 
 Medicações inespecíficas 
» Analgésicos e AINH 
 Medicações específicas não seletivas 
» Ergotamínicos, isometepteno (neosaldina) 
 Medicações específicas seletivas 
» Triptanos 
 Medicações coadjuvantes 
» Antieméticos 
 
Tratamento profilático 
 A enxaqueca interfere significativamente na rotina diária do 
paciente, apesar do tratamento sintomático agudo 
 > 03 dias com dor por mês 
 Risco de abuso de medicamentos sintomáticos 
 Medicamentos sintomáticos ineficazes, contraindicados, com 
eventos adversos indesejáveis ou utilização abusiva 
 Preferência do paciente 
 Presença de formas incomuns de enxaqueca: 
» Enxaqueca hemiplégica 
» Enxaqueca com aura do tronco cerebral 
» Infarto enxaquecoso 
 Comorbidades: estar atento com relação às medicações 
usadas 
» Oportunidades e limitações 
 Iniciar com baixa dose e a seguir aumenta-la gradativamente 
 Estar familiarizado com os efeitos colaterais 
 Avaliar cada esquema terapêutico por pelo menos 02 meses 
 Se eficaz, manter o esquema por pelo menos 12 meses e 
depois tentar descontinuar gradualmente 
 Evitar o uso abusivo concomitantemente de analgésicos, 
ergotaminicos ou triptanos 
 Cuidados com gravidez e outras condições associadas 
 
 
 
Insucesso Terapêutico 
 Diagnóstico incorreto ou incompleto: 
» Diagnóstico equivocado da cefaleia primária 
» Cefaleia secundária não percebida 
» Presença de dois ou mais tipos de cefaleias 
 Dosagem inadequada do medicamento ou duração insuficiente 
do tratamento 
 Comorbidades não identificadas: depressão, ansiedade, etc 
 Expectativas irrealistas 
 Eventos adversos que levam a descontinuação do tratamento 
 Descumprimento do tratamento pelo paciente

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