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Resumo - Cefaleias

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Neurologia Júlia Araújo Medicina 
EPIDEMIOLOGIA 
→ Prevalência 93% dos homens e 99% das mulheres 
→ 56% dos homens e 96% das mulheres terão cefaleia ao 
menos 1x na vida 
→ Mulheres possuem maior prevalência e intensidade 
→ Entre 5-10% da população buscam assistência 
médica, intermitentemente, por cefaleia 
CLASSIFICAÇÃO 
→ CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE CEFALEIAS (2013) 
- Cefaleias e dores craniofaciais são catalogadas como 
primárias ou secundárias e divididas em 14 grupos 
1- Hierarquização -> diagnóstico principal + 
subcaracterística (ex: enxaqueca com aura) 
2- Dois ou mais diagnósticos -> caracterizar a dor e 
define diagnóstico (ex: enxaqueca + dor de cabeça 
terminal) 
CEFALEIAS PRIMÁRIAS 
 
Ausência de 
anormalidades 
identificáveis aos 
exames subsidiários 
habituais ou em outras 
estruturas do organismo 
 
Causada por 
mecanismos de 
disfunção neuroquímica 
e neurofisiológica do 
sistema nervoso 
1- Enxaqueca ou migrânea 
 
2- Tensional 
 
3- Em salvas e outras 
trigêmino-autonômicas 
 
4- Outras primárias 
 
 
 
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS 
 
Decorrentes de lesões 
identificadas no 
segmento cefálico ou 
de afecções sistêmicas 
 
Associadas a lesões 
patológicas 
5- Atribuída a trauma 
craniano e/ou cervical 
6- Atribuída a doença 
vascular craniana ou 
cervical 
7- Atribuída à doença 
intracraniana não vascular 
8- Atribuída ao uso ou 
supressão de subs. químicas 
9- Atribuída à infecção 
10- Atribuída à transtornos 
da homeostase 
11- Atribuída o transtorno 
de ossos cranianos, 
pescoço, olhos, ouvidos, 
nariz, seios da face, dentes, 
boca, ATM e outras 
estruturas cranianas/ 
cervicais 
12- Atribuída à transtorno 
psiquiátrico 
 
 
NEURALGIAS 
CRANIANAS 
13- Neuralgias cranianas, 
dor facial neuropática e 
dor facial central 
14- Cefaleias, neuralgias e 
dores faciais não 
classificáveis ou não 
especificáveis 
FATORES DE CRONIFICAÇÃO 
NÃO MODIFICÁVEIS MODIFICÁVEIS 
Idade Hipo/ hipertireoidismo 
Mulheres Cafeína 
Caucasianos Obesidade 
Fator genético Apneia do sono 
Baixo nível 
socioeconômico 
Anemia e policitemia 
 
Baixo nível educacional Ansiedade/ depressão 
Abuso de Medicamentos 
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES 
→ HISTÓRIA CLÍNICA 
- Dado mais importante para o diagnóstico das cefaleias 
-> história detalhada + dados pregressos de vida + 
antecedentes familiares + interrogatório sobre os diversos 
aparelhos 
→ CARACTERÍSTICAS DA CEFALEIA 
- Momento e circunstância da instalação 
- Horário e velocidade de início 
- Intensidade e caráter da dor 
- Duração do ataque individual 
- Localização e irradiação da dor 
- Frequência das crises 
- Ocorrência de sintomas neurológicos e físicos gerais 
que precedem e/ ou acompanham a dor 
- Variações sazonais 
- Progressão dos sintomas 
- Frequência 
- Fatores desencadeantes e piora 
- Tratamentos atuais e prévios, insatisfatórios ou efetivos 
- Evidência sobre abuso de analgésicos, ergóticos e 
cafeína 
- História familiar de cefaleia 
- Correlação com o sono, profissão e problemas 
emocionais 
- Impacto nas atividades de vida diária, prática, social e 
profissional 
→ PADRÕES BÁSICOS DE CEFALEIA 
 
