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PORTIFOLIO GRUPO 2 SEMESTRE

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41
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO
)
 (
A FORTE crise QUE ASSOLA O BRASIL:
CONSTRUÇÃO CIVIL UM DOS SETORES MAIS AFETADOS 
)
 (
Itumbiara
2016
)
 (
A FORTE crise QUE ASSOLA O BRASIL:
CONSTRUÇÃO CIVIL UM DOS SETORES MAIS AFETADOS 
)
 (
Trabalho de Portfólio em Grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média na disciplina de Bacharel em Administração 2° período.
Orientador: Prof. Onofre Neto
)
 (
Itumbiara
2016
)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 REFERENCIAL TEÓRICO	3
3 DESENVOLVIMENTO	4
3.1 ANALISANDO A CRISE NA CONSTRUÇÃO CIVIL	4
3.2 INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - DESAFIOS PARA REVERTER A CRISE NO SETOR ...........................................	4
3.3 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL NO BRASIL	4
4 CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS	8
APÊNDICES	9
APÊNDICE A .............................................................................................................10
ANEXOS	11
INTRODUÇÃO
Em um contexto como o atual, onde o desemprego não para de crescer e, ao mesmo tempo, a inflação continua pressionada e atinge níveis historicamente elevados, a preocupação passa a fazer parte do dia a dia de todos aqueles que dependem de seu próprio trabalho para garantir o seu sustento. Os números não deixam dúvidas sobre a gravidade da situação econômica brasileira.
A situação econômica que tem impactado profundamente a economia brasileira se combina com a forte crise política no país, que tem afetado o conjunto da economia (sobretudo as perspectivas de investimento) e, particularmente, tem sua raiz nos escândalos de corrupção. Refletindo assim em todos os setores do país, deixando a população brasileira asfixiada pelas dívidas, juros altos, aumento dos preços e diminuição das condições de vida, definitivamente, um país completamente imerso na crise econômica e social. 
Inúmeros indicadores demonstram que o cenário econômico nacional está muito longe de ser exuberante. Os juros altos, a inflação no teto da meta, os índices de confiança de empresários e consumidores em patamares baixos, a desaceleração da geração de emprego formal, o modesto incremento do Produto Interno Bruto, a menor expansão do crédito, a perda da força de consumo, as consecutivas quedas da produção industrial, a redução dos investimentos e a deterioração das perspectivas de crescimento são alguns deles. Com uma coleção de números pouco alentadores, percebe-se facilmente que a temperatura da economia está muito fria e, mesmo depois de mais de duas décadas do Plano Real, o Brasil ainda não conseguiu solidificar o seu crescimento.
O objetivo deste trabalho é apresentar os indicadores, as dúvidas e soluções/ideias para a crise econômica, que prejudicou diversos setores, sendo a construção civil um dos segmentos mais afetados, principalmente pelo desemprego, já que respondeu pelo maior número de demissões. E demonstrar os principais indicadores financeiros, econômicos e sociais do setor mencionado, realizando uma análise dos mesmos e seus efeitos. É preciso entender definitivamente que qualquer crise é o momento certo para fazer a diferença e é a grande oportunidade para fazer as mudanças necessárias. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Perry Anderson (2016, p. 15), no último ano do governo Lula, quando a economia global estava ainda se recuperando da primeira onda do crash financeiro de 2008, a economia brasileira cresceu 7,5%. Ao assumir o governo, Dilma instituiu uma política de controle contra o superaquecimento da economia, o que deixou satisfeita a imprensa financista, naquilo que parecia ser uma política semelhante a que Lula teve durante o início de seu primeiro mandato. Antes mesmo de seu segundo mandato começar formalmente, Dilma mudou o seu rumo. Os imperativos tornaram-se o corte nos gastos sociais, reduzir o crédito dos bancos públicos, leiloar propriedades do Estado e aumentar taxas para trazer o orçamento de volta a uma situação de superávit primário. Rapidamente o Banco Central aumentou sua taxa de juros para 14,25%. E já que a economia se encontrava estagnada, o efeito desse pacote pró-cíclico foi de mergulhar o país numa recessão generalizada – queda nos investimentos, salários diminuindo e o desemprego dobrando. Enquanto o PIB contraía, as receitas fiscais diminuíam, piorando ainda mais o quadro de déficit e dívida pública. Definindo bem o cenário da crise atual no Brasil.
Para aprofundar na análise dos fenômenos econômicos, Kraemer (1968, p. 14), adota duas posições distintas: Microeconomia e Macroeconomia. A Macroeconomia, preocupando-se com o sistema como um todo, procurando explicar as relações entre os grandes agregados estatísticos. A Microeconomia, preocupando-se com a empresa individual e seus ajustamentos às forças do mercado, estuda os preços relativos e como os mesmos se estabelecem de acordo com a lei da oferta e da procura. 
Sachs e Larrain (2000, p. 15) definem a Macroeconomia como o estudo do comportamento agregado de uma economia. Enquanto a vida econômica de uma nação depende de milhões de ações isoladas, realizadas por empresas, consumidores, trabalhadores e funcionários do governo, o foco da Macroeconomia é a análise das consequências globais dessas ações individuais. Portanto, a abordagem básica da Macroeconomia consiste em observar as tendências gerais da economia, em vez de examinar as tendências que afetam isoladamente as empresas, trabalhadores ou regiões.
Um dos grandes debates da Macroeconomia é da influência das políticas governamentais, especialmente a monetária e fiscal afetando diretamente a economia. A maioria dos economistas afirma que as alterações das políticas orçamentárias e monetárias geram efeito, grande e previsível, sobre a tendência geral da produção, comércio internacional, dos preços e do emprego. Alguns afirmam que o governo deve administrar a política orçamentária e monetária de modo que influa na tendência geral da economia. Outros polemizam, acreditando que as relações entre política e economia são tão imprevisíveis e instáveis que não oferecem uma base segura para “administrar” a economia.
Mais do que problemas conjunturais, o cenário macroeconômico atual encontra velhos conhecidos: as deficiências de infraestrutura, a carga tributária elevada (e o complexo sistema tributário nacional) e o excesso de burocracia fazem parte desta lista e demonstram claramente as fragilidades existentes. Evidenciam, ainda, a necessidade de se alterar a orientação da política macroeconômica do Brasil, que nos últimos anos privilegiou o consumo sem fortalecer o investimento. Além disso, pouco avançou em relação às reformas necessárias, gerando incertezas sobre o futuro.
É preciso identificar as características e as especificidades dos métodos quantitativos. A este respeito é interessante utilizar a tipologia elaborada por Reichardt & Cook (1979) que, lista as características da perspectiva: positivismo lógico. São orientados à busca da magnitude e das causas dos fenômenos sociais, sem interesse pela dimensão subjetiva e utilizam procedimentos controlados; são objetivos e distantes dos dados (perspectiva externa), orientados à verificação e são hipotético-dedutivos; assumem uma realidade estática e são orientados aos resultados, são replicáveis e generalizáveis. Eles contribuem efetivamente para a procura de construção de teorias, formulação e teste de hipóteses. 
Neste sentido, percebemos a importância da ética, a qual possibilita um equilíbrio e bom funcionamento social, e está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom (MOORE, 1975, p. 4). De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, ética é o “estudo dos juízosde apreciação referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem o do mal”. 
Ao longo do tempo, o termo política deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade. Assim, fazer política pode estar associado às ações de governo e de administração do Estado. Por outro lado, também diria respeito à forma como a sociedade civil se relaciona com o próprio Estado. Em suma, segundo Norberto Bobbio, sua posição tenta compreender a política como “atividade ou conjunto de atividades que têm de algum modo, como termo de referência, a pólis, isto é, o Estado” (ibidem, p. 160).
O Brasil está atualmente neste cenário devido também à crise política dos últimos anos. E realmente, as pessoas não querem saber do assunto e não querem se envolver com a política, mas é preciso entender e discutir esse assunto tão fundamental para o cotidiano, pois somos nós os responsáveis por eleger os bisonhos.
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (BRECHT, Bentolt , 1988).
O coletivo de cidadãos de um país, sujeitos à mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de conduta, organizados socialmente e governados por entidades que zelam pelo bem-estar desse grupo formam a sociedade. Os membros de uma sociedade podem ser de diferentes grupos étnicos. Também podem pertencer a diferentes níveis ou classes sociais. O que caracteriza a sociedade é a partilha de interesses entre os membros e as preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum. Para Karl Marx, a sociedade sendo heterogênea, é constituída por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias dos que possuem o controle dos meios de produção, ou seja, as elites. Numa sociedade capitalista, o acúmulo de bens materiais é valorizado, enquanto que o bem-estar coletivo é secundário.
DESENVOLVIMENTO
Passamos atualmente pela maior crise do período pós-industrialização. Temos dois anos seguidos de queda do PIB, o desemprego assusta apenas pela velocidade com que avança, aumento da inflação, redução de consumo das famílias e adesão a itens essenciais, alta taxa de juros e redução de investimentos. A crise política anda de braços dados com as investigações de corrupção. A investigação, porém, afeta o ritmo de trabalho de grandes empresas de construção e infraestrutura. É parte do preço a pagar pela mudança na cultura da impunidade.
 Figura1: Variação Trimestral do PIB em %
 Fonte: G1 Infográfico elaborado (01/06/2016).
Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,47 trilhão no primeiro trimestre de 2016. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve queda de 5,4% no PIB – a oitava contração seguida da economia. Nos últimos quatro trimestres, a queda acumulada é de 4,7% frente aos quatro trimestres anteriores.
É de conhecimento geral que a construção civil é um dos setores que conseguem impulsionar a mola da economia, pois é um dos braços do investimento. Fábricas, escolas, rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, hospitais, habitações entre tantos outros fazem parte de suas atividades e das necessidades mais básicas do país. Ela responde por mais de 40% do total de investimentos. Com 13,4 milhões de pessoas ocupadas em toda a sua cadeia produtiva, o setor é capaz, além de fortalecer a economia, de proporcionar desenvolvimento social. Dinamizar as suas atividades é naturalmente alavancar o crescimento socioeconômico e ampliar os investimentos necessários. É solidificar as bases físicas imprescindíveis para um desenvolvimento duradouro.
De 2004 a 2013, a construção civil vivenciou um importante ciclo de desenvolvimento, contribuindo efetivamente para uma maior expansão da economia nacional. A taxa média anual do incremento de suas atividades foi de 4,28%. Mas, desde 2012, o setor vem apresentando desaceleração do ritmo de suas atividades devido ao cenário de deterioração do ambiente de negócios. Com isso, as taxas de crescimento têm ficado inferiores às necessárias. 
O setor de construção civil encolheu 8% em 2015, conforme o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), que ressalta que o cenário político deteriorou, a renda das famílias diminuiu, houve retirada de recursos da poupança, retração de crédito e de investimentos, queda na confiança do consumidor e das empresas e atrasos nos pagamentos do Minha Casa, Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em decorrência desses fatores, as vendas do mercado imobiliário foram reduzidas, os distratos aumentaram, o ritmo de execução de obras públicas e privadas caiu, concessões foram adiadas, os níveis de emprego pioraram, altas taxas de juros e, consequentemente, o PIB da construção encolheu. 
Dados do Setor da construção civil no período: 2014 – 2016. Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC (2016).
 Tabela1: Taxa de Crescimento (%) 
	TRIMESTRE
	PIB pm Total
	VAB (Valor Adicionado Bruto) pb Total
	 INDÚSTRIA
	TOTAL
	
