Imunidade passiva natural

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A forma como os anticorpos maternos são transferidos para os
filhotes é determinada pela estrutura da placenta. 
Placenta epiteliocorial: (equídeos, suídeos, lêmures) A passagem
de imunoglobulinas é totalmente bloqueada;
Placenta sindesmocorial: (ruminantes domésticos e silvestres) A
passagem de imunoglobulinas é totalmente bloqueada;
Placenta endoteliocorial: (canídeos, felídeos, elefantes) Há
passagem de 5% a 10% de imunoglobulinas pela placenta
Placenta hemocorial (primatas) e hemoendotelial (roedores,
lagomorfos): Permite a livre passagem de Imunoglobulinas G da
mãe para o feto
Animais que não recebem imunoglobulinas via transplacentária são
totalmente dependentes das imunoglobulinas recebidas via colostro.
O colostro contém as secreções acumuladas na glândula
mamária das últimas semanas de gestação, com destaque
para proteínas transferidas a partir da corrente sanguínea da
mãe;
A IgG e IgA são as principais imunoglobulinas presentes no
colostro dos animais domésticos;
A predominância de IgG ou IgA varia de acordo com a
espécie;
IgM e IgE podem estar presentes em menores
concentrações;
Além de imunoglobulinas, estão presentes no colostro
citocinas que promovem o desenvolvimento do sistema
imune do animal.
Ação dos FcRnAção dos FcRn
As Ig colostrais se ligam aos FcRn presentes nos enterócitos;
Após ligadas são captadas e internalizadas pelos enterócitos;
As Ig colostrais internalizadas são transferidas para os
capilares intestinais;
E por fim, alcançam a circulação sanguínea do neonato.
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Absorção do ColostroAbsorção do Colostro
A duração da permeabilidade intestinal às Ig varia de acordo
com as espécies domésticas;
Em geral, a permeabilidade é máxima do nascimento até 6
horas de vida, diminuindo em seguida pela substituição dos
enterócitos que possuem os FcRn;
Após 24 horas, ocorre o “fechamento” e a absorção das Ig cai
a níveis muito baixos;
O pico de IgG no sangue dos animais que mamaram o
colostro nas primeiras horas acontece entre 12 e 24h.
As Ig transferidas pelo colostro da mãe representam o seu histórico
de doenças, exposição aos antígenos vacinais e respostas imunes. Os
anticorpos maternos possuem função de:
Proteger os filhotes de agentes infecciosos e intoxicações;
Contribuir para o desenvolvimento e modulação do sistema
imune dos filhotes, aumentando ou diminuindo a resposta
imune contra determinados antígenos;
Parecem influenciar no desenvolvimento das alergias.