Agudo emergente CEFALEIA SECUNDÁRIA 
Crônico progressivo 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
Agudo recorrente CEFALEIA PRIMÁRIA 
Crônico não 
progressivo 
→ EXAME FÍSICO 
- Costuma ser normal em doentes com cefaleias 
primárias 
- Devem ser observados os sinais vitais, febre, rigidez de 
nuca e evidências de traumatismos, sinais neurológicos 
focais (alterações de motricidade ocular) e acuidade 
visual 
- Deve ser realizada palpação e percussão do crânio e 
mandíbula, região cervical, artérias cervicais e 
pericranianas, exame da cavidade oral, dentes, ouvidos 
e dos seios da face 
- Exame de fundo de olho -> pode evidenciar sinais de 
aumento da pressão intracraniana, glaucoma, êmbolos, 
hemorragias retinianas e anormalidades características 
de hipertensão arterial 
EXAQUECA OU CEFALEIA MIGRÂNEA 
→ DURAÇÃO: 4-72 horas (ao menos 5 episódios que 
duram mais de 4 horas sem uso de medicação) 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- 2º grupo de cefaleias mais frequente 
- Mais comum em mulheres 
- Pode estar ou não associado com aura 
→ CRITÉRIOS 
MENORES 
(pelo menos 2) 
MAIORES 
(pelo menos 1) 
- Cefaleia latejante ou 
pulsátil 
- Intensidade moderada 
ou grave 
(incapacitante) 
- Unilateral/ 
hemicraniana (Infância 
e adolescência é mais 
comum holocraniana) 
- Agravada por at. 
físicas de rotina 
- Náuseas e/ou vômitos 
- Fotofobia 
- Fonofobia 
→ AURA - ENXAQUECA CLÁSSICA 
- Sintoma unilateral com duração de 5 a 60 minutos 
(cada sintoma), do mesmo lado da dor de cabeça (um 
sintoma é unilateral), precedendo em até 60 minutos a 
enxaqueca. 
- 2 episódios de enxaqueca com aura já fecham o 
diagnóstico de aura 
VISUAL - Escotoma cintilante 
- Espectro de fortificação ou 
fotopsias (“zigue-zague”) 
- Macro ou micropsia 
- Hemianopsia 
SENSITIVO - Parestesia (formigamento) 
LINGUAGEM - Afasia (rara) 
MOTOR - Hemiplégica (fraqueza) -> 
genética 
 
 
→ FATORES DESENCADEANTES 
- Estresse emocional 
- Alimentos 
- Medicamentos 
- Substâncias inaladas 
- Estímulos luminosos 
- Problemas de sono 
- Fadiga 
- Jejum 
→ TRATAMENTO -> Individualizado 
ABORTIVO -> AGUDO (CRISE) -> medicamento deve ser feito 
no início da dor 
Analgésicos 
comuns 
Dipirona 
Paracetamol 
- Atenção ao uso abusivo 
-> +10 por mês 
AINEs Naproxeno 
Ibuprofeno 
- Contraindicação: ins. 
renal e gastrite 
Triptanos Sumatriptano 
Noratriptano 
Rizatriptano 
- Vasoconstrição 
(cuidado com 
cardiopatas) 
Ergotamínicos Cefalium 
Cefaliv 
- Usados como 
alternativa em caso de 
persistência da dor 
- Em geral, são 
associados com dipirona 
ou paracetamol 
Antieméticos Metocloprami
da 
- Em caso de náuseas ou 
vômitos 
PROFILÁTICO -> reduzir intensidade e frequência/ eliminação 
de fatores de fatores desencadeantes 
(Se 3 episódios/ 8 dias ao mês, crises recorrentes 
incapacitantes, dor migrânea hemiplégica, com aura de 
tronco cerebral, aura desconfortável, infarto migrâneo) 
 
Antidepressivos 
tricíclicos 
 
Amitriptilina 
Nortriptilina 
25mg/ dia (12,5 mg 
durante 10 dias para 
adaptação), tomar a 
noite antes de dormir 
- Efeitos colaterais: 
sono, boca seca, 
ESPECTRO DE FORTIFICAÇÃO ESCOTOMA CINTILANTE 
MACRO/MICROPSIA ESCOTOMA CINTILANTE 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
aumento do peso 
Betabloqueadores Propanolol 
40 a 120 mg/dia 
 
