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Resumo Direito Cambiário

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DIREITO CAMBIÁRIO
AVAL
O aval é uma garantia de pagamento do título de crédito, assumida por terceiros mediante aposição das respectivas assinaturas no título. O aval é prestado no anverso do título (na frente do título), mas pode ser dado no verso, com a devida ressalva de que se trata de um aval, com a expressão “bom para aval”, ou seja, apresenta, aparentemente, semelhança com a fiança, na medida em que tanto o avalista como o fiador se obrigam a satisfazer ou cumprir a obrigação, caso o devedor principal (avalizado ou afiançado) não o faça.
O avalista tem a sua obrigação equivalente ao do avalizado. Ele é responsável da mesma forma que o avalizado. No entanto, a nulidade da obrigação daquele não compromete ao do avalizado. Ou seja, mesmo que o título seja nulo, esta nulidade não atingirá a obrigação pessoal assumida pelo avalista. Entretanto, apesar de apresentarem alguns pontos em comum, o aval e a fiança são institutos que não se confundem em virtude das características peculiares a cada um.
Aval e fiança possuem diferenças relevantes, decorrentes, sobretudo, do regime jurídico ao qual se submetem: enquanto o aval é garantia cambial, submetida aos princípios do regime jurídico cambial, a fiança é garantia civil, regida pelas regras desse regime jurídico.
São duas as diferenças básicas entre aval e fiança. A primeira delas é decorrente da submissão do aval ao princípio da autonomia, inerente aos títulos de crédito. Com efeito, o aval, por ser um instituto do regime jurídico cambial, constitui uma obrigação autônoma em relação à dívida assumida pelo avalizado. Assim, se a obrigação do avalizado, eventualmente, for atingida por algum vício, este não se transmite para a obrigação do avalista. Na fiança o mesmo não ocorre: ela, como obrigação acessória, leva a mesma sorte da obrigação principal a que está relacionada.
Espécies:
Aval total – corresponde quando existe a garantia da integralidade total do valor do título;
Aval parcial – este é vedado pelo Código civil, conforme o artigo 897, parágrafo único do Código Civil, porém continua em vigência o aval parcial, pois assim disciplinam as leis da letra de câmbio, do cheque e da duplicata e por elas serem específicas da área, aplica-se o princípio da hierarquia das leis, prevalecendo aquelas que tratam especificadamente da matéria. No entanto, poderá ser aplicada se for compatível com a mesma, o que não é o caso. Ocorre antinomia em ordenamento jurídico quando duas de suas normas se encontram no mesmo campo de validade, são incompatíveis entre si. Logo o questionamento, qual prevalecerá o artigo do Código civil ou das leis especiais? Segundo Norberto Bobbio, as regras fundamentais para a solução das antinomias, são três:
I - Cronológico – conhecido como critério de lei posterior e a solução é simples, entre duas normas incompatíveis, prevalecerá a norma posterior.
II - Hierárquico – conhecido como lex superior, no qual havendo incompatibilidade entre normas, prevalece a hierarquicamente superior.
III - Especialidade – é conhecido como lex specialis- é aquele que determina que existindo a incompatibilidade, uma geral e uma especial, prevalece a segunda.
Podem existir conflitos entre os critérios, especificadamente este quando passa existir o conflito entre o hierárquico e o cronológico: para Bobbio, neste caso, a lei geral sucessiva não elimina do caminho a lei especial precedente. Logo, não há como prevalecer a regra do CC quanto ao aval parcial, pelos critérios apresentados por Bobbio.
Aval superposto e ou simultâneo - o aval pode vir a ser dado por mais de uma pessoa no mesmo título, seja mais de um avalista para o mesmo avalizado, seja um avalista do outro, com vários avalistas para o mesmo avalizado tem-se o aval simultâneo (coaval).
Aval sucessivo – um avalista de outro avalista, existe relação cambial entre os avalistas.
	
ACEITE
Aceite é o ato realizado pelo sacado que consiste na concordância em efetuar o pagamento do título de crédito. Concordar significa aceitar a ordem de pagamento.
A formalização do aceite ocorre por meio da simples assinatura na frente (anverso) do título de crédito, mas também pode ser feito no verso. O aceite é identificado no título de crédito pela expressão “aceito” ou outra equivalente (LU, art. 25).
O simples fato de um título de crédito ser emitido e endereçado ao sacado não significa que ele está obrigado a aceitá-lo para, posteriormente, pagá-lo. O aceite é necessário para que o sacado fique obrigado ao pagamento.
