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Propriedades Elétricas Proteger os dentes contra a passagem de correntes elétricas pode parecer estranho afinal como podemos ter a formação de uma corrente elétrica na cavidade oral? Mas com certeza você já, acidentalmente, mordeu um pedaço de folha de alumínio e percebeu a sensação desagradável de um choque. Conhecer métodos para proteger os dentes da dor causada por esse fenômeno e como evitar sua formação são importantes para o profissional da odontologia. Evitar todas as possibilidades da formação da corrente elétrica talvez seja impossível, mas podemos evitar a passagem dessa corrente para o interior dos tecidos dentais evitando a sensação desagradável provocada pela formação da corrente elétrica. Constante Dielétrica: Um material que fornece isolamento elétrico é conhecido como dielétrico. Cimentos e vernizes são usados para fornecer um relativo isolamento elétrico. Cimentos usados para isolamento elétrico como o ionômero de vidro possui maior permissividade elétrica, estes cimentos por apresentarem alto conteúdo iônico o que os torna bastante polares em comparação com os cimentos de óxido de zinco e eugenol e fosfato de zinco. Corrosão dental e galvanismo: A série eletromotriz é uma lista de potenciais de eletrodo de metais de acordo com a tendência decrescente a oxidar em solução. Metais com um alto potencial de eletrodo negativo são mais resistentes a se oxidar do que aqueles com alto potencial de eletrodo positivo. Em geral, os metais abaixo do cobre na série, tais como alumínio, zinco e níquel, tendem a se oxidar de forma relativamente fácil, enquanto os acima do cobre como, prata, platina e ouro são resistentes à oxidação. Tabela 1: Potenciais de oxirredução de alguns metais usados na odontologia para reações de corrosão em água. A corrosão pode ocorrer em saliva quando um metal exposto ao meio se ioniza liberando íons para o meio, neste momento o paciente pode relatar “gosto metálico” e elétrons livres para o interior da restauração o que, em teoria, pode causar dor. Galvanismo: Este fenômeno é causado por restaurações metálicas diferentes na cavidade bucal ou até mesmo a inserção de outro metal na cavidade oral, como um garfo ou um pedaço de papel alumínio. Esses metais com potencial de oxirredução diferentes combinados com a saliva ou fluidos dentais como eletrólitos, formam uma célula elétrica causando corrosão (muitas vezes seguida do "gosto metálico"). Mas quando dois materiais restauradores metálicos ou outro metal externo fazem contato entre si, a célula fica em curto-circuito e, se ocorre um fluxo de corrente para a polpa, o paciente pode sentir dor e a restauração, mais anódina, sofrer corrosão.