Buscar

Clínica de Grandes Animais I (UAM)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Clínica de Grandes Animais I 
Profa. Renata e Profa. Nicole 
6° semestre – Anhembi Morumbi 
Ruminantes: Semiologia, Profilaxia, Neonatologia, Sistemas Respiratório, Circulatório, Tegumentar. 
Equinos: Semiologia, Profilaxia, Neonatologia, Sistemas Cardiovascular, Respiratório e Tegumentar. 
 
Semiologia 
Palpação 
Consistência Dura, Mole ou Firme 
Conteúdo Pastoso, crepitante ou flutuante 
Temperatura Quente ou fria 
 
Percussão 
Sons Claro, Timpânico ou Maciço 
 
Auscultação 
Cardíaca Bulhas 
Respiratória Laringo traqueal propagado ou Murmúrio Vesicular 
Intestinasi Borborigmos, descarga cecal ou robmento (ruminantes) 
 
Odores 
Normal, inodoro, fétido ou azedo 
 
 
 
 
 
 
 
RUMINANTES 
Fluidoterapia 
Apatia – NaHCO3 (Bicarbonato) 
Hiporexia – Glicose 5% 
Ringer Lactato - sempre 
 
CÁLCULO 
Ringer Lactato: PV (kg) x volume (mL/olhar tabela)=VT 
NaHCO3 (Apatia): PV (kg) x BD (10) x 0.5= x litro 
Glicose (Hiporexia): VT x 0,5= x ml 
TOTAL: x VT (Ringer) – (NaHCO3+Glicose)= TOTAL 
 
 
 
Profilaxia – VACINAÇÃO 
 
Febre Aftosa 
 Até 24 meses – SEMESTRAL (Maio e Novembro) 
Demais idades – Anual (Maio) 
 
Brucelose 
SÓ EM FÊMEAS (porque o componente (Brucela) tem tropismo por testosterona e isso 
inflamaria o testículo do macho.) – DOSE ÚNICA dos 3-8 meses (desmama) 
 
IBR, BUD, PID, BRSV, Leptospira 
 Primovacinação – 2ª dose após três semanas 
Acima de 6 meses – Anual (Setembro) 
 
Clostridiose 
Primovacinação – 2ª dose após 4-6 semanas 
A partir de 2 meses – Semestral (Abril e Setembro) 
 
Raiva 
Primovacinação – 2ª dose após 4 semanas 
A partir de 3 meses – Anual (Maio) 
 
Profilaxia – VERMIFUGAÇÃO 
Bezerras leiteiras: Vermifugar com 30 dias e repetir a cada 90 d até 1 ano. 
Vermifugar vacas prenhes 30-60 d antes do parto. 
 
NEONATOLOGIA 
Neonatos tem até 28 dias de idade. 
 
Cura do umbigo 
 Submergir em iodo 5 a 7% BID até a queda do umbigo (aproximadamente 3-5 dias) 
 
Colostro 
Ingestão em até 6-8 horas após o nascimento, fornecer 10-15% do PV. 
Se não houver ingestão de colostro, o animal pode adquirir Falha na transferência de 
imunidade passiva (FTIP). 
 
AFECÇÕES NEONATAIS 
Falha na transferência de imunidade passiva (FTIP) 
Causada por falha na produção de colostro (em mastites), na ingestão (rejeição materna), na 
absorção (ingestão tardia/stress) ou no manejo. 
Diagnostico: Dosar iG (-600mg/dL = falha) e proteína total sérica (-5,0 g/dL = falha) 
Tratamento: Soro hiperimune, fornecimento de colostro, soro ou plasma, se necessário 
transfusão sanguínea. 
Prevenção: Fornecer colostro o quanto antes, sintetizar anticorpos, ter banco de colostro. 
 
Asfixia Neonatal (Precoce)* 
Imediata após o parto, causada por distocia. 
Sinais clínicos: Ausência ou diminuição de reflexos, taquipneia, taquicardia, mucosas cianóticas 
(falta de ar no geral). 
Diagnostico: Avaliar se há distocia (diferencia da tardia), medir pH/equilíbrio acido básico e por 
hemogasometria. 
Tratamento: Cuidados iniciais com RN, oxigenação, corrigir acidose (bicarbonato) e Doxapram 
(estimulante respiratório). 
 
Asfixia Neonatal (Tardia)* 
Ocorre 1 hora após o parto por imaturidade pulmonar e deficiência de surfactante, muito 
comum em prematuros. 
Sintomas: Nasce sadio e horas depois começa a apresentar taquipneia, respiração de boca 
aberta, sibilos pulmonares, espuma saindo pelas narinas, língua inchada pra fora da boca. 
Diagnostico: Avaliar se é prematuro (diferencia da precoce), medir pH, fazer hemogasometria, 
avaliar se pelos estão curtos e finos e se dentes incisivos estão recobertos. 
Tratamento: Oxigenação, correção da acidose (bicarbonato), glicocorticoides (para estimular 
produção de surfactante). 
 
Onfalites 
Onfaloflebite: Inflamação das veias umbilicais (espessamento cranial sentido fígado) 
Onfaloarterite: Inflamação de artérias umbilicais (espessamento caudal sentido bexiga) 
Uraquite: Inflamação no úraco (gotejamento de urina) 
Panvasculite: Inflamação de todas as estruturas (espessamento de todas as 
estruturas+gotejamento de urina) 
Diagnóstico das onfalites: RX, US, palpação. 
Tratamento: Em caso agudo, é cirúrgico e são feitas drenagem de abcessos, em caso crônico é 
feita limpeza, drenagem de abcesso e antibióticos. 
 