Como regra geral, vale o fato de que nenhuma razão obriga o sacado a aceitar o pagamento do título de crédito. Se, por acaso, o sacado for devedor do sacador ou tomador em outra obrigação (p. ex., em um contrato de compra e venda), existem outros remédios jurídicos para se efetuar a cobrança.
Desse modo, o aceite é um ato de livre e espontânea vontade (como será visto adiante, uma exceção ocorre no caso da duplicata, em que o aceite é obrigatório, salvo nas hipóteses previstas na legislação).
Por isso, a recusa do aceite é um comportamento lícito por parte do sacado. Ele deve ser dado até o vencimento do título (LU, art. 21).
Quem leva o título para ser aceito pelo sacado é o tomador. A função do aceite é proteger os direitos do tomador.
Como efeito da recusa do aceite é a antecipação do vencimento do título (LU, art. 43).
De acordo com a lei do cheque, o aceite não é possível nesse tipo de título de crédito em razão da dinamicidade da atividade bancária e do comércio e também devido ao grande volume de cheques emitidos e compensados diariamente. Se, para cada um desses cheques, o banco tivesse que dar o aceite, isso, em grande medida, inviabilizaria a sua maciça utilização (poder-se-ia entender que, no caso do cheque, o aceite é implícito ao próprio instituto, pois ele é dado pelo banco em razão da abertura da conta e do fornecimento do talão de cheques).
Na letra de câmbio, o devedor principal é o aceitante (sacado), e, de início, é ele que deve ser procurado para honrar o pagamento do título. Apenas na recusa do pagamento pelo aceitante é que o tomador poderá procurar o sacador (emissor) para cobrar o pagamento.
É possível a inclusão de uma cláusula de não aceitação, cujo título só poderá ser apresentado ao sacado para pagamento diretamente, sem prévio aceite (LU, art. 22).
Ressalta-se que, na letra de câmbio, o sacador poderá ou não fixar um prazo para que o tomador apresente o título ao sacado, para que este possa efetuar o aceite (LU, art. 22). O sacado pode pedir que o título seja apresentado novamente no dia seguinte (LU, art. 22) sendo essa prática conhecida como prazo de respiro, muitas vezes necessário para que o aceitante possa avaliar e/ou realizar consultas sobre a aceitação ou não do título.
O revogado Código de Processo Civil de 1973, arts. 885 e 886, previa a possibilidade de prisão administrativa, a ser requerida ao juiz, para o caso de retenção indevida do título (que poderia ser aplicada ao sacado, por ocasião da apresentação para seu aceite, ou do devedor, em caso de entrega do título para quitação). A prisão seria revogada tão logo fosse devolvido o título, ou efetuado o seu pagamento, ou, ainda, se o julgamento da ação não fosse feito no prazo de 90 dias. Isso já não tinha aplicação prática, em razão de o Brasil ter aderido ao “Pacto de São José da Costa Rica”, que proíbe a prisão administrativa/civil. D esse modo, tais dispositivos não encontram correspondentes no novo Código de Processo Civil (de 2015); porém este novel diploma prevê em seu art. 259 inc. II, a publicação de edital em caso de ação de recuperação ou substituição de título ao portador.
O aceite pode ser parcial. Por sua vez, o aceite parcial pode ser um aceite limitativo (quando o aceitante concorda em pagar apenas uma parte do título) ou um aceite modificativo (quando o aceitante altera qualquer dado existente no título, como a data de vencimento ou o local de pagamento).
Ambos os aceites (limitativo e modificativo) acarretam o vencimento antecipado do título e obriga o aceitante aos exatos termos por ele delimitadosno aceite parcial (LU, art 26).
ENDOSSO
	
Trata-se de ato próprio do direito cambiário, portanto um ato cambiário, que tem por finalidade principal a transferência de titularidade de uma cártula, e em consequência fazer com que a circulação de riquezas, finalidade última dos títulos de crédito, efetive-se. O credor do título de crédito, chamado de endossante, transmite seus direitos a outrem, chamado de endossatário. Os títulos que circulam mediante endosso são aqueles títulos típicos, nominados ou próprios, como a letra de cambio, cheque, nota promissória, duplicata. Quando se tratar de título que vem expressa a clausula “não à ordem” a forma de circulação do título se dá mediante cessão civil de crédito. O endosso produz dois efeitos: transfere a titularidade do título e faz com que o endossante fique codevedor do título, situação em que se o devedor principal da cártula não cumprir sua obrigação, poderá o endossatário cobrar do endossante. Não se trata, pois, de mera transferência do título, mas também de efetiva garantia do seu pagamento. Há a possibilidade de estabelecer clausula “sem garantia” no ato do endosso, exonerando o endossante.
Em regra, é feito no verso do título.
