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RESUMO DE TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL
1. CONCEITO: 
Direito Processual Civil é um ramo do direito público que reúne o repertório de normas jurídicas destinadas ao regulamento da jurisdição, da ação e do processo, criando o repertório fundamental para que os conflitos de ordem civil e não especial possam ser devidamente encaminhados.
É através do processo que teremos a composição da lide (É O LIAME SUBJETIVO. PODE PENSAR COMO SE FOSSE UMA LIGAÇÃO QUE LIGA DUAS PARTES), ou seja, o suporte que organiza os procedimentos a serem seguidos no objetivo de se atribuir o direito. A matéria possui suas linhas fundamentais projetadas pelo direito constitucional.
DICA: PENSA EM FORMAL COMO FORMA. 
O DIRT. CIVIL É O MATERIAL QUE CABE DIREITINHO DENTRO DA FORMA, A QUAL SE DÁ PELO DIRT. PROCESSUAL CIVIL. 
O processo civil divide-se em três partes principais: 
a) processo de conhecimento; 
b) processo de execução; 
c) processo cautelar. 
Na primeira parte, de conhecimento, é instaurado o processo para que seja reconhecido o direito; no segundo, tal direito já é reconhecido, buscando-se a aquisição física do mesmo, tendo como instrumento uma sentença previamente constituída ou então o chamado título executivo extrajudicial. Já na terceira divisão do processo civil, o objetivo é assegurar que determinado direito não perca sua integridade.
2. FONTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
É tradicional a distinção entre fontes formais e não formais do direito, embora tal distinção não seja de grande relevância prática.
São fontes formais as que expressam o direito positivo, as formas pelas quais ele se manifesta. A fonte formal por excelência é a lei (fonte formal primária). Além dela, podem ser mencionados a analogia, o costume, os princípios gerais do direito e as súmulas do STF, com efeito vinculante (fontes formais acessórias ou indiretas), necessários porque o ordenamento jurídico não pode conter lacunas, cumprindo-lhe fornecer os elementos para supri-las.
(Art. 4º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, e art. 126, do CPC.)
São fontes não formais a doutrina e os precedentes jurisprudenciais (salvo os erigidos em súmula vinculante).
3. PRINCIPIOS QUE NORTEIAM O DIREITO PROCESSUAL CIVIL SÃO:
Princípio da imparcialidade do juiz: 
Para garantir a validade e a justiça no processo é necessário um juiz atuando de forma imparcial, evitando ações tendenciosas que acabem por favorecer uma das partes. A posição do juiz no processo é de colocar-se acima das partes para poder julgar de modo eficaz. Sua imparcialidade é essencial para o andamento sadio do processo.
Princípio da igualdade: 
Ambas as partes devem ter um tratamento igual por parte do juiz. Seu fundamento encontra respaldo no artigo 5o da CF.
Princípio do contraditório e ampla defesa: 
É garantida as partes envolvidas no processo o pleno direito de se manifestar sobre assuntos ligados ao processo, bem como de defender-se de toda questão levantada no mesmo.
Princípio da ação: 
Também denominado princípio da demanda, garante à parte a iniciativa de provocação do exercício da função jurisdicional (em outras palavras, direito garantido ao acesso dos serviços oferecidos pelo poder judiciário).
Princípio da disponibilidade e da indisponibilidade: 
Este princípio faz referência ao poder dispositivo, que é a liberdade garantida a todo cidadão de exercício de seus direitos. No direito processual este princípio se traduz pela possibilidade ou não de apresentar em juízo a sua pretensão, do modo como bem entenda.
Princípio da livre investigação das provas: 
Neste princípio é estabelecido que o juiz depende das provas produzidas pelas partes para que possa fundamentar sua decisão.
Princípio da economia e instrumentalidade das formas: 
O processo, como instrumento de aferição de direito, não deve ter um dispêndio exagerado em relação aos bens em disputa.
Princípio do duplo grau de jurisdição: 
É garantido, por meio deste princípio, a revisão da decisão processual. Assim, pode o cidadão ter direito a novo julgamento além daquele proferido pelo juiz de primeira instância (ou primeiro grau).
Princípio da publicidade: 
O princípio da publicidade garante que o cidadão tenha acesso às informações do processo, vedado o sigilo, garantindo um instrumento importante de fiscalização popular.
Princípio da motivação das decisões judiciais: 
Deve o juiz formular coerentemente sua decisão, demonstrando de modo inequívoco como determinada sentença foi composta.