Diarreias 
Infecciosas: Há hipersecreção por estimulo de endotoxinas de E. Coli (1-3 dias de diarreia 
amarelada, fraqueza) ou Salmonella(11 dias de diarreia com estrias de sangue e febre severa) 
ou Redução da absorção e reabsorção por atrofia das vilosidades por motivos como 
Criptosporodiose, eimeriose, rotavírus, coronavirus (4-11 dias de diarreia com muco, febre, 
anorexia). 
Tratamento: Probióticos, AINE (Influxin), carvão ativado, protetor intestinal (Caulim), 
antitérmico (Dipirona), antibióticos (Enrofloxacina) e se for por protozoário, vermífugo 
(Ivermectina). 
 Não infecciosas: Falhas no manejo, como leite estragado ou por falha na formação de goteira 
esofágica, incapacidade de ingestão de proteínas vegetais, problemas na transição colostro-
comida solida ou por verminoses (fezes enegrecidas). 
Tratamento: Alteração de manejo+Fluido para desidratação. 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
Anamnese: É preciso ter controle do rebanho (peso, rendimento, idade, profilaxia, condições 
sanitárias, manejo, etc). 
Exame f ísico: Na inspeção e palpação, analisar se há edemas no peito (comum em peq. 
Ruminante), ganacha, barbela e membros, se há ascite, veias dilatadas, posição antálgica, 
anasarca (edema generalizado), pulso de jugular, se há mucosas cianóticas ou ictéricas, TPC, 
garrote+aumento de volume inferior=refluxo, pulso arterial. Auscultação feita “embaixo da 
axila” (Lado esquerdo Pulmonar 3º EIC, Aórtica 4º EIC, Mitral 5º EIC, Lado direito Tricúspede 
3º EIC) avaliar FC, ritmo cardíaco, bulhas, ruídos anormais. Percussão feita entre 2º EIC até 
6º EIC, som maciço ou submaciço. Palpação e percussão dolorosa indicam anormalidade. 
 
 
 PARÂMETROS: 
Bovinos 60-80 BPM 
Ovinos 70-80 BPM 
Caprinos 70-90 BPM 
 
DOENÇAS 
1) Tristeza Parasitária Bovina 
Hemoparasitose causada por um grupo de protozoários associados à bactérias (Babesia bovis 
ou Babesia bigemina + Anaplasma Marginale) transmitidos pelo carrapato Riphicephalus 
Microplus. A Babesia provoca anemia hemolítica (intravascular) e a Anaplasma causa anemia 
autoimune hemolítica (extravascular). Comum na fase de desmame por imunossupressão. 
Sinais clínicos: Os sinais que envolvem a Anaplasma incluem anemia, febre de ate 41C°, 
fraqueza, anorexia, desidratação, urina amarelo escura, dispneia, andar cambaleante e 
vagaroso, mucosas pálidas/ictéricas (sinais da anemia autoimune). Os sinais que envolvem a 
Babesia Bigemina, envolvem hemoglobinemia+hemoglobinúria e hiperbilirrubinúria+icterícia 
porque esta faz multiplicação intracelular nos eritrócitos, explodindo e provocando a anemia 
hemolítica. Os sinais que envolvem a Babesia Bovis (que também explode os eritrócitos, mas 
causa estatase/fluxo estagnado), envolvem lesões nervosas e até a morte/anemia hemolítica. 
EM RESUMO: O animal pode ter anemia intra e extravascular, febre, alterações nervosas, 
icterícia, andar cambaleante, etc. 
Diagnóstico: Sinais clínicos+Histórico (avaliar se tem ou teve carrapatos), esfregaço 
sanguíneo para observar parasitas nas hemácias. O hemograma indicará anemia 
regenerativa, hematócritos baixos, leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda. O 
bioquímico indicará hiperbilirrubinemia. 
Tratamento: Tetraciclina (para anaplasma), Diaminazine Aceturato OU Dipropionato de 
Imidocarb (para Babesia), tratamento suporte (antitérmico p febre, transfusão sanguínea em 
caso de anemia severa). 
Prevenção: Controle de ectoparasitas, contato do animal com o parasita mantenso o 
controle. 
 
2) Reticulo Pericardite Traumática 
Complicação proveniente da ingestãode corpos estranhos pontiagudos. Causa problemas 
cardíacos porque o reticulo fica ao lado do coração. Se perfurar caudalmente/ventralmente, 
causa reticuloperitonite e se perfurar cranialmente, causa reticulopericardite/reticulite 
(fibrina encapsula objeto). 
Sinais clínicos: Anorexia, dor, evita locomoção, febre, percussão dolorosa, muita sensibilidade 
na prova da cernelha, não desce em prova da rampa (porque mantém corpo ereto/erguido 
para evitar compressão), edema de peito, edema de gamacha, pulso jugular, prova de garrote 
positivo, taquicardia, abafamento de bulha, macicez cárdica, posição antálgica. 
Diagnóstico: Provas e sinais clínicos. 
Tratamento: Estabilizar paciente com tratamento suporte (antibioticoterapia com Penicilina, 
hidratação) e ruminotomia para retirada de corpo estranho. Prognóstico de reservado à ruim. 
Prevenção: Eliminação de fontes de CE e ingestão de imã enjaulado. 
 
(Conteúdo P2) 
Sistema Respiratório 
O stress térmico mostra o animal com boca aberta e diminui o metabolismo basal pra tentar 
manter temperatura boa, consequentemente o animal, desconfortável, deixa de se alimentar 
causando perda progressiva de peso levando à uma imunossupressão, o que aumenta as 
chances do animal contrair bactérias e afins. 
Anamnese: Histórico desempenho produtivo, condições sanitárias, sistema de criação, início 
dos sintomas e progressão, verificar presença de tosse ou ruídos respiratórios, corrimento 
nasal, falta de movimentos respiratórios ou febre. 
Exame físico: Na inspeção, observar o animal em estação e movimentos respiratórios como 
dispneia, amplitude torácica e ortopneia (respiração deitado). Em palpação, analisa reflexo 
de tosse + frêmito (ruído “palpável”), aumento de volume. Em percussão, som maciço é 
indicativo de secreções, realizar nos seios e no tórax bilateralmente. A auscultação feita é 
pulmonar e laringotraqueal (FR 15-35mpm), alguns sinais com base na auscultação: 
Estridor traqueal (assobio ao inspirar): Líquido ou muco, indica edema pulmonar. 
Crepitação grossa: Líquido nos brônquios, indica broncopneumonia, bronquites, edema 
pulmonar. 
Crepitação fina: Indica descolamento das pequenas vias aéreas, preenchidos por líquido, ou 
edema pulmonar, pneumonia, DPOC. 
Ronco: Secreções viscosas aderidas à parede de brônquios e traqueias, indica 
broncopneumonia, laringite ou laringotraqueíte. 
Sibilo: Estreitamento de vias aéreas, indica estenose, bronquite, alergias. 
Roce pleural: Pleuras visceral e parietal roçando, indica pleurite. 
 
