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Competência no Direito Processual Civil

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL ± MPU 
teoria e questões 
Aula 02 ± Prof. Ricardo Torques 
 
 
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Sumário 
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 2 
2 - Competência Interna .................................................................................................. 2 
2.1 - Introdução .......................................................................................................... 2 
2.2 ± Classificação da competência ................................................................................ 3 
2.3 - Critérios .............................................................................................................. 4 
2.4 - Justiças Cíveis ..................................................................................................... 7 
2.5 - Competência Territorial no NCPC .......................................................................... 10 
2.6 ± Método para Identificar o Juízo Competente .......................................................... 17 
2.7 - Modificação da Competência ................................................................................ 18 
2.8 - Incompetência ................................................................................................... 24 
2.9 - Conflito de Competência ..................................................................................... 27 
3 - Cooperação Nacional ................................................................................................ 28 
4 ± Questões ................................................................................................................ 29 
4.1 - Questões sem Comentários ................................................................................. 29 
4.2 - Gabarito ........................................................................................................... 40 
4.3 - Questões com Comentários ................................................................................. 40 
4.4 - Lista de Questões de Aula ................................................................................... 62 
5 - Destaques da Legislação ........................................................................................... 62 
6 - Súmulas e Jurisprudência Correlatos ........................................................................... 66 
7 - Resumo .................................................................................................................. 67 
8 - Considerações Finais ................................................................................................ 72 
 
 
 
 
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1 - Considerações Iniciais 
Na aula de hoje vamos estudar o assunto competência. Trata-se de uma matéria 
importante e rica em detalhes, por isso estude com calma. 
Veremos do art. 42 ao 69, do NCPC. Além disso, abordaremos a estrutura 
constitucional da matéria e vários aspectos doutrinários. 
Boa aula a todos! 
2 - Competência Interna 
2.1 - Introdução 
Vimos que a competência é a capacidade de exercer a jurisdição. 
A jurisdição, como parcela do Poder Estatal, é a capacidade genérica de dizer o 
direito de forma definitiva. A competência, por sua vez, retrata essa capacidade 
aplicada ao caso concreto. 
Ao passo que a jurisdição é um poder nacional para dizer o direito, a competência 
é o exercício dessa jurisdição no caso concreto. Assim, enquanto todos os 
magistrados possuem jurisdição, apenas um deles será competente para resolver 
determinado caso. 
Estudar a competência interna, portanto, é desvendar quem é o juiz 
concretamente competente. Portanto, a finalidade principal da competência é 
organizar o sistema judiciário brasileiro, atribuindo a diferentes juízes a 
jurisdição no caso concreto. 
Nesse contexto, prevê o art. 42, do NCPC: 
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua 
competência, RESSALVADO às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da 
lei. 
O NCPC não aborda a competência nos processos que não tratam de causas 
cíveis, excluindo, portanto, aos processos criminais. 
Além disso, dentro dos processos de natureza cível que seguem a distribuição de 
competência do NCPC, devemos excluir o processo do trabalho, que possui 
disciplina própria, e os casos que envolvem a arbitragem, equivalente 
jurisdicional que observa a disciplina da Lei nº 9.307/1996. 
No art. 43, temos a disciplina do momento em que é determinada a competência, 
ou seja, o exato momento em que a jurisdição brasileira deixa de ser genérica, 
para atribuir especificamente a competência a determinado magistrado. Esse 
momento é o do registro ou da distribuição da petição inicial. Ocorrido o registro 
ou a distribuição, temos a perpetuação da competência. 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da 
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito 
 
 
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Critério funcional 
No critério funcional são levados em consideração aspectos internos do processo, 
relacionando-se com as atribuições do magistrado na marcha processual. O 
critério funcional envolve a distinção entre: 
ª competência originária e recursal; 
ª competência de acordo com a fase do processo (cognição, cautelar ou execução); 
ª competência em razão de assunção de competência, instituto próprio do NCPC, que está 
previsto no art. 947; 
ª competência decorrente de arguição de inconstitucionalidade em controle difuso, 
disciplinada no NPCP, art. 948. 
2.4 - Justiças Cíveis 
A distribuição da competência no Brasil é efetuada a partir da Constituição, que 
atribui competência ao STF no art. 102, ao STJ no art. 105, à Justiça Federal 
�DUWV������H������H�jV�³MXVWLoDV�HVSHFLDLV´��HOeitoral, militar e trabalhista). 
Para nós interessa a distribuição de competência civil, razão pela qual não 
vamos aprofundar o estudo da competência penal e, consequentemente, da 
Justiça Militar. Feita essa premissa, vamos em frente! 
Justiça Eleitoral 
A Justiça Eleitoral tem as regras de competência estabelecida no art. 121 da CF, 
que atribui à lei complementar a responsabilidade para fixar a competência da 
Justiça Federal. Como essa lei não foi editada, é utilizado o Código Eleitoral, lei 
ordinária recepcionada como lei complementar. 
A definição da competência da Justiça Eleitoral é feita pela causa de pedir (os 
fundamentos de fato e de direito), abrangendo o que envolver o sufrágio 
(eleições, plebiscito e referendos) e questões político-partidárias. 
Justiça do Trabalho 
Novamente com base na causa de pedir, será da competência da Justiça do 
Trabalho os processos que envolverem as relações de trabalho, nos termos 
previstos no art. 114, da CF. 
Justiça Federal 
A competência da Justiça Federal é assentada em dois elementos da ação: em 
razão das partes no processo ou em razão da causa de pedir. 
O critério mais comum é o da parte, em vista do que estabelece o art. 109, I, da 
CF, segundo o qual é da competência da Justiça Federal processar e julgar ações 
que tenham como parte a União, autarquias federais (por exemplo, INSS, 
IBAMA) e empresas públicas federais (por exemplo, Caixa Econômica Federal e 
Correios). 
 
