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Contagem UFC

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CONTAGEM DE MICRORGANISMOS EM PLACA 
Existem diversas técnicas que ajudam na quantificação do crescimento de 
microrganismos. Alguns desses métodos laboratoriais trabalham para 
determinar o número exato de células presentes, enquanto outros atuam 
diretamente na análise de toda a massa total de uma população. Ou seja, é 
preciso definir seu objetivo para determinar qual a melhor técnica laboratorial a 
ser utilizada. 
Como a população de bactérias costuma ser muito grande, é muito comum que 
se utilizem pequenas amostras desses grupos bacterianos para realizar uma 
contagem — que pode ser feita com métodos diretos ou indiretos. Porém, na 
maioria dos casos, a quantificação da população bacteriana é feita levando em 
conta o número de células presentes em 1 ml do meio líquido ou de 1 grama de 
matéria sólida. 
A contagem de microrganismos em placas de petri é um dos métodos mais 
utilizados em laboratórios, e ajuda a determinar o verdadeiro tamanho de uma 
população de bactérias. A principal vantagem de utilizar essa técnica está na 
possibilidade de quantificar a exata quantidade de células vivas presentes. 
Por outro lado, a contagem de microrganismos em placas apresenta a 
desvantagem do tempo de incubação, já que são necessárias 24 horas para que 
as colônias visíveis apareçam de maneira clara nas placas utilizadas. Esse 
período é considerado relativamente longo, impedindo que a técnica seja 
utilizada em áreas que demandam maior agilidade — como controle de 
qualidade de alimentos, que muitas vezes não podem esperar tanto por tipo de 
análise. 
É muito comum que a contagem de microrganismos em placa considere que 
cada colônia tem sua origem de crescimento e desenvolvimento em uma 
bactéria, porém, nem sempre isso é uma verdade, já que geralmente as 
bactérias tendem a crescer em cadeias ou em grumos. Por isso, a contagem em 
placas acaba sendo realizada nas unidades formadoras de colônias, também 
conhecidas como UFC. 
Alguns cuidados devem ser considerados na hora de realizar a contagem de 
microrganismos em placas. Um passo essencial é garantir que apenas um 
número extremamente limitado de colônias possa crescer e se desenvolver em 
cada placa utilizada. O excesso de colônias em uma placa pode causar 
saturação, o que impede que outras colônias cresçam e se desenvolvam da 
http://www.prolab.com.br/produtos/materiais-de-plastico/placa-de-petri-descartavel
melhor maneira possível. Como consequência, a contagem dos microrganismos 
acaba dificultada, o que pode prejudicar os resultados. 
Ao optar pela contagem de microrganismos em placas, portanto, é importante 
que se utilize um método de diluição seriada. Dessa forma, é possível garantir 
que a quantidade de colônias que vão crescer na placa permanecerá exatamente 
na faixa desejada. 
PREPARAÇÃO DAS DILUIÇÕES SERIADAS 
Para a preparação das diluições seriadas é necessário já ter a cultura pura. 
Com a alça calibrada vou transferir a colônia para um meio de cultivo líquido 
(se a amostra estiver em meio de cultivo sólido). A diluição começa sempre de 
um meio de cultivo líquido. Sempre antes de cada repasse agitar bem o líquido 
a fim de obter amostra homogênea. 
1) Coletar 0,1ml do meio líquido e diluir em 9,9ml de líquido de diluição 
(1:100) 
2) Após a homogeneização da primeira diluição, coletar dessa nova 
amostra 0,1ml e diluir em novo líquido com volume de 9,9ml (1:10.000) 
3) Nova diluição é feita com 0,1ml de amostra em 9,9ml (1:1.000.000) 
4) Após a realização das diluições, coletar 1ml da amostra e proceder com 
o plaqueamento para cada uma das diluições. 
 
Após as diluições decimais seriadas da amostra esta é inoculada, usualmente, 
pela técnica de “pour plate” ou “spread plate” / disseminação com alça de 
Drigalsky, em meios de cultura apropriados. Após o período de incubação em 
condições de temperatura e atmosfera adequadas faz-se a contagem do número 
de colônias. Ë preciso, no entanto, tomar determinadas medidas para evitar 
interpretações errôneas, tais como período em que é colhida a amostra, 
transporte apropriado, tempo transcorrido entre a coleta e a análise, dentre 
outros. Nesse método é conveniente preparar as amostras no mais curto 
intervalo de tempo para evitar a multiplicação dos microrganismos. Por ser este 
método o mais empregado na rotina é o que demonstraremos na prática. 
 
 
 
CONTAGEM DAS UNIDADES FORMADORAS DE COLONIA 
As colônias são contadas manualmente ou eletronicamente e o resultado médio 
de cada diluição é registrado e multiplicado pelo fator da diluição, que é a 
recíproca da diluição. As placas adequadas para contagem devem ter entre 30 
a 300 colônias. Exemplo, 100 colônias na diluição 1/100, o resultado é 10.000 
UFC/ml ou grama da amostra. 
Usualmente o resultado final é registrado em UFC que significa unidades 
formadoras de colônias isto porque em algumas situações não é uma única 
célula que dá origem a uma colônia, mas um agregado de células. 
As vantagens da contagem padrão em placa são: 
1. Somente células viáveis são contadas; 
2. Permite o isolamento das colônias, que podem ser sub-cultivadas em 
culturas puras, as quais podem ser facilmente estudadas e 
identificadas. 
 
No entanto, algumas desvantagens são apresentadas: 
1. Não existe um meio que permita o crescimento de todos os 
microrganismos; 
2. É necessária a incubação apropriada para permitir o desenvolvimento 
das colônias; 
3. Usa-se muita vidraria e é relativamente trabalhoso; 
4. A necessidade de muita manipulação pode originar erros nas 
contagens devido a erros de diluição e/ou plaqueamento.

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