Anticonvulsivantes 
 
 
Topiramato 
25 mg/dia (até 100 
mg) 
- Efeitos colaterais: 
perda de peso, 
déficit cognitivo 
Duração de pelo menos 6 meses (máx. 1 ano), 
devendo ser suspenso de modo gradual após esse 
período 
- Tratamento em casos refratários 
 . Bloqueio de nervos periféricos e de pontos miofasciais 
-> anestesia + corticoide ou toxina botulínica no couro 
cabeludo, região occipital e trapézio 
- Mudanças no estilo de vida 
 . Alimentação: não fazer jejum, comer de 3/3hrs, evitar 
frituras, alimentos industrializados, vinhos, chocolate, 
shoyo, cafeína 
 . Atividade física: ao menos 3x na semana 
 . Qualidade de sono: dormir e acordar no mesmo 
horário, não dormir durante o dia 
- Enxaqueca crônica 
 . + 3 meses consecutivos de dor, sendo > 15 dias/mês 
 . Ao menos 8 dias/ mês com padrão migrâneo 
 
* Uso abusivo de analgésicos = + 10 comprimidos por 
mês 
CEFALEIA TIPO TENSÃO OU TENSIONAL 
→ DURAÇÃO: 30 minutos a 7 dias 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia em pressão ou aperto 
- Dor bilateral não pulsátil (holocraniana) 
- Intensidade discreta a moderada que não impedem 
atividades de rotina 
- Não associada a náuseas e vômitos (exceto em 
crônicas de alta intensidade) 
- Pode estar associada a foto/ fonofobia 
- Associadas ou não a anormalidades da musculatura 
pericraniana 
→ CLASSIFICAÇÃO 
- Episódica pouco frequente -> 1 dia/mês(ocorre menos 
de 10 dias ao ano) 
- Episódica frequente -> 1 a 14 dias/mês (ocorre de 10 a 
179 dias ao ano) 
- Crônica -> 15 ou + dias/ mês (ou mais de 180 dias ao 
ano) 
- Contínua -> até 15 dias ao mês, com duração de 30 
minutos até 7 dias 
→ TRATAMENTO 
- FASE AGUDA/ABORTIVO (CRISE) 
 . Analgésicos comuns (dipirona 1g, paracetamol 1g) 
* Atenção ao uso abusivo (+ 10/ mês) 
 . AINE/ (ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, 
cerarolaco, indometacina, dipirona) -> agentes de 
preferência 
* Contraindicações: gastrite e ins. renal 
- PROFILÁTICO (em casos de cefaleia crônica ou 
frequente) 
 . Consiste no uso de antidepressivos tricíclicos 
(amitriptilina, nortripitilina, clomipramina, maprotilina, 
mianserina, venlafaxina) 
* 25 mg/dia (12,5 mg durante 10 dias para adaptação), 
tomar durante a noite antes de dormir 
- CASOS REFRATÁRIOS 
 . Bloqueio de nervos periféricos e de pontos miofasciais 
- Avaliar sensibilidade pericraniana e presença de 
pontos miofasciais 
- MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA 
 . Atividade física 
 . Qualidade do sono 
 . Controle das emoções (estresse, ansiedade, 
depressão e outros) 
CEFALEIA EM SALVAS 
→ DURAÇÃO: quando não tratada -> 15 a 180 minutos, 
ocorrendo em períodos de 2 semanas a 3 meses, com 
intervalos de pelo menos 1 mês 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Idade de 20 a 40 anos 
- Predomina no sexo masculino 
- Pode se associar ao tabagismo, traumatismo craniano 
ou história familiar de cefaleia 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia trigêmino-autonômica -> dor desencadeada 
pelo nervo trigêmeo 
- Ocorrência de um ataque a cada 2 dias até 8 ataques 
por dia 
- Dor unilateral 
- Intensa 
- Localizada na região orbitária, supraorbitária e 
temporal 
- Às vezes irradiada para a região maxilar, occipitonucal, 
pericarotidea e ombro 
- Deve estar associada a pelo menos um sinal 
neurovegetativo ipsilateral ou à sensação de inquietude 
ou agitação 
 . Congestão conjuntival 
 . Lacrimejamento 
 . Congestão nasal 
 . Rinorreia 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
 . Sudorese frontal e/ou facial 
 . Miose 
 . Ptose palpebral 
 . Edema palpebral 
→ CLASSIFICAÇÃO 
- Episódica (mais comum) -> períodos de crise que 
duram de 7 dias a 1 ano, separados por períodos 
assintomáticos de 1 mês ou mais 
- Crônica -> não há remissão por pelo menos 1 ano ou a 
remissão é de menos que 30 dias no período de 1 ano 
- Salva- tic 
→ EXAME FÍSICO 
- Demonstra pontos dolorosos e fenômenos 
neurovegetativos simpáticos e parassimpáticos na 
região craniana e facial 
→ TRATAMENTO 
- CRISE 
