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circ-22-1

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CIRCULAR TÉCNICA ISBN 0100 - 8013 
, 
CIR LAR T C 1 0100-801 
Janeiro, 1997 
, ~ 
CONSORCIO MILHO-FEIJAO 
I rael A. Pereira i/h 
Magno A. Patto Ramalho 
José Carlos Cruz 
Milho e 50rgo 
SUMÁRIO 
1, TNT'R()DIJÇÃ ................................ ...... ... ..... ..... .. i i.i • • • '.iiili • ••• ""i' ••• •••••••••• , •••••• 5 
2. A V IAÇÃO DA PROD TVIDADE 00 SI 'TEMA . 
C() SOReI D() .......... . ........ .................... .... . ................................... . ......... . ... 5 
3. VA AG JN DO CONS . R 10 M1LHO-FEIJÃO ............................. ... ......... 6 
4. PROOl IVIDAD ~ DO MILHO , F .. IJÃO CONSORCIADO ...................... 7 
5. t~P() A n·, p ,A 10 · SIS ·MA ~ ~ ON ÓR 10 ................................ 8 
Ó. CUl .TIVA I ~ DE MILHO ~ E IJÃO PARA O CON. ÚRCJO ...................... 15 
7. PREPAR O() 'O () ...................... ............ .............. .......... .. ...................... ... 15 
8. ARRA JO J) J PLANTA ' OEN IOAD 'S DE PLANTIO 
. , ESPAÇ~NT()S ... ........ .......................................................................... 16 
9. ADUllAÇÃO O CON 'ÓR ' lO MILIIO-f :.JJÃO ...................................... ... 20 
lO. CO ROLE DE PLAN A DANINHAS .................................................... 22 
1 L PRAGA .I DOENÇA O CO ÓRCIO MILHO - . :JJÃO .. .... ................ 23 
1". RE , A.. elAS nIDLIOGRÁncAS ....... ....... ... ........ ................................... 26 
CO SÓRCIO MILHO-FEIJÃO 
Israel A. Pereira Filho l 
Magno A. Palio Ramalho 
José ('arlo ruz l 
l. INTRODUÇÃO 
o Rra 'il, mai de 54% do milho c mereializado u e tocado em pai ' i 
na pr pridade vem d i t ma de c n " rei (Ramalho t. aI. 1990). N Norde t • 
89% d milh produzid também' proveniente d e istema de cultivo' na r gião 
rte 58% no uJ 55% n ud te 35%' e na região nlro-Oe te 34% 
( . MBRAP CNPM 1987). Bra il, fi ijão geralmente também é cultivad em 
c n ' reio com outra cultura principalment c m o milho. egundo Vieira (1985) 
em r a p rcentagem de fi ijã produzida m cultivo c n rciad varie de região 
par r giã geralment . uperi r a 70%, podend atingir mai de 90% em 
alguma e m por c!xempl a na da Mata de Mina G rai . Me mo c m o 
avanç t n I' gi o da agricultura br ileira. um parcela n iderável d produt r 
ainda ntinua a u ar . rei idenciand a imp nância d e bt r maior 
efici anda d e i t ma. 
A partir da década d. tenta inúmera pe qui a obre o con órei milh 
feijã foram d envolvida (Vi ira et aI. 1982' Vieira 1985' haga et aI. 1984' 
Ramalho ruz 1984- Ramalh e Ih 1984; P rte 1984' Ramalho et aI. 1990). 
trabalho r ultad de p ui a mai recente 
prurando a iá-Io à inil rmaç já xi tente. d mod a p ibilitar que 
agricult r p am utili á-lo na condução da cultur c n reiada d m Ih r mod 
po ível. 
2. A V ALlAçÃO DA PRODUTIVIDAD DO I TEMA CON ORClADO 
índice de equivalência d área ( I A) u índic de u 
) tem ido utilizad c m fr qü Ancia na avaliação d con 'rei, índic 
quantifica o númer nec io de heetar para que a produções do m noculti o 
igualem à de 1 ha d m a cultura em associaç.ã ,# timado pela cguinte 
expr 
I Eog. Agr .. Pesquisador da MBRAP M . Caixa. Pos .... l 151 CEP 35701-970 ete Lagoa . 
1 og. Agr .. Professor da Uni ersidade Federal de a raslDepartamento de Biologia. UFLA. Caixa Postal 37. 
