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Patologia - Acúmulos Celulares

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Patologia: Acúmulos Celulares
- Sob algumas circunstâncias, as
células podem acumular quantidades
anormais de várias substâncias, que
podem ser inofensivas ou causar
vários graus de lesão.
- A substância pode estar localizada
no citoplasma, dentro de organelas
(tipicamente lisossomas) ou no
núcleo, e pode ser sintetizada pelas
células afetadas ou pode ser
produzida em outra parte.
- As principais vias de acúmulo
intracelular anormal são a remoção e
a degradação inadequada ou
produção excessiva de uma
substância endógena, ou deposição
de um material exógeno anormal.
Alteração Gordurosa:
- Degeneração gordurosa, também
chamada esteatose, refere-se a
qualquer acúmulo de triglicerídeos
dentro das células parenquimatosas.
- É mais comumente observada no
fígado, pois este é o principal órgão
envolvido no metabolismo da
gordura, mas também pode ocorrer
no coração, no músculo esquelético,
no rim e em outros órgãos.
- A esteatose pode ser causada por
toxinas, desnutrição proteica,
diabetes melito, obesidade ou
anóxia.
- O uso abusivo de álcool e o diabetes
associado à obesidade são as
causas mais comuns de alteração
gordurosa no fígado (fígado
gorduroso) nos países
industrializados.
Colesterol e Ésteres de Colesterol:
- O metabolismo do colesterol celular
é rigorosamente regulado para
assegurar a geração normal das
membranas celulares (nas quais o
colesterol é um componente
essencial) sem acúmulo intracelular
significativo.
- No entanto, as células fagocíticas
podem ficar sobrecarregadas com
lipídios (triglicerídeos, colesterol e
ésteres de colesterol) em vários
processos patológicos diferentes,
caracterizados sobretudo pelo
aumento da ingestão ou diminuição
do catabolismo dos lipídios. Destes,
a aterosclerose é o mais importante.
Proteínas:
- Os acúmulos de proteína
morfologicamente visíveis são muito
menos comuns que os acúmulos
lipídicos; podem ocorrer quando
excessos são apresentados às
células ou se as células sintetizam
quantidades excessivas.
- Nos rins, por exemplo, quantidades
mínimas de albumina filtradas pelo
glomérulo são normalmente
reabsorvidas por pinocitose nos
túbulos contorcidos proximais.
- Entretanto, em distúrbios com
extravasamento proteico maciço
através do filtro glomerular (p. ex., na
síndrome nefrótica), ocorre
reabsorção muito maior de proteína
e as vesículas que contêm essa
proteína se acumulam, resultando na
aparência histológica de gotículas
citoplasmáticas hialinas róseas.
- O processo é reversível; se a
proteinúria diminuir, as gotículas de
proteína são metabolizadas e
desaparecem.
- Outro exemplo é o acentuado
acúmulo de imunoglobulinas
recentemente sintetizadas, que pode
ocorrer no REG de alguns
plasmócitos, formando os
corpúsculos de Russell, redondos e
eosinofílicos.
Glicogênio:
- Depósitos intracelulares excessivos
de glicogênio estão associados a
anormalidades no metabolismo da
glicose ou do glicogênio.
- No diabetes melito mal controlado,
um exemplo clássico, o glicogênio se
acumula no epitélio dos túbulos
renais, nos miócitos cardíacos e nas
células β das ilhotas de Langerhans.
- O glicogênio também se acumula
dentro das células em um grupo de
distúrbios genéticos intimamente
relacionados, coletivamente
conhecidos como doenças de
armazenamento de glicogênio ou
glicogenoses.
Pigmentos:
- Os pigmentos são substâncias
coloridas exógenas, sejam
originadas fora do corpo, como o
carbono, ou endógenas, sintetizadas
dentro do próprio corpo, como a
lipofuscina, melanina e certos
derivados da hemoglobina.
- O pigmento exógeno mais comum é
o carbono, um poluente do ar ubíquo
na vida urbana.
- Quando inalado, é fagocitado pelos
macrófagos alveolares e
transportado através de canais
linfáticos para os linfonodos
regionais na região
traqueobrônquica.
- Os agregados desse pigmento
escurecem os linfonodos e o
parênquima pulmonar (antracose).
- A lipofuscina, ou “pigmento do
desgaste”, é um material intracelular
granular, insolúvel,
castanho-amarelado, que se acumula
em vários tecidos (particularmente
no coração, fígado e cérebro) como
consequência do envelhecimento ou
da atrofia.