Não há limite de endosso numa cártula, gera apenas uma cadeia de codevedores, que ficam responsabilizados pelo adimplemento da obrigação constante da cártula. 
A legislação cambiária veda:
- a figura do endosso parcial ou limitado a certo valor da dívida representado pela cártula;
- o endosso condicionado;
ENDOSSO EM BRANCO E ENDOSSO EM PRETO.
Endosso em branco é a modalidade em que não se identifica o beneficiário do endosso (endossatário). Permite que a cártula circule pela mera tradição. 
Endosso em preto é a modalidade em que está expressamente identificado o endossatário. Faz com que o título só circule mediante novo endosso, vinculando o endossatário.
Há ainda a modalidade de endosso impróprio, o endosso-mandato, e endosso-caução.
No endosso impróprio não se verifica os efeitos causados pelo endosso propriamente dito, são eles: transferência de titularidade da cártula e responsabilização do endossante como codevedor. Ele tem apenas a finalidade de legitimar a posse de alguém sobre o título, permitindo-lhe, assim, o exercício dos direitos constantes deste. Não se quer, nesta modalidade, transferir o crédito em si, mas apenas afirmar a legitimidade de quem irá recebe-lo. 
No endosso-mandato, também chamado de endosso-procuração, previsto no artigo 18 da Lei Uniforme, o endossante confere poderes ao endossatário, exercendo este, em nome daquele, os direitos constantes na cártula.
Enunciado 476 Súmula do STJ:
“O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”
No endosso-caução, também conhecido por endosso-garantia, previsto no artigo 19 da Lei Uniforme de Genebra, ocorre que o endossante transmite o título como forma de garantia de uma dívida que tem com o endossatário, ele é feito com as expressões “valor em garantia”, “valor em penhor” ou outra que implique na garantia. Vale destacar que o endossatário não assume a titularidade do crédito, apenas a posse em garantia referente à uma dívida com o endossante.
Segundo o artigo 20 da Lei Uniforme, o endosso pode ser dado mesmo após o vencimento do título, caso em que incorrerá seus efeitos normalmente, no entanto, o endosso feito posteriormente ao protesto por falta de pagamento ou ao prazo de protesto, produz apenas efeitos de uma cessão de crédito. Há a presunção, segundo o artigo 20 da lei uniforme, que o endosso sem data especificada foi efetuado antes do prazo para realização do protesto.
Diferenças entre endosso e cessão civil de crédito.
	ENDOSSO
	CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO
	O endossante responde pela existência do credito e pela solvência do devedor
	O cedente responde apenas pela existência do crédito.
	Para se defender, o devedor não poderá arguir matérias atinentes à sua relação jurídica com o endossatário (subprincípios da autonomia e inoponibilidade de exceção ao terceiro de boa-fé)
	Para se defender, o devedor poderá arguir de matérias atinentes à sua relação jurídica com o cessionário.
VÍCIO REDIBITÓRIO
	
Para configurar vício redibitório certos requisitos devem ser observados:
- oculto ao tempo do negócio jurídico (conclusão do mesmo), ou seja, ele é preexistente ao acontecimento do negócio. 
- Torna a coisa impropria para uso ou há a diminuição de seu valor (deterioração).
Quanto ao alienante:
- Se conhecia o vício e omitiu, configura-se má-fé e implica em perdas e danos;
- Se não conhecia o vício ao tempo do negócio – alienante de boa-fé. Restituirá o valor recebido mais as despesas do contrato. 
Quanto aos direitos do adquirente de um bem com vício (art. 441)
- redibir o contrato, isto é, resolver a obrigação (status quo ante) e devolver a coisa e pedir a restituição do preço pago, caso esteja configurada má-fé do alienante cabe perdas e danos.
- Ao invés de redibir o contrato, pode ficar com a coisa com o abatimento do preço, ainda assim com perdas e danos caso configure má-fé do alienante.
Ação para redibir o contrato – ação redibitória
Ação para abatimento de preço – ação “quantis minoris”
Vale ressaltar, todavia, que o comprador pode optar pela ação redibitória mesmo em casos de deterioração do objeto.
Quanto ao prazo para propor a ação:
Há prazo para a manifestação do vício:
- Em se tratando de bens móveis – 180 dias – a partir desse prazo tem mais 30 dias para propor a ação.
- Em se tratnado de bens imóveis – 1 ano – a partir desse prazo tem mais 1 ano para propor a ação.
*OBS: o comprador deve notifcar o vendedor para firmar a data da manifestação do vício sob pena de decandência.
*OBS:não correrão os prazos estudados caso haja uma garantia contratual.
