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FEIJÃO CAUPÍ

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· INTRODUÇÃO
O feijão-caupi é uma cultura de origem africana, introduzida no Brasil na segunda metade do século XVI pelos colonizadores portugueses no Estado da Bahia. Existem relatos de que em 1568 já havia a indicação da existência de muitos feijões no Brasil e que em 1587 uma grande variedade de feijões e favas era cultivada na Bahia. Embora não se possa precisar quais feijões eram cultivados, as evidências de que o feijão-caupi era um deles são muito fortes, uma vez que, desde a fundação da Bahia como capital administrativa do Brasil, em 1549, o comércio com o Oeste da África, de Guiné a Angola, era muito intenso.
A partir da Bahia, o feijão-caupi foi disseminado por todo o País. No Piauí, um estado que foi colonizado do sertão para o litoral, certamente a comunicação e o comércio com o sertão eram mais difíceis, e encontra-se a citação do cultivo de feijão em 1697, fato que sugere que houve uma intensa disseminação da cultura, principalmente na região Nordeste e da região Nordeste para todo o País.
O feijão-caupi tem vários nomes populares. Alguns dos mais usados são: feijão-macassa e feijão-de-corda, na região Nordeste; feijão-de-praia, feijão-da-colônia e feijão-de-estrada, na região Norte; feijão-miúdo, na região Sul. Na região Norte, há ainda um tipo de feijão-caupi muito importante para a culinária local chamado de manteiguinha, tem grãos de cor creme, muito pequenos. O feijão-caupi é também chamado de feijão-gurutuba e feijão-catador em algumas regiões do Estado da Bahia e norte de Minas Gerais.
Além desses nomes, há um tipo de grão que tem o tegumento branco com um grande halo preto, que é chamado de feijão-fradinho nos estados de Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. O feijão-fradinho é o preferido para o preparo do acarajé, comida típica do Estado da Bahia, conhecido em todo o Brasil. 
· PLANTIO
MÉTODOS DE PLANTIO
O feijão-caupi é cultivado em todo o território brasileiro, principalmente no Nordeste e Norte, onde se encontram os mais variados métodos de plantio, desde o mais rudimentar até a motomecanização com plantadeiras adubadeiras. 
PLANTADEIRA MANUAL
É mais utilizado em pequenas propriedades, utilizando-se de enxada ou matraca. Esta última, também conhecida como "tico-tico", permite um maior rendimento de trabalho que a enxada.
PLANTIO À TRAÇÃO ANIMAL
São utilizadas plantadeiras simples, que contêm apenas os depósitos de sementes e de fertilizantes, possuindo dispositivos que permitem colocar o fertilizante em faixa, ao lado e abaixo da semente. Na regulagem da plantadeira deve-se levar em conta o tamanho, número de furos e a espessura da chapa ou do disco, facilitando a obtenção da quantidade de sementes desejada.
PLANTIO MOTOMECANIZADO
A regulagem pode ser feita de modo semelhante às plantadeiras de tração animal. Algumas possuem mecanismo para facilitar a obtenção da quantidade de sementes desejada.
· ESPAÇAMENTO ENTRE PLANTAS
Uma das causas da baixa produtividade de grãos do feijão-caupi é a escassez ou excesso do número de plantas por área. A escassez pode ser ocasionada por falhas que ocorrem na linha de plantio, podendo ser conseqüência da má regulagem da plantadeira, utilização de sementes de baixo vigor, danos causados por insetos ou doenças que matam as plantas ou por causa do plantio efetuado com pouca umidade no solo. 
A densidade ótima de plantio é definida como o número de plantas capaz de explorar, de maneira mais eficiente e completa, uma determinada área do solo. Para determinada condição de solo, clima, variedade e tratos culturais, há um número ideal de plantas por unidade de área para se alcançar a mais alta produção.
Após alcançada a densidade ótima, os aumentos contínuos do número de plantas por unidade de área reduzem a produtividade de grãos. Este comportamento ocorre sob qualquer condição de manejo a que a cultura estiver submetida. A maior produção de grãos, normalmente, é obtida com uma densidade de plantio em torno de 50 a 60 mil plantas por hectare para variedades de porte ramador e de 70 a 90 mil plantas para as variedades de porte moita (Cardoso et al., 1997a; Cardoso et al., 1997b).
· ESPAÇAMENTO O ENTRE FILEIRAS
O número de plantas por área é função do espaçamento entre linhas de plantio e densidade de plantas na linha. O espaçamento de 0,80 a 1,00 m entre linhas em variedades de porte ramador é bastante utilizado. Para as variedades de porte moita o espaçamento mais indicado é o de 0,60 m. A densidade de sementes na linha de plantio é de seis a oito sementes por metro. Esses espaçamentos podem ser ajustados em função da textura do solo.
· ADUBAÇÃO FEIJÃO-CAUPI
Os solos brasileiros, na maioria das vezes, se apresentam ácidos e deficientes em nutrientes, como o fosforo e cálcio. Para garantirmos uma boa produtividade é necessário fazer algumas correções, como o aumento do pH, a calagem e aplicação de fosforo e potássio.
