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Pintura_Técnicas_e_Procedimentos_20183_ART_SEC

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Prévia do material em texto

ARTES VISUAIS
PINTURA: TÉCNICAS E 
PROCEDIMENTOS
Professora Cíntia Ribeiro Borges
Professor Léo Teodoro Gurnhak
http://unar.info/ead
1 
 
Pintura – Técnicas e Procedimentos 
 
APRESENTAÇÃO 
Caro(a) Aluno(a) 
A disciplina apresentada aqui não tem a intenção de ensinar a pintar, mas, 
sim, de mostrar um caminho e orientar quanto ao uso dos materiais dentro de 
suas técnicas específicas, o que também não o impede de fazer suas próprias 
experiências. 
Contudo, é necessário a quem está iniciando no campo da pintura que se 
dê uma orientação, de preferência, prática, de fácil aprendizagem e que o auxilie 
a superar obstáculos, pois, fatalmente, surgirão obstáculos e dúvidas. Para ser 
artista, não basta ter talento, é necessário desenvolver as técnicas para poder 
explorar as potencialidades criativas que, com certeza, você possui.. A principal 
parte dessa disciplina é o fazer, só ler os textos não trará crescimento. Somente o 
uso dos materiais e a realização das atividades propostas lhe trarão segurança 
para pintar. 
Ao longo dessa disciplina, iremos aprender a distinguir e exercitar as 
técnicas utilizadas por grandes artistas, da têmpera à tinta a óleo, passando pela 
aquarela, pelo pastel e pelas tintas acrílicas. Veremos, também, a evolução das 
técnicas, partindo da têmpera, desenvolvendo novas possibilidades expressivas e 
caminhando com outros materiais. 
 
Professora: Cíntia Ribeiro 
Professor: Léo Teodoro Gurnhak 
 
 
2 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
Ementa: Técnicas de expressão plástica bidimensional e experimentações práticas. 
Contato e recebimento das propriedades expressivas e construtivas dos materiais, 
suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas nas produções de formas 
pictóricas. 
 
 
Conteúdos: 
Unidade 1– Têmpera 
Unidade 2 – Encáustica 
Unidade 3 – Aquarela 
Unidade 4 – Afresco 
Unidade 5 – Giz Pastel 
 
Metodologia 
Sendo o curso oferecido na modalidade a distância (EAD), e o 
conhecimento a ser transmitido, principalmente, de forma teórica e ilustrativa, 
estudaremos as principais obras de cada processo de criação e produção da 
história da arte universal. O aluno encontra em cada unidade o texto sobre a 
técnica e a história da mesma, imagens para facilitar o entendimento de como era 
realizada e instruções para realizar seu próprio trabalho, embasado na referida 
técnica, porém, fazendo uso de seu próprio repertório cultural como tema. 
 
Avaliação 
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, 
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na 
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e 
espaço predeterminados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o 
3 
 
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, 
a necessidade de estabelecimento de prazos. 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Trabalhos práticos individuais; 
2) Provas bimestrais realizadas presencialmente; 
3) Trabalhos de pesquisa bibliográfica individuais. 
 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) retomada eventual dos conteúdos abordados nos módulos, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
2) elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos 
conteúdos. 
 
Bibliografia Básica 
BARRETO, I. Oficina de pintura: materiais, fórmulas, processos 
HERBERT. A arte de agora, agora: uma introdução à teoria da pintura e escultura 
modernas. SP: Perspectiva 1972 
JANSON H., W. & e JANSON, A. F. Introdução à história da arte. SP: Martins 
Fontes, 1999 
 
Bibliografia Complementar 
CUMMING, R. Para entender a arte. SP: Ática, 2003 
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. SP: Martins Fontes, 2003 
MARTINS, M. C. F. D. Temas e técnicas em artes plásticas. SP: ECE, 1986 
OSTROWER, F. Acasos e criação artística. RJ: Campus, 1999 
PEDROSA, I, Da cor à cor inexistente. Ed. Leo Christiano Editorial, 1990 
PENTEADO NETO O desenho estrutural. SP: Perspectiva, 1976 
4 
 
