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Laboratório Pré-clínico de Periodontia - Anatomia Amanda Costa - Uninta A mucosa oral compreende: (1) a mucosa mastigatória , que inclui a gengiva e o revestimento do palato duro; (2) a mucosa especializada , que recobre o dorso da língua; (3) a parte restante, chamada de mucosa de revestimento . Peri= em torno de - Odonto= Dente A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo da maxila e da mandíbula e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral De Proteção: Gengiva e mucosa alveolar De Sustentação: Ligamento periodontal, o. alveolar e cemento ● Gengiva - Anatomia microscópica - Parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes. - Consiste em uma camada epitelial e um tecido conjuntivo subjacente, chamado de lâmina própria. Em geral é separada por uma linha limitante facilmente reconhecida, chamada de junção mucogengival (setas) ou de linha mucogengival. - Na direção coronal, a gengiva de cor rósea termina na margem gengival livre, que possui um contorno festonado. - No sentido apical, a gengiva é contínua com a mucosa alveolar (mucosa de revestimento), que é frouxa e de cor avermelhada Três partes da gengiva podem ser identificadas: •A gengiva livre (FG) •A gengiva interdental •A gengiva inserida (AG) Apical - Continua com a mucosa alveolar, junção mucogengival e palato duro Coronal - termina na MG Gengiva Marginal Livre - Cor rósea, superfície opaca e consistência firme e lisa. - Pelos lados vestibular e lingual dos dentes, a gengiva livre estende-se a partir da margem gengival, no sentido apical, até o sulco gengival livre, que está localizado em um nível correspondente à junção cemento–esmalte(CEJ) - Após a erupção dentária a MG fica localizada a cerca de 1,5 - 2mm da junção cemento-esmalte Gengiva Inserida - Demarcada pela junção mucogengival (MGJ) - Delimitada, no sentido coronal, pela Ranhura Gengival (GG) ou, quando esse sulco não existe, por um plano horizontal que passa pelo nível da CEJ. - Apresenta pequenas depressões na superfície que conferem-lhe o aspecto de casca de laranja ou pontilhado. - Firmemente inserida no osso alveolar e no cemento subjacentes por meio de fibras do tecido conjuntivo e, portanto, é comparativamente imóvel em relação aos tecidos subjacentes. - Funções: Manutenção da saúde periodontal e prevenção da recessão gengival - A AM, de cor vermelha mais escura, está localizada apicalmente à junção mucogengival e tem uma ligação frouxa com o osso subjacente. Móvel em relação ao tecido subjacente ❖ Na maxila, a gengiva vestibular em geral é mais larga na área dos incisivos e mais estreita próximo aos pré-molares. ❖ Na mandíbula, na face lingual, a gengiva é particularmente estreita na área dos incisivos e larga na região de molares. ❖ Foi constatado que a gengiva é significativamente mais larga nas pessoas entre 40 e 50 anos de idade do que naquelas entre 20 e 30 anos. - Depois de completada a erupção dentária, a margem gengival livre fica localizada na superfície do esmalte cerca de 1,5 a 2 mm coronal à CEJ Gengiva Interdental - Determinada pelas relações de contato entre os dentes, pela largura da superfície proximal desses e pelo trajeto da CEJ. - Nas regiões anteriores da dentição, a papila interdental tem formato piramidal, enquanto, nas regiões molares, as papilas são mais achatadas no sentido vestibulolingual. - Formada pela papila interdental Margem gengival - Com frequência, arredondada, de tal modo que uma pequena invaginação, ou sulco, é formada entre o dente e a gengiva - Quando uma sonda periodontal é inserida nessa invaginação e avançada no sentido apical, na direção da CEJ, o tecido gengival é separado do dente e uma “bolsa gengival”, ou “sulco gengival”, é aberta artificialmente. COL - Nas regiões pré-molar e molar da dentição - Substituem os pontos de contato - As papilas interdentais nessas áreas frequentemente possuem uma porção vestibular (VP) e uma porção lingual ou palatina (LP) separadas pela região da concavidade. Epitélio delgado não queratinizado A região da concavidade, é recoberta por um epitélio delgado não queratinizado (setas). Mucosa Alveolar - Tec. Conjuntivo frouxo - Rico em fibras colágenas ⇢ Características Histológicas - Não queratinizado - Ricamente vascularizado - Mucosa de revestimento - Localizado apicalmente a G. Inserida - Vermelho intenso ⇢ Características Clínicas - Grande mobilidade a tração ● Ligamento Periodontal ❖ A presença de um ligamento periodontal permite que forças, produzidas durante a função mastigatória e outros contatos dentários, sejam distribuídas e absorvidas pelo processo alveolar através do osso alveolar propriamente dito. ❖ Essencial para a mobilidade dos dentes. ❖ A mobilidade dentária é, em grande parte, determinada pela largura, pela altura e pela qualidade do ligamento periodontal - Ricamente vascularizado e celular - É o tecido conjuntivo frouxo - Formato de ampulheta - Circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. - No sentido coronal, o ligamento periodontal é contínuo com a lâmina própria da gengiva e está separado da gengiva pelos feixes de fibras colágenas que conectam a crista do osso alveolar à raiz (as fibras da crista alveolar) - Seu principal componente são fibra colágenas (produzidas por fibroblastos) O dente é unido ao osso por feixes de fibras colágenas que podem ser divididas nos seguintes grupos principais, de acordo com as suas formas de arranjo: •Fibras da crista alveolar (ACF) •Fibras horizontais (HF) •Fibras oblíquas (OF) •Fibras apicais (APF) Fibras do LP ● Fibras colágenas ● Fibras elásticas - associada aos vasos sanguíneos ● Fibras Oxitalânicas - localizadas + prx ao dente do que do o. ● Fibras de Sharpey - porção terminal das fibras principais inseridas no o. e no cemento (Fibroblastos) Função ❖ Nutricional - Para o cemento, osso e gengiva ❖ Sensorial - Transmissão de sensações táteis, pressão e dor para o gânglio do trigêmeo ❖ Física - União do dente ao osso, transmissão de força para o o. alveolar, proteção de vasos e nervos, diminuição dos impactos externos. ❖ Formativa - Céls mesenquimais indiferenciadas - Regeneração Células ● Fibroblastos - Sintetizam fibras colágenas e elásticas e regulam a degradação do colágeno através da fagocitose e colagenases ● Osteoblastos - ● Cementoblastos ● Osteoclastos ● Células nervosas - Sensibilidade ● Restos epiteliais de Malassez ● Osso Alveolar - Partes da maxila e da mandíbula que formam os alvéolos dos dentes e dão suporte a esses alvéolos - Em conjunto com o cemento radicular e o ligamento periodontal, o osso alveolar propriamente dito constitui o periodonto de inserção dos dentes - Função principal é distribuir as forças geradas, por exemplo, pela mastigação e por outros contatos dentários - Anatomicamente, as paredes dos alvéolos (osso alveolar propriamente dito; setas), bem como as paredesexternas do processo alveolar, são constituídas por osso cortical. A área rodeada pelas paredes de osso cortical é ocupada por osso trabecular (esponjoso) - O o. esponjoso contém trabéculas ósseas,cuja arquitetura e tamanho são determinados, em parte, geneticamente e, em parte, pelas forças a que os dentes estão expostos durante a função. Na maxila: O lado palatino é mais espesso do que o vestibular Na mandíbula: Incisivos e Pré-molares o lado vestibular é mais delgado e em Molares mais espesso Uma área sem cobertura óssea na porção marginal da raiz chama-se deiscência (D) Se houver osso na parte mais coronal do osso vestibular, mas o defeito for mais apical, ele é chamado fenestração (F) ➥ Esses defeitos geralmente ocorrem onde um dente, durante a erupção, foi removido do arco e são mais frequentes nos dentes anteriores do que nos posteriores. Nesses defeitos, a raiz é coberta apenas por tecido conjuntivo aderido e pela mucosa sobrejacente. Osso Alveolar propriamente dito - Reveste o alvéolo - O. compacto - Radiograficamente - Lâmina Dura - Perforado por numerosos canais de Volkmann ● Vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas entre o o. alveolar e LP Osso Fasciculado - Camada óssea na qual estão inseridas as Fibras de Sharpey - Características funcionais e estruturais semelhantes a camada de cemento Osso Esponjoso - Trabéculas Ósseas - Arquitetura e função determinadas geneticamente pelo resultado das forças as quais os dentes estão expostos durante a função - Continuamente reabsorvidos e neoformados Células do Osso Alveolar ● Osteoblastos - Formação óssea ● Osteoclastos - Reabsorção óssea ● Osteócitos - Osteoblasto maduro localizado na matriz óssea ● Cemento - Tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares, podendo estender-se também para o canal radicular - Não contém vasos sanguíneos ou linfáticos, não tem inervação, não sofre remodelagem nem reabsorção fisiológicas, porém se caracteriza por formação contínua ao longo da vida - Contém fibras colágenas embutidas em matriz orgânica. Sua porção mineral, que é principalmente hidroxiapatita, é aproximadamente 65% de seu peso, um pouco mais que no osso (60%) ❖ Ele conecta as fibras principais do ligamento periodontal à raiz e contribui para o processo de reparo após danos à superfície radicular. Também ajusta a posição dos dentes às novas demandas. - Espessura cervical: 20-50mp - Espessura apical: 150-250mp Formas de cemento ❖ Cemente primário ou acelular - Fibras extrínsecas - De Sharpey - produzidas pelos fibroblastos do LP - Encontrado nas porções coronal e média da raiz e contém principalmente feixes de fibras de Sharpey. - Esse tipo de cemento é uma parte importante dos tecidos de inserção e conecta o dente ao osso alveolar propriamente dito - Ausência de cementócitos - Formado concomitante a formação radicular e erupção dental - Mais mineralizado ❖ Cemente secundário ou celular - Fibras intrínsecas - Fibras derivadas dos