Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Antes de mais nada precisamos conhecer o que são os programas : PPRA- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PCMSO – Programa de Controle de Medicina Ocupacional LTCAT- Laudo Tecnico das Condições Ambientes do Trabalho O que é PPRA? São as iniciais do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA. Trata-se de uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadoras nº 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previsto na Norma Regulamentadora nº 09, visa levantar os riscos (físicos, químicos e biológicos) existentes no ambiente de trabalho e definir medidas de prevenção. QUAL É O OBJETIVO DO PPRA? Estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho. QUEM ESTÁ OBRIGADO A FAZER O PPRA? A elaboração e implantação do PPRA são obrigatórias para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, ou seja, 1 funcionário CLT. Não importa grau de risco ou a quantidade de empregados. Assim, tanto um condomínio, uma loja ou uma refinaria de petróleo, todos estão obrigados a ter PPRA, cada um com suas próprias características e complexidade. O que é PCMSO ? Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, também foi criado no início dos anos 90. Qualquer dado coletado através dos exames periódicos que fazem parte do PCMSO que demonstrar possibilidade de risco para algum colaborador será tratado como uma prevenção, de modo que a empresa se envolva na saúde do se colaborador a fim a de apoiá-lo no caso de qualquer necessidade relacionada a seu estado de saúde. Exames Relacionados ao Trabalho ASO – Atestado de Saúde Ocupacional Exame Admissional: o que é e quando é aplicado? O exame admissional se trata de um procedimento obrigatório, que segue as normas regidas pela NR7-PCMSO, responsáveis por regulamentar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Esse exame é realizado sempre que um empregado está em vias de ser contratado por determinada empresa, sendo que esta contratação, aliás, só poderá se oficializar quando o candidato ao cargo realizar os exames exigidos por lei e obter o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Exame Periódico: o que é e quando é aplicado? O exame periódico consiste em atender todos os colaboradores da empresa empregadora, sempre levando em conta os riscos ocupacionais aos quais eles estão submetidos ao exercerem suas funções no trabalho. Dever do empregador e direito do funcionário, o Exame Periódico é uma ferramenta de suma importância, tanto para garantir a saúde do empregado, quanto para a empresa se adequar às normas legais vigentes e procedimentos obrigatórios, exigidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego em nosso país. Sua periodicidade pode variar, de acordo com cada caso específico. Em algumas situações, como em funcionários portadores de doenças crônicas, ou ainda aqueles mais suscetíveis a exercer funções onde haja maiores riscos de desencadear ou agravar doenças ocupacionais, o Exame Periódico poderá se repetir semestralmente ou, no máximo, anualmente. Mudança de função: o que é e quando é aplicado? O exame de mudança de função consiste em um exame clínico completo, aplicado em um funcionário que será remanejado no quadro de empregados da empresa, para atuar em outro setor. Além do exame clínico, a mudança de função implicará também em uma anamnese patológica completa, clínica e ocupacional. A aplicação do exame de mudança de função deve ocorrer sempre antes da transferência do empregado para seu novo setor, somente para aquele colaborador que ficar suscetível a riscos ocupacionais diferentes aos quais estava habituado, antes da alteração. Seguindo determinações expressas nos Quadros I e II da NR-7, há também a necessidade de se aplicar exames complementares para as funções expostas a maiores riscos, como por exemplo Espirometria, Raio X, EEG, ECG, Audiometria, Acuidade Visual, entre outros Retorno ao trabalho: o que é e quando é aplicado? Há situações onde o colaborador da empresa tem a necessidade de um afastamento de seu cargo e respectivas funções. Ao retornar ao ambiente de trabalho, após esse período de ausência, o funcionário que se ausentou 30 dias ou mais de seu cargo, devido situações como acidente, doença, parto, natureza ocupacional ou não, deverá realizar o exame de retorno ao trabalho Dentre os procedimentos abordados, temos desde o exame clínico completo até uma anamnese patológica atual completa. Na execução deste exame, é avaliado se o funcionário recuperou sua capacidade física/mental anterior ao hiato na empresa. Será considerado apto ao retorno, o colaborador que obter alta do INSS e apresentar plenas condições de retornar à sua função. É importante salientar que, empregados que retornam ao trabalho após afastamento, devido ao período de férias, estão dispensados de realizar este exame. Exame demissional: o que é e quando é aplicado? Quanto ao exame clínico demissional, ou somente exame demissional, trata-se de um procedimento que implica no exame clínico completo, realizado em um funcionário que está sendo desligado da empresa onde atua. Sua aplicação é obrigatória, excluindo apenas a questão de funcionários demitidos por justa causa. Nestas situações, o exame é facultativo, ficando a cargo da própria empresa, optar ou não pela sua realização. O exame demissional deve ser impreterivelmente feito até a data da homologação do funcionário. A realização deste exame implica na avaliação de aspectos gerais do paciente, tendo o objetivo de identificar se o empregado está se desligando da empresa nas mesmas condições de saúde em que foi admitido, observando assim se o mesmo está apto ou inapto, no contexto da saúde, para se desligar da empresa. Caso tenha ocorrido algum agravamento durante o período de trabalho relacionado às suas funções laborais, a demissão pode ser impedida até que o colaborador seja tratado. Em alguns casos, há a necessidade de se executar exames complementares, sendo a audiometria o mais comum deles. LTCAT A sigla LTCAT significa o que os profissionais da área (médicos do trabalho, engenheiros e técnicos de segurança trabalho) chamam de Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho. Esse documento, estabelecido e adotado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é de suma importância para as empresas que seguem o regime da CLT e visa, sobretudo, registrar os agentes nocivos à saúde ou à integridade física dos trabalhadores. O objetivo de uma LTCAT é fornecer o reconhecimento, a avaliação e o controle dos riscos ambientais das atividades realizadas pelos trabalhadores, para fins de aposentadoria especial futura. O LTCAT é, portanto, um laudo técnico que comprova a exposição aos agentes ambientais nocivos à saúde ou à integridade física do trabalhador. Interessante frisar, ainda, que o LTCAT é assunto da legislação previdenciária (instruções e normativas do INSS) e não do Ministério do Trabalho e Emprego, e deve ser atualizado anualmente, ou sempre que houver modificações de processos de trabalho, construções ou reformas nas instalações. Adicional de insalubridade A Insalubridade é definida pela legislação em função do grau do agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho, observados os limites de tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição durante a jornada. Assim, são consideradas insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. O percentual de insalubridade será definido de acordo com o graude risco à saúde previsto na NR-15: atividades de grau de exposição mínimo, adicional de 10%; para exposição média, adicional de 20%; para o grau máximo de exposição, adicional de 40% Todos sobre o salário mínimo da Região Hoje R$ 1.045,00 De acordo com o artigo 194 da CLT, ocorrendo a eliminação da insalubridade, o empregador fica desobrigado a pagar o aludido adicional, ou seja, com a eliminação do agente insalubre, o direito do empregado ao adicional é cessado: Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho ADICIONAL DE PERICULOSIDADE É um valor devido ao empregado exposto a atividades periculosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Atividades descritas, conforme anexos da NR 16 O valor do adicional de periculosidade será o salário base do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa Exemplo : Salário de R$ 10,00 por hora x 220 (base) = R$ 2.200,00 X 30 % = R$ 660,00 ( adicional de periculosidade ) TST afasta possibilidade de cumulação de adicionais de insalubridade e de periculosidade
Compartilhar