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Relatório Analítico do Instrumental Técnico-Operativo 
 
Estágio III 
 
TÍTULO 
A COMPREENSÃO DO INSTRUMENTAL TEORICO- OPERATIVO DO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
Autor Carmelina Gawlinski Ferreira 
Prof. Orientador Maria Judite Ludwig 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso/Habilitação (SES0443) – Estágio III 
30/03/2020 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A compreensão acerca do instrumental teórico operativo do profissional 
assistente social se fez bastante importante para que se chegasse ao entendimento do 
quanto este aporte de ferramentas é necessário para a execução do fazer profissional, 
aliado a capacidade de se manter em constante aprendizagem e ir além, propondo e 
buscando novas técnicas que possam contribuir para a intervenção ética e 
humanizada junto aos usuários em situação de vulnerabilidade do território onde o 
Centro De Referência da Assistência Social Leste está inserido. 
O profissional assistente social atuante no campo de estágio foi fundamental na 
busca pelo entendimento dos fluxos e instrumentos adequados a ser usada junto aos 
usuários que demandam a intervenção profissional técnica. 
O relatório que se segue trará um aparato do instrumental teórico operativo tais 
como a observação, entrevista individual ou coletiva, busca ativa, visita domiciliar, 
reuniões de discussão de casos, relatório social, concessão de benefícios assistências 
pontuais, acolhida coletiva e individual, ações territoriais, diário de campo e a 
supervisão acadêmica fizeram deste percurso de grande aprendizagem e evolução 
profissional. 
O Centro de Referencia Da Assistência Social porta de entrada da Política 
Nacional da Assistência Social é campo rico em multipluralismo e inúmeras 
possibilidades de aprendizagem. 
 
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS 
UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
 
O Centro de Referência Da Assistência Social - CRAS é porta de entrada para 
assistência social e com isso campo de inúmeras possibilidades para o profissional 
Assistente Social exercer sua capacidade de pesquisas, ações e demais 
competências que cabe a este profissional. O campo de estágio proporcionou espaço 
de reflexão e estudo do que é executado na Política da Assistência. É função de o 
CRAS ofertar o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, 
programa que visa o fortalecimento e proteção dos vínculos familiares priorizando a 
matricialidade familiar e a territorialidade em que esta inserida a instituição e que 
efetuará os serviços para a comunidade onde as vulnerabilidades sociais são latentes. 
 O período de Análise da instituição, observação, levantamento de demandas, 
planejamento do Projeto de Intervenção e a execução do Projeto elaborado fizeram 
com que os instrumentos teóricos operativos do profissional Assistente Social 
fizessem sentido e fossem apreendidos com maior clareza na concretude da realidade 
vivida no território que abrange o CRAS Leste I. 
Foram utilizados diversos instrumentos que corroboraram para que fosse 
possível compreender a práxis do profissional assistente social em campo. 
Valer-se de observação, entrevista individual ou coletiva, busca ativa, visita 
domiciliar, reuniões de discussão de casos, relatório social, concessão de benefícios 
assistências pontuais, acolhida coletiva e individual, ações territoriais, diário de campo 
e a supervisão acadêmica fizeram deste percurso de grande aprendizagem e evolução 
profissional. Todos estes instrumentos fazem do agir profissional capaz de objetivar 
suas intencionalidades e dar materialidade as suas ações. 
Assim, segundo o MPAS “[...] a metodologia do Serviço Social, ou seja, o seu 
fazer profissional exige uma coerência com a concepção teórica adotada, uma vez que 
a teoria não só se nutre da prática e da leitura de realidade como também indica os 
caminhos a serem percorridos”. (MPAS, 2020,). É importante ter clareza no referencial 
teórico apreendido até aqui. 
Guerra contribui: A instrumentalidade, como uma propriedade sócia histórica da 
profissão, por possibilitar o atendimento das demandas e o alcance de objetivos 
(profissionais e sociais) constitui-se numa condição concreta de reconhecimento social 
da profissão (GUERRA, 2000). Portanto os instrumentos contribuem para que o 
profissional chegue a um meio/finalidade de sua pratica-reflexão. Usando os 
instrumentos que podem ser utilizados para apreensão da realidade e os instrumentos 
para intervir na realidade. Trazemos a seguir uma compreensão da que foi discutido, 
como chegamos a o entendimento no campo de estagio através da metodologia 
teórico operativo. 
A observação realizada com a intencionalidade de conhecer a realidade 
daquele/ aquilo que será objeto do trabalho dá todo sentido para depois de tomado o 
entendimento do que passa com o sujeito receba o melhor encaminhamento e 
orientação frente à demanda que enfrenta, é uma avaliação técnica. Segundo SOUZA: 
 
A observação consiste na ação de perceber, 
tomar conhecimento de um fato ou acontecimento que 
ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do 
trabalho e, como tal, encontrar os caminhos 
necessários aos objetivos a serem alcançados. É um 
processo mental e, ao mesmo tempo, técnico. (Souza 
1991, p. 184). 
 
