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Relatório estágio III

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MEMORIAL DESCRITIVO E ANALÍTICO DO 
INSTRUMENTAL TÉCNICO OPERATIVO 
UTILIZADO NO CAMPO DO ESTÁGIO 
(ESTÁGIO III) 
 
 
Autora 
 Marli Raimondi Lorrenzzetti 
 
Orientador Local 
Samara Leorato 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso de Bacharelado em Serviço Social (SES0506) – Estágio III 
10/04/2021 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório busca apresentar como foi desenvolvido o Estágio III, tendo por objetivo 
proporcionar a acadêmica experiências, que oportunizaram comparar teoria com a prática exercida 
no campo de estágio, compreendendo melhor como se dá a intervenção do assistente social. 
Neste período final do estágio, a acadêmica acompanhou a supervisora nas atividades 
realizadas e aos instrumentais técnico-operativos utilizados no cotidiano do trabalho realizado pelo 
profissional de serviço social no NSJ - Núcleo Socioterapêutico Joinville, onde estão internados os 
adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social em decorrência ao uso de substâncias 
psicoativas. 
O NSJ - Núcleo Socioterapêutico Joinville é um serviço de atenção residencial de caráter 
transitório, que atende às garantias constitucionais e preceitos do ECA - Estatuto da Criança e do 
Adolescente, que visa a promoção da saúde bem como a prevenção dos agravos da saúde, dimensão 
biopsicossocial do adolescente com transtornos de uso de substâncias psicoativas (Núcleo 
Socioterapêutico Joinville). 
O uso das drogas está em grande parte relacionada com crianças e adolescentes que de alguma 
forma vivenciaram algum tipo de violência doméstica dentro do convívio familiar, sabendo que a 
família tanto quanto o (a) adolescente necessitam de acompanhamento e orientação, a pensar que a 
evolução e sucesso do tratamento está vinculado ao progresso de todos. 
O profissional de Serviço Social é responsável por realizar atendimento sócio familiar, de 
forma a intervir na questão social, para promover o exercício da cidadania, suscitando a sua reinserção 
na sociedade, através da ética dos direitos humanos. O assistente social busca proteger e fortalecer os 
vínculos familiares e sociais, motivando e aumentando a autoestima, bem como, o autoconhecimento 
de si próprio. 
 
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS UTILIZADOS NO 
CAMPO DE ESTÁGIO 
 
O relato da análise tem como relevância destacar os principais instrumentos técnicos- 
operativos utilizados pelo profissional de Assistência Social. O assistente social, assim como os 
demais profissionais do NSJ, faz uso dos instrumentais, contribuindo nas habilidades técnicas do 
conhecimento, objetivando que seu trabalho tenha resultado positivo e eficaz no exercício do 
tratamento. 
 Pela instrumentalidade, os profissionais objetivam suas intencionalidades em respostas 
profissionais, modificando e transformando as condições objetivas e subjetivas, assim como as 
relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível social – o cotidiano. Desse modo, 
“Na medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes transformando-
as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser 
portadoras de instrumentalidade” (GUERRA, 2000a, p. 53). 
 O Assistente Social está qualificado para atuar em diversas áreas condizentes com as políticas 
sociais, cabendo ao profissional ter como objetivo responder às demandas existentes na instituição 
garantindo um trabalho de qualidade e humanizado, sempre na promoção da garantia dos direitos dos 
usuários. 
 Segundo Souza (2008, p.131) “instrumental é o resultado da capacidade criativa e da 
compreensão da realidade social, para que alguma intervenção possa ser realizada com o mínimo de 
eficácia, responsabilidade e competência profissional”. 
 No cotidiano do trabalho do assistente social, são muitos os instrumentos utilizados pelo 
profissional de Serviço Social do NSJ como: Acolhimento, Escuta qualificada, Busca ativa, 
Observação, Visita domiciliar, Encaminhamentos, Entrevista, Relatório, Reunião e Dinâmica de 
grupo. 
 A partir do uso dos instrumentos, o assistente social pode identificar as demandas dos usuários 
por meio da atenção especializada, orientá-los sobre seus direitos e obrigações, fazendo os 
encaminhamentos para outros serviços conforme a necessidade do usuário. Essa instrumentalidade é 
entendida como: 
 
A capacidade de mobilização e articulação dos instrumentos necessários à consecução das 
respostas às demandas postas pela sociedade, composta por um conjunto de referências 
teóricas metodológicas, valores e princípios, instrumentos, técnicas e estratégias que deem 
conta da totalidade da profissão e da realidade social, mesmo de forma parcial, mas com 
sucessivas aproximações. (COSTA, 2008 p.43). 
 