	
	
	Construção Civil
	
	2014
	 
	 
	 
	 
	1º TRIMESTRE
	3,2
	3,1
	9
	4,6
	2º TRIMESTRE
	-0,8
	-0,7
	-1,7
	-2,7
	3º TRIMESTRE
	-1,1
	-1
	-7,6
	-2,9
	4º TRIMESTRE
	-0,7
	-0,7
	-2,2
	-2,1
	ACUM. 2014
	0,1
	0,1
	-0,9
	-0,9
	2015
	 
	 
	 
	 
	1º TRIMESTRE
	-2
	-1,7
	-8,3
	-4,4
	2º TRIMESTRE
	-3
	-2,5
	-10,6
	-5,7
	3º TRIMESTRE
	-4,5
	-3,8
	-6,3
	-6,7
	4º TRIMESTRE
	-5,9
	-5
	-5,2
	-8
	ACUM. 2015
	-3,8
	-3,3
	-7,6
	-6,2
	2016
	 
	 
	 
	 
	1º TRIMESTRE
	-5,4
	-4,6
	-6,2
	-7,3
	2º TRIMESTRE
	-3,8
	-3,3
	-2,2
	-3
	ACUM. 2016
	-4,6
	-3,9
	-4,2
	-5,2
 Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC (2016).
A média aritmética é uma das medidas de tendência central que abordaremos neste trabalho. Acima, vemos que o valor do 1° trimestre (- 6,2) e 2° trimestre (- 2,2) de 2016:
m.a = 6,2 + 2,2
 2
m.a = 8,4
 2
m.a = 4,2
Quando afirmamos que o VAP pb médio da Construção Civil, do ano de 2016, foi de -4,2, todo o conjunto do índice Valor Adicionado Bruto do ano de 2016 foi representado por um único valor que, nesse caso, foi a média aritmética do VAP pb.
A construção civil participa com 6,4 % do PIB nacional (2015 IBGE), representa 28,3% do PIB industrial nacional e 55,5% do investimento nacional (2015 IBGE). Nos últimos anos, o setor alcançou 3,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada, contingente que sofreu redução a partir de outubro de 2014. De lá para cá, a construção perdeu quase 700 mil postos formais de trabalho, movimento com expressivo impacto social e econômico diante da consequente redução do consumo das famílias e da arrecadação tributária e previdenciária dos entes da federação. Segundo CAGED MTE – Março 2016 o estoque de trabalhadores formais do setor de construção foi de 2.617.234.
O último relatório da “Sondagem Indústria da Construção” traz uma radiografia clara e pessimista sobre um dos setores mais afetados pela crise econômica – Indústria da Construção. Com nível de atividade em queda, demissão de empregados e diminuição das margens de lucro, os empresários da construção estão preocupados e insatisfeitos. Os principais problemas enfrentados pelo setor são as taxas de juros elevadas, a demanda interna insuficiente e a inadimplência dos clientes. As expectativas indicam novas quedas no nível de atividade, na inauguração de novos empreendimentos e nas compras de insumos e matérias-primas. 
Principais problemas enfrentados pela indústria da construção, percentual dos entrevistados que citaram problemas como um dos três mais importantes.Tabela 2: Principais problemas enfrentados pela construção
	17%
	Burocracia excessiva;
	28%
	Falta de capital de giro;
	31%
	Elevada carga tributária;
	31%
	Inadimplência dos clientes;
	36%
	Demanda interna insuficiente;
	39%
	Taxa de juros elevada;
 Fonte: TEM, DIEESE, 2016.
A taxa de desemprego é resultado de uma reação em cadeia na economia. Sem novas obras públicas, com poucos prédios sendo construídos pelo país, o setor da construção civil é um dos que mais viram empregos desaparecerem nos últimos dois anis. Este é o último elo que se espalha pela cadeia da economia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados dia 27 de julho de 2016, pelo Ministério do Trabalho revelam que o setor da construção fechou 28.149 vagas formais em junho. No mês de referência, o Brasil fechou 91.032 vagas. De janeiro a junho a perda no setor foi de 114.099 e nos últimos doze meses encerrados em junho de 2016 o setor fechou 401.664 postos.
Tabela 3: Evolução do emprego formal no Brasil por setor de atividade econômica
Fonte: Elaborado por Observatório Unilasalle a partir dos dados do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Verifica-se na tabela 3 que o mercado de trabalho formal brasileiro registrou, entre admissões e demissões, saldo negativo no mês de abril de 2016, com 62.844 postos de trabalho com carteira assinada o que representa uma queda de 0,16% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor de Construção Civil (16.036) foi o segundo setor que mais fechou postos de trabalho. No ano foram fechados 378.481 postos de trabalho com carteira assinada.
 Figura 2: Número de demissão setor Construção Civil 2014/2015 no Brasil
 
