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Aula 17 Interpretação da Lei Penal


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Interpretação da Lei Penal
DIREITO PENAL
www.grancursosonline.com.br
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ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
• É a tarefa mental que visa estabelecer a vontade da lei, o seu conteúdo e 
significado. 
• Quais leis devem ser interpretadas? Todas. Não vigora no Direito Penal 
Brasileiro o princípio do in claris cessat interpretatio (quando a norma for 
clara, não precisa ser interpretada).
 – Até mesmo o art. 121, do CP (Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a 
vinte anos), carece de interpretação, com base, por exemplo, em caso 
de legítima defesa ou de guerra declarada.
• A interpretação da lei penal subdivide-se em três blocos: 
Quanto ao sujeito Quanto ao método/meio Quanto ao resultado
• Autêntica / legislativa
• Doutrinária / científica 
• Judicial / jurisprudencial 
• Gramatical / literal / filológica / 
sintática
• Lógica / teleológica
• Declarativa / declaratória
• Restritiva
• Extensiva
Quanto ao sujeito
a) Autêntica/ Legislativa: é aquela realizada pelo próprio legislador. 
• Exemplos: art. 13, caput (traz o conceito de causa/nexo de causalidade) e 
art. 327 (traz o conceito de funcionário público), ambos do CP.
OOss.:� as leis de introdução são exemplos de interpretação autêntica/legislativa. 
Exemplo: Lei de Introdução ao Código Penal.
 
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Interpretação da Lei Penal
DIREITO PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
b) Doutrinária/ Científica: é aquela realizada pelos doutrinadores, escritores; 
em resumo: os estudiosos do direito. 
OOss.:� as exposições de motivos são espécies de interpretação doutrinária, já 
que foram realizadas pelos estudiosos que trabalharam na elaboração do 
diploma legal.
c) Judicial/ Jurisprudencial: é aquela realizada pelos membros do Poder Judi-
ciário nos julgamentos dos litígios.
OOss.:� somente será considerada judicial a interpretação realizada pelos mem-
bros do Judiciário enquanto na função de julgador.
Quanto ao método/meio
a) Gramatical/ Literal/ Filológica/ Sintática: é aquela que considera a acepção 
literal das palavras. Trata-se de uma interpretação rasa/ superficial.
b) Lógica/ Teleológica: é aquela que busca encontrar a genuína vontade mani-
festada na lei. É mais profunda e merece um maior grau de confiabilidade. 
• A interpretação teleológica utiliza 4 elementos para compreender a norma. 
São eles:
 – Histórico: evolução histórica da lei e de seu objeto.
 – Sistemático: análise da lei de acordo com o ordenamento jurídico.
 – Direito comparado: comparação com o direito de outros países.
 – Elementos extrajurídicos: conceitos trazidos de outras ciências.
Quanto ao resultado
a) Declaratória/ Declarativa/ Estrita: é aquela que resulta da perfeita sintonia 
entre o texto da lei e sua vontade. Nada se acrescenta ou se retira. 
b) Restritiva: é aquela em que o intérprete deve reduzir o alcance das pala-
vras, pois a lei acabou dizendo mais do que desejava. 
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Interpretação da Lei Penal
DIREITO PENAL
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c) Extensiva: é aquela em que o intérprete deve ampliar o alcance das pala-
vras, pois a lei acabou dizendo menos do que desejava.
OOss.:� a interpretação extensiva, em regra, deve ser realizada para beneficiar o 
réu. Entretanto, em hipóteses extraordinárias, é possível realizar interpre-
tação extensiva ainda que em prejuízo ao réu (busca-se evitar entendi-
mentos irracionais). Exemplo: art. 157, § 2º, I, do CP – roubo qualificado 
com o emprego de arma. No entanto, cabe a pergunta: o que é arma?
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.