 
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É importante destacar que não compete à Justiça Federal o julgamento de ações 
de sociedades de economia mista federal, como é o caso do Banco do Brasil e da 
Petrobrás. 
Além disso, temos, no art. 109, da CF, quatro exceções que, embora a parte seja 
a União, autarquia federal ou empresa pública, o processo não será julgado 
perante a Justiça Federal. Essas mesmas hipóteses estão disciplinadas 
expressamente nos inc. I e II, do art. 45, do NCPC. 
 São eles: 
ª matéria trabalhista (por exemplo, reclamatória trabalhista contra a 
Caixa Econômica); 
ª matéria eleitoral (por exemplo, autuação irregular efetuada pelo 
Correios no bojo de processo eleitoral cível); 
ª falência e recuperação judicial; e 
ª acidente de trabalho típico, quando o INSS é parte. 
Contudo, a competência da Justiça Federal poderá ser definida pela causa de 
pedir, por exemplo, em ações fundadas na aplicação de tratados e de convenções 
internacionais. Aqui não interessa a parte que está presente na ação, mas a causa 
de pedir, conforme se extrai da leitura do inc. III, do art. 109, da CF: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou 
organismo internacional; 
Outro exemplo são as demandas que envolvem a disputa sobre direitos 
indígenas. Veja: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
Para finalizar o tópico, resta estudar os §§, do art. 45, do NCPC. 
Ocorre, na prática, a situação de muitos processos iniciarem perante o poder 
judiciário estadual e, em seu curso, ocorrer o ingresso de um ente público na 
demanda. Se houver intervenção da União, de autarquia ou de empresas públicas 
federais, o processo deverá ser remetido à Justiça Federal para avaliar se há, ou 
não, interesse da União. 
Por exemplo, no processo entre dois particulares, se a União tentar o ingresso 
relatando possuir interesse na causa, o magistrado da Justiça Comum deverá 
encaminhar o processo para o juiz federal para deliberar se há, ou não, 
competência. 
Se o magistrado federal entender que há competência do ente federal, esse ente 
se tornará parte interessada e o processo será conduzido perante a Justiça 
Federal. Se o magistrado federal entender que o processo não é da competência 
da Justiça Federal, determinará a exclusão do ente federal e fará a devolução dos 
autos para julgamento perante o poder judiciário comum. 
 
 
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Ao retornar o processo, o magistrado estadual não poderá suscitar o conflito de 
competência. 
Veja o dispositivo do NCPC: 
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo 
federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas 
e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou 
de terceiro interveniente, exceto as ações: 
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; 
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. 
§ 1o Os autos NÃO serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de 
competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. 
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da 
incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista 
interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. 
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente 
federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. 
Ainda, a simples intervenção da União, de entidade autárquica ou de empresa 
pública federal é o suficiente para a remessa dos Autos à Justiça Federal. É 
exatamente nesse sentido, a Súmula STJ 150, segundo a TXDO�³compete à Justiça 
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, 
no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas´. 
Os §§ 1º e 2º tratam dos pedidos cumulados. Quando houver mais de um pedido 
e um deles envolver matéria de competência de outro juízo, o processo será 
extinto em relação àqueles conteúdos que devem ser analisados da justiça 
comum, prosseguindo o processo tão somente em relação às partes cuja 
competência é estritamente da Justiça Federal. 
Com isso, encerramos o estudo das regras relativas à Justiça Federal. 
Justiça Comum 
A competência da justiça estadual é determinada por exclusão. Se não for da 
FRPSHWrQFLD� GDV� ³MXVWLoDV� HVSHFLDLV´� RX� GD� -XVWLoD� )HGHUDO�� VHUi� DWULEXtGD� DR�
poder judiciário comum estadual. 
Para encerrar, vamos tratar de um ponto específico que envolve a delegação de 
competência material. Isso acontece excepcionalmente e a competência será 
delegada à Justiça Comum dada a capilaridade desse órgão judicial. 
São duas as hipóteses de delegação: 
1ª hipótese: assunção da competência da Justiça Federal (art. 109, §3º, da CF) 
Nos foros onde não houver vara da Justiça Federal, os juízes estaduais serão competentes 
para julgar os processos relacionados a benefícios previdenciárias de segurados ali 
domiciliados, a ser ajuizada contra o INSS. 
Além disso, prevê o art. 103, §3º, da CF, que poderá ser editada uma lei federal para 
ampliar a competência da Justiça Estadual delegada da Federal desde que não haja vara 
federal na comarca. 
2ª hipótese: assunção da competência da Justiça do Trabalho (art. 112, da CF) 
 
 
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Nos casos em que não houver vara do trabalho no local de residência do trabalhador, será 
possível ajuizar a reclamatória perante o juiz estadual. Esse dispositivo, contudo, depende 
de lei para conferir aplicabilidade. 
Veja o dispositivo da CF: 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas 
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo 
Tribunal Regional do Trabalho. 
2.5 - Competência Territorial no NCPC 
O art. 46, do NCPC, afirma a regra clássica de distribuição de competência quando 
envolver questões de direito pessoal e de direito real fundada em bens móveis. 
A regra é a competência do foro do domicílio do réu. 
Veja: 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis 
será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde 
for encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no 
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta 
em qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no 
foro de qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou 
no do lugar onde for encontrado. 
Podemos esquematizar esse dispositivo de duas formas: ações fundadas em 
direito pessoal ou direito real sobre bens móveis em geral e execuções 
fiscais. 
 
 
 
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No art. 50, do NCPC, está fixo o foro do domicílio do representante ou do 
assistente para ações que o incapaz for réu. 
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu 
representante ou assistente. 
O art. 51, do NCPC, reproduz o que nós temos no art. 109, 
§§ 1º e 2º, da CF, a respeito da competência da Justiça 
Federal, ao determinar que: 
ª nas ações ajuizadas pela União, o foro competente será o domicílio do réu; e 
O réu deve ajuizar a demanda no foro que abrange o seu domicílio, ainda que não haja 
órgão da Justiça Federal naquela cidade. Por exemplo, se na localidade não houver órgão 
jurisdicional federal, a ação será proposta perante a Vara Federal que é responsável 
territorialmente por aquela localidade. 
ª nas ações ajuizadas contra a União, o jurisdicionado tem quatro possibilidades: 
a) foro do domicílio; 
b) no local do ato ou fato; 
c) no foro da situação da coisa; ou 
d) no Distrito Federal. 
Veja o dispositivo: 
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora 
a União. 
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de 
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de 
situação da coisa ou no Distrito Federal. 
O art. 52 é outra novidade no NCPC e aborda as ações que envolverem Estado 
da Federação ou o Distrito Federal. De acordo com dispositivo, é competente 
o foro do domicílio do réu nas ações em que o Estado ou o Distrito forem autores. 
Agora, quando o Estado ou Distrito Federal forem demandados, a competência 
será do foro do domicílio do autor, do foro de ocorrência do ato ou fato que 
originou a demanda, do foro da situação da coisa ou do foro da capital do 
respectivo ente federado. 
Veja: 
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor 
Estado ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou 
a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. 
Pergunta-se: 
Qual a distinção da regra de competências das ações propostas contra a 
União e contra o Estados e Distrito Federal? 
NENHUMA! São as mesmas regras! 
Assim... 
 