1. Calagem
A calagem deve ser feita sempre que a saturação de bases, na analise de solo, for menor que 50%, devendo se elevar a saturação de base para 60%. Utilizar quando possível o calcário dolomítico para equilibrar o cálcio e magnésio, com uma antecedência de 30 dias antes do plantio e com umidade do solo suficiente para a reação de neutralização.
2. Fósforo
Para se fazer a aplicação de fosforo é necessário identificar a quantidade de argila do solo e a classe do elemento disponível, para se recomendar com precisão as doses de P2O5 para obter altas produtividades.
Figura 1. Recomendação de Fósforo para a cultura do feijão-Caupi, para solos com teores de argila menor que 350g/kg de solo.
Figura 2. Recomendação de Fósforo para a cultura do feijão-Caupi, para solos com teores de argila maior que 350g/ kg de solo. 
3. Potássio
Para a recomendação do potássio também é necessário fazer a analise do solo, para saber a quantidade do elemento disponível, e assim, saber qual será a quantidade necessária para a aplicação. Quando a recomendação de K2O supera a dose de 45 kg/ha em solos de texturas média e arenosa, deve-se aplicar 50% da dose do fertilizante na linha de plantio e os 50 % restantes, em cobertura na pré-floração da cultura.
Figura 3. Recomendação de potássio para a cultura do feijão-Caupi, para solos de texturas média e argilosa.
4. Nitrogênio
Em solos de textura arenosa e com teores de matéria orgânica menores que 10 g/kg geralmente apresenta deficiência de nitrogênio. Nessas condições, recomenda-se fazer a inoculação com Rhizobium específico para a cultura ou fazer a aplicação de até 30 kg/ha de N, em cobertura, aos 15 dias após a fase de emergência das plantas.
5. Zinco e Molibdênio
O zinco e o molibdênio são elementos importantes para se ter uma boa nodulação e uma boa fixação simbiótica do nitrogênio pelo feijão-Caupi associado com as bactérias do gênero Rhizobium.
A adubação com o zinco se faz necessário quando o teores desse elemento for menor ou igual a 1,5 mg/dm3, Para a correção dessa deficiências no solo, deve se aplicar 2 kg/ha de Zn. Essa aplicação deve ser feita em fundação.
A deficiência de Molibdênio ocorre com maior frequência em solos ácidos e arenosos. Para corrigir essa deficiência é recomendado fazer o tratamento de semente com 20 g de molibdênio para 20 kg de sementes. 20 kg de semente equivalem aproximadamente a um hectare com a cultura.
· MANEJO DE PRAGAS
As pragas ou agentes nocivos serão apresentados de acordo com a sua ocorrência no campo, seguindo uma ordem de valor aproximado, com seu nome cientifico, seguido de nome comum variável de região para região 
· LAGARTA ROSCA: 
Agrotis ípsilon. A presença desta praga é evidenciada por uma ou mais plantas, de caule ainda macio, em plantas maiores a praga pode roer o caule. Quando esta lagarta é tocada, ela se enrosca, daí seu nome popular. Já desenvolvida, ela tem na parte frontal da cabeça uma marca bem nítida, em forma de “V” invertido. Seu ataque é critico no período vegetativo, a partir da emergência das plantas. Não há inseticidas se síntese registrados para o controle desta praga no feijão caupi. Sugere-se o uso do controle alternativocom extrato de semente de mim, recomenda-se também o aumento em 10% de sementes por ocasião da semeadura, como forma de compensar as plantas atacadas
· LAGARTA-ELASMO
Verifica-se o ataque desta praga no campo pela observação de plantas murchando que, em seguida, tombam e secam completamente. Esta lagarta possui na cabeça e no primeiro segmento do corpo uma região pardo escuro ou quase preta denominada placa protoráxica. O ataque e maiores danos são observados no período vegetativo logo após a emergência das plantas. Na agricultura convencional, recomendam-se limpeza e preparo antecipado da área, em cultivo mínimo com a retenção da umidade, espera-se que a intensidade de ataque seja menor. Irrigação frequente em áreas de pivô central também reduz a infestação. 
· MANHOSO DAS VAGENS
Observa-se vagens com pontuações pretas e salientes, como se fossem “verrugas”, podem ser encontrados pequenos besouros de bico comprido. Quando tocados, deixam-se cair, fazendo-se de mortos. Embora possam estar presentes na planta antes das formações das vagens, é nesta fase que causam dano econômico, o ponto de vagem canivete (CV). Como controle cultural devem-se eliminar adequadamente os restos culturais. Não há inseticidas registrados no MAPA para controle de C. bimaculatus em feijão-caupi 
TECNOLOGIAS DE COLHEITAS DE FEIJÃO CAUPI
As técnicas de colheitas são as mais variadas, desde a agricultura familiar, à agricultura tecnificada, da colheita vargem a vargem até a utilização de fitohormonios maturadores.
Uma das características do feijão fradinho, é produção de vargens novas, enquanto se tem vargens secas, na agricultura familiar, o processo de colheita é feito em até três vez, na mesma safra. Sendo a mão de obra estritamente familiar, e as áreas de plantio são de pequenas extensões.
