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Tutoria 4 
EPIDEMIOLOGIA: 
 ETIMOLOGIA: 
epi: sobre 
demos: população 
logia: estudo 
o Então é esse estudo da população 
voltado para o âmbito saúde-doença no 
nível individual e coletivo, analisando 
fatores que interferem na difusão, 
propagação, frequência, modelo de 
distribuição, evolução da doença e os 
meios necessários para sua prevenção. 
Com objetivo geral de reduzir os 
problemas de saúde na população. 
 
HISTORIOGRAFIA 
 
o Hipócrates já usava o termo epidemion 
para se referir a doenças relacionadas a 
comunidades. 
o Na Idade Média o termo começou a ser 
usado com os significados parecidos com 
o que conhecemos hoje devido a peste 
negra, isso foi constatado em 
documentos espanhóis do século XVI. 
o JOHN SNOW- pai da epidemiologia; em 
Londres, notou a relação entre a doença 
e a existência de agua contaminada por 
fezes de doentes. 
o No século XVIII são citados os primeiros 
registros de vacinas indicando a 
preocupação com a disseminação das 
doenças antes delas atingirem as pessoas 
o Com a Revolução Industrial, do século 
XVIII ao XIX, fatores como qualidades da 
agua, saneamento e saúde pública 
passaram a ser vistos como importantes 
na transmissão de doenças. 
o Em 1890 teorias de germes como 
causadores de doenças passam a ser 
consideradas 
o No Brasil, durante a primeira república, 
em 1903, ocorreu a nomeação do médico 
sanitarista Oswaldo Cruz, encarregado 
de combater a febre amarela, varíola e 
peste negra no Rio de Janeiro. 
 
OBJETIVO 
O objetivo geral é reduzir os problemas de saúde 
na população. 
BASES TEÓRICAS 
São três: 
o Ciências Biológicas: refere-se às 
características clínicas e patológicas 
(descrever e classificar doenças). 
o Ciências sociais: determinar a influência 
da organização social na prevenção, 
distribuição e classificação de doenças. 
o Estatística: permite a visualização de 
padrões. 
 
CLÍNICA X EPIDEMIOLOGIA 
 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 A Associação Internacional de Epidemiologia 
(IEA),define que são três os principais objetivos 
da epidemiologia: 
 I. Descrever a distribuição e a magnitude dos 
problemas de saúde das populações humanas. 
II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, 
execução e avaliação das ações de prevenção, controle 
e tratamento das doenças, bem como para estabelecer 
prioridades. 
III. Identificar fatores etiológicos na gênese das 
enfermidades. 
o A qualidade de um estudo 
epidemiológico depende, entre outros 
fatores, da representatividade dos 
participantes, da qualidade da 
informação sobre a exposição e a 
doença/condição relacionada à saúde 
o Para o desenvolvimento de um estudo 
epidemiológico, é preciso considerar as 
questões éticas pertinentes. No Brasil, 
aprovou-se, recentemente, um conjunto 
de normas éticas a serem observadas na 
condução de estudos envolvendo seres 
humanos.49 Por exigência dessas 
normas, os protocolos para 
desenvolvimento de estudos 
epidemiológicos utilizando dados 
primários devem ser aprovados por um 
comitê de ética credenciado. 
o Estudo inclui vigilância, observação, 
pesquisa analítica e experimento. 
Distribuição refere-se à análise por 
tempo, local e características dos 
indivíduos. Determinantes são todos os 
fatores físicos, biológicos, sociais, 
culturais e comportamentais que 
influenciam a saúde. Condições 
relacionadas à saúde incluem doenças, 
causas de mortalidade, hábitos de vida 
(como tabagismo, dieta, atividades 
físicas, etc.), provisão e uso de serviços 
de saúde e de medicamentos. 
Populações especificadas são aquelas 
com características identificadas, como, 
por exemplo, determinada faixa etária 
em uma dada população. 
 
ESTUDOS DESCRITIVOS 
o Têm por objetivo determinar a 
distribuição de doenças ou condições 
relacionadas à saúde, segundo o tempo, o 
lugar e/ou as características dos 
indivíduos. Ou seja, responder à 
pergunta: quando, onde e quem adoece? 
o A epidemiologia descritiva examina 
como a incidência (casos novos) ou a 
prevalência (casos existentes) de uma 
doença ou condição relacionada à saúde 
varia de acordo com determinadas 
características, como sexo, idade, 
escolaridade e renda, entre outras. 
o Quando o estudo se orienta dessa forma 
epidemiologista é capaz não apenas de 
identificar grupos de alto risco para fins 
de prevenção (por exemplo: na cidade de 
Bambuí, verificou-se que idosos com 
renda familiar inferior a três salários 
mínimos ingeriam menos frutas e 
legumes frescos e praticavam menos 
exercícios físicos do que aqueles com 
renda familiar mais alta23), mas também 
gerar hipóteses etiológicas para 
investigações futuras. 
 