4. O DIREITO PROCESSUAL CIVIL NO TEMPO
As normas de processo civil têm validade e eficácia, em caráter exclusivo, sobre todo o território nacional, como estabelece o art. 1º, do CPC. Todos os processos que tramitam no País devem respeitar as normas do CPC.
Mas, cuidado! Não se pode confundir as normas de processo com as de direito material, aplicadas à relação jurídica discutida no processo. É possível que, em um processo no Brasil, o juiz profira sentença aplicando norma de direito material estrangeiro.
- Por exemplo, na hipótese do art. 10, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Se um estrangeiro falece no Brasil, e o inventário é ajuizado aqui, forçosamente serão respeitadas as regras processuais estabelecidas no CPC. Mas as regras de direito material referentes à sucessão (por exemplo, a ordem de vocação hereditária) serão as do país de origem do de cujus, desde que mais favoráveis ao cônjuge ou filhos brasileiros.
Ou seja, o juiz conduz a processo na forma determinada pelo CPC, mas na solução do conflito aplica a lei estrangeira. Para tanto, poderá exigir o cumprimento do art. 337, que assim estabelece: “A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor, se assim o determinar o juiz”.
Quanto aos processos que correm e as sentenças que são proferidas no estrangeiro, a regra é a da total ineficácia em território nacional, salvo se houver a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
5. O DIREITO PROCESSUAL CIVIL NO ESPAÇO
Com frequência, as próprias normas de processo indicam o prazo de vacatio legis. Se não o fizerem, aplica-se o art. 1º, da LINDB: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada”.
A vigência estende-se até que seja revogada por lei posterior, que expressamente o declare ou quando com ela seja incompatível ou regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
a) Lei processual nova e os processos em curso
A questão do direito intertemporal, isto é, da aplicabilidade das novas leis aos processos em andamento é de grande relevância. As dificuldades só aparecem com relação aos processos em curso, quando da entrada em vigor da nova lei, pois os que já estão concluídos ou ainda não se iniciaram não trarão nenhum embaraço ao aplicador.
O CPC, art. 1.211, estabelece o paradigma que deve valer para as demais normas de processo: “Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes”. A regra, pois, é que as normas de processo tenham incidência imediata, atingindo os processos em curso. Nenhum litigante tem direito adquirido a que o processo iniciado na vigência da lei antiga continue sendo por ela regulado, em detrimento da lei nova.
b) Isolamento dos atos processuais
A lei nova deve respeitar os atos processuais já realizados e consumados. O processo deve ser considerado um encadeamento de atos isolados: os que já foram realizados na vigência da lei antiga, persistem. Os que ainda deverão ser, respeitarão a lei nova.
Mas o problema está nos atos que perduram no tempo.
Por ex.: Se, no curso de um prazo recursal, sobrevém lei nova que extingue o recurso, ou modifica o prazo, os litigantes que pretendiam recorrer ficarão prejudicados?
Parece-nos que não, porque a lei não pode prejudicar o direito adquirido processual. Desde o momento em que a decisão foi publicada, adveio para as partes o direito de interpor o recurso que, então, estava previstono ordenamento. Se ele for extinto, ou seu prazo for reduzido, as partes não poderão ser prejudicadas. Se o prazo, porém, for ampliado, a lei nova será aplicável, pois ela não pode retroagir para prejudicar, mas apenas para favorecer os litigantes. Mas a ampliação só vale se a decisão não estiver preclusa. Por exemplo: publicada uma sentença, corre o prazo de quinze dias para apelação. Se, depois da publicação, o prazo for reduzido para dez, as partes não podem ser prejudicadas. Se, dentro dos quinze dias, o prazo for elevado para vinte, todos se beneficiarão. Mas, se a lei nova só entrar em vigor no 16º dia do prazo, não será aplicada, porque a decisão terá se tornado preclusa.
E mais, se a decisão é proferida em audiência ou em sessão de órgão colegiado, as partes saem intimadas, e têm o direito processual adquirido de interpor o recurso, na forma vigente no momento da intimação.
Em resumo:
- A lei processual atinge os processos em andamento;
-Vige o princípio do isolamento dos atos processuais: a lei nova preserva os já realizados, e aplica-se àqueles que estão por se realizar;
- A lei nova não pode retroagir para prejudicar direitos processuais adquiridos.
c) Lei nova que altera competência
Vimos que, em rega, a lei nova atinge os processos em curso. Os atos processuais a serem realizados serão regidos por ela.