DOENÇAS 
1) Oestrose 
Doença parasitária que ocorre na primavera até o outono(sazonal), onde a mosca deposita 
os ovos nas fossas nasais do animal (comum em ovinos) que aspira os ovos, que vão até os 
seios paranasais, realizado três estágios larvais que duram de 20 a 30 dias. 
Sinais clínicos: Espirros (quando o animal espirra para fora, iniciam ciclo exógeno, 
diagnosticas a sinusite por percussão maciça nos seios), agitação (tentativa de tirar o 
incomodo), secreção nasal mucopurulenta, head tilt/coçam e escondem focinho na terra, 
lacrimejamento, sinusite causada porque as larvas usam espículas para se aderirem à 
mucosa, o que causa inflamação), dispneia, transtornos nervosos e locomotores (pois as 
larvas podem se “aprofundar” no animal). 
Diagnóstico: Buscar larvas com uma pinça ou através de endoscopia. 
Tratamento: Ivermectina (Subcutâneo), tratamento tópico, limpeza na narina. Se houver 
complicações, como pneumonia, antibioticoterapia e AINEs. 
Prevenção: Ivermectina no final no verão e no final do inverno. 
 
2) Broncopneumonias 
Causada por fatores como bactérias, vírus, parasitas ou substâncias irritantes. Se manifesta 
no momento da queda da imunidade. Pode ser dividida em Pneumonia Enzoótica dos 
Bezerros ou Febre do Transporte. 
Pneumonia Enzoótica dos Bezerros: Acomete bezerros de raças leiteiras, relacionado à 
problemas nas instalações. Fatores de risco envolvem a asfixia neonatal, FTIP, estresse, 
amônia do ambiente (por falta de higiene, sem troca de cama), o que leva à queda da 
imunidade além de favorecer multiplicação viral e bacteriana. 
Febre dos transportes: Acomete bezerros de corte, com susceptibilidade aos desmamados 
(6-8 meses). Animal sofre estresse pela mudança da alimentação e pelo transporte. Os 
sintomas geralmente surgem após 4 semanas do transporte. Esse deslocamento pode 
promover acidose pela troca de dieta, quadros de desidratação, corticosteroides endógenos 
que promoverão queda na imunidade e favorecerão a multiplicação bacteriana. 
Agentes: As bactérias podem ser Mannheimia (Pasteurella) haemolytica, Pasteurella 
multocida, Histophiis somni. Os vírus podem ser Vírus sincicial respiratório bovino, Vírus tipo 
3 da parainfluenza bovina, Vírus da diarreia viral bovina, Herpesvirus bovino tipo 1, Maedi-
visma (em pequenos ruminantes). 
Sinais clínicos: Apatia, anorexia/hiporexia, corrimento nasal e ocular, tosse, narinas dilatadas, 
boca aberta, alterações na auscultação como sibilos e crepitação, postura ortopneica, 
respiração costoabdominal, mucosas cianóticas. 
Diagnóstico: SWAB nasal+citologia+cultura e antibiograma, lavado 
traqueal+citologia+cultura e antibiograma, hemograma, broncoscopia+lavado 
bronquioalveolar+citologia, US, sorologia. 
Tratamento: Antibioticoterapia (Ceftiofur, enrofloxacina, Amoxicilina, Ampicilina), AINE’s 
(Flunexim), broncodilatador/mucolítico (Cloridrato de Broxemina) e terapia de suporte 
(fluido, oxigenioterapia). 
 
3) Pneumonia Verminótica 
Causada por Dictyocaulus viviparus. Animal ingere as larvas no pasto, que atingem os 
linfonodos mesentéricos, e se desenvolvem até o 4º estagio larval e migram para o pulmão, 
onde atingem maturidade e fazem ovipostura. Os parasitas e as larvas sobem para a traquéia, 
chegando na epiglote e ao passar para o esôfago, ganham o sistema digestório, então, ovos 
podem ser eliminados nas fezes. 
Diagnóstico: Coproparasitológico com método de Baermann ou achado em necrópsia. 
Tratamento: Antiparasitário (Benzimidazol, Livamisol ou Ivermectina), antibióticos 
(Ampicilina), AINEs (Flunexim), broncodilatador (Cloridrato de Broxemina), fluido e 
oxigenioterapia. 
 
 
 
 
CONTEÚDO N2 
(Respiratório P2+Profilaxia de Ruminantes+Tegumentar) 
Sistema Tegumentar 
Existem três pontos importantes para os cuidados com a pele dos bovinos: 
Bem estar do animal, limitações de mercado e sanidade para os humanos (zoonoses). 
 
DERMATOFILOSE: Afecção de origem bacteriana 
TRICOFITOSE/DERMATOFITOSE: Afecção de origem fúngica 
ECTIMA: Afecção de origem viral 
 