C P 7200-000 La ras - M 
5 
Re nd.milhocon orciad Rend.feijro con oreiado 
IEA = VET = ----- ----
Rend.milhoemmonoeultivo Rend.feijãJ emmonoeultivo 
endo: 
indicam mai r ficiência d c n rei m rei çã 
r também cxprc a p r 
rendim 010 da cultur e r laçã 
mcn i n d p r RamaLh t aI. (1 83). 
r ar a produçã cquivalent d milh 
Y<: = pr u ã equi ai nt d milh . 
Y m Y = a pr d grã , m kglha. e milh feijã 
re p tivarncnt e 
Pr eç o do Jeija; 
r = 
Pre do milh 
túlio 
45. I t 
.. m I antam nt tuad n p ri d 1969 a 1974. pela 'unda ã 
arga (1974) ~ i n tat d qu r ari u d 27 a 6 c m uma média d 
pr do eijão foi m m 'di 4.5 / 'up i r a d miLh . 
vantag m de proce ' o é di pen ar p a fin c cálculo. a pr uç 
d mon ultiv da cultura ' env Ivida . 
3. V T G DO O SÓR 10 MILHO - F IJ - O 
a Mai r pr duti 'd d d grã : n rm Iment , 
maior produçã d atim nt p r unidad de ár 
c n reio milh fi ijã P rmitc 
m relaçã ultivo . 
b) Mai r tabilid de d r ndimcnt: n i t ma wna da cultura falhar u 
liv r . u d envolvim nt pr 'udicad p r alta de chuva. ataque de praga 
t . a utra cultura poder c mpcn á-Ia. 
6 
nça planta dan inha : i t 
fi rmada n on orcl 
' d 
rr p r au a 
fav r' I ao 
cu 
i t ma ontr la mai fi i ntemente a ro ã . P r 
pr p rei nar melhor cobertura v g tativa t rren • c mio, pr t g mai 
01 d impaet da gOla d hu a r dU7indo a vel id d da enxurrada. 
4. PRODUTIVlDAD DO MI HO E FEIJÃO O OR IAOO 
. mbora pr utivi d d c n . r i , m ida em termo. d I,;ja 
maior do que do r p cti m nocultiv a pr u e grã . d ultur 
d vid . omp tição int r - pe ífic , c nfi nne m tram arl 
pe qui a «(J raldi 19 3' (ruI t aI. 1984~ Ramalh t aI. 1983' 
t et a!. 1984' Rei t aI. 198 . Araúj t aI. 1986' P reira f"ilho t I. 
agalhã et aI. ] 992), int ti d na a la 1. 
8 L 1. f1 ijã fi m n ultivo ( ) e m 
m adur imultân a gund di r aut r 
a) 
Rdaçã d 
(kgJha) 
ReJa ão d 
P rd Perda 
M C (%) M C C%) 
4.926 88,6 1.138 424 372 
.938 94,9 784 287 36,7 
4.531 93, 64 266 42 O 
.731 4. 65 49 1.441 769 3,4 
.488 . 12 91.3 997 432 43 ,2 
6.297 5.546 88.1 1.422 498 35.0 
.929 5.357 903 1.243 367 29. 
4.327 3.566 82,4 1.23 7 9 61,2 
A rcduçã d pr uti 'dad d milho n orciad t,;m 
r 1 çã lteir é n rmalm nt p qu na nã h gando na mai ria d c a 
1 %. Já na cultura d feijã, a ifi ren a é bem m i a ntuad p ndo em algun 
ca r maior d que % ( a la 1). ], a mai r reduçã na pr utividad d 
7 
feijão pode ser devido à menor densidade de plantas em rdação ao monocultivo e. 
principalmente, à fone competição exercida pelo milho. 
S. ÉPOCAS DE PLANTIO E SISTEMAS DE CONSÓRCIO 
A época de plantio do consórcio nonnalmente é a mesma observada para o 
monocultivo, sendo mais cedo no Sul do País. variando de agosto a setembro, e mais 
tarde à medida que se desloca para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. ondc as 
épocas ideais de semeadura ficam entre os meses de outubro e novembro. Na região 
Nordeste. a época de plantio se estende dc novembro a maio. dependendo do período 
chuvoso. Com relação à época relativa de plantio. têm-se os seguintes sistemas: 
a) Feijão semeado antes do milho - sistema predominante na região Sul do país, 
tendo como inconvenientes a dificuldade na semeadura do milho e na realização 
dos tratos culturais; 
b) Semeadura simultànea de milho e feijão - nesse sistema, as duas cultivares são 
semeadas na mesma época. sendo o mais usado pela maioria dos agricultores quc 
rcalizam plantio con orciado; 
c) Cultivo de substituição ou emeadura do feijão após a maturação fisiológica do 
milho - muito utililado, especialmente em algumas regiões dos estados de Minas 
Gerais e Goiás, em que o feijão é semeado nos meses de fevereiro e março. entre 
as linhas do milho em fase de maturação. 