 . Inalação de O2 puro (O2 a 100% sob máscara não 
reinalante 12L/min por 15 min) 
 . Dor prolongada -> tartarato de ergotamina (1 a 2 
mg) 
 . Persistência da sintomatologia -> triptanos 
- PROFILÁTICO 
 . Uso de vários agentes 
 . Encaminhar ao neurologista 
OUTRAS 
→ Cefaleia primária da tosse 
→ Cefaleia primária do exercício 
→ Cefaleia primária associada à atividade sexual 
→ Cefaleia por estímulos frios 
→ Cefaleia por pressão externa 
→ Cefaleia primária em guinada (pontada interna 
momentânea) 
→ Cefaleia numular (dor bem localizada em tamanho 
de moeda) 
→ Cefaleia Hipinica 
→ SINAIS E FATORES DE ALARME 
- Primeira ou pior cefaleia vivenciada pelo doente 
- Início recente 
- Iniciada após os 50 anos 
- Associada à traumatismos cranianos 
- Intensidade e frequência progressivas 
- Cefaleia em doentes 
- Cefaleia com evidência de rigidez de nuca e/ou outros 
sinais meníngeos 
CEFALEIA PÓS-TRAUMÁTICA 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Dores de cabeça que mostrem estreita relação com o 
evento traumático 
- Acompanhada de outros sintomas -> vertigem, 
dificuldade de concentração, irritabilidade, alteração 
de personalidade e insônia -> síndrome pós-traumática 
- Padrões de dor variáveis podem se seguir ao trauma 
craniano 
→ CLASSIFICAÇÃO 
- AGUDA -> aparece até 7 dias após a ocorrência do 
trauma, desaparecendo após 3 meses 
 . Geralmente é moderada a intensa, latejante, 
associada a náuseas e vômitos, foto/ fonofobia, déficit 
de memória, irritabilidade, sonolência ou vertigens 
 . Exacerba-se durante atividades físicas 
 . Apresenta características similares às enxaquecas 
- CRÔNICA -> aparece após 7 dias do trauma e persiste 
por mais de 3 meses 
 . Caráter semelhante ao da cefaleia tipo tensão, mas 
é agravada pelo esforço físico e pela atividade mental 
OUTRAS CEFALEIAS SECUNDÁRIAS 
→ Cefaleia por hipotensão liququórica (após realização 
de punção lombar/ Tratamento: hidratação + mudança 
de decúbito) 
→ Cefaleia pós-traumática (solicitar exame de imagem/ 
Tratamento: amitriptilina 25 mg) 
→ Cefaleia pós-AVC 
→ Cefaleia pós crise convulsiva (excesso de atividade 
cerebral) 
→ Cefaleia cardiogênica (dificuldade na oxigenação 
cerebral) 
→ HAS 
NEURALGIA DO TRIGÊMEO 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia trigêmino-autossômica 
- Dor que se distribui em 1 ou 
mais ramos do trigêmeo 
- Geralmente é desencadeada 
por estímulos inócuos (mastigar, 
falar, bocejar) 
- Dor em choque, fisgada ou 
facada unilateral 
- Intensidade grave 
→ DURAÇÃO: até 2 minutos 
→ CLASSIFICAÇÃO 
- Primária 
- Secundária -> herpes zoster, esclerose múltipla ou alça 
vascular que toca o nervo 
 . Exame complementar: Angioressonância 
→ TRATAMENTO 
- Carbamazepina 100-200 mg 8/8h 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
 . Efeitos colaterais: diplopia, náuseas, dor no estômago 
- Em caso de compressão vascular -> cirúrgico -> 
Rizotomia por radiofrequência 
- Toxina botulínica (casos refratários) 
- Bloqueio de gânglio de gonet 
CEFALEIA NA CRIANÇA/ ADOLESCÊNCIA 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Muito prevalente e impacta na saúde mental e no 
desempenho escolar 
- Diagnóstico clínico -> geralmente primária 
→ TIPOS MAIS COMUNS 
- Migrânea 
- Cefaleia Tensional 
- Emergências: Trauma craniano e Rinossinusite 
- Menos comuns: Cefaleia em Salvas e Secundárias 
→ SINAIS DE ALERTA (RED FLAGS) 
- Início abrupto 
- Noturno (acorda com a dor) 
- Vômitos 
- Grande intensidade 
- Associação com epilepsia 
- Ao esforço físico 
- Temporalidade -> evolução < 6 meses, piora 
progressiva e novo padrão 
- Sinais neurológicos focais -> perda de força e artralgia 
- Infecção suspeita -> febre, secreção, rebaixamento do 
nível de consciência 
- Mudança comportamental ou do desenvolvimento 
escolar 
→ ALGORITMO DE TRATAMENTO 
- Se < 30 minutos: analgesia comum -> Dipirona/ 
Ibuprofeno 
- Após 4 horas sem melhora: repetir analgesia comum 
- + 4 horas sem melhora: medicamento endovenoso 
- PROFILAXIA: evitar tratamento profilático e preconizar 