ECTO PARASITAS 
1) Car rapatos ( Ixodidiose): Boophilus microplus, agride o couro do animal, causa Anaplasma e 
Babesia (Tristeza Parasitária Bovina), anemia, afeta o bem estar e estética. Acomete bovinos. 
2) Mosca do Chifre/Mosca de Estábulo: Haematobia Irritans, a picada machuca e incomoda, provoca 
stress, o animal come menos, causando emagrecimento progressivo, diminuição de produção e 
lesões na pele (o que diminui a qualidade do couro). A mosca vive em altas temperaturas e 
umidade, então tem alta incidência no verão. Acomete bovinos. 
3) Piolhos (Pediculose): Haematopinus tuberlatus em bubalinos e Lignonathus spp ou Bovicula spp 
em pequenos ruminantes. Se alojam nas partes quentes do corpo do animal, causando prurido, 
coceiras em pescoço, peito, atrás da orelha, causando emagrecimento, queda de rendimento, 
escoriações, e lacerações de tnto se coçar com a ponta do casco e cercas. A transmissão pode ser 
direta ou indireta (por contato com animal infectado ou em utensílios como cabresto. Acomete 
búfalos e pequenos ruminantes. 
4) Sar nas (Escabiose): Sarcoptes Scabiel bovis, causa prurido intenso, transmissão direta ou indireta. 
Acomete bovinos e ovinos. 
5) Miíase: Cochliomyia hominivorax, depende de uma lesão pré existente pra ocorrer, pois a mosca 
precisa de lesão aberta para depositar os ovos e depois vão passando pelas fases larvais comendoo tecido necrótico. Comum em períodos quentes e chuvosos, acomete bovinos. 
6) Ber ne: Dermatobia hominis, pousa no tecido intacto e deposita uma larva que causa grande dano 
no couro do animal. Acomete bovinos. 
 
Tr atamento: Todas essas afecções causadas por ectoparasitas são tratadas com INSETICIDA (Ciper metrina, 
Piretróide, Amitraz, Organofosforados e/ou Ivermectina). Podem ser aplicados em injeção, banho de 
aspersão, banheiras ou pour-on (no dorso). 
 
Papilomatose (Afecção VIRAL) 
Causada pelo Papiloma vírus e pode acometer qualquer lugar do corpo, inclus ive mucosas. Está 
diretamente relacionada ao sistema imune. Se apresenta como lesões verrucosas, secas e crostosas, 
facilmente destacáveis, etc. 
Tr atamento: Curativo, visando aumentar a imunidade do animal, pode ser pela retirada das verrugas 
passando iodo, queimando com nitrogênio (se for uma lesão que sangra muito), cauterização química com 
iodo ou remoção cirúrgica (ressecção) e em caso de lesões extensas, usar auto-vacina (vacina preparada 
através das próprias verrugas), aplicar em cada animal 5 ml da vacina em via subcutânea, repetindo 6 
aplicações com intervalo de 5 dias, auto-hemoterapia (tira o sangue da jugular e aplica na musculatura), 
Clorobutanol (anestésico c propriedade antibacteriana e antifúngica). 
 
Ectima Contagioso (Afecção VIRAL) 
Causada pelo Parapoxvirus, auto-limitante (só acomete pequenos ruminantes com IMUNIDADE BAIXA), 
ocorre principalmente em face e boca, mas também pode acontecer em focinho, úbere e casco. A lesão 
forma uma vesícula, estoura e libera um líquido, depois seca e forma uma crosta. Pode ter transmissão 
direta ou indireta (mas só há transmissão na hora que a vesícula estoura). Se a fêmea tem a lesão e der 
cria, as crias são separadas pra evitar transmissão. 
Tratamento: Limpeza das feridas com Violeta Genciana, solução de permanganato de potássio a 3% ou 
solução de iodo a 10% + Glicerina. 
 
Fotossensibilização (Dermatite Solar) 
Causa queimaduras na pele do animal em todo corpo, causada pela sensibilidade do animal à luz por causa 
de agentes fotodinâmicos que provocam lesões na pele, principalmente em partes brancas. Pode ser 
congênita (mais raro, o animal nasce com deficiência de uma enzima), primária (que é causada pela 
ingestão desse agente fotodinâmico, como plantas Erva de São João/Hipercinia, Trigo 
Sarraceno/Fagopirina, Cicuta Negra/Forocumarina ou por medicamentos como Fenotiazina, Tetraciclinas 
e Sulfas ou até corantes como Acridino) ou secundária/hepatógena (causada pela ingestão da brachiaria, 
que é metabolizada e forma filoeritrina, que em caso de fígado lesionado, haverá inflamação das vias 
biliares e esta será acumulada no sangue e na pele, gerando a fotossensibilidade. Se o fígado estiver normal, 
mas houver a presença do fungo Phitomyces chartarum na brachiaria, este produz uma micotoxina 
chamada esporidesmina, que causa a lesão hepática e desencadeia o mesmo mecanismo anterior). 
Diagnóstico : Ao observar as lesões, avaliar onde o animal fica, se é em meio a luz solar e brachiaria, coletar 
pastagens e analisar se há presença de fungos (levando em conta que também pode ser causada pelo 
simples excesso do consumo da brachiaria com fígado sensibilizado). 
Tr atamento: Retirar o animal da exposição solar e restringir a brachiaria, limpeza das feridas com iodo e 
bucha/gaze para estimular o tecido, aplicação de pomadas anti-inflamatórias e antissépticas, compostos a 
base de facilitadores de metabolismo hepático como glicose, metionina, complexo B, compostos a base de 
zinco (óxido de zinco 20-28mg/kg). 
Pr ofilaxia: Sulfato de Zinco (0,35g/ZN/L) na água, pois zinco auxilia na regeneração da pele. 
 
Tricofitose/ Dermatofitose (Afecção FÚNGICA) 
Fungo Trichophyton, transmissão direta ou indireta. Auto-limitante, ou seja, só afeta animais com 
imunidade baixa. Lesão seca, circular e com crosta, sempre expandindo. Incidência aumenta no verão pela 
umidade e calor. Acomete rosto, dorso. 
Diagnóstico : É necessário diferenciar lesão fúngica de bacteriana, destacando o pelo do animal, na 
bacteriana o pelo sai em forma de pincel, na fúngica, a lesão é seca e circular. 
Tr atamento: Local, com antisséptico a base de iodo (iodine, povidine, blocid) diariamente. 
 