UNIDADE 1 – TÊMPERA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: 
 A unidade intenciona levar o aluno a conhecer e trabalhar com o material 
têmpera, de modo que ele seja capaz, ao final da unidade, de se expressar usando 
o material com a técnica adequada. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 O termo têmpera refere-se as tintas opacas à base de água, mas esse 
mesmo termo aplica-se também à técnica que usa gema de ovo 
como aglutinante. Os quadros são feitos sobre madeira, tela ou um suporte com 
base gessada. É uma tinta de secagem rápida e isso produz uma superfície à 
prova de água e, como consequência, as pinceladas não se misturam facilmente. 
As pinceladas são sobrepostas, assim é que o artista cria os tons da pintura; 
a técnica é que as finas pinceladas aplicadas umas sobre as outras produzem um 
efeito de sombra. Possuem os contornos nítidos e as cores sólidas, secas, além de 
uma cobertura que não racha; para proteger a têmpera, em geral é usada uma 
camada de verniz depois que a pintura estiver pronta. A técnica da têmpera já era 
usada por egípcios, gregos e romanos. Alcançou o maior desenvolvimento na 
Europa entre os séculos XIII e XVI, época em que se destacou Carlo Crivelli. 
Crivelli foi pintor na Renascença Italiana durante o Quattrocento. Nascido 
em Veneza no ano de 1435, usava têmpera, apesar de se mostrar interessado na 
pintura a óleo. 
 
5 
 
 
Carlo Crivelli – Madona e a Criança (1480) 
 
Apesar de ser italiano, seu estilo lembrava muito mais a arte bizantina do 
que a tendência naturalista que acontecia em Florença. 
A têmpera feita à base de ovo teve três períodos característicos, sendo que 
o primeiro vai até o final do séc. XIII, o segundo ocorre durante o séc. XIV 
chegando até meados do séc. XV, sendo que, depois da metade do séc. XV, novas 
práticas com técnicas mistas introduziram inovações. 
As têmperas à base de ovo são utilizadas, ainda hoje, pelos monges 
ortodoxos do Monte Athos na Grécia, na confecção de ícones bizantinos, objetos 
do culto da Igreja Cristã Oriental. Entre os pintores contemporâneos que usaram 
este tipo de pintura destaca-se o americano Andrew Wyeth. 
6 
 
 
Monge Iconógrafo do Monte Athos 
 
Andrew Wyeth - Helga 
 
7 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
 A tinta tradicional para a pintura de têmpera é a mistura de um pigmento 
com gema de ovo e água destilada. Ao aplicar-se essa mistura sobre o suporte, a 
água evapora, deixando uma película colorida que chamamos de têmpera de ovo. 
Atualmente a têmpera já existe pronta para comercialização, porém você está 
aprendendo a fazer sua própria têmpera na disciplina de Pinturas – Materiais e 
Suportes. 
 Vejamos como é feito um trabalho com têmpera. 
 O primeiro passo é desenhar o modelo no suporte; depois preenchemos o 
fundo; nesse trabalho, por se tratar de um ícone bizantino, utilizamos o dourado, 
feito à base de purpurina e goma laca, com o fundo seco; aí, desenhamos a 
auréola. 
 
Depois, preenchemos de vermelho a área do manto e, com um tom mais 
escuro de vermelho, pintamos a sombra das dobras do véu. 
8 
 
 
Use o azul no lenço que cobre o cabelo e também na 
roupa. Use tons de rosa em camadas, para criar o efeito de dégradé. 
 
Para uma sensação maior de sombreamento, use hachuras em um tom de 
rosa ainda mais claro. 
 