 
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No caso do incs. III a IV, temos algumas regras específicas, cuja leitura atenta 
se faz necessária: 
III - do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica 
contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação 
sem personalidade jurídica; 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o 
cumprimento; 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo 
estatuto; 
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por 
ato praticado em razão do ofício; 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido 
em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
Resumindo todo o art. 53, do NCPC, temos: 
 
 
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§ 4º SALVO decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de 
decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o 
caso, pelo juízo competente. 
O art. 65, por sua vez, estabelece a prorrogação da competência relativa: 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa SE o réu NÃO alegar a 
incompetência em preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas 
causas em que atuar. 
Confira uma questão: 
 
 (TRT23ªR/Juiz do Trabalho Substituto/2014) 
Analise as proposituras abaixo e responda: 
I) A Jurisdição é uma função do Estado, por meio da qual ele soluciona os conflitos de 
interesse de forma coercitiva, aplicando a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe 
são submetidos. 
II) A Jurisdição possui como características a substitutividade, a definitividade, 
imperatividade, inafastabilidade, a inércia e indelegabilidade. 
III) Reconhecida a incompetência absoluta, deve o juiz remeter os autos ao juízo 
competente, sendo nulos os atos decisórios praticados até então. Mesmo que a sentença 
transite em julgado, a incompetência absoluta ensejará o ajuizamento de ação rescisória. 
IV) A incompetência relativa deve ser arguida por meio de exceção de incompetência, no 
prazo da contestação, sob pena de preclusão, contudo o juiz poderá declará-la de ofício, 
caso haja prejuízo para quaisquer das partes. 
V) As ações possessórias em regra são consideradas reais imobiliárias e a competência para 
julgá-las é do foro de situação da coisa. 
a) Apenas a propositura IV é falsa. 
b) São verdadeiras apenas as assertivas I, II e V. 
c) São verdadeiras apenas as assertivas II, III e V. 
d) Apenas a propositura V é falsa. 
e) As assertivas I e IV são corretas. 
O item I está perfeito e retrata o conceito clássico de jurisdição. 
O item II também está correto, retratando características relevantes da 
jurisdição. Importante registrar que a imperatividade é considerada por alguns 
como característica, dado o poder de ser lei no caso concreto. 
O item III está incorreto à luz do NCPC, conforme consta do §4º, do art. 64, 
exceto no caso de decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os 
efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, 
se for o caso, pelo juízo competente. 
O item IV também está incorreto à luz do NCPC, pois a incompetência relativa 
deve ser arguida em preliminar de contestação. Além disso, não poderá ser 
declarada de ofício. 
 
 
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declinada, exceto se ele remeter a ação a um terceiro juiz. Esse terceiro poderá 
acolher a competência ou, se não concordar, deverá suscitar o conflito. 
Importante registrar que o julgamento do conflito de competência se dá pela 
autoridade judiciária superior aos dois ou mais juízes conflitantes e será sempre 
um tribunal. Veja alguns exemplos: 
ª se o conflito for entre dois Juízes do mesmo estado Æ competência do TJ 
ª se o conflito for entre dois Juízes Federais do mesmo TRF Æ competência do TRF 
ª se o conflito for entre juízes estaduais de Estados distintos Æ competência do STJ 
ª se o conflito for entre juízes federais de Estados distintos Æ competência do STJ 
ª se for conflito entre juiz estadual e juiz federal Æ competência do STJ 
3 - Cooperação Nacional 
Para finalizarmos o conteúdo teórico pertinente à aula de hoje, vamos estudar a 
questão relativa à cooperação nacional, estabelecida entre os arts. 67 e 69, do 
NCPC. 
Os órgãos jurisdicionais devem atuar em cooperação recíproca na condução da 
atividade jurisdicional, independentemente da instância ou se for da justiça 
estadual ou federal. É o queestabelece o art. 67: 
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em 
todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o 
dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores. 
Nesse contexto, podem ser praticados quaisquer atos processuais no exercício da 
cooperação, conforme prevê o art. 68. Já o art. 69 estabelece alguns exemplos 
de atos que podem ser praticados pela via da cooperação, sem a necessidade de 
maiores formalidades. Leia: 
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de 
QUALQUER ato processual. 
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de 
forma específica e pode ser executado como: 
I - auxílio direto; 
II - reunião ou apensamento de processos; 
III - prestação de informações; 
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes. 
§ 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código. 
§ 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no 
estabelecimento de procedimento para: 
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato; 
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; 
III - a efetivação de tutela provisória; 
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; 
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; 
 
 
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únicos herdeiros, residem na cidade de São Paulo, onde cursam 
universidades. Isael saiu do Brasil rumo à Espanha do Aeroporto 
Internacional do Rio de Janeiro. Neste caso, nos termos estabelecidos pelo 
Código de Processo Civil, a competência para processamento do inventário 
será o foro da 
a) comarca de São Paulo, onde residem os herdeiros do falecido. 
b) comarca do Rio de Janeiro, último local onde o falecido esteve no Brasil. 
c) comarca de Salvador, onde estão situados os bens imóveis do falecido. 
d) cidade de Salamanca, na Espanha, onde ocorreu o óbito. 
e) comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o 
domicílio do autor da herança. 
Questão 02 ± FCC - DPE/BA ± Defensor - 2016 
Sobre a competência, 
a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, 
no foro da situação da coisa. 
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, 
cujo juízo tem competência absoluta. 
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que 
alterem competência absoluta. 
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, 
incluindo as ações de recuperação judicial e falência. 
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção 
da União, o juízo federal suscitará conflito de competência se, 
posteriormente, esta for excluída do processo. 
Questão 03 ± CESPE/TCE-PR ± Auditor ± 2016 
A respeito da competência, assinale a opção correta. 
a) Declarada a incompetência, poderá ser conservado o efeito de decisão 
proferida por juiz absolutamente incompetente. 
b) Tendo o réu domicílio certo, a propositura de execução fiscal no foro da 
sua residência enseja a extinção do processo caso não seja emendada a 
inicial. 
c) Sendo demandado estado da Federação, a ação deverá ser proposta pelo 
réu, obrigatoriamente, no foro onde tiver ocorrido o ato que deu origem à 
demanda. 
d) Por ser matéria de ordem pública, sendo abusiva a cláusula de eleição de 
foro, a ineficácia pode ser alegada a qualquer momento antes da sentença. 
 
