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intracelulares e Calcificações Patológicas A patologia envolve os estudos de investigação das causas das doenças e alterações associadas em nível da célula, ou seja, lesões, patologias, danos teciduais e etc, que constituem fatores essenciais para a compreensão da doença, logo, não há como explicar os acúmulos intracelulares e calcificação sem citar a importância das células e todo seu contexto. Nesse sentido, é notório que as células são essenciais para um funcionamento fisiológico bom dos organismos vivos, devido ao ajuste constante de suas funções para adaptarem às demandas do meio e estresse celular,como, hipertrofia,hiperplasia, atrofia e metaplasia, logo, o estado de normalidade celular é denominado homeostasia. Portanto, em algumas ocasiões as células podem acumular substâncias que podem tanto ser inofensivas ou associadas a graus de lesões, acumuladas no citoplasma ou em alguma organela celular, esse fato denomina-se acúmulo intracelular. Tal fator divide-se em quatro principais tipos: metabolismo anormal, defeitos no dobramento e transporte de proteína, ausência de enzimas e ingestão de materiais indigeríveis. O metabolismo anormal pode ser enfatizado com a degeneração gordurosa, a qual refere-se ao acúmulo anormal de triglicerídeos dentro das células parênquima, esse tipo de acúmulo é denominado esteatose, e pode ser causada por toxinas, desnutrição proteica, diabetes melito, obesidade e anorexia . O principal órgão onde ela é observada é no fígado devido a sua função do metabolismo da gordura, mas pode ocorrer também no coração, músculo esquelético, rim e em outros órgãos. Os defeitos no dobramento e transporte de proteína, pode ser enfatizado no metabolismo celular do colesterol e acúmulo de proteínas. A priori, ao que se refere ao metabolismo celular do colesterol o qual deve ser estreitamente regulado para assegurar a síntese normal de membrana celulares sem a ocorrências de acúmulos intracelulares, pode ocorrer uma anomalia devido a sobrecarga das células fagocíticas com lipídeos (triglicerídeos, colesterol e ésteres de colesterol) que pode causar a aterosclerose. Em seguida, o acúmulo de proteínas morfologicamente visíveis pode ocorrer por apresentar excesso ou pela as células sintetizam quantidades excessivas. A ausência de enzimas se caracteriza pelos depósitos intracelulares excessivos de glicogênio que estão associados a anormalidades do metabolismo da glicose ou glicogênio. Pode-se citar como exemplo a diabetes melito, enfatizando uma anormalidade da glicose, que se acumula no epitélio dos túbulos renais, nos miócitos cardíacos e nas células beta das ilhotas de Langerhans. as doenças relacionadas com o glicogênio estão ligadas a doenças de armazenamento do glicogênio ou glicogenose. Por fim, a ingestão de materiais indigeríveis está ligada aos pigmentos que referem-se como substâncias coloridas exógenas, ou seja, se originam fora do corpo. Pode-se citar quatro exemplos: o carbono, quando inalado é fagocitado pelos macrófagos alveolares e transportado pelos canais linfáticos para os linfonodos da região traqueobrônquica, os agregados dessa substância escurecem os linfonodos e o parênquima pulmonar; lipofuscina, é um material intracelular granular constituídas por complexos de lipídios e proteínas que derivam da peroxidação catalisada por radicais livres, por lipídios polinsaturados de membranas subcelulares, quando em grande quantidade de pigmento marrom o tecido oferece um estado de atrofia parda; a melanina, trata-se de um pigmento endógeno, produzido pelos melanócitos localizados na epiderme e atua como protetor contra a radiação ultravioleta prejudicial; hemossiderina é um pigmento granular derivado da hemoglobina, que se acumula nos tecidos onde há excesso de ferro, local ou sistêmico. A calcificação patológica também é um acúmulo de substâncias, ele confere o acúmulo de sais de cálcio e outros minerais como o ferro e o magnésio. Toda vida, quando ocorre a calcificação em tecidos mortos ou que estão morrendo, é denominado calcificação distrófica, que ocorre na ausência de perturbações metabólicas de cálcio, esse tipo de calcificação é encontrada em locais de necrose de qualquer nível, um exemplo pode-se citar que a calcificação pode-se desenvolver nas valvas envelhecidas ou lesadas, resultando em valvas seriamente prejudicadas na movimentação. O produto final da calcificação distrófica, é a formação de fosfato de cálcio cristalino, envolvendo a iniciação em sítios extracelulares como vesículas revestidas por membranas e, a iniciação da calcificação intracelular que ocorre nas mitocôndrias de células mortas ou que estão morrendo e que tenham perdido sua habilidade de regular o cálcio intracelular, logo após a iniciação em qualquer lugar ocorre a formação dos cristais. Outro tipo de calcificação é a calcificação metastática que pode ocorrer em tecidos normais sempre que há hipercalcemia, diferenciando-se da calcificação distrófica. As causas da hipercalcemia são o aumento da secreção de paratormônio devido a tumores primários; destruição óssea devida aos efeitos turnover ósseo acelerado; distúrbios relacionados a vitamina D, como intoxicação por vitamina D ou sarcoidose; e insuficiência renal podendo agravar-se para hiperparatireoidismo secundário. Bibliografia: Robbins e Cotran - Patologia - bases patológicas das doenças - 9a edição
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