Em geral, as épocas relativas de plantio das culturas no consórcio estão 
ligadas diretamente à imponància comercial de cada cultura e à tradição da região. 
Um cxcmplo disso é o que OCOrre em Santa Catarina: no Oeste. o milho é semeado 
antes ou simultaneamente com O feijão, devido ao interesse dos produtos em 
garantir O milho para as criaçõcs de aves e suínos. Já no Planalto None Catarinense, 
o feijão é semeado antes. em razão do interesse pelo melhor preço do produto no 
mercado. 
Fksh (1988) avaliou o efei to de arranjos e épocas relativas de plantio. 
evidenciando aumento na produção do feijão à medida que distanciava o seu plantio 
em relação ao do milho, em todos os arranjos avaliado. e uma redução na produção 
do milho apenas nas duas últimas épocas (Tabelo" 
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Na emeadura simultânea, o plantio do feijão pode ser realizado na linha 
do milho na entrelinha deste ou ainda milho e feijão em faixa alternada com 
vantagen e desvantagens em cada caso. O sistema de milho e feijão na m ma 
linha apresenta uma série de vantagens de ordem prática, como a facilidade de 
culti o, devido à di tribuição da duas cultura na mesma linha de plantio. O feijão 
ub titui as planta daninha de dificil control . que geralmente cr cem na linha 
do milho, além de competir meno com O milho do que essa plantas. 
Iníunero trabalho (Santa Cecilia et aI. 1982; Oliveira et a1. 1983; 
Ramalho et aI. 1983; Cruz et aI. 1984; Rei et aI. 1985; Cardoso et aI. 1986' 
Ramalho et aI. 1986; Magalhã et aI. 1992), cujo r ultados são sintetizado na 
Tabela 3, demon trararn que não há praticamente diferença na produtividade c!ntre o 
feijão cultivado na entrelinha do milho e o. cultivado na m~ma linha. 
TABELA 3. Produtividade de grão de milho e fi ijão. .m kglha, com semeadura 
do feijã na linha e na ntrelinha do milho. segundo diverso. 
autore 
Na mesma linha do milho 
Millio Feijão 
6.104 386 
4.658 621 
4.518 265 
3.213 655 
4.889 510 
5.579 415 
4.066 363 
5.327 386 
4.820 450 
emeadura do feijão 
a . entrelinhas do milho 
Milho Feijão 
6.153 364 
5.381 528 
4.518 288 
3.517 546 
5.158 354 
5.272 
4.032 
5.386 
4.957 
235 
335 
349 
372 
ampouco foi encontrada diferenç.a de produtividade entre o plantio 
imultânco da cultura do milh e feijão em faixa e plantio dela ' na linha. 
A comprovação de que a produti . dade do con órcio não é afetada pelo tipo 
de arranjo (feijão plantado na linha ou na ntrelinha do milho • . abela 3) fe com 
que técnicos da ~rvmRAPAlCNPM desenvolvessem uma plantadeira. adaptada 
para tração animal ou mecânica que permite o plantio imultâneo do milho e fi ijão 
na mesma linha (Figura 1 e 2). 
Na igura 1. apre enta- e um de enho quemático do implemento. 
Ob erva- que el contém, ba icamente. doi mecanismo de distribuição de 
ementes e doi depó ito concêntricos acoplados a um único eixo. Des modo. 
10 
obte e- e uma unidade inl grada cf.t'az de distribuir a emente de milh e fcijã 
em perfeit inCTonismo. Para u d envolvimento ~ ram utilizado 
componente de uma pJantadeir c0mercial e introduzida a ' guint peça: 
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FI URA I. V talhe do di p iti o utili ado para plantio irnultâneo de milho e 
feijão con orciad 
1- Parafuso comprido. co~ocado dentro do eixo principal crvindo para prcnd r 
doi compartimento de emenl (wn de milho e utro de feijão)~ 
2- ubo de PV que erve om depô ito de emente d feijão. " dep ' it é 
apoiado br outro tubo de PVC. Uma braçadeira de torque. fixada no depô ito 
de ment de milho imp de a rotação do depô ito de emc!Jlt de feijão' 
3- fubo de queda de "em ente de feijão' 
4- ubo de pve qu erve como ha e de apoio para mecani mo de di5tribuição 
de feijão; 
S- Ba ou fundo para o mecanismo de distribuição da emenl de feijão' 
6- ix principal que tran mil o t rqu para o mecani mo d di tribuiçâo de feijão. 