Use a mistura de purpurina e goma laca para fazer as joias no manto da 
imagem. Com um tom mais escuro de azul, faça os detalhes da roupa. Depois 
faça as luzes com camadas de azuis mais claros, até chegar ao branco. 
9 
 
 
 
O mesmo processo que usamos, até agora, para sombreamento será 
usado durante todo o trabalho. Note que o tom mais escuro é usado por baixo de 
todas as camadas de tinta sobreposta, cada camada utilizada aumenta o brilho e 
“joga” para o fundo os espaçosque continuaram mais escuros. 
 
10 
 
 Usamos a cor laranja para fazer o barrado do manto e a gola da roupa; 
com um marrom bem escuro marcamos as dobras e depois “iluminamos” o 
trabalho com hachuras em branco. 
 Para o rosto, preenchemos a área com marrom e 
desenhamos os olhos, o nariz, a boca e os detalhe com 
um marrom escuro. 
Para iluminar, aplicamos camadas de ocre à 
amarelo claro, lembrando que devemos deixar sempre 
um pouco da camada anterior aparecendo, para criar o 
efeito de dégradé. 
 
Com o rosto iluminado. podemos dar atenção aos 
detalhes dos elementos que compõem o rosto, como os 
olhos, o nariz e a boca. Para a boca, usamos um rosa um 
pouco mais escuro para o lábio superior e outro um 
pouco mais claro para o inferior. 
11 
 
Para finalizar a boca, invertemos o processo que usamos 
até esse momento. Usamos o vermelho para criar a 
sombra e dar volume à boca. 
Para os olhos, demarcamos a área do globo ocular com 
um tom de amarelo, para fazermos a sombra, depois 
iluminamos com o branco. 
 
E continuamos com o branco para iluminar as áreas de maior expressão, 
como o nariz, sobre o lábio superior, a testa e a área logo abaixo dos olhos. Para 
finalizarmos, marcamos a dobra das pálpebras. 
 
Fonte: imagens retiradas da internet 
12 
 
INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO 
 
 Agora que você já viu a técnica para a produção de um trabalho artístico 
usando o material têmpera, faça um trabalho usando essa técnica. Você pode 
fazer uma releitura da obra apresentada no tópico “Buscando o Conhecimento” 
ou propor o seu próprio modelo. 
Você irá precisar das tintas, nas cores que você acreditar mais apropriadas 
para o modelo proposto; pincéis redondos, goma laca, purpurina, papel duplex 
gessado (para ser usado como suporte). 
Atente-se para o fato de que, na impossibilidade de encontrar algum dos 
materiais solicitados, são possíveis as substituições. 
Na ausência de pigmento em pó para a produção da têmpera em casa, 
pode utilizar têmpera guache comprada; as escolares são vendidas em caixas com 
seis cores: verde, vermelho, amarelo, azul, preto e branco. A princípio, você será 
capaz de produzir as outras cores de que precisar, a partir dessas. A têmpera 
guache industrializada seca mais lentamente que a têmpera original, por isso você 
precisará esperar a secagem da tinta antes de aplicar as próximas camadas. 
O papel duplex gessado pode ser substituído por um papelão preparado 
com massa acrílica, ou massa corrida fina (encontrada em casas de materiais de 
construção para criar textura em parede, mas, nesse caso, é necessário ficar 
atento, pois a cobertura deve ser perfeitamente lisa.) 
 
13 
 
UNIDADE 2 – ENCÁUSTICA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: 
 A proposta da unidade é levar o aluno a conhecer e trabalhar com a 
técnica da encáustica, de modo que ele seja capaz de utilizá-la ao produzir 
trabalhos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 Encáustica é a técnica que usa a cera pigmentada para pintar. Segundo a 
Enciclopédia Itaú Cultural: 
Técnica de pintura, popularmente conhecida como pintura 
a fogo, desenvolvida pelos gregos desde o século V a.C., na qual 
os pigmentos de cor são diluídos em cera quente. Normalmente 
a mistura é mantida aquecida para que a cera não 
endureça, dificultando sua manipulação, ou aplicada por meio de 
um cautério - instrumento usado na pirogravura para queimar a 
madeira. Outra possibilidade é usar a mistura fria, com a cera 
diluída em terebintina. Como tinta, pode ser aplicada 
com espátula ou pincel, além de ser usada no mármore de 
estátuas, para preservá-las de musgos. 
(http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic
/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=43, acesso em 
06/07/2012) 
 
