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Contestação aua 11

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ANÁPOLIS/GO
Processo nº 1234
 JOÃO PINHO, espanhol, viúvo , contador, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua Uruguai, nº 180, bairro, Goiânia/GO, CEP, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, que lhe move a pessoa jurídica XYZ, vem, por seu advogado legalmente constituído, que para fins do art. 106, I, CPC, indica o endereço profissional na Rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, perante vossa Excelência, apresentar sua:
CONTESTAÇÃO
 Pelo fatos e fundamentos jurídico que, a seguir, expõe:
 DAS PRELIMINARES:
1. DA INCOMPETÊNCIA RELATIVA:
 Inicialmente, salienta-se que o juízo é incompetente para julgar a apresente ação, pois trata-se de ação de direito pessoal, e conforme o art.46, CPC, o local correto para incidir a ação é no domicilio do réu. 
“Art. 46 cpc : A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.”
 Portanto, é competente para o julgamento da presente ação o Juízo Cível da comarca da cidade de Goiânia/GO, devendo os autos serem remetidos a esse juízo. 
 O art. 37 do CPC nos elucida que:
 “ Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
II - incompetência absoluta e relativa.”
2. DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO 
 Atentando a análise dos autos, resta evidente a ausência de procuração do advogado representando a parte autora, configurando-se dessa forma, o defeito de representação. 
 Conforme informa o art. 337 do CPC: 
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização.”
3. DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE 
 Por se tratar de ação de negócio jurídico, está claro que deve figurar no polo passivo da demanda todos os interessados no assunto, conforme art. 114 e 115, II, CPC: 
 “Art. 114.O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.”
“Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.”
E o art.115, § único do CPC, prevê a extinção do processo caso não sejam incluídos todos que devam ser litisconsórcio.
 “ Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.”
 
 Assim sendo, desde de logo requer a inclusão de MARA PINHO, nacionalidade, profissão, estado civil (existência de união estável), portadora da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na rua, nº, cidade/estado, CEP, e-mail, e MARTA PINHO, nacionalidade, profissão, estado civil (existência de união estável), portadora da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na rua, nº, cidade/estado, CEP, e-mail, no polo passivo da presente ação. 
DO MÉRITO:
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO:
4. DA DECADÊNCIA: 
 Veja, Excelência, que, conforme será relatado posteriormente e será devidamente provado nos autos, não há o que se falar em fraude contra credores. Mas, ainda que fosse esse o caso em questão, o autor já não teria o direito de ajuizar ação contra o réu, uma vez que já se extrapolou o prazo decadencial para este tipo de demanda, conforme consta no artigo 178, II, do CPC: 
“Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: 
II- no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico.”
 Conforme evidenciado através do registro da Doação dos Imóveis, o negócio foi consumado em 06 de janeiro de 2012 e o ajuizamento da questão se deu somente em 08 de novembro de 2016. O autor se manteve inerte por 10 meses além do prazo legalmente previsto.
 Destarte, requer-se que se aplique o previsto no inciso II do artigo 487, que versa: 
“Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
 II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição.”
DOS FATOS:
 Consta, em face de inicial, que o sr. João Pinho, fiador do contrato de locação entre o sr. Mario Vargas desde 05 de março de 2008, e que hoje vigora por prazo indeterminado. Em 06 de janeiro de 2012, o sr. João, em ato de mera liberalidade, fez a doação em vida de dois imóveis, situados na Rua Arboredo 324, apartamentos 307 e 505, e que são o alvo desta ação, um para cada uma de suas filhas. Ambos os imóveis foram, inclusive, adquiridos para esse fim. O autor alega em seu pedido que este ato caracteriza fraude contra credores, e por isso, requer a anulação da doação. Veja, Excelência, que à época do fato, o réu não era insolvente, e que optou pela doação antecipada da herança à suas filhas, conforme prevê o Código Civil, no artigo 544, e portanto, nada há de ilegal em sua conduta. 
“Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.”
 Para que se caracterize a fraude contra credores, como alega o autor, é imprescindível que o doador já se encontre em fase de insolvência, o que não era o caso do réu, de tal modo que não há o que falar em fraude.
DOS FUNDAMENTOS: 
 Fica evidente a ineficácia do processo que não contem os requisitos para aa condições da ação, faltando a legitimidade da parte autora. A doação foi realizada em face das filhas do réu, devendo estas serem partes do processo também, pois qual decisão tomada pelo juiz recairá sobre elas.
 E não há de se citar em fraude contra credores, já que o negócio jurídico foi celebrado antes que obtivesse qualquer caso de insolvência. 
DOS PEDIDOS:
Diante ao exposto, requer a Vossa Excelência:
 
I- Seja acolhida a primeira liminar arguida de Incompetência Absoluta, remetendo-se aos autos do Juízo competente (ou) extinguindo-se o processo sem análise do mérito, com fulcro no art. 485, CPC.
II- Seja acolhida a segunda preliminar arguida de Defeito de Representação, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito, com fulcro no art. 485, CPC.
III- Seja acolhida a terceira preliminar arguida de Ausência de Legitimidade, extinguindo o processo sem resolução do mérito, com fulcro no art. 485, CPC.
IV- Sejam incluídas no polo passivo da demanda as senhoras Maria Pinho e Marta Pinho, já acima qualificada, por se tratar de litisconsórcio necessário, e caso não sejam incluídas, que se extinga o processo conforme art.115, II, CPC.
V- Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer o acolhimento da prejudicial de mérito com a consequente extinção do processo som analise de mérito, com fulcro no art. 487, CPC.
VI- Sejam julgados IMPROCEDENTES todos os pedidos formulado pelo Autor e declarados por sentença.
VII- Sejam o Autor condenado ao pagamento de honorários advocatícios e despesas processuais na base de 20% sobre o valor da causa.
 DAS PROVAS:
 Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitido, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimentos e depoimento pessoal das partes com fulcro no artigo 369 e seguintes do CPC.
Neste termo,
Pede deferimento
Local, ____de______________de_____.
Advogado
OAB

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