 
 
EQUINOS 
Profilaxia - Vacinação 
Raiva 
Primovacinação com 5 meses 
Vacinação anual (semestral em regiões com alta incidência) 
 
Tétano 
Primovacinação com 5 meses 
Vacinação anual 
 
Encefalomielite por Alfavirus 
Primovacinação com 5 meses 
Reforco com 6 meses 
Vacinação anual 
 
Influenza 
Primovacinação com 5 meses 
Reforço com 6 meses 
Semestral 
 
Herpes Virus Equino 
Primovacinação com 4 meses 
Reforço com 5 meses (em éguas prenhes no 5º, 7º e 9º mês) 
Semestral 
 
Tríplice: Encefalomielite+Influenza+Tétano – Raiva (5 meses) 
 
Profilaxia - Vermifugação 
Do primeiro mês até o desmame, todos os meses em potros. 
Em adultos: 
Nematodeos: Moxidectin (0,4mg/kg) a cada 90 dias ou Ivermectina (0,2mg/kg) a cada 60 dias. 
Cestodeos: Praziquantel (2,5 mg/kg) a cada 60 dias junto c Ivermectina ou Palmoato de 
Pirantel (6,6 mg/kg) a cada 6 meses. 
 
 
AFECÇÕES NEONATAIS/POTROS 
Sindrome de asfixia perinatal 
Falta de oxigenação que ocorre no terço final da gestação e nos primeiros 30 d pos parto. 
Sinais pré parto: Alteração placentária, anemia, hipoproteinemia, endotoxemia, distocias. 
Sinais pós parto: Obstruções das vias aéreas, pneumonia, anemia severa, hipoglicemia, lesões 
no SNC. 
Sinais clínicos: Dispneia, bradicardia, cianose, letargia, convulsões. 
Tratamento: Sintomático – Anticonvulsivantes, antibioticoterapia, fluido. 
 
Isoelitrolise Neonatal Equina 
Problema de compatibilidade sanguínea, anticorpos da mãe levados no colostro, destroem as 
hemácias do potro. 
Sinais: 2-24H após ingestão de colostro, fraqueza, depressão, diminuição do reflexo de sucção, 
cansaco, palidez de mucosa, icterícia, anemia, hipóxia anêmica, taquicardia. 
Diagnostico: Grave hemoglobinúria 
Tratamento: Tranfusao sanguínea, antibióticos se houver septicemia, controlar a ingestão de 
colostro, fluido. 
 
Septicemia 
Causada por falta ou falha de imunidade passiva no colostro. 
Sintomas: Apatia, letargia, diminuição das mamadas, decúbito, febre, taquicardia, taquipneia, 
desidratação, alterações pulmonares, diarreia. 
Tratamento: Antibioticoterapia (com Cefalosporina/Cefalexina), fluidoterapia, oxigenioterapia. 
 
CÓLICAS 
Dores abdominais por retenção de mecônio, uroperitonio, ulcera gastroduodenal, 
instussuscepção, verminose. 
 
Úlcera Gatroduodenal 
Comum em potros de 1-4 meses, causada por excesso de AINE ou stress. 
Sinais: Cólicas recorrentes que pioram após alimentação, diarreia recorrente, perda de apetite. 
Tratamento: Analgésico (Ibuprofeno (?)) pra alivio da dor, bicarbonato para 
alcalinizar/diminuir acidez, protetores de mucosa (Sucralfato (?)) 
 
Obstrução Intestinal com estrangulamento vascular 
Sinais: Dores intensas e persistentes não responsivas à analgésicos, atonia intestinal, refluxo, 
dilatação abdominal. 
Tratamento: Cirurgico (Enterotomia/Laparotomia exploratória) 
 
Rodococose 
Acomete potros de 1-4 meses de idade, causada pela bactéria Rodococcus. 
Sinais: Broncopneumonia, dispneia, febre, tosse, corrimento nasal mucopurulento, anorexia, 
abcessos subcutâneos, uveite/hipopio, osteomielite. 
Diagnostico: RX, US, lavado traqueal, fibrinogênio, leucocitose. 
Tratamento: Rifampicina+Eritromicina (atbs), fluido, amamentação. Plasma hiperimune pode 
servir de profilaxia em locais de infestação. 
 
 
AFECÇÕES COM TRATAMENTO PROFILÁTICO 
Tétano 
Sinais: Rigidez muscular, protusao de pálpebra, depressão respiratória grave. 
Tratamento: PROFILAXIA!!!!(Vacina com 5 meses + anual) 
 
Influenza GRIPE EQUINA 
PROFILAXIA 
 
HERPES VIRUS 
Causa aborto e afecções em trato respiratório 
PROFILAXIA 
 
RAIVA 
Furiosa: Animal ficaagitado 
Silenciosa: Animal não demonstra, ela progride e mata em 3-5 dias. 
Raiva Paralítica: Animal está sadio e começa a ficar anoréxico, começa a paralisia e progride 
ate a morte. 
PROFILAXIA 
 
NEONATOS 
Devem defecar mecônio em no máximo 1-2 horas após nascimento, quando não o faz, pode 
haver retenção de mecônio. 
Retenção de mecônio tem como sinais cólicas, esforço pra defecar (dorso arqueado), pode 
agravar para rolamento, decubido, olhar fixo ao flanco, polaquiuria, disetncao do abdomem, 
cauda erguida, mucosas congestas, aumento de TPC e demais sintomas de toxemia. 
Tratamento: ENEMA com óleo mineral e em ultimo caso cirurgia. 
 
CURA DO UMBIGO 
Fazer cauterização química logo quando nascer pra evitar onfalopatias e septicemias, imergir a 
iodo 3 a 10% + spray repelente e cicatrizante. 
 
Afecções umbilicais 
 
Persistência de Úraco 
Úraco é o canal que corre como vasos umbilicais e deve fechar assim que nasce. Quando não 
fecha, há persistência de uraco. 
Sintomas: Urina pelo umbigo 
Tratamento: Nitrato de prata (é um antisséptico, tratamento conservativo) e cirurgia de 
fechamento do uraco. 
 
Onfaloflebite 
Inflamação/Infecção das veias umbilicais por falta de cura ou falta de imunidade passiva. 
Sintomas: Cordão enegrecido, edemaciado, secreção purulenta, febre, diarreia, apatia, 
anorexia, corrimento nasal. 
Tratamento: Antibioticoterapia+antibiótico tópico (local), antisséptico e curativos. 
 