 Fonte: Catho com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, 2016.
A construção civil no país cortou 31,1 mil postos de trabalho em julho de 2016, o que significa queda de 1,13% no nível de emprego em relação a junho. As maiores quedas ocorreram no Nordeste (-1,55%), seguido pela Região Sudeste (-1,42%). Apenas o Centro-Oeste apresentou alta (0,13%). 
Essa foi a 22ª baixa consecutiva no saldo entre contratações e demissões no setor que tem atualmente 2,73 milhões de trabalhadores. No acumulado de janeiro a julho, foram fechadas 170,3 mil vagas. Em 12 meses, o número de empregos suprimidos soma 468,8 mil. Os dados foram divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) que faz o levantamento em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), sobre a base de informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). 
Em nota, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, atribuiu o crescimento do desemprego à recessão econômica. “Embora os empresários do setor estejam menos pessimistas com o futuro desempenho das construtoras, a persistência dos juros altos, o desemprego, o declínio da renda das famílias e as restrições à concessão de financiamentos determinam a atual escassez de novos investimentos no setor”, diz o texto. 
Mas o mercado de construção tem peculiaridades que tornam sua situação particularmente complexa. O próprio setor contribuiu para sua derrocada, tanto no caso das construtoras de imóveis quanto no caso das empreiteiras. No primeiro grupo, anos de euforia levaram a um excesso de ofertas em algumas grandes cidades e, em consequência disso, uma paradeira geral nos lançamentos. 
A situação econômica que tem impactado profundamente a economia brasileira se combina com a forte crise política no país, que tem afetado o conjunto da economia (sobretudo as perspectivas de investimento) e, particularmente, tem sua raiz nos escândalos de corrupção na Petrobrás e a operação Lava-Jato. Mas o lado mais particular — e perverso — da crise da construção é o potencial que ela tem de piorar ainda mais a economia brasileira. A começar pelo seu tamanho — o setor é responsável por cerca de 6,4% do produto interno bruto do país e emprega, diretamente, mais de 3 milhões de pessoas. 
Do ponto de vista da economia, também a construção civil – tendo os empreiteiros no foco desse escândalo de corrupção - tem sido duramente afetada por todo esse contexto: o recuo da construção civil com relação ao primeiro trimestre do ano de 2015 aponta 8,2%. 
Para Murilo Pinheiro, essa não é a pior crise pela qual o país passou em suas mais de três décadas acompanhando o setor de construção civil. 
Já tivemos crises econômicas piores e crises políticas mais graves. Mas o que faz dessa uma crise especialmente complicada e preocupante é que temos uma combinação das duas coisas (PINHEIRO, Murilo, 2016).
“Marca” do primeiro mandato de Dilma Rousseff e um dos principais trunfos da campanha à reeleição, o Programa Minha Casa Minha Vida, assim como o resto dos projetos na construção civil, paga o preço dos erros recentes na condução da economia e do agravamento da crise. Depois de atrasar pagamentos às construtoras e restringir o crédito, o governo reviu certas posturas e ofertou mais dinheiro ao mercado. A reação tende, porém, a demorar. Antes será preciso limpar o caminho. Presidente da maior construtora de imóveis destinados à baixa renda, a MRV Engenharia, e da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Rubens Menin só enxerga novas obras a partir do próximo ano. “Neste momento, o setor precisa cumprir as obras contratadas em 2014, colocar os atrasos em dia e ter uma definição do cronograma de pagamentos.” A faixa básica do programa representa 40% das unidades entregues e 30% da ocupação de mão de obra, calcula o empresário.
O abalo no Minha Casa Minha Vida é parte da crise do setor imobiliário, que atinge diretamente o setor da construção civil, o mesmo está em queda desde o último trimestre do ano passado e fortemente afetado pelo ajuste fiscal e a política monetária. Entre os efeitos negativos, destaca-se a redução do orçamento do programa, de 18,6 bilhões para 13 bilhões de reais. Além disso, a Caixa Econômica Federal, responsável por 70% das operações do Sistema Financeiro de Habitação, aumentou as exigências para a concessão de empréstimos. Uma combinação de juros e inflação altos resultou na fuga de mais de 30 bilhões de reais da caderneta de poupança, principal fonte do crédito. Desde outubro, 290 mil postos de trabalho foram fechados no setor, mostra a Sondagem da Indústria da Construção Civil, da Confederação Nacional da Indústria. 
analisando a crise na construção civil
A indústria da construção civil continua a apresentar queda em seu nível de atividade. Dados da Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada dia 21 de julho de 2016 aponta que o índice de evolução da atividade no setor da construção civil ficou em 41,2 pontos em junho de 2016. Embora ainda esteja abaixo dos 50 pontos, o número subiu 1,1 pontos em relação ao mês passado e 7,9 pontos na comparação a dezembro de 2015. Vale lembrar que os indicadores variam de zero a 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 apontam queda.
O principal problema enfrentado pelas empresas do setor no segundo trimestre de 2016 foi à falta de compradores. A demanda interna insuficiente, com 36,7% das assinalações, alcançou a primeira posição do ranking das dificuldades do setor. Em seguida, com 34,7% das respostas, apareceu a elevada carga tributária e, em terceiro, com 34,2% das menções, a alta taxa de juros. Parcela significativa dos empresários cita ainda a inadimplência dos clientes, a falta de capital de giro e o excesso de burocracia como entraves às atividades da construção. 
A pesquisa da CNI mostra ainda que permanece a insatisfação com as condições financeiras e com a margem de lucro. No segundo trimestre, o índice de satisfação com a margem de lucro alcançou 30,6 pontos, enquanto o de satisfação com a situação financeira ficou em 34,2 pontos.  As empresas enfrentam ainda grandes dificuldades de acesso aos financiamentos bancários. O indicador de facilidade de acesso ao crédito alcançou 26,3 pontos, muito abaixo da linha divisória de 50 pontos.
De maio para junho de 2016o custo nacional do metro quadrado passou de R$ 997,60 para R$ 1.007,75. Deste total, R$ 528,55 dizem respeito a materiais e R$ 479,20 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 0,16%, ficando com resultado próximo da taxa de maio (0,17%). Já a parcela da mão de obra registrou variação de 1,97%, subindo 0,39 pontos percentuais em relação ao mês anterior (1,58%).
A região Sudeste foi a que apresentou a maior alta nos custos da construção civil em junho ao variar 1,54%, resultado 0,52 ponto percentual acima do custo nacional. Na sequência, a região Sul (1,01%), Nordeste (0,82%), Norte (0,33%) e Centro-Oeste (0,09%).
Quando se discutem os problemas macroeconômicos do Brasil, frequentemente surge o diagnóstico de que a causa de nossos males é a alta taxa de juros. Basicamente, há quatro canais pelos quais os juros altos prejudicaram a economia:
· Os juros altos desestimulam o investimento, o que, por sua vez, reduz a aumento da capacidade produtiva. A baixa oferta provoca mais inflação, que faz os juros subirem mais, que inibe novos investimentos, o que, ao final, leva a taxas de investimento mais baixas;
· Os juros altos também desestimulam o consumo, porque tornam o consumo presente (em contraposição ao consumo futuro) muito caro. O indivíduo passa a considerar mais seriamente a hipótese de consumir menos hoje e utilizar os recursos poupados (acrescidos dos juros) para consumir mais no futuro. Sem ter consumidores, os empresários decidem reduzir sua produção, e diminuem as contratações. Mais gente sem emprego significa menos consumo, e o círculo vicioso se perpetuaria;
· Em situações favoráveis no mercado internacional, os juros altos apreciam a taxa de câmbio porque tornam aplicações em títulos brasileiros mais atraentes. A taxa de câmbio apreciada reduziria a competitividade da indústria nacional, prejudicando nossas exportações e emprego;
· Os juros altos aumentam o custo da dívida. O governo tem então de desviar cada vez mais recursos do orçamento para pagar a dívida, deixando de realizar gastos considerados mais produtivos, seja investindo em infraestrutura, educação ou em programas sociais.
Sendo assim, a taxa de juros não é causa, mas consequência de outros desequilíbrios de nossa economia. Quanto mais alta a inflação, maior o desestímulo para contratos de longo prazo, com sérios prejuízos para o desenvolvimento econômico.
No Brasil, a meta da inflação é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, atualmente, está fixada em 4,5% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IGBE), com intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais. A meta é estabelecida para o ano calendário. Assim, o Banco Central do Brasil (Bacen) terá cumprido a meta se a inflação acumulada no ano até dezembro de 2016 ficar entre 2,5% e 6,5%. Se não tiver cumprido, terá de redigir uma carta aberta ao Ministro da Fazenda explicando por que não cumpriu, o que fará para que a inflação retorne à meta e em quanto tempo espera que esse retorno se verifique. Observe que, se ao longo do ano, a inflação acumulada nos doze meses anteriores superar 6,5%, não há problemas: a meta só é aferida em dezembro.
O principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
Em suma, a taxa de juros Selic é um instrumento para conter a inflação no curto prazo. Garantir as condições para crescimento mais acelerado e inflação mais baixa no longo prazo depende de políticas e instrumentos que estão fora do controle do Banco Central, e que devem ser da responsabilidade de todo o governo, em especial dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.
A inflação é resultado de um excesso de demanda em relação à oferta (seja porque a demanda aumentou ou porque a oferta diminuiu). Quando o Banco Central aumenta os juros, o desequilíbrio entre demanda e oferta é solucionado, principalmente, via redução da demanda (embora não se possa ignorar que a apreciação cambial permite um aumento da oferta de bens, via importações).
Se o Banco Central não reagir, o equilíbrio, a solução de mercado é um aumento da inflação, pois o aumento de preços reduz a renda real e desestimula a demanda (também é possível um impacto favorável sobre a oferta, pois aumentos de preços estimulam as empresas a produzir e vender mais, mas esse impacto tende a se reduzir à medida que a inflação se torna mais alta e menos previsível).
 Gráfico 1: VA da indústria – Taxa de crescimento 2016
 