O nome da técnica vem do grego, enkausticos, que significa gravar a fogo, 
pode ser aplicada com pincel, com uma espátula quente, com ferro para 
encáustica (lembra muito um ferro de passar roupa, e ele também pode ser 
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=43
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=43
14 
 
usado). A cera é aplicada na superfície a ser pintada; como é de secagem rápida, 
costuma-se também colocar uma fonte de calor sob o suporte da pintura; o calor 
deixa a cera mais macia, abrindo ao artista opções de vários efeitos de cor e 
textura. A mistura é, geralmente, mantida aquecida para que a cera não endureça 
e dificulte o uso, mas também pode ser aplicada por meio de um cautério – 
ferramenta de pirogravura para queimar a madeira. 
Existem outras possibilidades de uso, como a mistura fria, quando a cera é 
diluída em terebintina. Desta maneira ela pode ser aplicada, mais facilmente, com 
espátula ou pincel e pode ser usada no mármore de estátuas, para preservação. A 
encáustica é muito resistente, basta analisar a inúmera quantidade de pinturas às 
quais temos acesso até hoje. 
Para trabalhar a encáustica são necessárias condições adequadas de 
manuseio como um ambiente arejado, cuidados com fogo e ferramentas 
específicas. 
Ela possibilita transparências, texturas, densidades, velaturas, 
sobreposições, relevos. Tudo isso sem falar nas muitas possibilidades quando ela é 
misturada com outras técnicas, multiplicando ainda mais as suas possibilidades. 
Esta técnica pode assumir diversas estéticas, como nos trabalhos egípcios 
num período tardio, obras que exibem um extremo realismo, e como nos 
trabalhos de Jasper Johns, com uma obra menos representativa da figura humana, 
mas, também, bastante expressiva. 
15 
 
 
Retrato Fayum – Egito Jasper Johns – Um Alvo e Quatro Rostos 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
 Como vimos na produção das duas últimas obras citadas no “Estudando e 
Refletindo”, a encáustica pode ser utilizada para expressar diferentes poéticas, 
mas para entender um pouco o funcionamento do material nos fixaremos no 
exemplo abaixo. 
 Existem vários instrumentos para o trabalho com encáustica, todavia alguns 
são substituíveis. O ferro para encáustica é muito prático, porém não é necessário 
tê-lo para se trabalhar a técnica. 
 Um ferro de passar roupas antigo pode ajudar bastante; se não tiver um 
ferro, uma espátula aquecida também pode ser usada na função do ferro. 
 
16 
 
 
Na superfície aquecida do ferro, passamos a cera na cor que desejarmos; 
deslizamos o ferro no papel e a cera é transferida para o papel. Sem o calor do 
ferro, a cera se tornará dura quase instantaneamente e quando mudamos de cor 
usamos papel toalha para limpar o ferro dos restos de cera de cor diferente. 
 
Usamos branco e azul para criar o céu, a passada é firme, com pouca 
ondulação, mas necessária, para transmitir a sensação de nuvens. 
 
17 
 
Com o verde claro, o verde escuro e um pouco 
de azul, fazemos as colinas, também com a passada 
firme, assim como fizemos o céu. 
 
Com verdes, azuis e 
amarelo, criamos uma textura 
na cera; aí usamos o ferro de 
maneira diferente, não o 
passando no papel, mas 
transferindo a cera para o 
suporte como um carimbo. 
 