PARAMETROS DOS NEONATOS 
FC 60-80BPM 
FR 30-60MPM 
TC 38,5-39,5 
 
 
 
 
 
Sistema Cardiovascular 
Engloba o coração, sangue e vasos (artérias, veias e capilares). 
Pequena circulação: Coração -> Pulmão ; 
Grande circulação: Coração -> Organismo; 
1ª bulha: Valvas atrioventriculares (Mitral e tricúspede) 
2ª bulha: Valvas semilunares (Aórtica e pulmonar) 
Em grandes animais é fisiológico auscultar a 3ª bulha (é a pressão do sangue batendo na 
câmara cardíaca) e a 4ª bulha (que é o final da diástole) e há o bloqueio atrioventricular 
(pequena pausa). 
 
Anamnese do cardiopata: Analisar manejo e alimentação (anemia), instalações e vetores 
(carrapatos), presença de ectoparasitas, rotina do animal (pastagem, confinamento), 
vermifugação e vacinação, medicação, presença de sangramento. 
Exame físico de cardiopata: Mucosas (hiperêmicas com possíveis petéquias), edema com teste 
de godet (TPC em edema) positivo, presença exarcebada ou ausência de pulso, auscultação 
cardíaca (Pulmonar 3º EIC, Aórtica 4º EIC, Mitral 5º EIC lado esquerdo, Tricuspede 3º EIC lado 
direito), percussão maciça (por acumulo de liquido no pericárdio). 
Exames complementares do cardiopata: Hemograma, proteínas totais. 
 
DOENÇAS VASCULARES GENERALIZADAS 
1) Edema por confinamento 
Causada por confinamento em longos períodos, onde o animal fica sem ou com oferta de 
poucos movimentos. A falta de movimentação por muito tempo de pé, faz com que a 
circulação fique estagnada e forme edema. É doença de cavalo estabulado. 
Sinais clínicos: Edema (região distal dos membros) com teste de Godet (TPC de edema) 
positivo, frio, ausência de dor, edema que melhora com exercício. 
Tratamento: Alteração de manejo (soltar animal para que ele se exercite e o edema seja 
drenado), pomada fria (Mentol, Canfora, DMSO), duchas frias fazendo massagem. 
Prevenção: Uso de ligas de descanso de algodão. 
2) Púrpura Hemorrágica (Vasculite) 
Reação inflamatória que acomete rede dos vasos sanguíneos. Surge a partir de uma reação 
de hipersensibilidade que forma imunocomplexo antígeno e anticorpo, consequente de 
infecções previas (bacterianas ou virais), mais comum Streptococcus equi. 
Sinais clínicos: Edema quente ventral, petéquias na mucosa, dor, febre, apatia, 
taquicardia/taquipneia, hiporexia. 
Tratamento: Corticoides (Dexatametasona 0,05-0,2 mg/kg), antibioticoterapia, tratamento 
suporte. Se houver garrotilho, Penicilina. 
 
3) Babesiose Equina (Piroplasmose) 
Doença endêmica, causada por protozoários hemoparasitas intracelulares como a 
Babesia caballi e a Theileria equi (que faz transmissão intraplacentaria), que são 
transmitidos por vetores como carrapato Boophilus Microplus, Anocentor Nitens ou 
Amblyomma Cajennense. Esses protozoários parasitam a hemácia, multiplicando-se e 
estourando a hemácia, provicando uma hemólise intravascular e um quadro de anemia 
(regenerativa). 
Sinais clínicos: Podem ser assintomáticos ou pode haver queda de 
rendimento/prostração, edema nos membros anteriores, taquicardia, taquipneia, 
pressão alta, mucosas hipocoradas e sinais de anemia no geral (se houver anemia). 
Diagnóstico: Coletar sangue dos capilares pos exercício, realizar esfregaço sanguíneo, 
(buscando hemácias parasitadas), hemograma (buscando anemia regenerativa), provas 
sorológicas. 
Tratamento: Diprionato de Imidocarb (antimicrobiano) para diminuir parasitemia (IM, 2 
aplicações por 3 dias), associado com Mercepton (hepatoprotetor), 
Buscopan/Butilbrometo de Escopalamina (porque o mercepton pode provocar cólica 
espasmódica). Se necessário, tratamento suporte. 
 
DOENÇAS VASCULARES LOCALIZADAS 
 
1) Tromboflebite 
Formação de coágulo em uma veia associado a inflamação da parede venosa. 
Adquirida geralmente por processos iatrogênicos como cateterismo, venopunção 
repetida e aplicação de fármacos fora da veia. 
Sinais clínicos: Tumefação (inchaço) e dor à palpação, geralmente quente, edema 
local. 
Exame complementar: Ultrassom. 
Tratamento: No momento do erro de aplicação, manter o animal com cabeça 
levantada, compressa fria/gelada. Após, compressa quente, pomada 
antiinflamatoria ou descongestionante, enfermagem adequada (cateter bem 
colocado, assepsia, veias alternativas). 
 
 
 
 
Sistema Respiratório 
Vias aéreas superiores/anteriores: narinas, meatos nasais, septo nasal, conchas nasais (coanas), 
seios paranasais, nasofaringe, laringe e bolsas guturais (prolongamento do ouvido que so cavalos 
tem). 
Vias aéreas inferiores/posteriores: Traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e cavidade pleural. 
Anamnese: Queixa principal de tosse, espirros, secreção nas narinas, hiporexia, anorexia. Analisar 
ambiente em que o animal vive, se a ração oferecida é em pó (feno velho), local onde o animal 
é estabulado, calendário de vacinação, troca de maravalha (tirar cavalo da baia pra limpar), 
transporte recente (pode causar queda na imunidade pelo stress). 
Exame físico: Inspeção analisa presença de secreção, se há respiração pela boca (incomum, indica 
gravidade), observar respiração em exercício e em repouso, tipos de secreção (serosa: viral, 
purulenta: bacteriana, com estrias de sangue: processos hemorrágicos). Na palpação, estimular 
o reflexo de tosse, palpar linfonodos submandibulares e retrofaríngeos (alt de trato respiratório 
anterior costuma ter aumento de volume, temperatura e sensibilidade dolorosa nesses 
linfonodos). Na percussão, os seios paranasais devem ter som claro. Na auscultação ANTERIOR 
(laringotraqueal), som propagado e POSTERIOR murmúrio vesicular, pulmões e traqueia, o ruído 
normal se assemelha à dois papeis se esfregando. Se houver som abafado, longe, diminuição da 
auscultação, indica presença de liquido, se houver sibilo (se assemelha a um miado de gato), 
indica DPOC, espasmo brônquico, acumulo de secreção espessa. Crepitação grossa indica 
aumento de liquido nos brônquios e crepitação fina indica edema ou pneumonia. 
 
