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REPARO TECIDUAL CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU Disciplina: Patologia Geral PROFª. DRA. GRACE KELLY MELO DE ALMEIDA (GRACEKELLYMELO@HOTMAIL.COM) Reparo Tecidual O reparo tecidual consiste na capacidade que o organismo possui de reparar danos decorrentes de agentes tóxicos ou processos inflamatórios. Reparo Tecidual Este processo, que visa restaurar a arquitetura tecidual e a função após uma lesão, engloba a proliferação de diferentes células e interações estreitas entre as células e a matriz extracelular. Reparo Tecidual Pode ser de dois tipos: Regeneração e; Cicatrização. - Ambos requerem crescimento celular, diferenciação e interação entre célula e matriz. Reparo Tecidual Regeneração: quando os tecidos são capazes de restituir os componentes lesados e retornar ao seu estado normal. - Induz células em repouso a entrar em seu ciclo celular; - Diminui a perda celular. Reparo Tecidual Cicatrização: quando os tecidos lesados não são capazes de se reconstruírem por completo, na qual há deposição de tecido fibroso. - Ocorre quando as estruturas de suporte encontram-se gravemente lesadas ou em tecidos que não apresentam capacidade regenerativa. ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Os tecidos do corpo são divididos em três grupos com base na atividade proliferativa das suas células: - Tecidos em divisão contínua (tecidos lábeis), quiescentes (tecidos estáveis) e tecidos que não se dividem (tecidos permanentes). Células Lábeis - Proliferam por toda a vida, substituindo aquelas que são destruídas. - Ex.: Epitélio estratificado escamoso da pele. ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Células Estáveis (quiescentes): - Normalmente possuem um baixo nível de replicação. - Células desses tecidos podem sofrer rápida divisão em resposta a estímulos. - São capazes de reconstituir o tecido de origem. - Ex.: Células parenquimatosas do fígado, rins e pâncreas. ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Células Permanentes (não se dividem): - Células que deixaram o ciclo celular e não podem sofrer divisão mitótica na vida pós-natal. - Ex.: Neurônios e células musculares cardíacas e esqueléticas. ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Regeneração Regeneração A regeneração tecidual ocorre em órgãos parenquimatosos que apresentam população de células estáveis, ou seja, células que possuem somente uma atividade replicativa mínima no seu estado normal, como o pâncreas, o fígado, as suprarrenais, a tireoide e os tecidos pulmonares. Regeneração Além disso, ocorre também em tecidos que possuem células lábeis, ou seja, que se dividem continuamente, como as células hematopoiéticas e na maior parte dos epitélios de superfície. Regeneração Contudo, em ambos os casos, é necessário que a matriz extracelular esteja preservada, com consequente manutenção do arcabouço de estroma, conferindo suporte para as células que estão se replicando. Cicatrização Cicatrização Nos casos de lesão tecidual grave ou crônica, que causam danos às células parenquimatosas e ao epitélio, bem como à matriz extracelular (arcabouço de estroma). Cicatrização - Dividida didaticamente em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação. Cicatrização – Fase inflamatória - Duração: 1-4 dias. - Liberação de citocinas. - Monócitos/Macrófagos. - Neutrófilos. - Ativação do sistema de coagulação. Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação - Angiogênese – proliferação de células endoteliais. - Migração e proliferação de fibroblastos. Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação - Formação do tecido de granulação. - Duração: 5-20 dias. Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação ❖ Tecido de granulação acumula gradativamente matriz de tecido conjuntivo, resultando, por fim, na formação de uma cicatriz. Cicatrização – Fase de remodelamento ou maturação - Duração: pode durar meses. - Tom da nova pele passa de vermelho escuro para rosa claro. Cicatrização – Fase de remodelamento ou maturação - Tecido de granulação é remodelado para aumentar a resistência. - As fibras de colágeno são realinhadas para melhorar o aspecto da cicatriz. Cicatrização Cicatrização PRIMEIRA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA: - Processo através do qual uma ferida limpa é imediatamente reaproximada ou ferida superficial limpa é imediatamente suturada. - Perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. Cicatrização PRIMEIRA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA: - A formação de tecido de granulação não é visível. - Ex: incisão, faca, tesoura. CICATRIZAÇÃO: PRIMEIRA INTENÇÃO Cicatrização SEGUNDA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA: - Ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. - A aproximação primária das bordas não é possível. Cicatrização SEGUNDA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA: - Uma ferida aberta se fecha pela formação de tecido de granulação com consequente reepitelização e contração da ferida. - Ex: úlceras, abcessos, grandes feridas. Cicatrização TERCEIRA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA: - Designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. - Ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente. Cicatrização TERCEIRA INTENÇÃO OU CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA: - O fechamento da lesão por meio de enxertos ou retalhos. Cicatrização excessiva: queloide Fatores que Interferem na Cicatrização Fatores que Interferem na Cicatrização Hipóxia: encontrada em pacientes anêmicos e diabéticos. Feridas infectadas, com hematoma e suturas sob tensão. Infecção: a contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na cicatrização. Fatores que Interferem na Cicatrização Nutrientes: má-nutrição é importante fator de interferência na cicatrização, especialmente em idosos. - Hipoproteinemia : retardo na cicatrização, inibição da angiogênese, da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem do colágeno. Fatores que Interferem na Cicatrização Diabetes: neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbios metabólicos. - Ativação reduzida das células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida, resultam em menor eficiência na destruição das bactérias. Fatores que Interferem na Cicatrização Drogas e outros fatores: - Corticosteroides: inibem a migração de macrófagos, a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz proteica. AVA Leitura do material da disciplina no AVA Unidade IV: Distúrbios circulatórios II – Isquemia (seção 01) e embolia (Seção 04). Slide 1: REPARO TECIDUAL Slide 2: Reparo Tecidual Slide 3: Reparo Tecidual Slide 4: Reparo Tecidual Slide 5: Reparo Tecidual Slide 6: Reparo Tecidual Slide 7 Slide 8: ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Slide 9: ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Slide 10: ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Slide 11: ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Slide 12: Regeneração Slide 13: Regeneração Slide 14: Regeneração Slide 15: Regeneração Slide 16: Cicatrização Slide 17: Cicatrização Slide 18: Cicatrização Slide 19: Cicatrização – Fase inflamatória Slide 20: Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação Slide 21: Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação Slide 22: Cicatrização – Fase de proliferação ou granulação Slide 23: Cicatrização – Fase de remodelamento ou maturação Slide 24: Cicatrização – Fase de remodelamento ou maturação Slide 25: Cicatrização Slide 26 Slide 27: Cicatrização Slide 28: Cicatrização Slide 29: CICATRIZAÇÃO: PRIMEIRA INTENÇÃO Slide 30: Cicatrização Slide 31: Cicatrização Slide 32: Cicatrização Slide 33: Cicatrização Slide 34: Cicatrização excessiva: queloide Slide 35: Fatores que Interferem na Cicatrização Slide 36: Fatores que Interferem na Cicatrização Slide 37: Fatores que Interferem na CicatrizaçãoSlide 38: Fatores que Interferem na Cicatrização Slide 39: Fatores que Interferem na Cicatrização Slide 40: AVA