Depois de criada a 
textura, alisamos a base da colina com uma passada de ferro. Com um 
18 
 
instrumento de metal, “descascamos” a cera aplicada para criar um caminho, mas 
temos que tomar cuidado para não lascar a cera. Assim como aparece na imagem 
2, limpe o ferro com papel absorvente para continuar, e passe giz preto na ponta 
do ferro para desenhar uma gaivota. 
 
 
Agora, com a lateral do ferro, fazemos uma cerca, marcando os mourões e 
o arame. 
Com um instrumento de metal, novamente retiramos a cera já colocada, 
para criar detalhes na pintura. Fazemos, nesse 
momento. a forma de uma escada. 
 
Para preencher áreas pequenas, 
podemos usar o cautério, mas na falta de um cautério, podemos derreter a cera 
em uma colher e aplicá-lacom um pincel. Para acertar a forma, usamos, 
novamente, um instrumento de metal a fim de retirar a cera que está sobrando. 
19 
 
 
 
 
Para conseguir efeitos de luz, 
usamos o mesmo processo de retirar a 
cera da área que queremos clara, 
porém, utilizando um instrumento mais 
de ponta mais fina. 
O resultado final é este: 
20 
 
 
Fonte: imagens retiradas da internet 
 
INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO 
 
 Agora que você já viu a técnica da encáustica, produza um trabalho 
usando essa técnica; você pode fazer uma releitura da obra apresentada no 
tópico “Buscando o Conhecimento” ou propor o seu próprio trabalho. 
Você precisará de uma caixa de giz de cera, o modelo proposto, pincéis 
chatos, papel cartão (para ser usado como suporte) e as ferramentas, que podem 
ser um ferro de passar roupa, mas só ser for dos antigos (aquele que não tem 
furinhos na chapa de metal), ou esquentar uma espátula em uma chama e usar a 
espátula para espalhar a cera. 
 
 
 
21 
 
UNIDADE 3 – AQUARELA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: 
 A unidade intenciona levar o aluno a conhecer e trabalhar com a aquarela, 
de modo que ele seja capaz, ao final da unidade, de se expressar usando o 
material com a técnica adequada. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
A aquarela se apresenta na história da arte em diversos momentos e 
expressa diferentes estéticas; trata-se de uma técnica de pintura onde os 
pigmentos se encontram suspensos, diluídos em água e os suportes podem variar, 
mas normalmente utilizamos papéis de alta gramatura. 
A aquarela surgiu na China com a invenção do papel, pois até esse 
momento eram usados os velinos, que são suportes feitos de pele de carneiro, e 
de pincéis macios. A técnica da aquarela é fluida, mas não disforme. Observe 
abaixo, em “Bambus ao vento”, obra de autor desconhecido. 
 
22 
 
No ocidente podemos citar as obras do gravurista e pintor Albert Dürer, 
que deixou um acervo com, pelo menos, 120 aquarelas. A “Jovem lebre”, pintada 
em 1502, é um trabalho de técnica mista, pois Dürer usou aquarela com guache. 
Vale lembrar que a aquarela pode ser usada com vários materiais em conjunto, 
inclusive com tinta a óleo, mas atente-se para o fato de que não se mistura tintas 
com diferentes diluentes. Para mesclar as técnicas de aquarela e óleo, é necessário 
utilizar a aquarela primeiro, esperar secar, para, só depois, repor a tinta a base de 
óleo. A diferença entre a aquarela e as outras tintas à base de água é a ausência 
do pigmento branco em sua composição, o que a faz translúcida, mas a utilização 
de qualquer material à base de água com material a óleo deve respeitar os 
mesmos princípios dos expostos para a aquarela. 
 