- A lipofuscina é constituída por
complexos de lipídios e proteínas
que são produzidas pela
peroxidação catalisada por radicais
livres dos lipídios poli-insaturados
das membranas subcelulares.
- Não é nociva à célula, mas é
importante como marcador de lesão
prévia por radical livre.
- O pigmento marrom, quando
presente em grande quantidade,
confere ao tecido uma aparência que
é chamada atrofia parda.
- A melanina é um pigmento
endógeno, preto-acastanhado,
produzido pelos melanócitos
localizados na epiderme e atua como
protetor contra a radiação
ultravioleta prejudicial.
- Embora os melanócitos sejam a
única fonte de melanina, os
ceratinócitos basais adjacentes da
pele podem acumular o pigmento (p.
ex., nas sardas), assim como os
macrófagos da derme.
- A hemossiderina é um pigmento
granular derivado da hemoglobina,
amarelo a castanho-dourado, que se
acumula em tecidos em que há
excesso de ferro, local ou sistêmico.
- Normalmente, o ferro é armazenado
no interior das células associado à
proteína apoferritina, formando as
micelas de ferritina.
- O pigmento hemossiderina
representa agregados grandes
dessas micelas de ferritina,
facilmente visualizados na
microscopia óptica e eletrônica; o
ferro pode ser identificado, sem
dúvida, pela reação histoquímica
com azul da Prússia.
- Embora o acúmulo de hemossiderina
geralmente seja patológico,
pequenas quantidades desse
pigmento são normais nos fagócitos
mononucleares da medula óssea, do
baço e do fígado, em que hemácias
velhas normalmente são
degradadas.
Calcificação patológica:
- A calcificação patológica é um
processo comum em uma ampla
gama de doenças e constitui uma
deposição anormal de sais de cálcio,
juntamente com pequenas
quantidades de ferro, magnésio e
outros minerais.
- Ela pode ocorrer em duas vias:
- Calcificação distrófica:
- Nesta forma, o metabolismo do
cálcio está normal, mas ele se
deposita em tecidos lesionados ou
mortos, como em qualquer tipo de
área de necrose.
- É virtualmente ubíqua nas lesões
arteriais da aterosclerose avançada.
- Embora a calcificação distrófica seja
um achado incidental insignificante
de lesão celular antiga, ela pode ser
a causa da disfunção de um órgão.
- Por exemplo, a calcificação pode se
desenvolver nas valvas envelhecidas
ou lesionadas, resultando em valvas
com movimentação gravemente
comprometidas.
- A calcificação distrófica das valvas
aórticas é causa importante da
estenose aórtica em pessoas idosas.
- A calcificação distrófica é iniciada
pela deposição extracelular de
fosfato de cálcio cristalino em
vesículas ligadas à membrana, que
podem ser derivadas de células
lesionadas, ou da deposição
intracelular de cálcio nas
mitocôndrias de células mortas ou
em processo de morte.
- Acredita-se que o cálcio extracelular
se concentre em vesículas devido à
sua afinidade pelos fosfolipídios de
membrana, enquanto os fosfatos
acumulam-se como resultado da
ação de fosfatases ligadas à
membrana.
- Os cristais são então propagados,
formando depósitos maiores.
- Calcificação metastática:
- Esta forma está associada à
hipercalcemia e pode ocorrer em
tecidos normais.
- As principais causas de
hipercalcemia são:
- (1) aumento da secreção de
paratormônio, devido a tumores
primários das paratireóides ou pela
produção de proteína relacionada
com o paratormônio por outros
tumores malignos;
- (2) destruição do osso devido aos
efeitos da renovação acelerada (p.
ex., doença de Paget), imobilização
ou tumores (aumento do catabolismo
ósseo associado ao mieloma
múltiplo, leucemia ou metástases
esqueléticas difusas);
- (3) distúrbios relacionados com a
vitamina D, incluindo intoxicação por
vitamina D e sarcoidose (nos quais
os macrófagos ativam um precursor
da vitamina D);
- (4) insuficiência renal, na qual a
retenção de fosfato desencadeia o
hiperparatireoidismo secundário.
Referências:
KUMAR V.; ABBAS A.K.; ASTER J.C.; Robbins
patologia básica [tradução Tatiana Ferreira
Robaina]– [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: GEN |
Grupo Editorial Nacional. Publicado pelo
selo Editora Guanabara Koogan Ltda., 2021.

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