cementoblastos e orientadas paralelamente ao longo eixo do dente - Estratificado misto - Encontrado no terço apical das raízes e nas áreas de furca - Presença de cementócitos principalmente dentro de lacunas - Formado durante a erupção do dente, durante todo período funcional e em resposta a demandas funcionais ● Epitélio Oral - Anatomia microscópico O epitélio que recobre a gengiva livre pode ser diferenciado da seguinte forma: •Epitélio oral (OE), voltado para a cavidade oral •Epitélio sulcular oral (OSE), voltado para o dente, sem entrar em contato com a superfície do dente •Epitélio juncional (JE), que promove o contato da gengiva com o dente ● Epitélio Oral: - E. pavimentoso, estratificado e queratinizado - Função de proteção e defesa e presença de cristas epiteliais Céls. do Epitélio Oral: ● 90% são céls produtoras de queratina ● Melanócitos - céls. que contêm pigmentos de melanina ● Céls de Langerhans - desempenha papel de defesa ● Céls de Merkel ● Céls. Inflamatórias Também chamadas de “células claras” pois apresentam-se mais claras que as céls circunvizinhas produtoras de queratina. ● Epitélio do Sulco Gengival: - Reveste o sulco gengival raso, localizado entre o esmalte e a parte superior da gengiva livre. - Como o epitélio oral, o epitélio sulcular é constantemente renovado por meio da divisão celular da camada basal. - As células do epitélio do sulco são cúbicas e a superfície desse epitélio é queratinizada. Sulco clínico X Sulco histológico??? ● Epitélio Juncional: - Promove a inserção da gengiva ao dente - Mais largo na parte correspondente a coroa e torna-se estreito em direção à junção cemento-esmalte - Constantemente renovado - Não queratinizado - Na região limítrofe entre o epitélio juncional e o tecido conjuntivo subjacente não há cristas interpapilares epiteliais, exceto quando há inflamação. - Menor número de desmossomos - Aderido a superfície dental através de Hemidesmossomos ● Lâmina própria - Tec. Conjuntivo - O tecido conjuntivo (lâmina própria) é o componente tecidual predominante da gengiva. Os principais constituintes do tecido conjuntivo são as fibras colágenas (cerca de 60% do volume do tecido conjuntivo), os fibroblastos (cerca de 5%) e os vasos e nervos (cerca de 35%), que estão integrados a uma substância fundamental amorfa (matriz). Células Os diferentes tipos de células existentes no tecido conjuntivo são: (1) fibroblastos: (predominante, 65%): Produção de fibras colágenas e síntese de matriz (2) mastócitos: Produção de substâncias vasoativas que podem afetar a função do sistema microvascular e controlar o fluxo de sangue através do tecido e de determinados componentes da matriz (3) macrófagos: Fagocitose e síntese de matriz (4) células inflamatórias (Neutrófilos, linfócitos e plasmócitos): Capacidade de defesa. Fibras do tecido conjuntivo As fibras do tecido conjuntivo são produzidas pelos fibroblastos e podem ser divididas em: (1) fibras colágenas (2) fibras reticulares (3) fibras oxitalânicas (4) fibras elásticas. FR: são numerosas no tecido adjacente à membrana basal e no tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos sanguíneos. Assim, as fibras reticulares são encontradas nas interfaces epitélio–tecido conjuntivo e endotélio–tecido conjuntivo. FO: São escassas na gengiva, porém numerosas no ligamento periodontal, onde seu trajeto é sobretudo paralelo ao longo eixo do dente. A função dessas fibras ainda é desconhecida. FE: No tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento periodontal são encontradas apenas em associação com vasos sanguíneos. Todavia, a lâmina própria e a submucosa da mucosa alveolar (de revestimento) contêm numerosas fibras elásticas. FC: Predominam no tecido conjuntivo gengival e são os componentes mais essenciais do periodonto. Reforçam a gengiva e fornecem a resiliência e o tônus necessários para a manutenção de sua forma arquitetônica e integridade da união dentogengival. FC são divididas de acordo com sua inserção e a trajetória que seguem no tecido em seguintes grupos: (1) fibras circulares (2) fibras dentogengivais (3) fibras dentoperiósteas (4) fibras transversais. FC: localizados na gengiva livre e que circundam o dente como se fossem umanel ou uma bainha FDG: Projetam a partir do cemento, em forma de leque, para o tecido gengival livre das superfícies vestibular, lingual e interproximal FDP: Estão integradas na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem a trajetória em sentido apical sobre a crista óssea vestibular e lingual, para terminarem no tecido da gengiva inserida. FT: Vistas à direita do desenho, estendem-se entre o cemento supra-alveolar de dentes vizinhos. As fibras transeptais seguem um trajeto retilíneo através do septo interdental e estão inseridas no cemento de dentes adjacentes. Anotações extras: ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________
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