LETRA DE CÂMBIO
É o título de crédito que estabelece uma ordem de pagamento em que o emitente, na figura do sacador, ordena o pagamento para que o sacado, caso aceite, pague o título no vencimento em favor do tomador ou beneficiário. É um título livre, portanto sua forma não tem nenhuma especificação legal, desde que observe certos requisitos, é um título que expressa uma ordem de pagamento, além de ser um título abstrato, já que a emissão não está condicionada a nenhuma causa preestabelecida em lei.
MENOR PÚBERE
É o menor entre 16 e 18 anos incompletos, ou seja, são os relativamente incapazes, enquanto que o menor impúbere é o menor de dezesseis anos.
Assim cabem algumas diferenças entre esses tipos de menores:
 Os menores de dezesseis anos serão sempre representados, enquanto que os maiores de dezesseis e menores de dezoito serão assistidos;
Aqueles que são representados (os absolutamente incapazes, menores impúberes) têm sua vida “controlada” pelo representante, que pode manifestar sua vontade em juízo, celebrar negócios em seu nome etc. Na representação, é a figura do incapaz que se vislumbra através do representante. Por outro lado, os assistentes caminham paralelamente com os assistidos (menores púberes), de modo que uma presença não substitui a outra. A figura do assistente está ali para assegurar-se da regularidade dos negócios celebrados pelo assistido, bem como do respeito aos direitos deste.
O menor representado em juízo não pode firmar procuração, o que deve ser feito pelo seu representante. O menor assistido deve assinar procuração, na qual constará também a assinatura do assistente.
Nas ações que versam sobre interesses de menores absolutamente incapazes (representados) ou relativamente incapazes (assistidos) é obrigatória a atuação do Ministério Público na condição de fiscal da lei, sob pena de nulidade dos atos processuais.
A incapacidade cessa pelo término de sua causa (menoridade, por exemplo), ou pela emancipação. Existem três tipos de emancipações, que são:
voluntária: concedida pelos pais, se o menor for púbere;
judicial: concedida por sentença, quando ouvido o tutor em favor do tutelado;
legal: por fatos concedidos pela lei, como o casamento, o emprego, a colaçãode grau em nível superior, ou o estabelecimento de economia própria.
OUTORGA CONJUGAL
A outorga conjugal consiste, conforme disposição legal, na obrigatoriedade do consentimento de um cônjuge para que o outro possa praticar determinados atos jurídicos.
Contratos que exigem a outorga conjugal, conforme dispositivo do Código Civil
Art. 1.647 – "Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - Alienar ou gravar de Ônus reais os bens imóveis;
II - Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - Prestar fiança ou aval;
IV - Fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação."
Entretanto, a partir do RE n°1526560, o STJ consolidou que não é mais necessário consentimento do cônjuge para validade de aval, ou seja, os títulos nominados (cheque, letra de câmbio, nota promissória, entre outros) dispensam aplicação do Código Civil e, assim, não lhes aplica o disposto no artigo 1647, III, que condiciona a outorga uxória para prestação de aval. Segundo entendimento da Quarta Turma, o aval é apenas ato cambiário unilateral que acarreta na celeridade da circulação dos títulos de crédito e, além de ser um ato simples, também afronta a Lei Uniforme de Genebra.
REGIME DE COMUNHÃO DE BENS
O regime de bens significa a administração e uso dos bens e como serão as responsabilidades dos cônjuges com suas dívidas durante ou após a dissolução da sociedade conjugal.
Segundo o artigo 1667 do Código Civil, tanto os bens quanto as dívidas serão compartilhados entre os noivos, mesmo antes ou durante a união, ou seja, trata-se do regime de comunhão universal de bens.
Os cônjuges casados por esse regime não podem constituir sociedade entre si, de acordo com o art. 977 do CC. Entretanto, o mesmo dispositivo traz ressalvas:
“Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659”
O regime de bens se encerra com o término da sociedade conjugal, independente de seu motivo. A extinção não significa, obrigatoriamente, a partilha de bens. Enquanto não for feita a partilha, o patrimônio não partilhado responde pelas dívidas de ambos os cônjuges.
PROTESTO
	
Pode-se dizer que o protesto é um ato jurídico público, formal e solene, por meio do qual se prova de modo absoluto a apresentação de um documento de dívida para aceite ou para pagamento, faz-se prova, de modo relativo, do inadimplemento de obrigação decorrente desse documento de dívida (seja pagamento, aceite ou devolução) e por meio do qual se obtêm finalidades especiais previstas na lei, tal como a presunção de insolvência decorrente do protesto para fins falimentares, ou a formação de um título executivo, como no caso dos contratos de câmbio O protesto é, ainda, forma extrajudicial institucionalizada de constrição e de recuperação de crédito, servindo como instrumento de informação relativa ao crédito e de prevenção e solução de litígios que envolvam obrigações liquidas, certas, exigíveis e representáveis pecuniariamente.