11 
7- Fundo do depó ito da em nt d fcijã ; 
8- Depó i10 d 'crnente de milho; 
9- Fundo do depó ito das emcnt d milho~ 
10- Mecani mo de di tribuição d milh e p~ça a ociada, J a p ça é idêntica â 
da plantadeira original excetO p r onter um furo qu permite a pas agem do 
tub da queda d t:ment , de fi ijã . 
11- Mecani mo de di tribuição da ement d feijão e p ça a ociada -; 
12- ubo de queda da ment d milh e feijã ; 
igura 2 m tra um corte longitudinal do di p itivo para a 'emeadura 
imultânea do milho feijão c n rciado. 
o detalhe d m ntagem e funcionam nt da plantadeira e- tão na ircular 
'cn iea nO 7. editada pela .. N1BRAP NPM, 
a plantadeira também pode er u ada no plantio lteiro do milho ou d 
fi ijã . por i~ o, pod er utilizada em outro arranjo de eon óreio da cultura, 
m ncionad anteriormente. 
o con 'óreio de ub tituição, em que feijão é emeado na entrelinha do 
milho apó. a ua maturação fi i lógica, a época d plantio varia de fever iro a 
mar o d p nd ndo da época d planti do milho. . e i tem , não há feito da 
c ne rrência do milho obr fi ijão c rn relaçã â água e ao nutriente, r tando 
apena a 1 que nã é o único fator limitantc para que feijoeiro pO ' , a atingir a 
ua máxima pr dutividade. rabalho realizado n M ( abela 4) mo tr u que. 
embora a int n idad lumino a no feijoeiro fo e mai r no monoculti ,não e 
rifiearam difer n a ntre a . produtividade. quando comparado com o con ' r i 
(cultivo de ub titujção), 
12 
FIGURA Z. Dispositi vo para a semeadura simultânea de milho e feijão 
consorciados (corte longitudinal). 
TABELA 4. Produtividades médias de milho e feijão consorciados e porcentagem 
de radiação fotossinteticamente ativa, em função da densidade de 
plantio e n íveis de desfolha do milho. Sete Lagoas. MG, 1989/90 e 
199 1/92. 
Oensidade Nível Radiação 
de de Produção (kglha) ' fotossinteticamente 
plantio desfolha ativa (%) 
milho feijão 
20 Com folha 4.597 1.109 62.09 
Sem folha 4.570 1.252 94,02 
40 Com folha 5.287 1.013 40,09 
Sem folha 5.326 1.2 17 85, 1 
60 Com folha 5.742 958 30,7 
Sem folha 5.575 1.106 88,6 
Média geral do consórcio 5.1 82 1.1 09 67, I 
Monocultivo de feijão 1.047 98,8 
'Dados em fase de publicação 
13 
Alguns produtor têm obtido maiore rcndiment com 0 fi ijã no 
con órcio de sub tituição do que em monocu1tivo plantand na m ma época. I o é 
devido à condiçõe criada pela plantas de milho já secas, condicionando maior 
teor de umidade e m n r temp ratura no 010 (Vieira 1985). 
':. c mum entre o produtores o hábito de dobrar o milho, com o objetivo 
de fazer chegar até o feijão a luz que, para ele , seria a cau a da baixa produtividade 
da legumino a emeada no eon órcio de ub tituição. N entanto o efeito benéfico 
de e d brar ou não o milh não é eon i tente, variando de acordo com a cultivar. 
(Tabela 5). 
TABELA S. Produtividade média de feijão, em função do dobramento ou não do 
milho em i tema con orciado. Pato de Mina. M dado médi de 
trê ano (1982/84). 
ultivar de milho Tratamento 
Produção Relaçã 
(kglha) (%) 
argill lIl Nã d brado 900 100 
D brado 891 99 
Média 895 
M 19 Nãod brado 950 100 
Dobrad .060 112 
Média 1.005 
Média do Con órcio 950 
Média m nocultivo do feijão 1.588 
Fonte: Pereira Filho & Ramalho (1985). 