 
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e) A atuação do MP como custos legis impede a arguição de incompetência 
relativa do juízo. 
Questão 04 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao NCPC 
Günther, empresário alemão com domicílio em Teresina/PI, vem a falecer 
durante visita à Alemanha, deixando bens em território brasileiro. Nesse 
caso, à luz do disposto na Constituição e no Código de Processo Civil, a 
justiça brasileira: 
a) não é competente para conhecer de ações em que o espólio de Günther 
for réu, nem para processar o inventário de seus bens; 
b) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil, bem como para conhecer de ações em que o seu espólio for réu; 
c) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil e no exterior, mas não para conhecer de ações em que o seu espólio 
for réu; 
d) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil, mas não para processar o inventário de eventuais bens deixados 
no exterior e conhecer de ações em que o seu espólio for réu; 
e) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil e no exterior, bem como para conhecer de ações em que o seu 
espólio for réu. 
Questão 05 ± CESPE/TRE-RS ± AJAJ ± 2015 
Os órgãos do Poder Judiciário exercem a jurisdição, que é delimitada 
seguindo-se as regras de distribuição da competência previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro. Acerca desse assunto, assinale a opção 
correta. 
a) O réu deve, por meio de exceção, alegar a incompetência absoluta, sob 
pena de preclusão, momento em que se prorrogará a competência do foro. 
b) A incompetência absoluta, por não constituir matéria de ordem pública, 
não pode ser reconhecida pelo juiz de ofício, devendo a parte alegá-la na 
primeira oportunidade em que couber citá-la nos autos, sob pena de 
responder integralmente pelas custas. 
c) A doutrina classifica a jurisdição, quanto ao organismo que a exerce, como 
comum e especial. A jurisdição comum é exercida pela justiça estadual, 
enquanto a jurisdição especial é exercida pelas justiças federal, trabalhista, 
eleitoral e militar. 
d) A incompetência absoluta do juízo pode ser reconhecida de ofício, 
inclusive em embargos infringentes e em reexame necessário. 
e) Havendo conexão, o juiz pode ordenar a reunião de ações propostas 
separadamente, a fim de que sejam decididas simultaneamente. Correndo 
em separado as ações conexas perante juízes que têm a mesma 
 
 
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competência territorial, considera-se prevento aquele que promoveu a 
juntada da citação válida em primeiro lugar. 
Questão 06 ± CESPE/TRE-MT ± AJAJ ± 2015 ± adaptada ao 
NCPC 
Assinale a opção correta, no que se refere à competência no processo civil. 
a) A competência estabelecida por critérios em razão do valor e territorial 
podem ser prorrogados em razão da conexão, continência e inércia da parte. 
b) Havendo conexão entre demandas, se os diferentes juízos para os quais 
foram distribuídas as ações não tiverem a mesma competência territorial, a 
prevenção será daquele que primeiro realizou a citação válida do réu. 
c) Em se tratando de ação fundada em direito real sobre imóvel, a 
competência é relativa se o litígio recai sobre direito de vizinhança. 
d) Distribuídas ações a diferentes juízos, para a modificação da competência 
pela conexão, exige-se a demonstração de que entre as demandas há 
identidade do objeto e da causa de pedir. 
e) A declaração de incompetência absoluta importa em reconhecimento da 
invalidade de todos osatos até então praticados perante o juízo 
incompetente. 
Questão 07 ± FCC/TRE-PB ± AJAA ± 2015 
No tocante a competência interna prevista no Código de Processo Civil 
brasileiro, considere: 
I. Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado 
onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor. 
II. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados 
necessariamente no foro do autor. 
III. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por 
convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão 
do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações 
oriundas de direitos e obrigações. 
IV. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se 
pela conexão ou continência. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) II e IV. 
e) I e III. 
 
 
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Questão 08 ± FCC/TRE-AP ± AJAA ± 2015 
Considere as seguintes hipóteses: O Processo A e o Processo B possuem em 
comum o objeto. O Processo C e o Processo D possuem em comum a causa 
de pedir. Nestes casos, 
a) há continência entre os processos A e B e entre os processos C e D. 
b) há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D. 
c) há conexão entre os processos A e B e continência entre os processos C 
e D. 
d) há continência entre os processos A e B e conexão entre os processos C 
e D. 
e) não há continência e nem conexão entres os processos A e B, nem entre 
os processos C e D. 
Questão 09 ± FCC/TRE-AP ± Analista Judiciário ± Judiciária ± 
2015 
Considere a seguinte situação hipotética: Marcos, advogado recém formado, 
irá ajuizar duas ações. A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é 
fundada em direito real sobre bem móvel. Nestes casos, de acordo com o 
Código de Processo Civil brasileiro, em regra, 
a) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do autor e a ação B no foro 
do domicilio do réu. 
b) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do réu. 
c) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do réu e a ação B no foro do 
domicilio do autor. 
d) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do autor. 
e) em ambas as ações o autor poderá escolher entre o foro do domicílio do 
autor ou do domicílio do réu. 
Questão 10 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Juiz Leigo ± 2015 
ConsiderandoǦse as disposições do Código de Processo Civil vigente sobre a 
competência dos órgãos jurisdicionais, é correto afirmar que: 
a) a competência dos órgãos judiciários é estabelecida no momento em que 
a ação é contestada. 
b) as ações fundadas em direitos reais sobre bens móveis serão propostas, 
em regra, no foro do domicílio do autor. 
c) nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente 
de veículos, será competente o foro do domicílio do réu. 
d) a autoridade judiciária brasileira é competente para proceder a inventário 
e partilha de bens situados no Brasil, mesmo que o inventariado seja 
estrangeiro e tenha residido em outro país. 
 
 
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Questão 11 ± CESGRANRIO/LIQUIGÁS ± Professor Júnior ± 
Direito ± 2015 
Sr. X promove ação de cobrança de determinado crédito em face de Sra. Z. 
Sra. Z é domiciliada em Bebedouro-SP. Sr. X é domiciliado em Sorocaba-SP. 
A ação é proposta em Presidente Prudente-SP. A ré não apresenta exceção 
de competência. 
Nesse caso, ocorrerá a denominada 
a) prorrogação de competência 
b) eleição de competência 
c) convenção de competência 
d) negação de competência 
e) declaração de competência 
Questão 12 ± FGV/TJ-RO ± Técnico Judiciário ± 2015 
No curso de um processo, em que o genitor pede em face da genitora a 
guarda unilateral de seu filho, o juízo identificou que ali já tramitava outro 
feito referente ao mesmo pedido, embora formulado pela avó materna em 
face da genitora. 
Em razão dessa circunstância, deverá o juiz: 
a) determinar o prosseguimento de ambos os processos, sem reuni-los, uma 
vez que as partes não coincidem; 
b) determinar a reunião de ambos os feitos para julgamento em conjunto, 
por força da conexão entre as causas e da necessidade de se afastar o risco 
de prolação de decisões conflitantes; 
c) extinguir o segundo processo distribuído, porque já está sendo discutida 
a guarda do menor em outro feito; 
d) extinguir o segundo processo, porque configurada a hipótese de 
litispendência; 
e) determinar a reunião de ambos os feitos para julgamento em conjunto, 
dada a identidade do polo passivo, embora não ocorra a conexão. 
Questão 13 ± FUNCAB/Faceli ± Procurador ± 2015 ± adaptada 
ao NCPC 
São condições para o provimento final ou legítimo exercício do direito de 
ação: 
a) capacidade de fato, interesse de agir e forma prescrita ou não defesa em 
lei. 
b) possibilidade jurídica do pedido, existência de direito material e interesse 
de agir. 
 