DOENÇAS 
 
1) Sinusite 
Acúmulo de exsudato nas cavidades sinusais, por inflamação nos seios paranasais, 
geralmente de origem secundária à inflamações dentarias, mas também pode ser de origem 
primária, provinda de afecções virais, fúngicas ou bacterianas. 
Sinais clínicos: Descarga nasal UNILATERAL, perda de rendimento, dispneia, pode ocorrer 
febre, hiporexia/anorexia, auscultação com som maciço, pode ocorrer em casos mais graves 
uma assimetria facial. 
Diagnóstico: Em sinusite secundária, por radiografia e em sinusite primaria, porendoscopia. 
Tratamento: Antibioticoterapia (Sulfa+Trimetropim), AINEs (Cetoprofeno), lavagens locais via 
sonda ou endoscópio e em casos mais graves, cirurgia. 
 
2) Garrotilho / Adenite Equina 
Doença de potros e animais jovens até 3 ou 4 anos. É uma enfermidade bacteriana contagiosa 
de vias aéreas anteriores. Causada por Streptococcus equi, gerando inflamação 
mucopurulenta. A contaminação ocorre pelo contato direto com secreção de animais oentes 
(direta ou indireta). 
Sinais clínicos: Descarga nasal unilateral ou bilateral mucopurulenta, aumento de linfonodos 
com sensibilidade dolorosa, tosse, febre, depressão, disfagia. 
Diagnóstico: SWAB nasal ou dos linfonodos, realizando a cultura das secreções. 
Tratamento: Antibioticoterapia (Penicilina), AINE (Cetoprofeno), se houver febre, dipirona, se 
houver abscedação dos linfonodos, curativos locais. 
 
3) Gripe Equina 
Causa viral, podendo ser Herpes Virus equi (Tipo I e IV) que é comum em potros ate 1 ano e 
associado a abortamentos ou Influenza, comum em animais de 2 a 3 anos. Contaminação 
direta, pelo contato com o vírus, gerando rinite, traqueíte e faringite. 
Sinais clínicos: Presenca de secreção serosa ou mucoide, tosse com reflexo de tosse positivo, 
epífora (perda ou alteração da drenagem das lágrimas), ceratoconjuntivite, mialgia (dores 
musculares), apatia, febre, perda de rendimento. 
Tratamento: Sintomático. AINE (para mialgia), inibir stress, antitérmico para febre, manter 
hidratação e nutrição. 
Prevenção: Vacinação a cada 6 meses em adultos, aos 4 meses em potros (reforço no 5º mês) 
e em éguas gestantes (5º, 7º e 9º mês). 
 
4) Pneumonia Bacteriana Equina 
Processo bacteriano grave em vias aéreas posteriores acompanhado de fatores de estresse 
como esforço físico, patologia primária que interfira na imunidade do animal, viagens, 
superlotação, etc. Pode ser por bactérias Streptococcus zooepidemicus, staphylococcus 
aureus, Escherichia coli, Pasteurella, Klebsiella, Bordetella. 
Sinais clínicos: Auscultação pulmonar com som crepitante/estertorante, corrimento nasal, 
dispneia, taquipneia, tosse, hiporexia, perda de peso, intolerância ao exercício. 
Diagnóstico: Hemograma, lavado traqueal. 
Tratamento: Antibioticoterapia (Gnetamicina ou Sulfa+Trimetropim ou Ceftiofur), AINE, 
broncodilatador (Clembutarol), fluidoterapia, repouso. 
5) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC 
Causada por bronquite ou bronquiolite alérgica, gerando reação de hipersensibilidade, assim 
causando obstrução das vias aeras devido à contração da musculatura lisa e acumulo de 
secreções. A maior incidência dessa doença é em cavalos adultos de 8 a 10 anos em regime 
de confinamento. 
Sinais clínicos: Auscultação pulmonar com presença de sibilos, tosse associada ao exercício e 
alimentação, dispneia com esforço respiratório, intolerância ao exercício e reflexo de tosse 
positivo. 
Diagnóstico: Endoscopia com presença de secreção mucopurulenta excessiva na traqueia e 
lavado broncoalveolar aspirado, no qual há material positivo para inflamação. 
Tratamento: Mudanças no manejo (mudar regime de confinamento), reduzir agentes 
irritantes através de limpeza nas baias, diminuição da poeira, molhar o feno. Administrar 
broncodilatadores (Clombutarol), corticoide (Prednisolona) nas crises e inalação 
(mucolíticos-acetilcisteína). 
 
6) MORMO 
Zoonose bacteriana (Burbholdelia Mallei) contagiosa de forma crônica entre equinos, 
podendo ser assintomático. A transmissão e feita por contato direto com secreção nasal. 
Sinais clínicos: Ulceras em mucosas, nódulos e úlceras no trato respiratório e pele, corrimento 
nasal mucopurulento, tosse, dispneia, emagrecimento progressivo, febre, apatia, anorexia. 
Diagnóstico: Cultura bacteriana, ELISA. 
Tratamento: Contra indicado. 
Prevenção: Isolamento de áreas com incidência, eutanásia em animais positivos, incineração 
de carcaças, limpeza das instalações com hipoclorito de sódio. 
 
 
Sistema Tegumentar 
O exame clinico da pele é constituído em: 
1) Identificação (espécie, raça, sexo, idade, utilidade, pigmentação de pele, procedência) 
2) Histórico/Anamnese (queixa principal, antecedentes, início do quadro, evolução, 
instalações, manejo alimentar, contactantes) 
3) Exame físico (Inspeção analisa distribuição, configuração, topografia, profundidade, 
morfologia e Palpação analisa sensibilidade, volume, espessura, elasticidade, 
temperatura, consistência e umidade) 
4) Exames complementares) (Raspado de pele, exame direto e citológico, citologia 
aspirativa, biópsia, histopatológico). 
 