I lá vantag n d vantagen na vária ' época de plantio apr cotada. A 
emeadura ant cipada do feijão prejudica a produção do milho e a reali ção d 
trato culturais. I o ocorre em razão da mai r c mp tição exercida pelo feijão bre 
o milho. Por outro lado o plantiimultâneo na m ma linha do milho apr enta a 
vantagem do melhor aproveitamento de fertilizante maior facilidade do trat 
cultura i, ma tem c mo d vantagem a forte c mp tição exercida p I milho 
r,eduzindo em 50% ou mai . o rendiment do feijão. No con órcio por ub tituição, 
quand feijão é emeado apó a maturaçã fi i lógica do milho, basicamente não 
há queda na produção d ta cultura e feijão, emcado com uma den idade igual à 
recomendada para o monocultivo produz mai que no si tema simultâneo, pela 
cxi tência da concorrência inter - específica embora a incidência de luz no feijoeiro 
po a er prejudicada pela pre ença da planta de milho. e cultivo de feijã pode 
14 
0& r pr blema d déficit hídric p r er plantad n fmal d p ri o chu 
P r a razão, realiLad apena ' em regiõe nde pcríod chuv o e pr longa 
p r mai . temp . 
6. CULTIVARE DE MILHO E FEIJÃO PARA O CO ÓR 10 
lnúmer trabalh c nduzid no pa quai utilizaram vári 
lip de milh ,no c n órci com fi ijã m traram comp rtament emelhant da 
legumin 'a quanto à produçã d grão dWrent milho utilizad . 
ntr tanto, cultivare de milho mai moderna, c m a folha ereta, têm 
prop rcionado p u beneficio a fi ijoeiro. o últim an programa de 
melhoramento de milho têm enfatizado a produção de euJti ar mai pr lífica u 
ja c m a habilidade d produzir m nor p rc ntagem d planta em ~ piga ' u de 
pr du ir mai r númer d piga p r planta. m a utili çã d cultivar n 
c n rei feij ir rá fa recid uma que 'p í I reduzir a den id d de 
plantio do milh o que eria c mp nado p lo awnent d número d e piga p r 
plant . 
Difer nte cuJtivare de feijã também fi ram avaliada e nã m traram 
difer nça de produtividade quando emead n i 'lema d m noculti ou de 
c n 'rei. iante di nã há ultivar de feijão mai u meno apr priada para a 
c ndiç- d n rci. rmalmenl , d ve- utili r ulti ar d fi ijã quI,; 
melh r e adaptem à r giã ,me m m c ndiç d cuJtivo lt ir . 
7. PREPARO DO OLO 
e bom ntr le ini ial d planta · daninha 
d ve- ' indep nd nl m nt da forma d i L ma de 
pr paro do I para o milh emead m 
r m ndad par _ a c ndiç de m n cultivo. 
r alizar apcna uma limp za da área. P rém 
'ue a p raçã d p nd de algwna precauç nL da em dura d 
milh nvolvim nt tai m: utilizar uma cultivar d milh de 
men r p rte { lerante a acamament e ao quebrament da p,lanta que p em 
pr judicar a limp 7..3 e a emcadura d fcijã, e manter a cultura limpa livre d 
planta daninha. Apó e cuidad. a limpeza da área poderá r realizada com 
nxada u c m cultivad r c m trê nxada d tipo "a a d and rinha , qu 
p rmile realizar um cultiv mai uperfi ial. Quand mat tiver ntre a planta 
de milh fi er r pa c m auxíli de enxad . 
15 
8. ARRANJOS DE PLANTAS, DENSIDADES DE PLANTIO E 
ESPAÇAMENTOS 
Uiversos arranjos espaciais das plantas de milho e fcijão foram estudados 
por muitos autores, que mostraram não haver superioridade deles, quanto à 
eficiência do consórcio, sobre os sistemas tradicionais comumente empregados pelos 
agricultores. Muitos dos arranjos estudados são de complicada instalação e. por isso, 
de dificil adoção pelos pequenos agricultores, adeptos do sistema de consórcio. 
Nonnalmente se busca, nos arranjos, uma melhor distribuição das plantas 
constituintes do sistema, com 'O objetivo de minimizar a competição entre elas. A 
densidade de plantas. o espaçamento e o número de linhas de milho e de feijão são 
fatores que compõem um arranjo em consórcio. 
A Figura 3 mostra os principais exemplos de tipos de arranjos no consorcio 
milho-feijão: 
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ESQUEMA rv 
100m -, 
FIGURA 3. Esquema> de consórcio milho - feijão mais comumente usado!. pelo!. 
agricultores. 