 
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c) legitimação para a causa, resistência à direito subjetivo e interesse de 
agir. 
d) violação de direito, interesse de agir e legitimidade das partes. 
e) interesse de agir e legitimidade para a causa. 
Questão 14 ± FCC/TJ-AL ± Juiz Substituto ± 2015 
A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser 
declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de 
domicílio do réu. 
Esta norma refere-se à competência 
a) em razão da pessoa. 
b) funcional. 
c) absoluta. 
d) relativa. 
e) em razão da matéria. 
Questão 15 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 ± adaptada ao NCPC 
Sobre a incompetência relativa, observando o CPC, é correto afirmar: 
a) Pode ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdição. 
b) Será decidida por decisão terminativa. 
c) Será arguida por meio de exceção. 
d) Será decidida por sentença definitiva. 
Questão 16 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 
Quanto à competência absoluta, assinale a opção correta: 
a) Pode ser alterada apenas até a contestação. 
b) Pode ser prorrogada por convenção das partes. 
c) Pode ser prorrogada pelo juiz. 
d) Não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das partes e do 
órgão jurisdicional. 
Questão 17 ± FCC/TCM-RJ ± Auditor ± Substituto de 
Conselheiro ± 2015 
A respeito da competência, considere 
I. A incompetência absoluta deve ser arguida no âmbito de exceção de 
incompetência. 
 
 
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II. Declarada a incompetência absoluta, todos os atos do processo são 
declarados nulos, por afrontarem expressa disposição de lei. 
III. Declarada a incompetência absoluta, o processo é extinto sem resolução 
de mérito, por ausência de condições da ação. 
IV. Duas ou mais ações são conexas quando comum o objeto ou a causa de 
pedir. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) IV. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I e III. 
Questão 18 ± FCC/TCE-CE ± Analista de Controle Externo ± 
Atividade Jurídica ± 2015 
As ações fundadasem direito real sobre bens 
a) móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, tratando-
se de competência relativa. 
b) móveis serão propostas, em regra, no foro da situação da coisa, tratando-
se de competência absoluta. 
c) imóveis serão propostas sempre no foro da situação da coisa, tratando-
se de competência relativa. 
d) móveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se 
de competência absoluta. 
e) imóveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se 
de competência absoluta. 
Questão 19 ± VUNESP/MPE-SP ± Analista de Promotoria ± 
2015 ± Adaptada ao NCPC 
Havendo modificação de competência no curso de um processo, em razão 
de incompetência absoluta, os atos processuais já praticados 
a) são ineficazes, devendo a ação prosseguir com nova citação. 
b) são anuláveis. 
c) estão automaticamente invalidados. 
d) podem ser ratificados pelo juízo competente. 
e) terão seus efeitos conservados, salvo decisão judicial em sentido 
contrário. 
Questão 20 ± FCC/TJ-RR ± Juiz Substituto ± 2015 
 
 
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Quanto à competência, 
a) se reconhecida a incompetência absoluta, o processo será extinto, sem 
resolução do mérito. 
b) sua estabilidade se dá com a propositura da ação. 
c) da decisão que reconhecer a incompetência relativa, não cabe recurso, 
por ausência de gravame às partes. 
d) como regra geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de 
direito ocorridas posteriormente à determinação da competência. 
e) as ações fundadas em direito real sobre móveis devem ser propostas em 
regra no foro da situação da coisa, no momento da propositura. 
Questão 21 ± FCC/TER-RR ± Analista Judiciário ± Área 
Judiciária ± 2015 
No tocante à competência territorial, considere: 
I. Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será 
proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, 
a ação será proposta obrigatoriamente no foro do réu. 
II. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para 
o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de 
última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, exceto se o óbito 
tenha ocorrido no estrangeiro. 
III. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente 
de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato. 
IV. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro 
da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio 
ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, 
servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) I e II. 
c) I, II e III. 
d) III e IV. 
e) II, III e IV. 
Questão 22 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registro ± 2015 
A respeito de competência, marque a alternativa INCORRETA: 
a) A competência territorial é, em regra, relativa. 
 
 
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b) A incompetência territorial deve ser arguida, segundo a norma legal, pela 
via da exceção de incompetência, ajuizada em peça apartada da 
contestação, autuada em apenso. 
c) Reconhecida a incompetência absoluta, remetem-se os autos ao juiz 
competente, reputando-se nulos todos os atos praticados, inclusive os 
decisórios. 
d) A incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo magistrado ex officio. 
Questão 23 ± FCC/TCM-GO ± Auditor Conselheiro Substituto ± 
2015 
Quanto à competência, é correto afirmar: 
a) As mudanças de domicílio do réu, depois de ajuizada a demanda, não 
alteram a competência, já estabilizada com a propositura da ação. 
b) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado 
no foro de seu último domicílio. 
c) A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre 
bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do autor. 
d) A competência é determinada no momento em que a ação é proposta; 
são, porém, relevantes, como regra geral, as modificações do estado de fato 
ou de direito ocorridas posteriormente. 
e) A ação intentada perante tribunal estrangeiro induz litispendência, 
obstando a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e 
das que lhe são conexas. 
Questão 24 ± FCC/TCM-GO ± Auditor Controle Externo ± 
Jurídica ± 2015 
No tocante à competência, 
a) ocorrendo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que saneou o feito em 
primeiro lugar. 
b) a conexão de causas é matéria de ordem privada, dependendo de 
requerimento da parte para ser conhecida pelo juiz. 
c) para a ação em que se pedem alimentos, é competente o foro do domicílio 
ou da residência do alimentante. 
d) quando decorrer da matéria e do território poderá modificar-se pela 
conexão ou continência. 
e) como regra normativa, nas ações de reparação do dano sofrido em razão 
de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do 
autor ou do local do fato. 
 
 
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Questão 25 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registros ± 2015 
Sobre a conexão entre ações, marque a alternativa correta: 
a) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem a mesma competência 
territorial, considera-se prevento aquele que teve o processo distribuído em 
primeiro lugar. 
b) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem competência territorial 
diversa, considera-se prevento aquele que tiver primeiro realizado a citação 
válida. 
c) Havendo conexão entre as ações o Juiz não pode ex officio ordenar a 
reunião das ações propostas em separado. 
d) Dá-se a conexão entre duas ou mais ações sempre que há identidade 
quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das outras. 
Questão 26 ± FGV/TJ-BA ± Técnico Judiciário ± Escrevente ± 
Área Judiciária ± 2015 
A incompetência territorial: 
a) pode ter natureza absoluta, quando fundada em critérios de ordem 
pública; 
b) deve ser alegada na primeira oportunidade, sob pena de preclusão; 
c) deve ser arguida pela parte que propôs a demanda; 
d) pode ser conhecida no curso do processo, em qualquer tempo ou grau de 
jurisdição; 
e) pode levar à extinção do processo sem resolução do mérito. 
Questão 27 ± FCC/TRT ± 6ª REGIÃO (PE) ± Juiz do Trabalho 
Substituto ± 2015 
José e Pedro celebraram contrato de compra e venda a prestação de um 
veículo. Tendo Pedro deixado de pagar as prestações, José moveu ação de 
cobrança e Pedro, ação de rescisão de contrato, por vício redibitório. Nesse 
caso, há, entre as ações propostas, 
a) coisa julgada. 
b) conexão. 
c) afinidade que não acarreta conexão, litispendência ou continência. 
d) litispendência. 
e) continência. 
 