Albert Dürer – Jovem Lebre (1502) – Aquarela e Guache sobre papel. 
Como já citado, a aquarela pode assumir outra estética, como nos 
trabalhos de Wassily Kandinsky, em que ele usa a aquarela para fazer abstrações e 
criar imagens etéreas. Na obra de Kandinsky, de 1910, sem título, é o primeiro 
trabalho abstrato feito com esse material. 
23 
 
 
Wassily Kandinsky – Sem título (1910) – Aquarela sobre papel 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Bem, para trabalhar com a aquarela é necessário ter o desenho daquilo 
que será pintado, e é sempre bom relembrar que não existe tinta branca ou 
algum tipo de reparo na aquarela, todas as áreas que forem brancas no desenho 
devem ser respeitadas. 
Vamos ver um trabalho com aquarela. Nosso tema, aqui, será uma flor. 
 
Para a técnica que trabalharemos nessa unidade, faremos uma 
experimentação com o tachismo, mas, apesar disto, será um trabalho figurativo. 
Tachismo –Definição 
24 
 
Menos que um movimento pictórico com traços facilmente 
reconhecíveis, o tachismo remete a uma tendência artística que 
finca raízes na Europa no período após a Segunda Guerra 
Mundial, 1939-1945. O termo - que vem do francês tache, 
"mancha" - é criado pelo crítico Michel Tapié no livro Un Art 
Autre [Uma Arte Outra] para tentar definir o novo estilo de 
pintura que recusa qualquer tipo de formalização, rompendo 
com as técnicas e os modelos anteriores. Arte informal (no 
sentido de sem forma) é outra designação corrente para o 
tachismo, às vezes também ligado à noção de abstração lírica. A 
defesa da improvisação, associada ao gesto espontâneo e 
instintivo, permite entrever as afinidades da nova pintura com 
o expressionismo abstrato, assim como a inspiração 
no surrealismo, pela valorização do inconsciente, no dadaísmo, 
em função da defesa do caráter irracionalista da arte e 
no expressionismo, que toma a imaginação como expressão 
direta do espírito do artista. O uso de manchas irregulares de 
cores remete ainda à pintura de maturidade de Claude Monet. O 
pintor e poeta Jean-Michel Atlan, um dos expoentes da nova 
tendência pictórica, define, em 1953, o caráter do projeto tachista: 
"A pintura para mim não pode ser derivada de uma idéia 
preconcebida; a parte que cabe ao acaso (aventura) é muito 
importante e, de fato, é este acaso que cumpre o papel decisivo 
no processo de criação." 
(http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic
/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3843, acesso 
em 08/07/2012) 
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3843
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3843
25 
 
 
 Para iniciarmos o trabalho com a aquarela, na técnica de tachismo, criamos 
manchas com a tinta verde, onde buscamos a forma das folhas, e com a 
vermelha as manchas que criarão a flor. 
 
Para escurecer a tinta, é necessária a reposição de tinta, as várias camadas 
de tinta sobrepostas vão escurecendo a área, a mistura de diferentes tons pode 
ser feita no godê ou na própria obra. 
26 
 
 
Para criar uma sensação maior de profundidade e delimitar as áreas que 
estão sendo trabalhadas, fechamos o fundo com 
um tom bem escuro. 
Depois que a base do trabalho estiver 
seca, as manchas iniciais que criamos, podemos 
trabalhar os detalhes, de maneira mais formal, no 
sentido de dar uma forma clara ao objeto que 
estamos querendo representar. 
 
 
27 
 
INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO 
 
 Bem, agora é com você. Produza um trabalho usando a técnica da 
aquarela; você pode fazer uma releitura da obra apresentada no tópico “Buscando 
o Conhecimento” ou propor o seu próprio trabalho, baseando-se nas pinturas 
chinesas ou nos trabalhos de Kandinsky e sua abstração lírica. 
Você irá precisar de um jogo de aquarela, podendo ser de pastilhas ou 
líquida, o modelo proposto, pincéis redondos e macios, um papel de alta 
gramatura (para ser usado como suporte), godê, água e panos para limpar o 
pincel. 
 