 
Os instrumentos são essenciais no exercício profissional, já que os mesmos norteiam a ação 
profissional, entretanto o agir profissional não se restringe aos instrumentos, mas também na forma 
como são operacionalizados, ou seja, na capacidade que o profissional tem para fazer a utilização dos 
mesmos. 
Além de o profissional estar tecnicamente preparado e obtendo as práticas de manuseio dos 
instrumentos de trabalho, o mesmo deverá abstrair e prover de clareza dos três requisitos relativos à 
competência profissional (Bravaresco e Goin, 2009), equivalentes às dimensões da profissão. Na 
atuação profissional o/a assistente social deve conter o domínio das dimensões teórico–metodológico, 
ético-político e técnico-operativo do Serviço Social, para realizar corretamente a sua ação 
profissional, visto que estas são alinhadas e inter-relacionadas na vida profissional do/a assistente 
social, assim podendo fazer alusão às dimensões que compõem o exercício profissional. 
 
A respeito da dimensão teórico-metodológica a mesma é identificada como uma dimensão 
que possibilita “analisar o real e investigar novas demandas”, enquanto que a dimensão ético-
política permite “avaliar prioridades, as alternativas viáveis para a realização da ação, bem 
como projetar a ação em função dos valores e finalidades e avaliar as consequências da ação”. 
Já a dimensão técnico-operativa, se considerada numa perspectiva crítica, não pode ser 
reduzida à questão dos instrumentos e técnicas, uma vez que o profissional ao acioná-la, 
dentre outros aspectos, mobiliza as demais dimensões já apontadas (ALMEIDA, 2015, p. 3). 
 
 
O profissional de Serviço Social por meio de seu trabalho, realiza suas abordagens e utiliza o 
instrumental numa visão ética política, associando as outras dimensões da prática profissional. 
 
2.1 ACOLHIMENTO 
 
A etapa da entrevista chamada de acolhimento é a etapa inicial, o primeiro momento, onde há 
uma primeira aproximação. Neste momento o profissional deve se preocupar em conhecer o usuário, 
e tão somente o usuário, desconsiderando, pois, o problema que traz o usuário ali ou o que leva o 
profissional ao usuário. 
É durante o acolhimento que o profissional cumprimenta firmemente o usuário e inicia o 
diálogo. Sempre que possível, deve o profissional iniciar a conversa falando de qualquer outro assunto 
que possivelmente despertará algum interesse do usuário. Futebol, novela, tempo. Sempre que 
possível porque, em alguns casos, o usuário está tão aflito que não consegue pensar em outra coisa 
senão o problema que o levou ao profissional ou que trouxe o profissional até ele. (RUARO, p. 75. 
2013). 
No NSJ, os adolescentes são acolhidos e são desenvolvidas ações pelo profissional de Serviço 
Social, onde recebe e colhe informações que são necessárias para o preenchimento do cadastro e para 
a análise das demandas do usuário e sua família, a fim de conhecer sua realidade social e o quanto o 
(a) adolescente está com sua saúde física e psíquica comprometida. 
 
2.2 ESCUTA QUALIFICADA 
 
 Ser assistente social exige capacidade para se relacionar com seres humanos, saber ouvir, 
investigar arealidade social em que o usuário está inserido com o compromisso político. 
 Segundo Lewgoy e Silveira (2007, p. 237) “A habilidade de escuta, é um questionamento e 
observação do que não é dito, mas que se configura no sujeito para quem se dirige o trabalho do 
assistente social”. 
 É um instrumental constantemente utilizado no NSJ, visto que os adolescentes quando relatam 
com veracidade a sua situação, as informações são acolhidas pelo profissional, na busca de uma maior 
positividade no tratamento, assim como, ajudar no diagnóstico do problema. 
 