	 Fonte: SEI, IBGE, 2016.
	
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) tem sido, há muito tempo, a principal fonte de crédito das instituições financeiras privadas às incorporadoras e construtoras para a produção de empreendimentos imobiliários. No setor da construção civil, o papel do crédito como indutor do crescimento e do desenvolvimento é ainda mais relevante. Isso porque o setor demanda quantidades vultosas de recursos e apresenta ciclos operacionais mais longos, quando comparado aos demais setores. 
Quanto menor o custo do financiamento à produção, em comparação à taxa natural de retorno do empreendimento (sem considerar o financiamento), maior será o efeito alavancador da rentabilidade sobre os recursos investidos. O efeito alavancador da rentabilidade sobre os recursos investidos nos empreendimentos imobiliários está diretamente relacionado à diferença entre a taxa natural de retorno do empreendimento e o custo do financiamento à produção. Assim, para que o financiamento à produção seja uma alternativa interessante na composição da equação de fundos do empreendimento, é necessário que seu custo seja inferior à taxa natural de retorno do empreendimento que, por sua vez, deve ser inferior à taxa de atratividade do investimento definida sob a ótica da incorporadora. Isso porque, nessa hipótese, atingir a taxa de atratividade dependerá do efeito alavancador do financiamento. 
A taxa de atratividade, por sua vez, está diretamente relacionada à taxa básica de juros da economia. Assim, quanto mais baixa essa taxa, mais baixa será a taxa de atratividade. E quanto mais baixa a taxa de atratividade, mais baixo deverá ser o custo do financiamento, para que se mantenha interessante. Hoje em dia, esse fator tem refletido positivamente na redução das taxas de juros dos financiamentos. 
Nesse sentido, observa-se a tendência de que os financiamentos para aquisição de imóveis por pessoas físicas, dada sua característica de longo prazo, tendem a ter cada vez mais prioridade em relação aos recursos da Poupança, enquanto os financiamentos à produção tendem a depender cada vez mais dos recursos captados por fontes alternativas.
Assim, as taxas básicas de juros tendem a ser, num futuro próximo, o principal determinante do custo para o setor da construção civil. E o crescimento do setor dependerá, principalmente, da manutenção das taxas básicas de juros em patamares adequados, possibilitando o ingresso de novos recursos no sistema e a continuidade do modelo atualmente praticado. 
No Brasil há diversos índices de inflação. Os diferentes índices utilizam em seus cálculos faixas de renda diferentes, regiões diferentes, itens diferentes e até períodos diferentes. Isso contribui para tornar mais segura a medição da inflação no país. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é o principal indicador de custo da construção civil no Brasil. O índice mede aevolução dos custos de construções habitacionais nas dezoito principais capitais de estados do país. 
A escassez de recursos pode ser contornada pela escolha competente de projetos de investimentos nos setores estratégicos, que impactam mais fortemente a economia e, por efeito de transbordamento, uma ampla variedade de outros setores a eles inter-relacionados. Este estudo procura demonstrar que os investimentos em construção devem receber tratamento prioritário na alocação de recursos por seus efeitos diretos, indiretos e induzidos na produção, renda, emprego e nos tributos. A forte interligação para trás da indústria da construção com outras atividades permite classificá-la como um setor-chave para a economia brasileira. Além disso, a construção civil é uma atividade que complementa a base produtiva e cria externalidades positivas que aumentam a produtividade dos fatores de produção e incentivam as inversões privadas, sendo de importância estratégica para a sustentação do desenvolvimento econômico e social brasileiro.
O Produto Interno Bruto (PIB) na Indústria, houve retração de 0,2% na Construção no segundo trimestre em relação ao primeiro, e de 2,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, “estas quedas refletem a continuidade do cenário de diminuição da atividade do setor em virtude da retração nos investimento. Por outro lado, o ritmo de queda se reduziu significativamente”, comentou. 
Os números da construção civil em 2016 ainda continuam negativos. No primeiro semestre, o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 4,3% no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do cenário de retração, existe sinalização de melhora nos rumos da economia, segundo o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos.
Ele ressalta que os dados mais recentes demonstram redução na intensidade da queda. “A curva estagnou, parou de cair, o que num cenário econômico de retração da economia já é um bom sinal”, diz. No segundo trimestre de 2016 frente aos três primeiros meses do ano, o setor registrou relativa estabilidade no PIB do país (-0,2%).
Ferraz Netto defendeu a necessidade de adoção de medidas para estimular as atividades no setor, tais como o Programa Minha Casa, Minha Vida, privatizações e retomada de obras de infraestrutura.
 Figura 3: Contas Nacionais Trimestrais – Construção Civil
 