As enfermidades da pele de equinos podem ser por problemas granumatulosos, nodulares, 
pruriginosos, alopécicos ou não pruriginosos e alopecicos. 
 
Problemas Granumatulosos 
 
Tecido de Granulação Exuberante 
Analisar histórico de feridas prévias, geralmente profundas, acomete membros e regiões distais. 
Sinais clínicos: Volume exarcebado, sem irritação local, ausência de prurido e dor, não cicatriza. 
Tratamento: Diminuição de tecidos granumatulosos, adequada cicatrização, cauterização 
química ou cirúrgica, formol ou pomadas a base de corticoides. 
 
Habronemose (Ferida do verão) 
Ferida exuberante que não cicatriza e se desenvolve no verão, causada por vermes nematoides 
(Habronema muscae, Habronema micróstoma, Habronema megastoma), onde moscas 
depositam larvas nas feridas, o parasita atinge as camadas da pele, gerando uma reação de 
hipersensibilidade. Acomete canto do olho, conjuntiva, processo uretral, membros, prepúcio, 
ventre ou ferida aberta. É uma doença sazonal (primavera/verão). 
Diagnóstico: Biópsia (exame de eleição), presença de formas larvais, infiltrado eosinofílico 
intenso. 
Tratamento: Predinisolona 1 mg/kg/dia de 7 a 10 dias (para hipersensibilidade), Ivermectina 0,2 
mg/kg a cada 10 a 14 dias em 3 a 5 aplicações (para controle de parasitas intestinais), redução 
das lesões granumatulosas com excisão cirúrgica se necessário, controle de moscas no ambiente. 
 
Sarcóide 
Tumor que afeta pele dos cavalos (não maligno). Lesões podem aparecer espontaneamente ou 
após ferida prévia, granumatulosa progressiva e é recorrente. Comum em animais com mais de 
4 anos em cabeça, orelha e membros. 
Sinais clínicos: Feridas com aspecto plano, verrucoso, fibroblástico ou misto. 
Diagnóstico: Biópsia com proliferação fibroblástica na derme, hiperplasia epidérmica. 
Tratamento: Excisão cirúrgica, criocirurgia e imunoterapia(infiltração com BCG intralesional ou 
ao redor da lesão). 
 
Problemas Nodulares 
 
Papilomatose 
Causada pelo Papiloma Vírus, comum em animais jovens (menos de 3 anos), transmitida por 
contágio direto. Auto-limitante (afeta animais com baixa imunidade/estressados), acometendo 
geralmente focinho, genitália e membros, causando múltiplos nódulos com aspecto verrucosos. 
Diagnóstico: Biópsia com proliferação epitelial sem proliferação de tecido conjuntivo. 
Tratamento: Remoção cirúrgica, cauterização química, auto-vacina/auto-hemoterapia, e em 
região de orelha usar glicerina iodada. 
 
Melanomas (Neoplasias Benignas) 
Neoplasia comum em animais tordilhos e velhos, frequente em raças como árabe, Lusitano, 
Percheron. Acomete região do períneo e cauda e o trauma desses nódulos libera um líquido 
enegrecido. 
Sinais clínicos: Lesões nodulares pequenas e firmes com possível liberação de líquido escuro no 
trauma do nódulo. 
Tratamento: Cimetidina (2,5mg/kg/TID por 3 meses), dieta pastosa (quando o animal tiver 
dificuldade de defecar), exerese (manobra CIRÚRGICA pra retirada do nódulo), auto-vacinas. 
 
Dermatite por picada de insetos e carrapatos 
Ocorre por picada de Culicóides (mosquito); Tabanus (mosca do cavalo); Amblyomma cajennense 
(carrapato); Haematóbia irritans (mosca do chifre); Vespas e abelhas, formando feridas e áreas 
com alopecia. Comum em épocas quentes. 
Sinais clínicos: Animal apresenta pápulas (caroços pequenos, elevados e moles) em todo corpo,com prurido recorrente (hipersensibilidade tipo I ou IV), podendo formar feridas e áreas com 
alopecia. 
Tratamento: Dexatametasona (corticoide para hipersensibilidade), manejo para controle de 
insetos (baias teladas e repelentes, inseticidas). 
 
Problemas Pruriginosos e Alopecicos 
 
Sarna (Acaríase) 
Ocorre em animais mal cuidados e desnutridos. Lesões crostosas e com descamação, podendo 
apresentar prurido, alopecia e pápulas. 
Diagnóstico: Raspado de pele buscando ácaros ou ovos. 
Tratamento: Ivermectina (0,2 mg/kg/BID/TID em intervalos de 14 dias), remoção das crostas, 
banhos antissépticos e banhos organofosforados. 
 
Dermatofitose 
Causada por Microsporum equinum, M. gypseum, etc (fungos), auto-limitante, contaminação 
direta ou indireta, comum em animais desnutridos, mal cuidados ou superpopulações. 
Sinais clínicos: lesões alopécicas, circulares e pápulas, pelo não é facilmente removido 
Diagnóstico: Raspado de pele+cultura fúngica, teste do pincel pode auxiliar. 
Tratamento: Shampoo antisséptico e antifúngico, soluções a base de iodo fraco, terapias tópicas 
(cetoconazol), manejo dos utensílios. 
 
Dermatofilose (Queimadura de chuva) 
Causada por bactéria gram + Dermatophilus congulensis, ficando latente na pele até obter 
condições de proliferação, se desenvolvendo com umidade crônica (exposição constante à chuva) 
e ferimentos prévios, por isso é comum em equinos que vivem soltos. 
Sinais clínicos: Emaranhado de pelos (pincel), crostas úmidas em região de dorso e garupa. 
Diagnóstico: Raspado de pele coloração gram, auxílio teste do pincel. 
Tratamento: Higienização e remoção das crostas, banho antisséptico (peróxido de benzoíla), 
manejo (retirar animal da chuva p diminuir umidade).

Outros materiais