2.3 BUSCA ATIVA 
 
 A Busca ativa é uma estratégia para fazer com que os serviços, benefícios, programas e 
projetos cheguem até as famílias e ao território. É uma maneira de levar informação, orientação e 
identificar necessidades e demandas das famílias e do território em situação de desproteção social. 
Os dados levantados servirão para diagnósticos sociofamiliares e socioterritoriais, assim como, para 
o planejamento das ações da rede socioassistencial. 
 O assistente social do NSJ busca o amparo dos direitos a todos, visto que, quando por algum 
motivo, não tem acesso por meios de comunicação, é necessário que se desloque a fim da 
concretização das demandas existentes. 
 
2.4 OBSERVAÇÃO 
 
Como diretrizes fundamentais da técnica de observação temos: ouvir com atenção, não julgar 
e não discriminar. 
Segundo Souza (1991, p. 184): 
 
A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou acontecimento 
que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e, como tal, encontrar os 
caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo 
tempo, técnico. 
 
 
Resulta desta análise que a observação não pode ser procedida de forma empírica ou parcial. 
Deve ser objetiva e isenta de prejulgamentos ou opiniões já formadas. O que parece em primeiro 
plano simples torna-se complexo à medida que queremos dar um contexto científico à observação. 
Exige-se para tanto um bom conhecimento da técnica, bem como controle emocional e discernimento 
para não interferir nem se deixar levar por aparências (o que parece ser, mas nem sempre é). (RUARO, 
p. 6. 2013). 
Durante o Estágio III, a estagiária pôde observar como o profissional realiza a abordagem, 
buscando em pequenos detalhes investigar atitudes que não são relatadas no diálogo e porventura 
possam ser relevantes no diagnóstico e complemento do tratamento. 
 
2.5 VISITA DOMICILIAR 
 
Como o próprio nome sugere, a visita domiciliar é a ida do profissional do Serviço Social na 
residência do usuário. Esse “ir” do assistente social evidentemente não é despreocupado, sem 
objetivo, não. Trata-se de uma busca, uma busca in loco com um objetivo predeterminado, em que o 
profissional do Serviço Social se dirige até o lar do usuário para alcançar o objetivo traçado, que 
geralmente é conhecer melhor a realidade dos adolescentes. 
 A visita domiciliar é um instrumento muito utilizado pelo profissional do Serviço Social, 
além de ser um modo específico para o conhecimento e entendimento da realidade. A visita 
domiciliar, conforme Mioto (2001, p. 148), “tem como objetivo conhecer as condições (residência, 
bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do cotidiano das relações, aspectos esses que 
geralmente escapam à entrevista de gabinete”. O assistente social deve fazer um mapa dos serviços 
disponíveis no local onde vive essa família, para conhecer as situações sociais a serem abordadas. 
Por exemplo, escola que atenda, qual a faixa etária, creche e qual o horário de atendimento, 
disponibilidade de atividades, programas para crianças quando os pais estão trabalhando. Para os 
idosos, atividades comunitárias, intelectuais. Postos de saúde ou estratégias de saúde da família. O 
profissional deve conhecer os horários e locais de ônibus, entre outros, para poder construir com essa 
família a consolidação da cidadania e a busca das mudanças sociais com maior qualidade de vida para 
essa comunidade. (RUARO, p. 70. 2013). 
 
2.6 ENCAMINHAMENTO 
 
A técnica do encaminhamento configura-se como uma ponte de ligação entre outras ações do 
Serviço Social. Pressupõe o conhecimento das políticas públicas da problematização para os devidos 
encaminhamentos, bem como um levantamento prévio das condições e características do contexto 
em estudo, com o detalhamento e a documentação dos fenômenos observados, a fim de buscar a sua 
resolução. (RUARO, p.63. 2013). 
No cotidiano do atendimento, o NSJ atua de forma integrada com outros serviços em seu 
território, no que vincula-se com continuidade a atenção básica, cuidado, tratamento, na reinserção a 
sociedade, escolaridade e ao trabalho. 
 