 Fonte: Contas Nacionais Trimestrais – IBGE, 2016.
Em macroeconomia, há diversas equações que relacionam a inflação, o desemprego, o nível de preços, a inflação esperada, os salários (ou renda), entre outras variáveis. Não cabe aqui apresentar essas equações, mas sim as consequências das relações entre os elementos citados.
Quando a inflação é consistentemente positiva ano após ano, cria-se uma expectativa de que o nível de preços do ano em vigor seja igual ao do ano anterior, o que é sistematicamente incorreto. As pessoas não gostam de repetir erros, então complementa Blanchard (2009), as pessoas, ao formarem suas expectativas, começaram a levar em conta a presença e a persistência da inflação. Essa mudança na formação de expectativas modificou a natureza da relação entre desemprego e inflação: a taxa de desemprego afeta não a taxa de inflação, mas sim a variação da taxa de inflação. O desemprego elevado leva a uma inflação decrescente; o desemprego baixo leva a uma inflação crescente. 
De acordo com Blanchard (2009), os efeitos das políticas macroeconômicas são sempre incertos. Essa incerteza deveria levar os formuladores de política econômica a serem mais cautelosos, a utilizarem políticas econômicas menos ativas. As políticas econômicas devem ter como objetivo amplo evitar recessões prolongadas, desacelerar as explosões de crescimento e evitar a pressão inflacionária.
Para Dornbusch e Fischer (2006), há diversas combinações de taxas de juros e níveis de renda que permitem o equilíbrio do mercado de bens. Aumentos na taxa de juros reduzem a demanda agregada pela diminuição dos gastos com investimento. Portanto, com altas taxas de juros, o nível de renda no qual o mercado de bens está equilibrado é mais baixo. As políticas do governo devem procurar controlar a inflação, pois o efeito na renda e no consumo da população é evidente.
As decisões de expansão ou retração monetária, com consequência no aumento ou na diminuição das taxas de juros, influenciam a inflação. Os bancos centrais precisam determinar taxas de inflação controláveis para que os objetivos econômicos sejam atingidos; e realizam isso através das políticas econômicas, monetárias e fiscais. Os objetivos variam: estabilidade de preços, crescimento da economia, entre outros.
 Tabela 4: Custo unitário básico por m² - CUB Médio Brasil em R$/m²
	 
	Valores em R$/m²
	Variações %
	
	
	Mês
	Acumuladas
	Ano
	Mês
	
	
	Ano 
	12 Meses
	2015
	JAN
	1.152,00
	0,57
	0,57
	5,79
	 
	FEV
	1.154,51
	0,22
	0,79
	5,69
	 
	MAR
	1.156,33
	0,16
	0,95
	5,28
	 
	ABR
	1.165,96
	0,83
	1,79
	5,69
	 
	MAI
	1.180,52
	1,25
	3,06
	6,08
	 
	JUN
	1.187,98
	0,63
	3,72
	5,46
	 
	JUL
	1.205,54
	1,48
	5,25
	6,01
	 
	AGO
	1.206,92
	0,11
	5,37
	5,85
	 
	SET
	1.211,06
	0,34
	5,73
	6,07
	 
	OUT
	1.212,59
	0,13
	5,86
	6,07
	 
	NOV
	1.215,13
	0,21
	6,09
	6,14
	 
	DEZ
	1.217,98
	0,23
	6,33
	6,33
	2016
	JAN
	1.224,48
	0,53
	0,53
	6,29
	 
	FEV
	1.227,90
	0,28
	0,81
	6,36
	 
	MAR
	1.234,75
	0,56
	1,38
	6,78
	 
	ABR
	1.239,68
	0,4
	1,78
	6,32
	 
	MAI
	1.244,50
	0,39
	2,18
	5,42
	 
	JUN
	1.262,87
	1,48
	3,69
	6,3
	 
	JUL
	1.270,96
	0,64
	4,35
	5,43
	 
	AGO
	1.276,89
	0,47
	4,84
	5,8
 Fonte: Banco de dados CBIC , divulgado pelo Sinduscon, 2016.
 