 
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d) cidade de Salamanca, na Espanha, onde ocorreu o óbito. 
e) comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o 
domicílio do autor da herança. 
ComentáriosNos termos estabelecidos pelo Novo Código, a competência para processamento 
do inventário será o foro da comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, 
onde está situado o domicílio do autor da herança. 
Vejamos o art. 48, do NCPC. 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o 
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a 
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio 
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 02 ± FCC - DPE/BA ± Defensor - 2016 
Sobre a competência, 
a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, 
no foro da situação da coisa. 
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, 
cujo juízo tem competência absoluta. 
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que 
alterem competência absoluta. 
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, 
incluindo as ações de recuperação judicial e falência. 
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção 
da União, o juízo federal suscitará conflito de competência se, 
posteriormente, esta for excluída do processo. 
Comentários 
Questão que aborda o conhecimento da competência territorial interna, segundo 
a disciplina do NCPC. 
A alternativa A está incorreta, pois o art. 46, do NCPC, disciplina que, no caso 
GH�³ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu´��H�QmR�VREUH�R�IRUR�GD�VLWXDomR�
da coisa. 
 
 
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A alternativa B é a correta e gabarito da questão. Ela cobrou expressamente o 
§2º, do art. 47, do NCPC, que prevê competência do juízo da situação da coisa 
para a ação possessória. Lembrando que essa é uma hipótese excepcional no 
qual a competência territorial é absoluta. 
A alternativa C está incorreta. De fato, são irrelevantes as modificações do 
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente ao registro ou à distribuição 
da petição inicial, exceto no caso de competência absoluta, 
A alternativa D também está incorreta, pois as ações de recuperação judicial e 
falência constituem exceções à regra de remessa à Justiça Federal quando for 
parte a União, autarquias públicas e empresas públicas federais, do que se extrai 
do art. 45, do NCPC. 
A alternativa E está incorreta, pois o §3º, do art. 45, do NCPC, é expresso em 
sentido contrário ao prever que o juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual 
sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for 
excluído do processo. 
Questão 03 ± CESPE/TCE-PR ± Auditor ± 2016 
A respeito da competência, assinale a opção correta. 
a) Declarada a incompetência, poderá ser conservado o efeito de decisão 
proferida por juiz absolutamente incompetente. 
b) Tendo o réu domicílio certo, a propositura de execução fiscal no foro da 
sua residência enseja a extinção do processo caso não seja emendada a 
inicial. 
c) Sendo demandado estado da Federação, a ação deverá ser proposta pelo 
réu, obrigatoriamente, no foro onde tiver ocorrido o ato que deu origem à 
demanda. 
d) Por ser matéria de ordem pública, sendo abusiva a cláusula de eleição de 
foro, a ineficácia pode ser alegada a qualquer momento antes da sentença. 
e) A atuação do MP como custos legis impede a arguição de incompetência 
relativa do juízo. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme art. 64, §4º, 
do NCPC. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão 
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo 
juízo competente. 
A alternativa B está incorreta. Para o STJ, o réu não tem o direito de ser 
demandado no seu domicílio. Ademais, o art. 45, §3º, do NCPC, estabelece 
três possibilidades, de modo que não é caso de incompetência, como defende a 
assertiva. 
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou 
no do lugar onde for encontrado. 
 
 
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A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 52, do NCPC, a ação poderá 
ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que 
originou a demanda. 
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado 
ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que 
originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. 
A alternativa D está incorreta. A questão da abusividade da cláusula de eleição 
de foro não pode ser alegada a qualquer momento. Segundo o art. 63, §4º, do 
NCPC, citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro 
na contestação, sob pena de preclusão. 
A alternativa E está incorreta. A incompetência relativa pode ser alegada 
pelo Ministério Público nas causas em que atuar. Vejamos o art. 65, 
parágrafo único, do NCPC. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério 
Público nas causas em que atuar. 
Questão 04 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao NCPC 
Günther, empresário alemão com domicílio em Teresina/PI, vem a falecer 
durante visita à Alemanha, deixando bens em território brasileiro. Nesse 
caso, à luz do disposto na Constituição e no Código de Processo Civil, a 
justiça brasileira: 
a) não é competente para conhecer de ações em que o espólio de Günther 
for réu, nem para processar o inventário de seus bens; 
b) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil, bem como para conhecer de ações em que o seu espólio for réu; 
c) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil e no exterior, mas não para conhecer de ações em que o seu espólio 
for réu; 
d) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil, mas não para processar o inventário de eventuais bens deixados 
no exterior e conhecer de ações em que o seu espólio for réu; 
e) é competente para processar o inventário dos bens deixados por Günther 
no Brasil e no exterior, bem como para conhecer de ações em que o seu 
espólio for réu. 
Comentários 
Nesse caso, à luz do disposto na Constituição e no Novo Código de Processo Civil, 
a justiça brasileira é competente para processar o inventário dos bens deixados 
por Günther no Brasil, bem como para conhecer de ações em que o seu espólio 
for réu. 
Vejamos o art. 48, do NCPC: 
 
 
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Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o 
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimentode disposições de última vontade, a 
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio 
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 05 ± CESPE/TRE-RS ± AJAJ ± 2015 ± adaptada ao 
NCPC 
Os órgãos do Poder Judiciário exercem a jurisdição, que é delimitada 
seguindo-se as regras de distribuição da competência previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro. Acerca desse assunto, assinale a opção 
correta. 
a) O réu deve, por meio de exceção, alegar a incompetência absoluta, sob 
pena de preclusão, momento em que se prorrogará a competência do foro. 
b) A incompetência absoluta, por não constituir matéria de ordem pública, 
não pode ser reconhecida pelo juiz de ofício, devendo a parte alegá-la na 
primeira oportunidade em que couber citá-la nos autos, sob pena de 
responder integralmente pelas custas. 
c) A doutrina classifica a jurisdição, quanto ao organismo que a exerce, como 
comum e especial. A jurisdição comum é exercida pela justiça estadual, 
enquanto a jurisdição especial é exercida pelas justiças federal, trabalhista, 
eleitoral e militar. 
d) A incompetência absoluta do juízo pode ser reconhecida de ofício. 
e) Havendo conexão, o juiz pode ordenar a reunião de ações propostas 
separadamente, a fim de que sejam decididas simultaneamente. Correndo 
em separado as ações conexas perante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que promoveu a 
juntada da citação válida em primeiro lugar. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Somente a incompetência relativa poderá ser 
prorrogada. Ademais, não custa destacar que se fala mais no NCPC em arguição 
de exceção no caso de incompetência, que deve ser oposta como preliminar de 
contestação na forma do art. 337, do NCPC. 
A alternativa B está incorreta. A competência absoluta é uma regra criada 
para atender ao interesse público. Dessa maneira pode ser reconhecida pelo 
juiz de ofício, conforme art. 64, §1º, do NCPC. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e 
deve ser declarada de ofício. 
 