No entanto, há uma situação excepcional: das novas normas que modificam competência.
Em relação a elas, há um dispositivo específico (CPC/73, art. 87): a competência é apurada na data da propositura da demanda, sendo irrelevantes as alterações de fato ou de direito supervenientes. Trata-se da perpetuatio jurisdictionis: lei processual nova, que altera competência, não se aplica aos processos em andamento.
Mas o mesmo art. 87 enumera algumas exceções, em que a lei nova de competência alcança os processos em curso: quando suprimir o órgão judiciário ou alterar a competência em razão da matéria ou da hierarquia.
Ex.: Alteração feita pela EC 45/2004 à Ações de indenização fundadas em acidente de trabalho, ajuizadas pelo empregado em face do empregador, que tramitavam na Justiça. O novo regramento alterou a competência, que era até então da Justiça comum, atribuindo-a à Justiça do Trabalho. As ações em curso, ainda não sentenciadas, foram atingidas, já que houve alteração de competência em razão de matéria, o que, por força do art. 87 aplica-se aos processos em andamento.
- O STF editou a Sumula Vinculante 22, neste sentido: “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau, quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004”. 
6. COMPETÊNCIA INTERNA DO PROCESSO CIVIL
A competência interna é restrita ao ordenamento jurídico brasileiro, sendo apreciada e julgada, ou, ainda, tendo todo o seu procedimento apreciado pelo Poder Judiciário nacional. THEODORO JÚNIOR descreve que, para a determinação da competência interna, se faz necessário levar em conta os seguintes pontos fundamentais de nossa estrutura judiciária:
1º) existem vários organismos jurisdicionais autônomos entre si, que formam as diversas “Justiças” previstas pela Constituição Federal;
2º) existem, em cada “Justiça”, órgãos superiores e órgãos inferiores, para cumprir o duplo grau de jurisdição;
3º) o território nacional e os estaduais dividem-se em seções judiciárias ou comarcas, cada uma subordinada a órgãos jurisdicionais de primeiro grau locais;
4º) há possibilidade de existir mais de um órgão judiciário de igual categoria, na mesma comarca, ou na mesma seção judiciária;
5º) há possibilidade existir juízes substitutos ou auxiliares, não vitalícios, e com competência reduzida.
A competência interna pode ser absoluta, sendo óbice para o desenvolvimento legal do processo. Essa incompetência deve ser apontada pela parte ou declarada ex officio pelo juiz a qualquer tempo no processo, eis que causadora de vícios insanáveis e nulidades processuais. Pode ser também relativa, se os motivos que a determinam não forem de ordem pública, ou se for possível a sua convenção entre partes. Este tipo de incompetência pode ser apontado pela parte e declarada pelo juiz que assim a entender, não representando óbice para o regular andamento do processo, pois constituidora de vício processual sanável. O juiz, nesse caso, julgará acerca da existência da incompetência, bem como determinará as providências para que tal vício seja sanado (cf. art. 111 do CPC).
Os critérios determinativos da competência são:
1. critério objetivo: engloba os critérios de fixação de competência segundo a natureza da causa (CPC 111, absoluta), seu valor (CPC 111, relativa), ou segundo a condição das pessoas em lide (CPC 111, absoluta);
2. critério territorial: fixa a competência do juízo segundo os limites de suas circunscrições territoriais (CPC 111, relativa);
3. critério funcional: estabelece a competência de acordo com os poderes jurisdicionais de cada um dos órgãos julgadores, conforme sua função no processo (CPC 111, absoluta).
A competência pode ser determinada consoante a jurisdição, se comum (estadual ou federal) ou especial (ratione materiae). Em relação à justiça comum, “se não for identificada a competência da justiça comum federal, residualmente a causa haverá de ser julgada pela justiça comum estadual (CF 125 e 126) ”.
A competência também pode ser classificada como:
1º) objetiva: material (competência da Justiça), valor da causa e territorial (competência de foro);
2º) subjetiva (ratione personae, ou segundo a qualidade da parte);
3º) de juízo ou interna: respectivamente, qual a vara e qual o juiz da vara competente dentro do mesmo órgão judicial com as mesmas atribuições jurisdicionais;
4º) originária ou derivada: se proposta no juízo a quo ou recursal, respectivamente (também denominada hierárquica). Se recursal, deve-se saber se a competência para conhecer do recurso é do próprio órgão que decidiu originariamente ou de um superior
(Art. 1º ao 41º do CPC)

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