O preço da m² da construção 2016 é estimado com base no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil do IBGE. O levantamento é feito relacionando as despesas com materiais e mão de obra. Em junho de 2015, o custo por m2 da construção civil caiu 0,59%. Diante deste resultado, o custo nacional passou para R$ 1.680,73 (considerando 55% de materiais e 45% de mão de obra). O custo de obra por m² é feito por meio do CUB – Custo Unitário Básico, cuja metodologia é regida pela ABNT. A Lei Federal 4.591 de 16 de Dezembro de 1964 determina que todos os sindicatos da área de construção civil atualizem os valores unitários de construção a cada 5 meses. Para calcular o valor do m2 por construção é preciso levar em conta todas as informações presentes no projeto-padrão. O número de pavimentos, número de cômodos e padrão de acabamento são alguns fatores relevantes no cálculo.
Em 2015, os preços de material da construção civil aumentaram em 3,4%, índice bem abaixo dos 9,53% da inflação registrada no país. Apesar do aumento geral, considerado tímido pelo segmento, o setor apresenta uma retração de 40% nas vendas, reflexo da baixa demanda dos construtores e também da insegurança dos consumidores para iniciarem uma reforma na casa ou apartamento, neste momento de retração na economia. Hoje, um pacote de cimento, por exemplo, está custando em média 4,76% a menos do que custava no ano passado. Em alguns locais, a redução foi de 10%. Quem pesquisa vai encontrar descontos em tintas, massa corrida e comerciantes dispostos a negociar.
“Tudo que sobe, um dia cai. Vivemos um período de oito anos que foram muito bons. Porém, agora, as dificuldades estão grandes demais para nós”, comenta o presidente da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac), Paulo Zica Castro. Segundo ele, o impacto da crise econômica no país vem impactando nas vendas de materiais. “À medida em que a recessão se prolonga e, com ela, as incertezas, as vendas para as construtoras e varejo vão sendo afetadas”, diz Castro. Com o cenário, ele diz que os lojistas passaram a brigar mais pelo comércio e, com isso, os preços podem diminuir. “Acoisa está tão complicada que nem o construtor nem quem revende está enxergando uma saída”, afirma. 
“Antes, os preços dos materiais acompanhavam a inflação e, agora, estão bem abaixo dela. Mas, também, tínhamos um aumento real na mão de obra e, hoje, não temos”, diz Daniel Furletti, coordenador sindical e economista do Sinduscon-MG. Segundo ele, não tem havido “ambiente para o aumento dos preços, justamente por causa da recessão na economia. Com o desemprego e queda na renda, cai à demanda por esses materiais”. 
Muitas obras públicas estão paradas e isso tem afetado a venda de materiais. Para Daniel Furletti, da Sinduscon, com a estagnação dos preços, é hora da reforma para a dona de casa. Porém, mesmo com algumas reduções de preços, o consumidor e médico Carlos Goés, ainda tem avaliado que os valores estão altos. Ele está reformando sua farmácia e consultórios e diz que, onde foi, não achou nada barato. “A mão de obra passou de R$ 100 para R$ 180, o dia. A tinta que custava R$ 145, agora está R$ 160. Não senti redução em preços, é preciso pesquisar para achar os bons valores”, indica.
Indústria da construção – desafios para REVERTEr a crise no setor 
As expectativas dos empresários do setor de construção civil ainda continuam pessimistas. Todos os indicadores de expectativa oscilaram dentro da margem de erro na passagem de agosto para setembro de 2016. Os índices de expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços passaram de 46,1 e 44,8 pontos em agosto para 46,9 e 45,5 pontos em setembro.
Na mesma base de comparação, os indicadores de expectativa de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados variaram de 44,3 e 43,5 pontos para 45,0 e 44,1 pontos. Os índices de expectativa variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam expectativa de queda.
“A baixa utilização da capacidade operacional, a fraca atividade e a difícil situação financeira das empresas do segmento da construção desestimulam os empresários a investir. O indicador de intenção de investimento ficou praticamente estável em 26,9 pontos, na passagem de agosto para setembro, permanecendo entre os menores níveis da série”, finaliza a CNI.
A melhoria do ambiente econômico passa pela construção civil, defende Cláudio Elias Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material da Construção (Anamaco). Ele participou do encontro entre representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, no dia 11 de agosto de 2016. 
Os representantes da construção civil propuseram um pacto ao governo: "acredite na construção civil, que nossa resposta é muito rápida na geração de emprego e renda", diz Conz. O crescimento do Brasil, afirmou o presidente da Anamaco, passa por tijolo, cimento e mão de obra. Com base nos últimos três meses, o setor tem a sinalização de que vai reverter a queda do ano passado com crescimento em torno de 5%.
A indústria tem papel importante no Produto Interno Bruto (PIB) da construção; ela responde de forma rápida quando medidas econômicas são tomadas de forma correta. Foi o que disse Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Ele informou ainda que toda a estrutura da construção emprega 13 milhões de pessoas, considerando empregos formais, informais e indiretos. "Tradicionalmente, quando a construção está bem, ela admite, emprega pessoas", lembra Cover.
Nos últimos dois anos, mais de um milhão de trabalhadores foram desempregados, o que corresponde a quase 30% do setor em todo o Brasil. O presidente do Sindicato da Construção (SindusCon) do Estado de São Paulo, José Romeu Ferraz Neto, diz que o setor da indústria da construção está bastante paralisado. "O custo do emprego para a construção civil é muito baixo, comparado com outros setores, e o papel da construção é fundamental", ressalta. Neto defendeu medidas que precisam ser tomadas, como controle da inflação, redução da taxa de juros e ações paralelas como, por exemplo, as concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) e a retomada das obras paralisadas, já anunciada pelo governo.
"Queremos ser ouvidos, consideradas todas as diferenças e as regionalidades". Foi o que defendeu a presidente do Sindicato da Construção (SindusCon) do Estado do Pará, Leci Garcia. Ela também participou do encontro de representantes da construção civil com o presidente Michel Temer. "Nossa esperança", explicou Leci, "é que as lideranças políticas e o próprio presidente façam com que possamos atravessar essas dificuldades, produzir e avançar na economia. O ambiente tem de estar propício". Para haver mudança, segundo a presidente do SindusCon/PA, o País precisa enfrentar as reformas trabalhista, fiscal e tributária para adquirir um ambiente de produção e desenvolvimento.
O governo tem proposto algumas medidas de melhoria do gasto público e também algumas reformas. "Achamos que precisa ser feito para que o Brasil volte à normalidade", explicou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Ele disse ainda que "os indicadores que temos são mais de percepção e o que se percebe é que o humor das pessoas mudou, as pessoas estão menos pessimistas. Estamos vindo aqui e dizendo que estamos apoiando o presidente Temer e as medidas que precisam ser feitas para que o Brasil volte à normalidade". O presidente do Sindicato da Construção (SindusCon) do Estado do Piauí, André Baia, endossa: "Desde que passem as reformas que precisam passar, a economia retoma. O Brasil precisa crescer não só via crédito, mas via investimento. Mas, para isso, as reformas precisam acontecer". Baia lembra que o setor da construção civil é o que mais emprega pessoas de baixa renda; e que é fundamental para retomada da economia brasileira.
Adalberto Valadão, vice-presidente administrativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), afirma que é importantíssimo o papel da construção civil no Brasil, pois tem grande participação no PIB brasileiro e é a maior geradora de empregos. Valadão citou ainda a melhoria da relação que o governo está tendo com o Congresso Nacional, já que o País depende do Congresso para a aprovação de medidas que façam o Brasil crescer. 
O cenário permanece desafiador para a indústria da construção, segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dados divulgados dia 23 de setembro de 2016, indicam que o nível de atividade está abaixo do usual desde maio de 2012 e, assim como o emprego, continua com tendência de queda. Mas há sinais de que a crise está diminuindo. A redução do nível de atividade e do número de empregados tem sido menor que a observada durante todo o ano de 2015, destaca a CNI.
Os empresários também parecem estar mais interessados em investir. Após três meses de estabilidade, o indicador de intenção de investimento aumentou 3,7 pontos na passagem de maio para junho de 2016 – a primeira alta depois de três meses de estabilidade.
Figura 4: Intenção investimento
Fonte: Pesquisa Sondagem indústria da construção, da CNI, 2016.
Para alterar esse quadro, o setor tem ampliado os seus esforços em várias áreas: na capacitação da sua mão de obra, na utilização de novos processos construtivos, na utilização de inovações tecnológicas, na maior preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade e na solidificação do desempenho de suas edificações. Está apto a ajudar a transformar a realidade nacional. 
O número de empregados com carteira assinada caiu 3,8 % na comparação com o mesmo período de 2015 (agosto), mas ficou estável em relação ao trimestre anterior, em 34,2 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre anterior, a construção civil foi o setor que apresentou maior redução no contingente de ocupados: 3,3% ou 249 mil pessoas. Os dados foram divulgados dia 17 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2017, o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg diz que o cenário é melhor.“As perspectivas são de crescimento do PIB no país de 1% a 2%. E o nosso segmento acompanha o ritmo da economia”, diz. 
Desenvolvimento econômico e social no brasil
Crescimento econômico e desenvolvimento social são buscados por todos os países. Por trás desses dois termos, estão inseridos vários conceitos, como acumulação de capital, acréscimos do produto por trabalhador, aumento nos níveis de poupança e investimentos, melhores condições de vida, baixas taxas de natalidade e mortalidade entre outros respectivamente. 
