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1 Culpabilidade – Imputabilidade III DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online CULPABILIDADE – IMPUTABILIDADE III 1.4 – CAUSAS QUE NÃO AFASTAM NEM REDUZEM A IMPUTABILIDADE: A – EMOÇÃO OU PAIXÃO (ART. 28, I, DO CP): De acordo com o art. 28, I, do CP: Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão; (…) Atenção! Quando a emoção ou paixão configuram um estado patológico, devem ser compreendidas como psicose (doença mental), o que pode afastar a imputabilidade por anomalia psíquica (art. 26, caput, do CP), ou reduzi-la (art. 26, parágrafo único, do CP). B – EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL E EMBRIAGUEZ PREORDENADA: Essas duas espécies de embriaguez não afastam nem reduzem a imputabili- dade. Vejamos cada uma delas: I – Não acidental (art. 28, II, do CP): A embriaguez não acidental pode ser voluntária (o agente ingere a substância alcoólica com a intenção de embriagar-se) ou culposa (o agente, por negligência ou imprudência, acaba por embriagar-se). etc. 2 Culpabilidade – Imputabilidade III DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Pode ser completa ou incompleta, mas independentemente disso jamais afastará ou reduzirá a imputabilidade. II – Preordenada (art. 61, II, “l”, do CP): A embriaguez preordenada consiste em uma causa agravante genérica e ocorre quando o agente ingere bebida alcoólica ou consome substância entor- pecente com a finalidade de cometer o crime. Completa ou incompleta, jamais afastará ou reduzirá a imputabilidade. Muito pelo contrário, sujeita o autor dos fatos a uma causa agravante de pena! – Embriaguez patológica: ingerem a substância voluntariamente. Nesse caso, é uma embriaguez não acidental. Ex.: alcoólatras. A embriaguez patológica é tratada como anomalia psíquica; assim sendo, a pessoa pode ser inimputável ou semi-imputável. Imagine a seguinte situação: João, com a intenção de matar Pedro, resolve se embriagar com o intuito de criar coragem para praticar o crime. Após estar embriagado e ter perdido a capa- cidade de entendimento do que fazia, João desfere três disparos contra Pedro, levando-o à morte. Nesse caso, João deve ser considerado imputável? Sim. Afinal, a sua embriaguez decorreu de sua própria vontade (preorde- nada), sendo-lhe aplicável a teoria da ACTIO LIBERA IN CAUSA, segundo a qual o agente que se coloca voluntariamente na situação de embriaguez não pode ser considerado inimputável. C – SILVÍCOLAS (ÍNDIOS NÃO INTEGRADOS) E SURDOS-MUDOS: O simples fato de ser um surdo-mudo ou um silvícola (índio não integrado à sociedade) não caracteriza a inimputabilidade. Somente serão inimputáveis os índios e surdos-mudos que se enquadrem em algumas das situações de exclusão da imputabilidade: 3 Culpabilidade – Imputabilidade III DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online a. possuam menos de 18 anos (menoridade; art. 27 do CP); b. possuam doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retar- dado e incapacidade de entendimento ou de autodeterminação (anomalia psí- quica; art. 26, caput, CP); c. embriaguez completa acidental (art. 28, § 1º, CP) CULPABILIDADE: POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE E EXIGIBILI- DADE DE CONDUTA DIVERSA Potencial Consciência da Ilicitude: É o segundo elemento da culpabilidade e representa a possibilidade que o agente tem de compreender a reprovabilidade de sua conduta. Esse elemento da culpabilidade possui apenas uma causa de exclusão, o famigerado ERRO DE PROIBIÇÃO. ����������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.
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