16 
• squema 1- 1 M: 1 F (1 fileira de milho para 1 fileira de feijão); 
• squema 2- 1M: 2F (1 fileira de milho para 2 fileira. de feijão); 
• quema 3- 2M: 2F (2 fileira de milho para 2 fileira de feijão, que também 
pode ser denominado cultivo consorciado em faixas); 
• E quem a 4 - milho e feijão emeado na me~ma linha, aplicado . omente no 
cultivo simultâneo 
Com relação à densidade de plantio 110 con 'órcio, inúmeros trabalhos têm 
mo trado um aumento na produção do feijão e uma redução na produção do milho 
com a diminuição da den 'idade de plantio da gramínea ( igura 4). 
Por essa razão~ a den idade de plantio do milho nunca dev ultrapa ar 
40.000 plantaslha. sta densidade deve ser redU7ida quando houver ínter~se em 
obter maiores produtividades do feijão con 'orciado, como evidenciado na Tabela 6. 
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'J t= "7~ 7OZl-CP0297>?' , 
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R=QS7 
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20 40 60 
OENSIOAD E DE PLAN TAS DE MIL H O (1.000 p/ ho) 
FIGURA 4. Produtividade de grão de milho c feijão ~m função da den idade de 
plantas (Pereira ilho et aI. 1991). 
17 
TABELA 6. Rendimentos médios de milho e feijão e produção equivalente de 
milho, em função de diferentes densidade~ de plantio. 
Densidade 
Produção (kglha) 
Produção 
do milho equivalente 
( l.000 milhp milho feijão 
(kg/ha de milho) 
plantas/ha) solteiro consorciado consorciado 
20 3.665 3.132 957 7.445 
40 4.806 3.584 775 7.071 
60 4.809 3.884 546 6.442 
*Produção equivalente = Produção de milho + 4,5 vezes a produção do feijão 
Fonte: Pereira Filho et aI. (1991) 
Quando o feijão é semeado na linha do milho, devem ser colocadas de 12 a 
1 Ó semente~ por metro, para ,'e obter uma densidade final de 100.000 a 120.000 
plantas/ha (EMBRAPA 1982). 
Diversas pesquisa mo traram que, em condições normai~, as densidades de 
40.000 plantas de milholha e de 100.000 a 120.000 de feijãolha. por ocasião da 
colheita. têm proporcionado os melhores rendimentos no consórcio. 
Pala compensar perdas causadas pelo ataque de pragas e doenças do solo e 
problemas na genninação e emergência das plântulas, é aconselhável o uso de cerca 
de 25% a mais de sementes (tanto de milho quanto de feijão) no plantio, para se 
ohtt..'1' a densidade desejada. 
No consórcio por substituição, em que o feijão é semeado no período da 
seca. nas entrelinhas do milho, a densidade de ambas as culturas pode ser 
aumentada. atingindo a recomendada para os monocultivos. Para o milho, a 
densidade média é em torno de 50.000 plantas/ha e, para o feijão, de 240.000 
planta lha. 
Contrariamente ao que se imaginava. resultados experimentais 
demonstraram que não há necessidade de se aumentar o espaçamento do milho além 
de 1,0 m. para beneficiar o teijão, conforme é mostrado na Tabela 7. Esses 
resultados refletem a adaptação do feijoeiro às condições de con'lórcio, atribuída ao 
seu baixo ponto de saturação lumino~a (definido como a densidade do fluxo 
luminoso acima do qual não ocorre aumento na taxa fotossintética), que é de 
aproximadamente 1/3 da luz solar máxima -30 a 40 Klux (Vieira 1985). 
18 
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9. ADUBAÇ- O O CON ÓRCIO MILHO-FEIJÃO 
o tabel cim nto de uma aduhação adequada para o con reio é muito 
dificil. d vid.o à diferença da exigência nutricionai da competição inter -
e pccífica. Pt: qui a a rel peit d a unto ão e ca a e pouc conclusiva. 
ntretanto. ao que parece a utilização de maior quantidade de fertililante e timula 
o maior de en oI im nto do milh aum ntando ~ua ação competitiva br o 
fi ij eir . 
. tudo fei! com do e diferente de nitrogAnio e fó foro ( abela 8) 
m traram qu milho r p ndeu mai int n ament à adubação que feij iro. 
(ontudo, a cfici Ancia d con órcio fi i maior com li mai elevada d 
fertili ' ante;:; '. 
AR A 8. Rendim nto m 'di o d grão m kglha. de milho e feijã 
con orciado • na ' pre cnça de diferente ' do de nitrogênio e 
m 'foro. Média d doi locai. 
Produção (kg/ha) 
Milh % Feijão % Pem'" 
O 75 2.957 100 214 100 3.920 
75 150 7.092 239 460 214 9.162 
300 8.867 300 466 217 10.964 
*Produçã equivalente de milh obtida pela orna da produção do milho mai 
r duto de 4 5 ve a produçã d feijão. 