 
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A alternativa C está incorreta. A doutrina classifica a jurisdição, quanto ao 
organismo que a exerce, como comum e especial. A jurisdição comum é 
exercida pela justiça federal em conjunto com a estadual, ao passo que a 
jurisdição especial é exercida pelas justiças eleitoral, trabalhista e 
militar. 
A alternativa D está correta, conforme art. 64, §1º, do NPC, mencionado acima. 
A alternativa E está incorreta. O NCPC prevê uma única regra determinante da 
prevenção, o registro ou distribuição judicial, com base no art. 59, do NCPC. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
Questão 06 ± CESPE/TRE-MT ± AJAJ ± 2015 ± adaptada ao 
NCPC 
Assinale a opção correta, no que se refere à competência no processo civil. 
a) A competência estabelecida por critérios em razão do valor e territorial 
podem ser prorrogados em razão da conexão, continência e inércia da parte. 
b) Havendo conexão entre demandas, se os diferentes juízos para os quais 
foram distribuídas as ações não tiverem a mesma competência territorial, a 
prevenção será daquele que primeiro realizou a citação válida do réu. 
c) Em se tratando de ação fundada em direito real sobre imóvel, a 
competência é relativa se o litígio recai sobre direito de vizinhança. 
d) Distribuídas ações a diferentes juízos, para a modificação da competência 
pela conexão, exige-se a demonstração de que entre as demandas há 
identidade do objeto e da causa de pedir. 
e) A declaração de incompetência absoluta importa em reconhecimento da 
invalidade de todos os atos até então praticados perante o juízo 
incompetente. 
Comentários 
A alternativa A está correta. Segundo o art. 63, do NCPC, as partes podem 
modificar a competência em razão do valor e do território. 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, 
elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
A alternativa B está incorreta. Com a entrada em vigor do Novo Código de 
Processo Civil, a regra da prevenção é estabelecida com a distribuição/registro 
da petição inicial, conforme prevê o art. 59. 
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 47, §1º, do NCPC, o autor não 
pode optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição quando o litígio recair sobre 
direito de vizinhança. A competência é absoluta e, portanto, a ação deve 
ser proposta no foro da situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não 
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de 
terras e de nunciação de obra nova. 
 
 
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A alternativa D está incorreta. A conexão ocorre quando forem comuns o 
pedido OU a causa de pedir. 
A alternativa E está incorreta. O art. 64, §4º, menciona TXH� RV� ³HIHLWRV� GD�
GHFLVmR�SURIHULGD�SHOR�MXt]R�LQFRPSHWHQWH´�VHUmR conservados. 
4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão 
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo 
juízo competente. 
Questão 07 ± FCC/TRE-PB ± AJAA ± 2015 
No tocante a competência interna prevista no Código de Processo Civil 
brasileiro, considere: 
I. Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado 
onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor. 
II. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados 
necessariamente no foro do autor. 
III. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por 
convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão 
do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações 
oriundas de direitos e obrigações. 
IV. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se 
pela conexão ou continência. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) II e IV. 
e) I e III. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, prevê o art. 46, §2º, do NCPC. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for 
encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
O item II está incorreto. De acordo com o art. 46, §4º, havendo dois ou mais 
réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer um deles, 
à escolha do autor. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro 
de qualquer deles, à escolha do autor. 
O item III está correto, pois reproduz os art. 62 e 63. 
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é 
inderrogável por convenção das partes. 
 
 
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Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território,elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
O item IV está correto. Vejamos o art. 54. 
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, 
observado o disposto nesta Seção. 
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 08 ± FCC/TRE-AP ± AJAA ± 2015 
Considere as seguintes hipóteses: O Processo A e o Processo B possuem em 
comum o objeto. O Processo C e o Processo D possuem em comum a causa 
de pedir. Nestes casos, 
a) há continência entre os processos A e B e entre os processos C e D. 
b) há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D. 
c) há conexão entre os processos A e B e continência entre os processos C 
e D. 
d) há continência entre os processos A e B e conexão entre os processos C 
e D. 
e) não há continência e nem conexão entres os processos A e B, nem entre 
os processos C e D. 
Comentários 
A conexão e a contingência estão previstas nos art. 55 e 56 do NCPC. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou 
a causa de pedir. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade 
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o 
das demais. 
Nesses casos, há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D. 
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 09 ± FCC/TRE-AP ± Analista Judiciário ± Judiciária ± 
2015 
Considere a seguinte situação hipotética: Marcos, advogado recém formado, 
irá ajuizar duas ações. A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é 
fundada em direito real sobre bem móvel. Nestes casos, de acordo com o 
Código de Processo Civil brasileiro, em regra, 
a) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do autor e a ação B no foro 
do domicilio do réu. 
b) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do réu. 
c) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do réu e a ação B no foro do 
domicilio do autor. 
 
 
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d) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do autor. 
e) em ambas as ações o autor poderá escolher entre o foro do domicílio do 
autor ou do domicílio do réu. 
Comentários 
A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é fundada em direito real sobre 
bem móvel. Nesses casos, de acordo com o NCPC, em regra, ambas as ações 
serão ajuizadas no foro do domicílio do réu, conforme art. 46, do NCPC. 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 10 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Juiz Leigo ± 2015 
ConsiderandoǦse as disposições do Código de Processo Civil vigente sobre a 
competência dos órgãos jurisdicionais, é correto afirmar que: 
a) a competência dos órgãos judiciários é estabelecida no momento em que 
a ação é contestada. 
b) as ações fundadas em direitos reais sobre bens móveis serão propostas, 
em regra, no foro do domicílio do autor. 
c) nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente 
de veículos, será competente o foro do domicílio do réu. 
d) a autoridade judiciária brasileira é competente para proceder a inventário 
e partilha de bens situados no Brasil, mesmo que o inventariado seja 
estrangeiro e tenha residido em outro país. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 43, do NCPC, a competência é 
estabelecida no momento em que a ação é proposta. 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição 
da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito 
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a 
competência absoluta. 
A alternativa B está incorreta. As ações fundadas em direitos reais sobre bens 
móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, conforme art. 46, 
do NCPC. 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 53, V, do NCPC, nas ações de 
reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será 
competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato. 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido 
em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
 
