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DISTOCIAS PARTO- é um processo fisiológico, onde o feto e anexos fetais são expulsos do útero após uma ação conjunta. Nesse processo, acontece a dilatação da via de expulsão fetal- contrações uterinas e abdominais- enfim, o nascimento( que é desencadeado por um processo de maturação do feto). Começa o processo continuo do parto, que são divididos em 3 fases: 1° FASE- duração de 6 a 24hrs. Nessa fase ocorre a dilatação dos ligamentos pélvicos, cervix e da vulva. Inicia-se também as descargas vaginais, contrações uterinas e alinhamento do feto. Na mão são evidenciados lambeduras de partes do corpo, farejo repetitivo do solo e respiração irregular, diminuição da temperatura corpórea... 2° FASE- duração de 70 minutos ate 4 horas. É a fase onde a fêmea permanece em decúbito lateral para facilitar a expulsão do feto e a ruptura da membrana amniótica. Nesta fase as contrações uterinas tornam-se mais intensas e forma um conduto único entre a cervix e o útero. 3° FASE- dura em media 12horas e é caracterizada pelo desprendimento e expulsão da plascenta através das contrações uterinas. PARTO DISTÓCICO A distocia está relacionada a origem materna ou fetal e é caracterizada por dificuldade ou complicação de realizar o parto de maneira normal, necessitando de intervenção para que o feto possa nascer sem riscos eminentes. SINTOMATOLOGIA DE UM PARTO DISTÓCICO INCLUI: Contrações fortes e persistentes sem expulsão fetal; Contrações fracas, infreqüentes e improdutivas por mais de 2 ou 3 horas; Intervalo maior que 2 horas entre os fetos ou 4 horas após o inicio da 2 fase. Gestação prolongada, descarga vaginal purulenta e sinais de intoxicação. MATERNA E FETAL Distocias de origem materna- atonia uterina primaria que é a incapacidade do útero de fazer a contração respondendo aos estímulos endógenos e hormonais. inércia de útero ou atonia secundaria é a exaustão da musculatura provocada por uma distocia maternal ou fetal que impede a expulsão do feto. Podemos considerar também o estreitamento de vias fetais ósseas, torção uterina e prolapso uterino Distocias de origem fetal- parto gemelar, malformações, morte fetal, alterações de estática (posição) fetal SINAIS DO PARTO DISTOCICO Tamanho do bezerro, tempo de gestação, nascimento entre raças. Deve-se sempre avaliar se a primeira fase é prolongada ou progressiva. Outro sinal que gera preocupação é a persistência do esforço por mais de 30 minutos sem visualização do bezerro, sinal de cavalete com cauda levantada também é sinal de alerta. A identificação e intervenção precoce de uma distocia é melhor que um diagnostico muito atrasado, pois pode ocorrer a morte do bezerro, mãe ou ambos. Portanto todo caso de distocia tem que ser caracterizado como emergência mesmo possuindo risco maior de causar lesão na mãe. CORREÇÃO DAS DISTOCIAS FETAIS Dependendo do tipo de alteração apresentada, devera ser adotada medidas adequadas que podem ser: manobras obstétricas, cesariana ou fetotomia. As principais manobras para correção de distocias, são: RETROPULSÃO Consiste em empurrar o feto para dentro do útero para reposicionar corretamente o bezerro, respeitando sempre as contrações uterinas. EXTENSÃO Estender poções flexinadas, como membros, cabeça utilizando os baços do operador, gancos, cordas, tudo com cuidado e muito bem higienizado e lubrificado, aproveitando a mobilidade e direcionamento das articulações. ROTAÇÃO Girar o feto sobre seu eixo longitudinal para corrigir distocia de posição com extremo cuidado para não provocar torção uterina. VERSÃO Alterar a apresentação transversa ou verticodorsal ou ventral para apresentação longitudinal anterior ou posterior. TRAÇÃO Auxilia em alguns casos substituindo a força materna de expulsão do feto. DEVE SER FEITO COM CUIDADO E RESPEITANDO O TEMPO DE CONTRAÇÃO. FETOTOMIA Apenas em casos de fetos mortos e que não podem ser retirados por tração ou outra técnica. Consiste na fragmentação do feto com um instrumento chamado fetotomo, no interior do útero, retirando assim, as partes do feto. CUIDADOS NO PÓS PARTO Palpar para verificar se não há outro feto; Exame cuidadoso do genital para descartar presença de ferimentos; Lavagem uterina; Utilização de antibióticos e ocitocicos (se houver necessidade).
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