Font: anta .ecília et aI. (1982). 
) ideal eria qu a cultura particIpante do con órcio recebe em 
adubação dI! manutençã e a d cobertura, indicada para o culti o olteiro. 
Deve-se ter o cuidad de antecipar a adubaçã nitrogcnada p r 15 dia. 
pr ximadam nt . m r laçã à d ultiv 'olteir d milho, qu é fi ita mai u 
men ao 45 dia . para não pr judicar o f ij ir em pl na fi raçã . A adubação 
em eobenura pod rá er r a1i?ada manualmente ou c m a ajuda d implement . 
leves lo: m carrinho para aduba~ão ou utro implem nto ' de tração animal ou 
com trator. 
Quando, n eon órcio imultâne. milho feijão 'ão plantado m 
linha, difer nt é ac n elhável dividir a adubaçã fo fatada, de mod que tanto a 
linha de ft ijão quant a de milh recebam adub. 'aI recomendação apoia- no 
dado ' da ab la 9. 
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10. CO ROLE O PL TA nANlNHA 
o contr le de planta daninha d(!ve r prev ntivo, procurando manter a. 
cultura ' limpa durant primeiro 40 a 50 dia. A partir daí não é ac n elhável O 
culti '0, porque o fcijã já iniciou o flore ciro nto podendo ocorrer a queda da ua 
flore dano. ao i tema radicular da dua cultura. Além di o O próprio 
de envolvimento da cultura, e peciaLm nte do miLh , impedirá o apareeim nt do 
mato, p la redução da lumin 'idade na entrelinha. tud reali z.ad para 
c tabelccer período crític de competição da planta n c n órcio, em te 
ag a , MO ( anela 10), mo traram a nece 'idade d manterem limpa a 
t.'Ultura durante 30 a 50 dia ap6 a em rgência. 
A avaliaçã d difer nt m 'tod de controle de planta daninha ( abcla 
11) mo tr u bom re ultad do controle com enxada. ferramenta que cau men r 
dan ao i tema radkular da ' planta c n rciada em razão de ua açã re tringir-
à camada . up rficiais do 010. om r lação ao u o do cultivador, é prud nt 
procurar o lip d nxada mai. adequado, de acordo com o de envolvimento da 
cultura. . con eLha- e u ar na primeira capina a enxada den minada "'picã ,qu 
corta mai fund , ma não danifica i 1 ma radicular ainda pouc de tnv lvido. 
ntr lant . num egund culti utilizar uma enxada que corte mai ra o, c mo a 
"a a de and rinha", com hj tivo de vitar dano ao ma radiculare do 
milho e do feijão. 
TABELA 10. R ndiment s médio d milho (M) e feijão () em cultiv 
imultânc na me ma linha, 'ubmetidos a diferente períod d 
c ntr le da planta d ninha . 
PcríoJ dé Rendimento (kg/ha) 
1981/82 1982/83 
M 
em c ntr le durante 
1.1 27 25 4.1 9 258 2.618 142 
todo ciclo 
em controle até O dia 2.158 190 4.198 326 3.178 258 
Sm ontrole ate 30 dia. 4.456 328 5.220 394 4.838 388 
Com controle até 30 dia 3.961 277 5.004 422 4.482 350 
om c ntr le até 50 dia 6.584 502 4.979 443 5.781 473 
om c ntrole durante 
todo o ciclo .733 632 5.193 344 5.473 514 
onte: Ramalho et aI. (1984) 
22 
ABELA 11. . fi ito de diferente ' métodos de controle de planta daninha no 
con órcio milho-feijão. ete Lagoa, MG 1984 
Método de controle 
em controle do mato 
C ntrole com enxada 
Controle com cultivador 
(tração anbnal) 
( ontrole com herbicida 
(pulveriLador em tração animal) 
onte: ruz ei a!. (1984) 
Produção (kg!ha) 
Milho Feijão 
2.103 
3.941 
3.790 
4.281 
85 
204 
171 
172 
Com relação ao con órcio por ubstituição, é n ce ário reali ar um cultivo 
um pouco ante do início do flore cimento do milho, para que, por ocasião da 
. meadura do feijão. haja p uca plantas daninha na área. o que facilitará o 
pr paro do solo o qual poderá er feito com um culti ad r de tração animal. O 
contraI do mato, ne e sistrola. geralmente é feito com nxada, porque o feij iro 
ocupa todo o e paço das entrelinhas do milho, tomando impos ível o u o do 
culti vador. 