 
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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, em razão do que prevê 
o art. 23, II, do NCPC. 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular 
e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja 
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
Questão 11 ± CESGRANRIO/LIQUIGÁS ± Professor Júnior ± 
Direito ± 2015 
Sr. X promove ação de cobrança de determinado crédito em face de Sra. Z. 
Sra. Z é domiciliada em Bebedouro - SP. Sr. X é domiciliado em Sorocaba-
SP. A ação é proposta em Presidente Prudente - SP. A ré não apresenta 
exceção de competência. 
Nesse caso, ocorrerá a denominada 
a) prorrogação de competência 
b) eleição de competência 
c) convenção de competência 
d) negação de competência 
e) declaração de competência 
Comentários 
Nesse caso, de acordo com o art. 65, do NCPC, ocorrerá prorrogação de 
competência. 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em 
preliminar de contestação. 
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 12 ± FGV/TJ-RO ± Técnico Judiciário ± 2015 
No curso de um processo, em que o genitor pede em face da genitora a 
guarda unilateral de seu filho, o juízo identificou que ali já tramitava outro 
feito referente ao mesmo pedido, embora formulado pela avó materna em 
face da genitora. 
Em razão dessa circunstância, deverá o juiz: 
a) determinar o prosseguimento de ambos os processos, sem reuni-los, uma 
vez que as partes não coincidem; 
b) determinar a reunião de ambos os feitos para julgamento em conjunto, 
por força da conexão entre as causas e da necessidade de se afastar o risco 
de prolação de decisões conflitantes; 
c) extinguir o segundo processo distribuído, porque já está sendo discutida 
a guarda do menor em outro feito; 
 
 
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d) extinguir o segundo processo, porque configurada a hipótese de 
litispendência; 
e) determinar a reunião de ambos os feitos para julgamento em conjunto, 
dada a identidade do polo passivo, embora não ocorra a conexão. 
Comentários 
Em razão dessa circunstância, deverá o juiz determinar a reunião de ambos os 
feitos para julgamento em conjunto, por força da conexão entre as causas e da 
necessidade de se afastar o risco de prolação de decisões conflitantes. 
Visto que há identidade de objetos nas duas causas, houve conexão, conforme 
art. 55, do NCPC. Consequentemente, deve haver reunião das duas ações a fim 
de que sejam decididas ao mesmo tempo. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou maisações quando lhes for comum o pedido 
ou a causa de pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um 
deles já houver sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato 
jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar 
risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos 
separadamente, mesmo sem conexão entre eles. 
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 13 ± FUNCAB/Faceli ± Procurador ± 2015 ± adaptada 
ao NCPC 
São condições para o provimento final ou legítimo exercício do direito de 
ação: 
a) capacidade de fato, interesse de agir e forma prescrita ou não defesa em 
lei. 
b) possibilidade jurídica do pedido, existência de direito material e interesse 
de agir. 
c) legitimação para a causa, resistência à direito subjetivo e interesse de 
agir. 
d) violação de direito, interesse de agir e legitimidade das partes. 
e) interesse de agir e legitimidade para a causa. 
Comentários 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Importante registrar que 
o NCPC não fala mais expressamente em condições da ação, pelo que devemos 
considerá-la apenas se a questão referir expressamente. 
 
 
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Questão 14 ± FCC/TJ-AL ± Juiz Substituto ± 2015 
A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser 
declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de 
domicílio do réu. 
Esta norma refere-se à competência 
a) em razão da pessoa. 
b) funcional. 
c) absoluta. 
d) relativa. 
e) em razão da matéria. 
Comentários 
Essa norma refere-se à competência relativa, pois somente ela, ao contrário da 
competência absoluta, poderá ser alterada por acordo entre as partes, por 
prorrogação ou quando dela declinar o juiz. A cláusula de eleição de foro refere-
se à fixação de competência territorial a qual, em regra, é relativa. Vejamos o 
art. 63, §3º e §4º, do NCPC. 
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada 
ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro 
de domicílio do réu. 
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na 
contestação, sob pena de preclusão. 
Assim, a alternativa D está correta e é gabarito da questão. 
Questão 15 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 ± adaptada ao NCPC 
Sobre a incompetência relativa, observando o CPC, é correto afirmar: 
a) Pode ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdição. 
b) Será decidida por decisão terminativa. 
c) Será arguida em preliminar de contestação. 
d) Será decidida por sentença definitiva. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. A competência absoluta poderá ser arguida a 
qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. A competência relativa deve 
ser alegada como questão preliminar de contestação. Vejamos os arts. 64 e 65, 
do NCPC. 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e 
deve ser declarada de ofício. 
 
 
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§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de 
incompetência. 
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo 
competente. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão 
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo 
competente. 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em 
preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas 
causas em que atuar. 
As alternativas B e D estão incorretas, pois a alegação de incompetência pode 
ser acolhida ou não. Em todo caso, a decisão não será terminativa ou definitiva. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A incompetência não 
será o objeto principal do processo, devendo ser arguida em preliminar de 
contestação. 
Questão 16 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de 
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 
Quanto à competência absoluta, assinale a opção correta: 
a) Pode ser alterada apenas até a contestação. 
b) Pode ser prorrogada por convenção das partes. 
c) Pode ser prorrogada pelo juiz. 
d) Não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das partes e do 
órgão jurisdicional. 
Comentários 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
A competência absoluta não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das 
partes e do órgão jurisdicional. Trata-se de competência legal pré-determinada 
que não pode ser afastada. Apenas competência relativa permite prorrogação e 
escolha das partes. 
Questão 17 ± FCC/TCM-RJ ± Auditor ± Substituto de 
Conselheiro ± 2015 
A respeito da competência, considere 
I. A incompetência absoluta deve ser arguida no âmbito de exceção de 
incompetência. 
II. Declarada a incompetência absoluta, todos os atos do processo são 
declarados nulos, por afrontarem expressa disposição de lei. 
III. Declarada a incompetência absoluta, o processo é extinto sem resolução 
de mérito, por ausência de condições da ação. 
 
 
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IV. Duas ou mais ações são conexas quando comum o objeto ou a causa de 
pedir. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) IV. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I e III. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está incorreto. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como 
questão preliminar de contestação, conforme prevê o art. 64, do NCPC. 
Contudo, diz o § 1º, do mesmo artigo, que a incompetência absoluta poderá ser 
alegada a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. 
O item II está incorreto. Conforme art. 64, §4º, salvo decisão judicial em sentido 
contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
O item III está incorreto. Ainda com base no art. 64, o §3º, o qual menciona que 
caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao 
juízo competente. 
O item IV está correto. De acordo com o art. 55, reputam-se conexas duas ou 
mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Questão 18 ± FCC/TCE-CE ± Analista de Controle Externo ± 
Atividade Jurídica ± 2015 
As ações fundadas em direito real sobre bens 
a) móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, tratando-
se de competência relativa. 
b) móveis serão propostas, em regra, no foro da situação da coisa, tratando-
se de competência absoluta. 
c) imóveis serão propostas sempre no foro da situação da coisa, tratando-
se de competência relativa. 
d) móveis serão propostas sempre no foro

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