Definição de “outros documentos de dívida”	
O art. 1º da Lei 9.492/94 tem como mérito ter expressamente previsto o protesto de “títulos e outros documentos de dívida” e, com isso, aumentado a abrangência do protesto para além dos títulos de crédito. A novidade causou polêmica na doutrina e, basicamente, pode-se falar que três principais correntes surgiram. 
 A primeira corrente prende-se ao passado do protesto, sempre atrelado aos títulos de crédito. Sendo assim, entende que apenas os títulos de crédito podem ser levados a protesto e que a expressão outro documento de dívida” refere-se ao protesto especial para fins falimentares, o qual, por expressa previsão da legislação falimentar, poderia abranger outras obrigações inadimplidas, além das corporificadas em títulos de crédito. Sendo assim, só caberia o protesto de títulos cambiais ou cambiariformes e dos créditos aptos a fundamentar o protesto falimentar.
A segunda corrente, mais abrangente, entende que, além dos títulos de crédito, também as obrigações expressas em títulos executivos judiciais ou extrajudiciais, desde que referentes a obrigações líquidas, certas e exigíveis, são passíveis de protesto. Ou seja, para ser levado a protesto, o documento deve expressar uma dívida dotada de certeza, liquidez e exigibilidade e ser considerado, legalmente, como um título executivo.
 A terceira corrente apresenta-se como a melhor solução para a proposta apresentada pelo presente trabalho: reconhecer o protesto como um mecanismo importante de extrajudicialização dos conflitos creditícios. 
Ora, sendo o protesto meio de interromper a prescrição extrajudicialmente e de provar a diligência do credor ao buscar o recebimento de uma dívida pecuniariamente representável, não há porque o protesto ser negado ao credor por faltar a participação de testemunhas: basta a assinatura do devedor no contrato.
PRESCRIÇÃO
A ordem jurídica confere aos titulares de direitos subjetivos o poder de exercita- lós amplamente e de pleitear em juízo sempre que ocorrer a sua violação.
Tal faculdade denomina-se pretensão e representa uma garantia à eficácia dos direitos subjetivos. Portanto, quando se pensa em prescrição, esta querendo se referir a “perda da pretensão do direito violado, em virtude da inércia do seu titular, no prazo previsto em lei”,tal conceito esta regulado pelo código civil, nos artigos 189 e 206. 
Existe duas modalidades de prescrição:
Prescrição aquisitiva: perda do direito para o antigo titular; e a aquisição do domínio para quem exercitou a posse da coisa comi se dono fora.
Prescrição extintiva: é a extinção da pretensão disposta no art.189 do código cívil.
O prazo começa a fluir a partir do dia que a ação poderia ser ajuizada 
Vencimento do título de crédito.
De extrema importância para a validade do título, o vencimento do mesmo pode se dar de 4 formas segundo o DECRETO Nº 57.663, DE 24 DE JANEIRO DE 1966, Conhecido como Lei Uniforme de Genebra.
 	Em seu Capitulo V, do Vencimento, Art. 33 traz: 
a) À vista, o título é considerado quando o credor do título de crédito apresenta o documento ao sacado, sendo também nos casos em que não costa prazo no título de crédito;
b) A tempo certo da data quando o texto do título prevê um prazo para o vencimento do título de crédito, que é contado a partir da data de criação do título; não desprezo o 1º dia;
c) Vencimento à data certa, neste caso no texto do título de crédito fica mencionado um dia específico do calendário, 
d) A tempo certo da vista nos casos em que o credor apresenta o título uma 1ª vez ao sacado e numa outra oportunidade cobra-se o pagamento do sacado.
Competência territorial para ajuizar ações com base em títulos de crédito
Quanto ao território, se trata de um requisito de grande importância para a validade do título, pois na Letra de Cambio, deve-se constar o local tanto na emissão quanto no pagamento, assim como no Cheque constando a cidade e estado, Duplicata podendo ser mais completa e possuir até CEP, semelhante a Nota Promissória, sabendo que, caso não conste essas informações, segundo o Art. 889 do Código Civil, §2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
Sobre a possibilidade de ajuizar a ações para resolver problemas relacionados aos títulos, age-se da mesma maneira das demais resoluções de lide, respeitando a soberania das leis nacionais junto com a observação das comarcas, afim de que as lides sejam tratadas na proximidade das partes.

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