 
 
A observação é direcionada a algo predefinido é preciso que o profissional não 
apenas olhe, é preciso ver além dar sentido a subjetividade. A técnica da observação 
não fica apenas na aparência, é capaz de trazer uma avaliação concreta, sem ser 
parcial ou empírica e para isso é o profissional melhor preparado que poderá se utilizar 
deste instrumento. 
Acolhida coletiva ou individual é o momento em que o profissional recebe o 
sujeito em situação de vulnerabilidade, faz uma acolhida acolhedora e sensível na 
intenção de ouvi-lo e prestar o melhor encaminhamento para suas demandas. 
Em acolhida coletiva realizamos inúmeros encaminhamentos e registros de 
diversos usuários. Este é um dos espaços mais ricos do CRAS onde surgem boas 
discussões e que acabam trazendo um senso de unidade e comunidade aos que 
acessam o serviço. É através da acolhida coletiva que identificamos possíveis novas 
demandas e encaminhamos da melhor forma possível para a rede sócia assistencial 
do território. 
 
A visita domiciliar consiste em ir in loco de onde os sujeitos vivem e assim ser 
capaz de ver como este interage no espaço onde vive para apreender a realidade que 
o cerca. 
Conforme Mioto a visita domiciliar “tem como objetivo conhecer as condições 
(residência, bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do cotidiano das 
relações, aspectos esses que geralmente escapam à entrevista de gabinete” (2001, p. 
148). 
É fundamental ter claro que é um direito do usuário não querer receber um 
profissional em sua casa, por isso é importante avisar previamente sobre a visita e 
nunca chegar em horários que podem causar desconforto, pela manhã nunca antes 
das nove horas e em horários de refeições, pois isso pode fazer com que o usuário se 
sinta obrigado a convida-lo a juntar-se a eles, e numa negativa isto possa gerar uma 
animosidade. Bom senso e ética acima de tudo para uma intervenção na vida dos 
sujeitos que demandam do serviço. 
A entrevista é um espaço ofertado pelo profissional mais na intenção da escuta 
do que uma forma de interrogação, usamos a entrevista para compreender e oferecer 
espaço de escuta para os sujeitos puderem trazer átona suas demandas, pois 
algumas vezes nem mesmo eles entendem como uma demanda situações de 
violação. Estabelecer uma relação de confiança com o usuário, respeitar e intervir 
quando necessário são parte de uma entrevista. 
Conforme nos lembra Giongo a entrevista: 
Não se pode esquecer que o objetivo de uma primeira 
entrevista pode ser o conhecimento da situação usuário para o 
prosseguimento do processo e construção interventiva que 
envolve posteriores entrevistas, ou pelo menos a possibilidadede ser deixada uma porta aberta para o usuário retornar em 
busca de auxílio profissional (GIONGO, 2003, p. 13). 
 
