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1 Aplicação da Lei Penal -– Disposições Finais DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online APLICAÇÃO DA LEI PENAL – DISPOSIÇÕES FINAIS EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA (ART. 9º DO CP) • Em regra, em respeito ao princípio da soberania, a sentença estran- geira não pode ser executada no Brasil. Entretanto, em casos específicos, havendo sua homologação pela justiça brasileira, as sentenças estrangei- ras podem ser executadas para produzir alguns efeitos específicos. Efeitos produzidos com a homologação da Justiça Brasileira • Obrigar à reparação do dano, restituições e outros efeitos civis. • Sujeitar o agente ao cumprimento de medida de segurança. Obss.:� para serem homologadas, as duas situações acima se submetem a requi- sitos genéricos e específicos. Requisitos genéricos para homologação • Prova do trânsito em julgado (Súmula n. 420 do STF). • Homologação realizada pelo STJ (art. 105, I, “i”, da CF/88). Requisitos específicos para homologação • Pedido da parte interessada (para que obrigue à reparação do dano, resti- tuição ou outro efeito civil). • Existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciá- ria emanou a sentença ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça (para sujeição à medida de segurança). Obss.:� não é exigida homologação da sentença estrangeira para os fins de rein- cidência. A homologação só é exigida quando há a necessidade de cum- primento da sentença. 2 Aplicação da Lei Penal – Disposições Finais DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online RESUMO Sentença estrangeira Regra: não produz nenhum efeito Quais efeitos? Exceção: pode reduzir determinados efeitos Quando homologada, respeita os requisitos: • trânsito em julgado; • feita pelo STJ. • OBRIGAR A REPARAÇÃO (condição: pedido da parte interessada). • SUJEITAR À MEDIDA DE SEGURANÇA (condição: existência de tratado de extradição com o país signatário da sentença ou, na falta desse, requisição do Ministro da Justiça). CONTAGEM DO PRAZO • O prazo penal é improrrogável (mesmo que não caía em dia útil) e, dife- rentemente do que ocorre no prazo processual penal, o dia do começo deve ser incluído em sua contagem e o dia do fim deve ser excluído. Atenção! Apesar de ser improrrogável, o prazo penal pode ser suspenso (a contagem retorna do momento da paralisação) ou interrompido (a contagem retorna do zero), como ocorre com a prescrição (arts. 116 e 117 do CP). • Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Exemplos: – Prazo: 5 dias. Se o início for no dia 10, a contagem termina no dia 14. – Prazo: 3 meses. Se o início for em junho, a contagem termina em setembro. 3 Aplicação da Lei Penal -– Disposições Finais DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online – Prazo: 1 mês e 3 dias. Se o início for no dia 10 de agosto, a contagem termina no dia 12 de setembro. – Prazo: 2 meses. Se o início for no dia 10 de agosto, a contagem termina no dia 9 de outubro. Nesse caso, a contagem é sempre no dia anterior do mês do fim do prazo. O condenado começa a cumprir a pena às 23h59min do dia 12 de agosto de 2002s Quando se encerra a pena? a) Pena: 7 anos, 4 meses e 3 dias. Fim: 14 dezembro de 2009. b) Pena: 9 anos, 10 meses e 5 dias. Fim: 16 de junho de 2012. Frações não computáveis da pena • Arts 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. • Basta que se faça a correção no que diz respeito às frações da pena de multa, tendo em vista que se deve dispensar as frações de reais. ����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.
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