Com o aumento das áreas de plantio, o uso de tecnologias do plantio a colheita, alguns cuidados são adicionados; o uso de inseticidas, fungicidas, adubação de cobertura e hormônios para a maturação de maneira eficaz. Outro cuidado pós colheita é; a secagem e o armazenamento dos grãos, que devem estar com umidade abaixo de 12%, daí são embalados e distribuídos aos estados da federação. 
Na agricultura de pequeno porte, a colheita é feita em duas etapas, a primeira quando as primeiras vagens estão secas, a segunda, quando as demais amadurecerem. Para o armazenamento, tanto das sementes quanto dos grãos, pode-se utilizar de recipientes plásticos, de vidro, ou caixas de amianto, desde que estejam bem seladas, o ponto de secagem para o armazenamento, é quando o grão quebras nos dentes, em torno de 12%.
· MERCADO
O feijão-caupi é cultivado em mais de 50 países da Ásia, África e Américas Central e do Sul. Da produção total, 80 % é obtida por três países, sendo o Brasil o terceiro produtor mundial de feijão-caupi. Não obstante a grande produção brasileira, cerca de 1.500.000 t, quando a demanda supera a produção, o Brasil chega a importar feijão-caupi. Os maiores exportadores de feijão-caupi são os Estados Unidos, Peru e Brasil (América), Niger, Mali, Burkina Faso, Benin, Chade, República dos Camarões (África), Myanmar e Tailândia (Ásia). Os maiores importadores são os Estados Unidos, Canadá (América), Portugal, Espanha, Grécia, Reino Unido, Bélgica (Europa), Argélia, Egito, Nigéria, Gana, Costa do Marfim, Togo, Gabão (África), Emirados Árabes Unidos, Israel e Turquia (Ásia). 
O mercado do feijão-caupi no Brasil compreende grãos secos para os mercados interno e externo, sementes e vagens verdes e grãos verdes (frescos ou hidratados). Há um mercado potencial para produção de farinha, grãos para enlatamento e congelamento e vagens para salada. O mercado de grãos secos para o mercado interno é o que predomina no Brasil, no entanto, as exportações têm aumentado nos último três anos, com a ampliação da área e a crescente adoção da cultura pelo agricultor empresarial, notadamente nos cerrados do Meio-Norte e Centro-Oeste do Brasil.
A oferta de feijão-caupi é maior na segunda safra (das secas), principalmente na Região Nordeste, entre os meses de abril e agosto. A colheita da terceira safra (inverno-sequeiro ou irrigado) ocorre entre agosto e outubro, em que predomina o cultivo irrigado. O Estado do Ceará é responsável por 54 % da oferta nacional. No entanto, tem crescido a oferta de outros estados, como Bahia, Pará e Mato Grosso. Isso tem contribuído para a ampliação e melhor definição dos mercados do feijão-caupi no Brasil, antes concentrados nas regiões Norte e Nordeste.
Questões Feijão-Caupi
1) A população de plantas por hectare, pode influenciar em diversos fatores da produtividade da cultura, entretanto, após anos de estudo e experimento, obtivemos o espaçamento e população ideal para diversos tipos de ocasiões e regiões. Cite algumas características do vegetal quando o plantio é muito adensado ou com baixa população de plantas. 
Adensado: Maior incidência de pragas, maior índice de doenças, menor produtividade, plantas menores, frutos menores, menor índice nutricional, maior demanda de nutrientes e fertilizantes.
Baixa População: Possível infestação de plantas daninhas, menor produtividade por hectare, plantas de maior porte aéreo, maior área foliar, menor lucratividade
2) O programa de melhoramento genético do feijão-caupi promoveu, ao longo dos anos, intensas mudanças nas características das cultivares, dentre elas o desenvolvimento de produtos com arquitetura de planta moderna, adaptação aos mais diversos ecossistemas e resistência a doenças e pragas. CITE AS PRINCIPAIS DOENÇAS DO FEIJÃO CAUPI.
-Tombamento (Damping off)
-Podridão-das-raízes
-Podridão-do-colo
-Murcha-de-fusarium
-Murcha / podridão-de-esclerócio
-Carvão
-Podridão-cinzenta-do-caule
3) Qual a importância de se fazer adubação do zinco e do molibdênio ? E qual a melhor época para fazer essa adubação?
O zinco e o molibdênio são elementos importantes para fazer a fixação biológica do nitrogênio. Esses nutrientes devem ser aplicados no plantio, para não comprometer a associação do Feijão-Caupi com as bactérias do gênero Rhizobium na fase inicial.
4) De que forma a colheita manual do feijão caupi se diferencia da mecanizada, e por que é mais valorizada?
A colheita manual do feijão caupi se diferencia pela qualidade do grão, pois ela é realizada de acordo com as etapas de maturação da cultura.
5) Quais aspectos do grão são importantes na comercialização de Feijão-caupi?
Deve estar insento de impurezas, apresentando um bom aspecto visual ao consumidor.

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