2.7 ENTREVISTA 
 
 A entrevista pode ser individual ou em grupo, sendo usada por profissionais de serviço social 
junto ao usuário para um levantamento e registro de informações visando compor a história de vida, 
definir procedimento metodológico e colaborar no diagnóstico social. A entrevista tem o objetivo de 
colher informações do usuário. De acordo com (Ruaro; Lazzarine, 2009, p.74), “A entrevista é um 
ato do qual devem participar no mínimo duas pessoas ou mais, onde busca compreender, identificar 
ou constatar uma determinada situação”. 
 É um instrumental muito utilizado no NSJ, o profissional junto ao usuário para um 
levantamento e registro de informações, na delimitação e solução da demanda atendida. 
 
2.8 RELATÓRIO 
 
O relatório é o documento produzido pelo profissional do Serviço Social, no qual constarão 
todos os aspectos relevantes de um determinado ato praticado por este profissional. Os atos que são 
passíveis de relatórios são os mais diversos, como, por exemplo, visitas domiciliares, entrevistas, 
observações etc. 
Na interpretação de Sousa (2008, p.130), o relatório social: 
 
“É o relato dos dados coletados e das intervenções realizadas pelo Assistente Social. O 
relatório social pode ser referente a qualquer um dos instrumentos face a face, bem como 
pode descrever todas as atividades desenvolvidas pelo profissional (relatório de atividades). 
Os tipos de relatórios produzidos pelo Assistente Social são tão iguais à quantidade de 
possibilidades de realizar diferentes atividades no campo de trabalho. ” 
 
Desta maneira, o relatório possibilitará uma interpretação coerente por parte do profissional 
que o elaborou, bem como por outro profissional, inclusive de outra área. Na instituição, a estagiária 
observou a elaboração de diversos relatórios destinados a outras redes socioassistenciais, em conjunto 
com outros profissionais da equipe da instituição, no intuito de colaborar com um perfeito 
entendimento e esclarecimento de todos os fatos. 
 
2.9 REUNIÃO E DINÂMICA DE GRUPO 
 
A reunião é um instrumento no cotidiano de trabalho do assistente social, seja na atuação com 
grupos, nos encontros com usuários das políticas ou nas reuniões de equipe. Tem como característica, 
promover e intervir em espaços coletivos, provocando uma reflexão crítica. 
Já as dinâmicas de grupo servem ao Serviço Social como ferramentas de aproximação, 
exploração dos potenciais, desenvolvimento de habilidades, capacitação, reflexão, entre muitas outras 
possibilidades. Configuram-se, como práticas catalisadoras das qualidades, potencialidades, 
dificuldades e conflitos dos grupos. (RUARO, p.80, 2013). 
A promoção das dinâmicas de grupo, como no Projeto de Vida que é realizado semanalmente 
pelos profissionais: Assistente Social e Terapeuta Ocupacional, auxiliam que muitas das demandas e 
respostas das situações são obtidas pela reflexão dos próprios adolescentes, que encontram na reunião 
a desmistificação de tantos obstáculos no qual se identificam com a roda de conversa. 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 
 O estágio proporcionou perceber a realidade vivenciada pelo profissional de serviço social e 
os desafios existentes no NSJ, ocasionandoque se busque a melhor forma de intervenção junto aos 
adolescentes e consequentemente aos seus responsáveis. 
 É a partir da instrumentalidade exercida no campo de atuação que é possível concretizar as 
ações profissionais, dando ao assistente social todo o aparato para seu desempenho profissional. A 
escolha do instrumental a ser utilizado deve ser de forma responsável, assim como, deverá ser regido 
pelo código de ética e na promoção da garantia de direitos ao usuário. 
 A dimensão instrumental é necessária ao exercício profissional do assistente social, visto que 
é preciso atingir a eficiência e eficácia operativa da profissão. 
 