 
28 
 
UNIDADE 4 – AFRESCO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: 
 A proposta da unidade é levar o aluno a conhecer e trabalhar com a 
técnica do afresco, de modo que ele seja capaz de utilizá-la ao produzir trabalhos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 A técnica artística onde o artista pinta diretamente em tetos ou paredes é 
chamada Afresco, ela consiste em pintar sobre camada uma camada de 
revestimento de fresco, como o gesso. O uso do afresco é bastante antigo, sendo 
utilizado desde a Grécia Antiga. Nas cidades arqueológicas de Pompeia e 
Herculano, que foram destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio, os arqueólogos 
encontraram vários afrescos que mostraram cenas da vida cotidiana da civilização 
romana. 
 
Afresco da cidade de Pompeia 
Mas os afrescos que mais conhecidos na história da arte foram os 
produzidos por Michelangelo Buonarotti, um dos artistas mais famosos do 
29 
 
Renascimento Italiano, com temas bíblicos, para Capela Sistina no Vaticano. 
 
Outros artistas importantes que produziram afrescos foram Rafael Sanzio, 
Giotto, Fra Angelico, e Tiopollo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
 Michelangelofoi um grande mestre no afresco, a técnica utilizada por ele 
para fazer as pinturas gigantescas da Capela Sistina foi o stencil ou máscara, para 
transferir o desenho para a parede onde ele seria pintado. 
 
30 
 
O início do trabalho é a preparação para a pintura, passando uma camada de cimento ou 
gesso na parede e a aplicação de desenho, que é feito no papel e depois é marcado na 
camada fresca de cimento. Com uma esponja, a tinta marrom é “batida” na linha do 
desenho, que foi pontilhada com agulha previamente, para deixar gravado no cimento, 
onde estarão os detalhes. 
 
31 
 
Depois de marcado o desenho, começa a pintura. A pintura do afresco 
segue os mesmos passos da aquarela, pois a correção é difícil, uma vez que a 
tinta entra na cobertura da parede. 
 
O Afresco tem uma grande durabilidade porque a tinta se mistura à cobertura da 
parede, seja cimento ou gesso, e não é somente uma película acima da cobertura 
da parede, ela não descasca. 
 
 
 
Fonte: imagens retiradas da internet 
32 
 
INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO 
 
 Você já fez uso da técnica da aquarela; para trabalhar com o afresco, você 
pode utilizar os mesmos passos da aquarela, o que irá mudar é a base, o suporte 
que utilizaremos para o trabalho. 
Você irá precisar de tintas, pode ser aquarela ou tinta acrílica diluída; de 
uma tela onde passaremos uma camada de massa acrílica; do desenho que irá 
reproduzir em um papel -deixando o seu contorno todo furadinho-, de uma 
esponja para transferir o desenho do papel para a tela, como vimos no “Buscando 
Conhecimento” e pincéis para trabalhar a tinta. 
 
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UNIDADE 5 – Giz Pastel 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: 
 A proposta da unidade é proporcionar ao aluno o conhecimento sobre os 
materiais giz pastel seco e giz pastel oleoso, fazendo o aluno capaz de trabalhar 
com o material, de modo que ele possa, ao final da unidade, se expressar usando 
o material com a técnica adequada. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 Podemos considerar que as primeiras de pinturas com pastel podem ser 
encontradas em cavernas que datam de mais de 3.000 anos, quando nossos 
ancestrais usavam pigmentos da terra como ocres e carvão para criar e pintar nas 
paredes. A história do giz pastel oleoso também remonta à pré-história, a mistura 
de pigmentos com gordura já acontecia durante esse período. 
 
 
Bisão - Altamira, Espanha – Paleolítico, cerca de 21.000 a.C. à 13.000 a.C. 
Os primeiros pastéis coloridos surgiram por volta de 1499, na Itália pelas 
mãos de Jean Perreal, que conhecia Leonardo da Vinci. Este entrou em contato 
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com “uma nova técnica” de pintar com cores secas: as primeiras cores usadas por 
Da Vinci foram preto, sanguínea, sépia e branco. 
 