O termo “desenvolvimento” foi subentendido por muito tempo apenas como uma economia forte, mas para alcançar um nível satisfatório de desenvolvimento é necessário mais que um PIB (Produto Interno Bruto) robusto, como também um nível de educação elevado da população, uma renda per capita que permita às pessoas poder de compra compatível com uma boa qualidade de vida, taxas mínimas de pobreza, baixa desigualdade social, saneamento básico ao acesso de todos, acesso a uma saúde de qualidade, esses e outros, são fatores que influenciam diretamente na qualidade de vida da sociedade. 
Desenvolvimento é mais que somente crescimento econômico, é um conjunto de fatores que determina o desenvolvimento econômico e o social, que devem caminhar juntos a fim de evitar as desigualdades, que assolam os países em vias de desenvolvimento. 
O debate acerca do desenvolvimento é bastante rico no meio acadêmico, principalmente quanto a distinção entre desenvolvimento e crescimento econômico, pois muitos autores atribuem apenas os incrementos constantes no nível de renda como condição para se chegar ao desenvolvimento, sem, no entanto, se preocupar como tais incrementos são distribuídos. Deve se acrescentar que “apesar das divergências existentes entre as concepções de desenvolvimento, elas não são excludentes. Na verdade, em alguns pontos, elas se completam” (SCATOLIN, 1989, apud OLIVEIRA, 2002, p. 38).
Assim, pode-se visualizar que o desenvolvimento foi, ou ainda é, entendido em sua maior parte, apenas como crescimento da economia, na maioria das discussões econômicas, livros entre outros, a preocupação com os fatores que tem como resultado o aumento do capital, dos fatores exclusivamente econômicos.
... A planificação do desenvolvimento não pode ser exclusivamente social ou econômica, embora na prática ocorra quase sempre o predomínio do planejamento econômico (...) para ele, somente os objetivos sociais, que implicam melhoria dos níveis de vida e de bem estar podem ser considerados como fins do desenvolvimento, enquanto que os objetivos econômicos (...) são apenas fins intermediários, cujo único valor é contribuir para os objetivos finais já aludidos. (DREWNOSKI, 1966, apud ARAUJO, 1975, p. 518).
Na visão de Amartya Sen (2000, p. 28) ressalta que “Uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis relacionadas à renda. Sem desconsiderar a importância do crescimento econômico, precisamos enxergar muito além dele”. O que Sen pretende é mostrar que a qualidade da vida humana não deve ser medida pela riqueza das nações, mas pelas liberdades proporcionadas aos indivíduos. Liberdades políticas, facilidades econômicas, oportunidades sociais, garantia de segurança e transparência são exemplos de instituições que, na concepção do autor, agem de forma interligada e contribuem para o aumento da liberdade individual.
As liberdades individuais de que fala Amartya Sen são aquelas intrínsecas da pessoa humana, que podem ser incrementadas pelos programas governamentais de saúde, de educação, de saneamento básico e de habitação, entre outros que servem às necessidades dos cidadãos. Assim, se toda a riqueza conseguida por um país for revertida em investimentos sociais, este país não só apresentará um crescimento econômico, mas também um desenvolvimento econômico e social.
O Brasil é visto por Sen como um dos países que são exemplos de situações econômicas contrastantes. O Brasil apresenta um PNB crescente, no entanto ainda não é um país economicamente desenvolvido, o que demonstra que o crescimento econômico, embora tenha influência para o desenvolvimento, não representa o próprio desenvolvimento. O problema brasileiro está no histórico de desigualdades sociais que possui, e que, até o momento, mesmo com os programas governamentais de melhorias, não foram contornados. Assim, o Brasil não atinge altos níveis de desenvolvimento econômico por não preencher eficazmente as necessidades sociais de sua população (SEN, 2000, p. 62).
O crescimento econômico conseguido por meio dos avanços tecnológicos e industriais e das relações de mercado tem parte inquestionável na conquista do desenvolvimento econômico. No entanto, enfatiza-se que o investimento no ser humano aparece como complemento primordial para a formação de um ciclo econômico bastante equilibrado. Disponibilizam-se oportunidades aos indivíduos, os quais as aproveitam, desenvolvem-se como pessoa humana e passam a apresentar condições de trabalhar para o desenvolvimento econômico de seus países. Cabe esta relação exemplificativa: o cidadão, que tem oportunidade de frequentar a escola, torna-se um indivíduo instruído e produz intelectualmente em favor de sua nação.
Não querendo adentrar a discussão de qual é o sentido correto da palavra “desenvolvimento”, limitamos a utilizar o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, calculado pela ONU, quem um resultado mais próximo de um (1), mais desenvolvido é o país, não levando em consideração apenas as questões econômicas, mas também as sociais, como o índice de educação, índice de esperança de vida e índice de rendimentos, que é um dos indicadores bases desse estudo. 
A crise econômica bateu em cheio na renda dos brasileiros e, pela primeira vez desde 2010, fez o país cair no ranking de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (ONU). O Brasil passou da 74ª posição para 75ª numa lista de 188 nações que são classificadas com base em três indicadores: saúde, educação e renda. Juntos, esses três fatores são combinados para compor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que varia de zero a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a qualidade de vida da população. A renda per capita brasileira anual baixou de US$ 15.288 em 2013 para US$ 15.175 em 2014, recuo de 0,73%. Em seu último relatório, referente a 2014, o IDH brasileiro foi calculado em 0,755. O IDH também leva em conta a expectativa de vida — como indicador de saúde — e média de anos de estudo e anos de escolaridade esperada como indicadores de educação. 
A expectativa de vida subiu de 74,2 para 74,5 anos: número de vários países da elite do IDH, o grupo de desenvolvimento humano muito alto. Já a estimativa de escolaridade brasileira permaneceu em 15,2 anos pelo quinta edição seguida do ranking. 
Um dos mais importantes setores da economia, o segmento da construção civil é responsável por envolver atividades industriais de transformação com aplicação de recursos e habilidades. É também responsável por elaborar soluções de urbanismo e edificações que se tornam indispensáveis à evolução e ao desenvolvimento da sociedade, configurando-se como a indústria da qualidade de vida. Os seus efeitos afetam os padrões sociais de vida, a qualidade e a produtividade da sociedade.
A indústria da construção civil possui uma ampla cadeia produtiva que engloba o segmento fornecedor de matérias-primas, equipamentos para a construção e os setores de serviços correlatos, destacando-se no processo de desenvolvimento dos países. O setor da construção civil contribuiu sobremaneira para situar o país em posição de destaque no cenário econômico mundial. 
É um setor que engloba diversos segmentos e subsegmentos do mercado. Construtoras, incorporadoras e prestadoras de serviços, e vários segmentos da indústria de materiais de construção e por segmentos do comércio. Além disso, o alto nível tecnológico da indústria nacional se reflete num amplo leque de produtos, presente no mercado de construção do Brasil.Nos últimos anos, este setor registrou um bom desempenho, tendo registrado a maior participação principalmente através dos Programas Federais, destacando-se o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento no Minha Casa Minha Vida que impactaram positivamente neste setor.
Desta forma é um setor com efeito multiplicativo na economia que alcança os mais variados setores e subsetores, com um grande poder, de geração de mão de obra em grande escala e renda. 
A população mundial tem vivenciado um acelerado processo de urbanização em quase todos os países, cuja intensificação tem provocado consequências desastrosas para os indivíduos, a exemplo da condição da moradia. Paralelamente, indivíduos e população têm despertado para uma maior consciência das questões sociais e ambientais. Esta consciência de responsabilidade social nasceu e tem se disseminado neste movimento, fomentando programas, projetos, e ações nos diversos segmentos produtivos, nos diversos países do mundo. 
A construção civil, historicamente alheia a essas questões, tem fracamente aderido a esta nova postura. Este trabalho buscou mapear algumas ações de responsabilidade social realizadas pela construção civil no Brasil, com o objetivo de levantar esta nova postura, e tentar estabelecer uma ligação entre esta realidade e a condição precária de moradia de grande parte da população. O que demonstram que, embora a construção civil se configure como uma indústria de tamanho, força, e poder ímpares, a adesão a uma postura de responsabilidade social para com a questão da moradia é quase inexistente e distanciada das necessidades.
Assim, urge que o setor da construção civil assuma socialmente responsabilidade equivalente ao seu tamanho, força e poder. O setor é um grande impulsionador de vagas de empregos, em especial, os profissionais menos qualificados e socialmente menos favorecido, porém com grande sensibilidade às características regionais e sociais. 
A importância da construção civil no desenvolvimento econômico brasileiro, sendo considerado um dos setores da economia brasileira com maior potencial de geração de renda, emprego e bem estar para a população.
De acordo com pesquisa de Déficit Habitacional Municipal no Brasil 2014 que analisa todas as cidades do país com o objetivo de auxiliar nas discussões e na elaboração de políticas públicas relacionada à necessidade de moradia, o Brasil possui um déficit habitacional de 6,068 milhões de moradias. O estudo possui parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades e o Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro. 
Tabela 5: Déficit habitacional total – Relativo e por componentes - 2014
	Especificação
	Déficit Habitacional
	