Ao restringir-se à sua dimensão instrumental, o trabalho do Assistente Social não alcança um 
nível capaz de diferenciar-se de atividades e práticas voluntárias, assistemáticas, caritativas 
e/ou filantrópicas. Isso porque, para alcançar a eficácia, dentro dos parâmetros da ordem 
burguesa, a consciência não necessita apreender todos os nexos do processo (GUERRA, 
2000b, p. 24). 
 
 
Contudo, a reflexão acerca desse relatório, possibilitou aprender que a instrumentalidade 
técnico operativa do Serviço Social é uma propriedade da profissão, que proporciona o atendimento 
das demandas e ao alcance dos objetivos profissionais, proporcionando à acadêmica uma reflexão 
crítica acerca do instrumental técnico operativa utilizado no campo de estágio. 
Segundo Guerra, 2002 (apud, COSTA, 2008, p.38) “Portanto, na medida em que os 
profissionais utilizam, criam e adéquam às condições existentes, transformando-as em 
meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de 
instrumentalidade”. 
Assim nas palavras da autora, pode-se dizer que: 
 
 [...] a instrumentalidade no exercício profissional refere-se não ao conjunto de instrumentos 
e técnicas, mas a uma determinada capacidade constitutiva da profissão, construída e 
reconstruída no processo sócio histórico. (GUERRA, 2000a, p.23). 
 
 
Portanto, foi possível atingir o objetivo de conhecer e analisar criticamente alguns dos 
instrumentais utilizados pelo profissional de Serviço Social na atuação neste campo de estágio, 
assegurando que em tudo, foi rigorosamente identificado o comprometimento e profissionalismo da 
supervisora, da mesma forma, observados com toda a equipe do NSJ. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, Kamilla Karinne de Oliveira. A Dimensão Técnico-Operativa no Serviço Social e o 
Instrumental Técnico-Operativo desta Profissão: Pontos para Reflexão. In: I Congresso 
Internacional de Política Social: desafios contemporâneos II Seminário Nacional de Território e 
Gestão de Políticas Sociais I Congresso de Direito a Cidade e a Justiça Ambiental, 2015, Londrina. I 
Congresso Internacional de Política Social: desafios contemporâneos II Seminário. 
 
COSTA, Francilene S. d. M. Instrumentalidade do Serviço social: dimensão teórico-metodológica, 
ético-político e técnico-operativa e exercício profissional. Dissertação (Mestrado), 2008. 
 
GOIN, M.; BAVARESCO, L. Instrumentalidade Profissional: as mediações da prática 
profissional. In: I Jornada Interdisciplinar de Pesquisa das Faculdades Integradas Machado de Assis, 
2009, Santa Rosa/RS. I Jornada Interdisciplinar de Pesquisa, 2009. 
 
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e serviço social. In: Serviço 
Social & Sociedade. São Paulo: Cortez, n. 62, 2000a. 
 
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995. 
IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul. Relações sociais e serviço social no Brasil. 25. 
ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
LEWGOY Y Alzira Maria Baptista; SILVEIRA, Esalba Carvalho. A entrevista no processo de 
trabalho do assistente social. Revista Virtual Textos & Contexto n.8, ano 6, dez. 2007. Disponível 
em: htpp://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentaistecnico-operativos-na-pratica-
profissionaldo-servico social/36921/. 
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Perícia social: proposta de um percurso operativo. Serviço Social e 
Sociedade. São Paulo: Cortez, 2001. 
NSJ – Núcleo Socioterapêutico Joinville – Programa de Tratamento do NSJ. Ano 2020 – Joinville, 
SC. 
RUARO, Gisele de Cássia Galvão Instrumentos e processo de trabalho em serviço social/ Gisele 
de Cássia Galvão Ruaro, LAZZARINE Juliana Maria. Indaial: Uniasselvi, 2013. 
RUARO, Gisele de Cássia Galvão; LAZZARINE Juliana Maria. Estratégias, técnicas e 
instrumentos da ação profissional I. Indaial: Uniasselvi, 2009. 
SOUZA, Charles Toniolo de A Prática do Assistente Social: conhecimento, instrumentalidade e 
intervenção profissional. In: Revista Emancipação. Ponta Grossa. 2008.

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