Cabeça de uma jovem – Leonardo Da Vinci – Sanguínea sobre papel 
Mas o pastel seco começa realmente a ser utilizado no século XVIII, com os 
pintores Rosalba Carriera e Maurice Quentin de La Tour, que o descreveram como 
uma ligação direta da mão com a tela, não havendo a necessidade de desenho 
prévio. A aplicação não dependia de um meio e as camadas podiam ser 
sobrepostas imediatamente. 
Muitos pintores utilizaram o pastel de acordo com seus estilos pessoais 
como Delacroix, Millet, Manet, Monet, Renoir, Toulouse Lautrec, Whistler, Childe 
Hassam, Gauguin, Picasso, Chagall, Pollock e, o mais prolífico, Edgar Degas. 
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Edgar Degas - Woman At Her Toilette (1889) - Pastel On Paper 
Museu Hermitage, São Petersburgo 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
 O processo de trabalho com os dois materiais é muito semelhante, o que 
muda de um giz para o outro é a aparência final do trabalho. Iniciaremos com o 
giz pastel seco. 
 O papel para trabalhar com esse material pode ser colorido, pois ele cobre 
a cor do papel com facilidade, o primeiro passo é fazer a base. Aqui usamos giz 
amarelo, alaranjado e vermelho. 
 
 Depois desenhamos o sol e os reflexos com giz branco 
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 Preenchemos o céu e o mar com o azul e esfumamos, pode ser com um 
esfuminho ou com o próprio dedo. 
 
 O próximo passo é fazer as nuvens com o branco e os brilhos refletidos na 
água, misturando o branco ao amarelo claro. 
 
Agora, para o barco, o desenho é feito com giz branco e colorido com 
amarelo e laranja, refletindo os tons avermelhados do sol. 
 
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Do lado direito, nós vemos uma montanha, ela é feita com marrom escuro 
e depois esfumada, a luz refletida do sol é feita com um tom de marrom 
avermelhado e depois o volume é mostrado com pequenos toques de branco, 
somente onde há incidência de luz. 
 
 
Para finalizar, é colocada a praia com marrom claro na margem inferior do 
papel; a espuma do mar é uma mistura “salpicada” de amarelo claro e branco. E a 
pintura pronta fica assim: 
 
 
 
Para o giz pastel oleoso, o processo é, realmente, bem parecido. Iniciamos 
marcando no papel. 
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Em seguida, trabalharemos a pera: preencha o espaço da pera com verde 
claro, entre com o amarelo sobre o verde, criando volume onde o verde não 
estava tão intenso. 
 
 
 
Com o verde escuro, introduzimos a sombra e o branco cria o brilho nas 
áreas que seriam as mais iluminadas da fruta; faça o caule da pera com marrom 
claro e branco. 
 
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Para a maçã, começamos com o vermelho no centro da fruta, na parte 
superior criamos volume com amarelo e alaranjado em dégradé do vermelho para 
o amarelo e a ideia de profundidade é dada com o violeta e o vinho na parte 
inferior da fruta. 
 
 
 
 
Com os dedos, esfume as frutas para integrar as cores e reponha giz para 
criar os detalhes. Com marrom claro, marrom escuro e preto faça a mesa e crie 
um fundo com azul, propondo o volume e escurecendo esse fundo quando 
estiver próximo das frutas. 
 
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Fonte: imagens retiradas da internet 
 
INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO 
 
 Bem, você viu a construção de imagens com as técnicas de giz pastel seco 
e giz pastel oleoso; para fixar esse processo, produza um trabalho com a técnica 
de pastel oleoso. 
Você irá precisar de uma caixa de giz pastel oleoso, pode ser escolar, o 
papel que será seu suporte, escolha um papel de gramatura alta, para que você 
tenha tranquilidade ao trabalhar. O tema pode ser o mesmo visto no tópico 
“Buscando Conhecimento” ou um proposto por você, mas o trabalho deve 
atender às especificações da técnica apresentada. 
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Parque Santa Cândida
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