mudança de hábito 
CEFALEIA NA MULHER 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Mais comum que homens: supõe-se que devido às 
variações dos níveis hormonais 
- Período perimenstrual: principal causa é a queda de 
estrogênio 
- Menstruação, menarca e climatério são fatores de 
piora 
- Gestação, amamentação e pós menopausa são 
fatores de melhora 
MIGRÂNEA PERIMENSTRUAL 
→ CLASSIFICAÇÃO MIGRÂNEA X MENSTRUAÇÃO 
Migrânea sem aura 
menstrual pura 
Apenas durante a 
menstruação 
Migrânea sem aura 
relacionada com a 
menstruação 
Fora e piora durante a 
menstruação 
Migrânea sem aura não 
menstrual 
Apenas fora da 
menstruação 
→ TRATAMENTO 
- Mudança no hábito de vida 
- Miniproflixia: 2-3 dias antes da menstruação, com 
duração de 5 a 7 dias usar AINE (Naproxeno/ 
Ibuprofeno) ou Ergotamínicos ou Triptofano 
- Anticoncepcional: interromper o ciclo 
CEFALEIA NA GRAVIDEZ 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Geralmente, a gravidez melhora a cefaleia 
- Deve-se verificar: mudanças no padrão e crises novas 
(geralmente migrânea) 
- Migrânea aumenta o risco de pré-eclâmpsia em 4x, de 
náuseas e de vômitos 
→ TRATAMENTO 
- Fármacos devem ser evitados no 1º trimestre 
- Tratamento de crise: triptano (Sumatriptano/ 
Noratriptano)-> único possível 
CEFALEIA NA AMAMENTAÇÃO 
→ CARACTERÍSTICAS- Cefaleia tende a ser adiada durante a amamentação 
→ TRATAMENTO 
- Preferência por modalidades não farmacológicas 
CEFALEIA NO CLIMATÉRIO 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia pré-existente tende a piorar 
- Se surgir nova cefaleia: cuidado e investigar causa 
secundária 
→ TRATAMENTO 
- Tratamento habitual para migrânea, podendo 
considerar terapia hormonal 
- Tratamento profilático: NÃO usar Flumarizina -> pode 
causar parkinsonismo 
CEFALEIA E AVC 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Migrânea com aura e terapia com reposição hormonal 
(trombogênico) aumentam o risco de AVC 
- Fatores de Risco 
 . Obesidade 
 . HAS 
 . Dislipidemia 
 . Baixas doses de etenilestradiol 
→ TRATAMENTO 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
- Suspensão de terapia hormonal se piora ou surgimento 
da migrânea (piora com aura) 
CEFALEIA HÍPNICA 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia em idosos 
- Mulheres maiores de 60 anos 
- Ocorre durante o sono, causando despertar na fase 
REM 
- Sem sintomas autonômicos ou inquietação 
- Diagnóstico: > 10 dias/mês durante 3 meses 
- Duração: 15 min a 4 horas 
→ TRATAMENTO 
- Abortivo: AAS e cafeína em baixas doses/ Triptanos 
ineficazes 
- Profilático: lítio, cafeína ou indometacina 
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Cefaleia em idosos 
- Início geralmente após os 50 
anos 
- Cefaleia de início recente 
- Anormalidade da artéria 
temporal (edema), dor à 
palpação e redução da 
pulsação 
→ EXAMES 
- VHS > 50mm/hora 
- Biopsia de artéria com vasculite -> confirmatório 
- USG duplex-scan de artéria temporal 
- RNM de alta resolução 
→ TRATAMENTO 
- Corticoide: Prednisona 40-60mg por 6 a 12 meses 
(monitorar VHS) 
- Iniciar corticoide EV se risco de cegueira: 
Metilprednisona 250mg EV 6/6hrs durante 5 dias 
- Metotrexato, Azetioprina e Tacilizumabe reduzem 
arterite 
CEFALEIA NA EMERGÊNCIA 
→ ABORDAGEM INICIAL 
1- Caracterizar a dor 
2- Fazer exame neurológico direcionado 
3- Aferir PA e temperatura 
4- Palpação de crânio e face 
→ SINAIS DE ALARME - SNOOP 
Sintomas Sistêmicos Febre, calafrios, perda 
ponderal, HIV, neoplasias 
Sintomas Neurológicos Confusão mental, 
alteração do nível de 
consciência, reflexos 
assimétricos 
Instalação (Onset) Aguda, súbita (frações de 
segundo/ em trovoada) 
Idade (Older) Maior ou igual a 50 anos 
História Prévia Nova ou em piora 
(aumento da frequência e 
intensidade ou 
características clínicas) 
Outros Crianças < 5 anos 
Piora durante observação 
Medicação 
→ ATENÇÃO 
- Causas na pediatria: IVAS, migrânea sem aura, 
meningite viral, tumores 
- Sempre analisar fundo de olho para saber se há 
hipertensão intracraniana 
 