Existem algumas classificações de entrevistas tais como semi estruturadas, 
livre, fechadas, avaliativa, mas todas precisam ter uma intencionalidade e ter claro 
para que e por que se estava realizando. 
Os relatórios sociais são realizados na sua maioria para responder os 
processos que chegam ate o CRAS através do SEI. Para que se responda antes é 
preciso que se conheçam as famílias e usuários que demandam este tipo de 
instrumento. O relatório requer a utilização de outros instrumentos e intervenções 
antes de ser produzido. Busca ativa, visita domiciliar, atendimento individual, para que 
se possam agregar diversas informações que serão relevantes num relatório social. 
As reuniões para discussão de casos atendidos pelo serviço foram de suma 
importância possibilitando o entendimento de muitas situações que sendo pensadas 
sozinhas encontram entraves que a impede de avançar a superação das 
vulnerabilidades e quando colocada em um grupo maior amplia a capacidade de em 
rede encontrar novas possibilidades. 
Busca ativa é realizada na sua maioria para a avaliação das condicionalidades 
do Programa Bolsa Família através das listas de Sicom que recebemos de dois em 
dois meses, pois os recursos no sistema demanda avaliação técnica realizada por 
profissional da equipe PAIF. Também realizamos busca ativa quando recebemos 
notificação do Ministério Público e outros órgãos que nos acionam enquanto serviço 
de proteção básica no território e não temos registro de usuário. 
Os diários de campo foram de grande valia para apreensão da realidade e 
atrelar a ela a teoria do campo acadêmico. Todas estas ações realizadas através dos 
instrumentos teóricos operativos do profissional assistente social têm seus registros 
nos diários descritos e entregues ao tutor externo depois de serem discutidos e 
refletidos junto à supervisão de campo. 
Em acolhida coletiva realizamos inúmeros encaminhamentos e registros de 
diversos usuários. Este é um dos espaços mais ricos do CRAS onde surgem boas 
discussões e que acabam trazendo um senso de unidade e comunidade aos que 
acessam o serviço. É através da acolhida coletiva que identificamos possíveis novas 
demandas e encaminhamos da melhor forma possível para a rede sócia assistencial 
do território. 
 Cabe ressaltar a importância dos registros realizados no prontuário de cada 
usuário atendido na instituição. Todas as ações da equipe técnica são descrito os 
encaminhamentos e as possíveis intervenções que podem vir a acontecer. 
Possibilitando que outros profissionais que necessite saber sobre aquele usuário 
poderá verificar o que vem sendo feito como processo de intervenção profissional. 
É preciso entender o instrumental teórico operativo do Serviço Social como 
uma totalidade de tudo, realidade, concretude, subjetividade, intelectual, teórico e 
reflexivo. 
Reconhecer a instrumentalidade como mediação significa tomar o Serviço 
Social como totalidade constituída de múltiplas dimensões: técnico-instrumental, 
teórico-intelectual, ético-política e formativa (Guerra, 1997). 
Assim sendo todos estes e outros instrumentos que foram utilizados ao longo 
do período de estágio foi de uma construção conjunta entre supervisão, acadêmica e 
espaço concedente. Culminando no planejamento e execução do Projeto Interventivo 
direcionado diretamente para os usuários do território. 
 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
A construção do entendimento sobre o instrumental teórico operativo do 
Serviço Social se deu de maneira gradual. Não podendo ficar descolado da teoria 
apreendida ao longo do processo acadêmico, sendo fundamental uma leitura criticada 
realidade. 
O campo de estágio no território da região leste de Porto Alegre trouxe a 
possibilidade de observar e obter os conhecimentos de inúmeras demandas do 
Serviço Social, demandas estas que surge na Questão Social e suas expressões que 
se apresentam na forma de grandes vulnerabilidades do território. Os usuários do 
CRAS trazem suas demandas muitas vezes relacionadas a outras políticas sociais, o 
que denota um bom domínio da rede de atendimento da região por parte do 
profissional Assistente Social. Ter clareza de como encaminhar os usuários é bastante 
importante para aqueles que já se encontram em situação de vulnerabilidade. Otimizar 
recursos e benefícios mínimos é outro dos desafios do profissional. E tudo isso foi 
realizado pautado numa conduta ética e coerente tendo o sujeito como centro da 
questão, merecedor do melhor atendimento e orientações frente a sua condição 
humana e intelectual. 
Através do instrumental foi possível passar a entender e enxergar com clareza 
a importância de dominar as técnicas do profissional Assistente Social. Trabalhar e 
intervir nas dificuldades e potencialidades e possibilita ao usuário a busca por garantia 
de seus direitos e a emancipação das vulnerabilidades imposta a eles. 
No entanto, existem inúmeras dificuldades e atravessamentos que surgem no 
dia a dia do trabalhador da Política da Assistência Social executada no CRAS. Os 
recursos tanto financeiros quanto humanos são poucos frente à tamanha desigualdade 
social vivida no território campo do estágio. 
Sendo assim é imprescindível que o Profissional Assistente Social siga na luta 
por assegurar os direitos conquistados a classe trabalhadora para que os retrocessos 
sejam enfrentados e freados sempre que possível. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. Brasília: Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2005. Disponível em: . Acesso em: 25 
mar. 2020. 
GIONGO, Cláudia Deitos. Processos de trabalho de serviço social III. Porto Alegre: 
Editora ULBRA, 2003. 
 
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e Serviço Social. 
In: Revista Serviço Social e Sociedade n. 62. São Paulo: Cortez, 2000. 
 
______. Yolanda. “Ontologia do ser social: bases para a formação profissional” In: 
Revista Serviço Social e Sociedade n.54. São Paulo: Cortez, 1997. 
 
IAMAMOTO, Marilda V. e CARVALHO, Raul de. Relações sociais e serviço social 
no Brasil - esboço de uma interpretação histórico metodológica. 2a. Ed. São Paulo: 
Cortez, 1982. 
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Perícia social: proposta de um percurso operativo. 
Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2001. 
NETTO, José Paulo. A construção do projeto ético-político do serviço social. 
Disponível em: Acesso em: 25 de março de 2020. 
SOUZA, Maria Luiza de. Desenvolvimento de comunidade e participação. 3. ed. São 
Paulo: Cortez, 1991.

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