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Peticoes recursais aula 14

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PRÁTICA SIMULADA IV - CCJ0048
Semana Aula: 14
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ....  
                    
                            
 
                                  
      FELIPE DAS NEVES, representado por seu pai (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado...,  para fins do artigo 1.016, inciso IV, do CPC, inconformado com a decisão interlocutória de fls..., proferida pelo juiz de direito da ...., nos autos da MADADO DE SEGURANÇA,  movido em face do ESTADO X, pessoa jurídica de direito público, representado por seus procuradores, localizados (endereço completo),  contra ato praticado pela autoridade coatora DELEGADO DA DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA, tempestivamente, após o devido preparo, interpor recurso de:
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
requerendo a Vossa Excelência que se digne em recebê-lo e processá-lo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal, apresentando as razões, em anexo.
           Para cumprimento do artigo 1.017, inciso I do CPC, o recurso segue com cópia dos seguintes documentos:
                   - petição inicial;
                   - contestação;
                   - petição que ensejou a decisão agravada;
                   - da decisão agravada;
                   - certidão de intimação da decisão (ou outro documento oficial que comprove a tempestividade do recurso);
                  - procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
                - (demais peças facultativas que o agravante entender úteis, artigo 1.017, inciso III do CPC)
         
    Requer que o recurso seja recebido no efeito devolutivo e concedida a antecipação de tutela nos moldes do artigo 1.019, inciso I do NCPC, uma vez que a decisão interlocutória proferida pelo juízo a quo trará ao agravante lesão grave e de difícil reparação.  
 
                                  Espera deferimento.
                                     Local e data.
 
Advogado  
  OAB/UF n.º
RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
   
Agravante: Felipe das Neves, representado por seu pai (nome completo)
Agravado: Estado X
Ação: Mandado de Segurança
Processo n. ...
Egrégio Tribunal,
Não merece prosperar a decisão interlocutória proferida pelo juiz de Direito, pelas razões a seguir:
 
   
  EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
 O agravante é portador de grave deficiência mental. Diante da sua debilidade pretendeu adquirir um automóvel para ser dirigido por terceiro, a fim de facilitar sua locomoção, inclusive para tratamentos a que se submete semanalmente. Contudo, a autoridade coatora, Delegado da Delegacia Regional Tributária, negou-lhe o benefício que buscava usufruir, para não pagar ICMS e IPVA. O benefício está previsto na Lei WWW/00, a qual dispõe: "os portadores de deficiência poderão adquirir veículo automotivo com isenção integral de ICMS e IPVA, sendo os carros de produção nacional, com adaptação e características especiais indispensáveis ao uso exclusivo do adquirente portador de paraplegia, impossibilitado de usar os modelos comuns."
       Diante da negativa da autoridade coatora foi impetrado Mandado de Segurança, com pedido de liminar, para que o agravante obtivesse o benefício pretendido. Entretanto, o Juízo negou a liminar, referindo que não se vislumbra a presença de fumaça do bom direito em que se arrime o pleito liminar referido pelo agravante. O fundamento foi o de que a norma se aplica apenas aos portadores de deficiência física e não aos portadores de deficiência mental. Além disso, segundo a decisão, a norma pressupõe que o beneficiário da isenção esteja apto a dirigir, tanto que é concedido para contrabalançar as despesas na adaptação do carro. Trata-se, primeiramente, de opção legislativa que não cabe ao intérprete superar. Igualmente, não demonstrado qualquer perigo na demora da solução do caso - afirmou a decisão.
   
  RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA/ OU DE INVALIDAÇÃO DA DECISÃO
Esclarece o agravante que o veículo a ser adquirido por deficiente físico, ainda que seja para ser dirigido por terceiro, porque a sua deficiência o impede de dirigir, deve receber a benesse pretendida, qual seja, a de isenção do tributo estadual, sob pena de se dar tratamento manifestamente desigual a tais deficientes. 
A negativa de tal benefício e a aplicação da regra da forma sustentada pelo agravado implica tratamento diferenciado e mais gravoso a pessoa que apresenta deficiência incapacitante análoga à física. A isenção deve deferida com base com o que preceitua o art. 111, II, do CTN e art. 150, II, CRFB, in verbis: 
CTN, art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
II - outorga de isenção.
 Art. 150 [...]
II, CRFB: eliminação de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
 PEDIDO
Requer que o recurso seja conhecido e deferido pelo desembargador relator a antecipação da tutela recursal e ao final de provimento para reformar em definitivo a decisão interlocutória proferida pelo Juízo a quo no sentido de conceder a pretensão liminar constante no mandado de segurança, qual seja, o benefício de isenção do ICMS e IPVA.
 
     
                                   Espera deferimento.
                                        Local e data.
     Advogado 
        OAB/UF n.º

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