O uso de herbicida nas culturas do milho e do feijão em monocultiv 
generaH ado, ma no sistema c nsordado pouco foram o estudos feitos. Emb ra 
eja uma tecnologia mais cara, o pequeno produtor. re pon ável pela maior par! 
do plantio do eon órcio, eja ba tante de capitalizado em certo ca o tem havido 
inter e pelo uso de herbicida, principalmente por cau a da e ca e d mão-de-
bra em algumas regiões. 
Algun trabalhos de pe qui a mostram er viável o controle químico d 
planta daninha no consórcio (Ronzclli lr. 1980; Machado 1984). Dado d 
trabalho acerca do a~sunto nem empre foram concordante , devido a variações do 
ecos i tema do consórcio, o que, de certa forma influencia a den idade de planta 
daninha " que, por ua ve , irá influenciar também a do e e épocas de aplicação 
do herbicidas 
11. PRAGAS E DOENÇA O O ÓROO MJ 80 - FEIJÃO 
Inúmera pragas podem ocorrer tanto na cultura do milho como na do 
feijão. ntretanto, a literatura mostra vários exemplo em qu~ o ataque de praga é 
menor no sistema consorciado. Com base ncsses dado. vários autores afirmam que 
23 
ga 10 C m in ticida no C n 6rcio ' menor qu no monocultivo a i o 
ariá I uma vez. que a men r u maior infi tação d praga ' n i tema dep nd 
mai da condiçõe climática r ultant da 'pa de plantio da cultura. 
ma r vi ão d literatura feita por Ri ch 1 aI. (1983) m trou qu de 198 
péci de in t qu atacam a planta cultivada 53% da P pulação era pouco 
abundante n i tema de cultivo mai diver ificado 18% tiveram presença 
p uc mar ant 9% mo traram- indiferent a m io 20% tiveram 
omp rtamento o mai diver ificad p ív l. tr aut r tanto tran ge ir 
m ra ileiro verificam qu milho con oreiado om Ul! cultura que não 
fi ijã também e m tr U meno atacado p r in t quand c mparad com 
m n ultivo. o lA (1978) fi i vt!rificad que n milh cultivado em con órcio 
a in idência de lagarta-do-cartu h (podoplera/rugiperda) fi i cerca d 14% 
m n r quando c mparado e m cultivo i olado. 
apineira t a1. (19 5) rificaram qu à medida qu I va a r lação 
ntr nÚIn r d fil ira de milh doce fi ijã de 1: 1 para 16: 16 p rtanto 
apr ximando d m noculti ,hou e um aumento na incidência de in to no 
milho qu r sult u numa reduçã n p m 'dio da piga ( igura 5). Já o feijã 
apr entou re ultad contrári com rendiment infi rior n tratament c m menor 
pr p rção de linha d miLh 
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ú. mo DE LI HAS (l E MILHO Ftlo RA LI H ':' ':' C FE IJÃO 
FI 5. lnlluêneia do nÚll1t:ro de linha d milh r ijã bre r ndimento 
de a cultura em c n 'rei . Adaptad de apineira et aI. (1985). 
24 
Trabalhos conduzidos no Paraná mo traram o efeito benéfico do si tema de 
culti o d feijão consorciado com milho em r lação à r dução d pragas ( igura 
como \ aquinha. cigarrinha-\ erde. mosca bran ácaro- eml lho r"alho t aI. 
19 6 . 
om relação a doença. muitos trabalho têm mo trado que u 
aparecimento é menor no con órcio do que no monoculti\ o. o . foi 
o rvado. em ensaio d con órcio milho-feijão. qu a leguminosa apresentou 
menor incidência de doença do que no monoculti\ o. Vário outros autore 
verificaram o m mo: entretanto. alertam que a época de semeadura de uma da 
cultura pode influenciar o aparecimento da doença . 
Para melhor control d doença. o agricultor deve utili ar método 
culturais. como a rotação de culturas. ou e itar o u o da mesma área d pl nlio 
uce ivamcnte e utiliLar mente dia . d ntre outras m didas. 
-<11 
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-J -EC a:: B <t -C\I ~ <t e z :I: o - ...J 
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fZJCONSÓRCIO - ::> <t <l \AI o -u > <t 
DMONOCUlTI\lO 3 2 <11 -<l ~ <l 
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2. CIl - ;Z ~ -
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C) -u 
FIGURA 6. Ocorrência de di ersa pragas em feijoeiro consorciado com milho e 
em monocultÍ\ o. Londrina. PR Adaptado d arvalho et aI. 19 ). 
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