	Total absoluto
	Total relativo
	Componentes
	
	
	
	Habitação precária
	Coabit. Familiar
	Ônus excessivo aluguel
	Adens. excessivo
	Região Norte
	632.067
	12,8
	152.156
	280.303
	155.339
	44.269
	Região Nordeste
	1.900.646
	10,8
	501.406
	651.606
	671.431
	76.203
	Região Sudeste
	2.425.679
	8,3
	104.425
	653.986
	1.476.024
	191.244
	Região Sul
	645.189
	6,3
	72.720
	199.933
	346.696
	25.840
	Região Centro-Oeste
	464.480
	9
	32.323
	125.770
	277.053
	29.334
	BRASIL
	6.068.061
	9
	863.030
	1.911.598
	2.926.543
	366.890
	Total das RMs
	1.759.094
	8,6
	101.899
	503.370
	995.299
	158.526
	Demais áreas
	4.308.967
	9,2
	761.131
	1.408.228
	1.931.244
	208.364
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – IBGE, 2014.
O déficit habitacional foi calculado pela soma de 4 componentes:
1. Domicilios precários: todos os locais e imóveis sem fins residenciais e lugares que servem como moradia alternativa, por exemplo, imóveis comerciais, pontes e viadutos, barracas, carcaças de carros abandonados, entre outros, o que indica a carência de novas unidades domiciliares. Como também, os domicílios rústicos que são aqueles sem paredes de alvenaria ou madeira aparelhada proporcionando desconforto e risco de contaminação por doenças;
2. Coabitação Familiar: quando há mais de uma família por domicilio;
3. Ônus Excessivo com Aluguel: famílias urbanas com renda até 3 salários mínimos e que gastam 30% ou mais de sua renda com aluguel;
4. Adensamento Excessivo de Domicilio Alugados: quando há três moradores ou mais por dormitório.
Contudo, excluem-se do cálculo os domicilio com condições inadequadas de moradia tais como falta de água, saneamento, entre outros. Situações encontradas diariamente e em todo o país, o que dificulta uma análise satisfatória dos resultados.
A utilização indevida de materiais, energia, água e demais recursos colocaram a construção civil como um setor responsável por um alto impacto ambiental. As relações de mercado e o modelo capitalista de progresso contribuíram para o aumento dessa exploração inadequada de matérias-primas e fontes energéticas poluentes para seu processamento em larga escala. Porém, o despertar de um desenvolvimento baseado na manutenção do meio ambiente e na promoção de uma maior qualidade de vida, vem sendo discutido e ampliado em ações relacionadas às atividades humanas. 
Atualmente no mundo capitalista, o lucro se sobressai acima de qualquer outro resultado, mas para conseguir o desenvolvimento econômico e social no Brasil é necessário que exista uma relação direta entre os dois assuntos. É necessário produzir em larga escala para suprir as necessidades dos consumidores, mas também é necessário zelar pelos meios naturais que ajudam a produzir, melhorar as relações de trabalho e de satisfação dos funcionários.
A valorização de recursos locais, naturais e humanos, faz com que haja a integração entre o indivíduo e o meio construído. Os problemas causados pela ordem capitalista interferem nas relações humanas e no meio ambiente, torna-se inevitável o caminho em direção à discussão de soluções cada vez mais urgentes rumo a sustentabilidade, influenciando um número cada vez maior de indivíduos a tomar uma atitude efetiva para o alcance de um desenvolvimento sem agressões, seja aos seres vivos ou ao meio onde vivem, acumulando conhecimento e otimizando recursos através de uma visão sistêmica.
Grande parte das obras feitas no Brasil não possuem o auxílio de um arquiteto ou engenheiro. A informalidade na construção é um grande desafio para os profissionais do ramo, que passam anos estudando e têm seus serviços trocados pelo “achismo” e costume de profissionais não qualificados. As formas para reverter essa situação devem ser pensadas em conjunto com todas as partes envolvidas, além do governo federal, estadual e municipal, a fim de que os benefícios estejam em maior escala que os malefícios.
Além de representar uma ameaça para profissionais qualificados, a informalidade possui outro grande agravante: a segurança do trabalho. Na maioria das construções desse tipo, o quesito segurança é uma das últimas preocupações. De acordo com pesquisa realizada no estado do Mato Grosso do Sul, são registrados cerca de 400 acidentes de trabalho por ano na construção civil. Entretanto, estima-se que apenas 20% dos acidentes são registrados, pois a maioria das obras no estado são feitas de maneira informal. Atualmente, com a crise econômica, os números de acidentes têm aumentado, o que significa que há, também, aumento no número de construções sem supervisão técnica.
Em pesquisa recente, estima-se que cerca de 54% da mão de obra da construção civil está empregada informalmente. O crescimento do setor da construção é prejudicado com o aumento dessas estatísticas. Por meio de debates à respeito de direitos trabalhistas e segurança no trabalho, o Comitê tem ajudado a reverter a situação da construção civil no Brasil. Observa-se que a informalidade está diretamente ligada à economia. 
Poucas pessoas têm conhecimento de que há uma lei que garante assistência técnica gratuita para construção de casas de famílias carentes. A Lei 11.888, de 2008, prevê que a União destine recursos para estados e municípios a fim de que invistam em projetos desse tipo. Entretanto, essa Lei não tem sido colocada em prática, devido ao desconhecimentopor parte da população, fazendo com que estados e municípios não destinem verbas para esses trabalhos.
Figura 5: Lei N° 11.888
Fonte: Site Planalto, acesso 11 de outubro de 2016.
Como os políticos pouco têm feito para reduzir práticas ilegais na construção civil, seria ideal as iniciativas partirem do setor privado. Construtoras deveriam atuar em conjunto para eliminar os riscos ao setor da construção, atuando fortemente em fiscalização e adoção de práticas junto aos trabalhadores informais, de forma que haja conscientização e desenvolvimento da construção civil no Brasil.
CONCLUSÃO
Com os dados concisos percebe-se que a crise fez inúmeras vítimas, e isso refletiu em diversos setores, sendo a construção civil o mais afetado pela deterioração do cenário macroeconômico, que contribuiu para o aumento dos juros e escassez do crédito para financiamentos, além de abalar a confiança do consumidor. 
 Foi demonstrado como se relacionam os inúmeros indicadores econômicos e sociais, e seus conceitos. E também suas causas, consequências e a relação com a crise atual do Brasil. Cobrando um pesado preço sobre empregos, poder de compra e a vida dos trabalhadores brasileiros.
A economia brasileira atravessa crise sem precedentes em sua história recente. O ineditismo se dá não somente pela magnitude da recessão ou da inflação, mas por a situação não decorrer de qualquer causa aguda, como uma crise internacional ou um fato interno excepcional. É, sim, resultado de um acúmulo de más políticas internas, que minaram a confiabilidade do governo. O aprofundamento das descobertas da Operação Lava-Jato tem mostrado ao país e ao mundo, a profundidade da degradação ética e moral envolvendo a elite política do país. Do ponto de vista da economia, também a construção civil – tendo os empreiteiros no foco desse escândalo de corrupção - tem sido duramente afetada por todo esse contexto.
A explosão das insatisfações populares e os sintomas da nossa crise econômica - baixo crescimento, instabilidade cambial e os dilemas de natureza fiscal, em meio a um processo de elevação da taxa de juros, com o pretexto de se combater a elevação das taxas de inflação - expõem mais uma vez as incongruências que as classes dominantes impõem ao país e à nossa população.
A indústria da construção civil exerce influência sobre diversos setores da economia, seja através de sua alta taxa de geração de emprego, renda e impostos, ou pela geração de demanda em outros setores. O papel da construção civil como vetor do crescimento econômico é usualmente mensurado pelo tamanho relativo do seu produto como proporcionalmente à renda nacional e por sua ampla rede de ligações setoriais e elevado efeito multiplicador de emprego. Estudar a economia da construção é vital para se compreender sua dinâmica e os fatores políticos, sociais e econômicos que estão ligados ao seu desenvolvimento e da sociedade. 
Uma crise, portanto, provoca um efeito dominó em toda a economia. Mas em momentos como esses vemos as oportunidades. Não existe só perigo e riscos. Talvez seja exatamente o momento de adotar medidas para aumentar a produtividade e direcionando recursos para onde realmente haverá resultados. 
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ANEXOS
Ind. Transformação	Prod. e distrib. eletr. e 	gás, água, esg. e limp. Urbana	Extrativa mineral	Construção Civil	-10.5	4.2	-9.6	-6.2

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