Neurologia Júlia Araújo Medicina 
→ Uma mulher de 36 anos, com histórico desde os 12 
anos de idade, de intensas crises de cefaleia latejante, 
incapacitante, com duração maior que 12 horas, 
geralmente hemicraniana à esquerda, associada a foto 
e fonofobia, que pioram com atividade e melhoram 
com repouso, porém com inúmeras idas ao PS (em 
média 3 vezes ao mês), evolui com novo episódio de 
dor, que não melhorou com 1g de dipirona via oral, 
voltando pela terceira vez ao pronto atendimento em 48 
horas. Ao exame, paciente responsiva, com fácies de 
dor, apresentando características de dor usuais, com 
náuseas, foto e fonofobia. Glicemia capilar = 98. 
Relembrando tudo que você estudou nas aulas de 
neurologia da graduação (ou não), você solicitou uma 
análise de líquor, cujo resultado está assim descrito: 
Líquor de aspecto claro, apresentando 1 célula 
mononuclear, glicorraquia 65, proteínas 38. 
 
1- O que está acontecendo com esta paciente? Qual 
seu diagnóstico? 
- Trata-se de um caso de enxaqueca ou cefaleia 
migrânea 
2- Que informações devem ser coletadas com paciente 
e familiares para auxiliar na sua investigação da causa 
destas idas frequentes ao PS? 
- Momento e circunstância da instalação 
- Horário e velocidade de início 
- Intensidade e caráter da dor 
- Duração do ataque individual 
- Localização e irradiação da dor 
- Frequência das crises 
- Ocorrência de sintomas neurológicos e físicos gerais 
que precedem e/ ou acompanham a dor 
- Variações sazonais 
- Progressão dos sintomas 
- Frequência 
- Fatores desencadeantes e piora 
- Tratamentos atuais e prévios, insatisfatórios ou efetivos 
- Evidência sobre abuso de analgésicos, ergóticos e 
cafeína 
- História familiar de cefaleia 
- Correlação com o sono, profissão e problemas 
emocionais 
- Impacto nas atividades de vida diária, prática, social e 
profissional 
3- Que exames devem ser solicitados para 
investigação? Havia indicação de coleta de LCR? 
Não há necessidade de solicitação de exames e nem 
de coleta de LCR, pois trata-se de um quadro de 
diagnóstico clínico. 
4- Quais as condutas medicamentosas que você vai 
tomar para tratar essa paciente no pronto socorro? 
- Dipirona 1g EV e/ou Sumpatriptan 6mg SC 
- Persistindo: 
 . Soro fisiológico 0,9% 5ml/kg rápido -> hidratação 
 . Clorpromazina 0,1mg/kg EV ou Dexametasona 
4mg/ml-2ml EV 
 . Metoclopramida 10mg EV em caso de vômitos

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