RELATOS DE CASO E SÉRIE DE CASOS 
 
o É basicamente o médico observar e 
descrever os sinais, sintomas e outras 
características do paciente, 
procedimentos terapêuticos utilizados, 
os efeitos e resultados do tratamento. 
o Esses relatos são avaliados quanto ao 
sucesso e ao fracasso num único 
indivíduo e esses “erros e acertos” são 
apreendidos para um próximo caso. 
Exemplo recente disso é o uso de uma 
terapia contra raiva, que foi inicialmente 
testada nos Estados Unidos, e que 
propiciou o primeiro caso de 
sobrevivência com a doença instalada 
o Há um check list que deve ser seguido 
o E esse método foi durante muito tempo a 
única base de informações científicas da 
medicina. 
o um relato de caso engloba não mais do 
que 3 casos e uma série de casos 
compreende de 3 a 10 casos 
o Uma situação em que classicamente o 
relato de caso tem uma grande 
importância é no estudo de doenças 
raras. Isso se deve ao fato de ser 
praticamente impossível a compilação 
de vários casos de pacientes em um 
único estudo. 
o Geralmente, são a primeira fonte de 
evidências para novas terapias 
(cirúrgicas ou clínicas) e para detecção 
de efeitos adversos raros de 
medicamentos 
o Os relatos de casos podem ser o alarme 
inicial para efeitos colaterais não vistos 
em ensaios com animais e humanos. 
Grande exemplo disso é a talidomida, 
que foi liberada para o tratamento de 
enjoo em grávidas. Com um relato de 
caso inicial e depois com vários outros, 
foi comprovado que era teratogênica 
o A Ginecologia é rica em avançar com 
relatos e séries de casos. A endometriose 
foi primeiramente descrita por em 1860, 
A síndrome dos ovários policísticos 
foram primeiramente descrita, em 1935, 
baseados em dados de sete pacientes. 
o Com o surgimento da medicina baseada 
em evidências, esse tipo de estudo virou 
o ponto mais fraco da literatura médica, 
e vários editores de periódicos evitam a 
publicação desses casos. 
 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS ANALÍTICOS 
 
o São aqueles delineados para examinar a 
existência de associação entre uma 
exposição e uma doença ou condição 
relacionada à saúde. 
o Nos estudos ecológicos, tanto a 
exposição quanto a ocorrência da doença 
são determinadas para grupos de 
indivíduos. 
o Nos demais delineamentos, tanto a 
exposição quanto a ocorrência da doença 
ou evento de interesse são determinados 
para o indivíduo 
o As principais diferenças entre os estudos 
seccionais, caso controle e de coorte 
residem na forma de seleção de 
participantes para o estudo e na 
capacidade de mensuração da exposição 
no passado. 
 
ESTUDOS ECOLÓGICOS 
 
o Compara-se a ocorrência da 
doença/condição e a exposição de 
interesse entre agregados de indivíduos 
(populações de países, regiões ou 
municípios, por exemplo) para verificar 
a possível existência de associação entre 
elas. 
o Nesse tipo de estudo não existem 
informações sobre a doença e exposição 
do indivíduo, mas do grupo populacional 
como um todo. Ou seja, é uma análise 
coletiva. Ou seja, não é simplesmente 
somar as partes e sim analisar o todo. Há 
um viés ecológico. 
o Por exemplo, foi feito um estudo 
ecológico que constatou que a maior 
proporção de mortes por causas mal 
definidas deidosos nas regiões com 
maior proporção de habitantes com 
renda familiar per capita inferior a meio 
salário mínimo sugere que a falta da 
assistência médica ao idoso está 
associada à pobreza. 
 
ESTUDOS SECCIONAIS 
 
o A exposição e a condição de saúde do 
participante são determinadas 
simultaneamente 
o Para determinar a prevalência de uma 
doença ou condição relacionada à saúde 
de uma população especificada 
o Esta é a característica fundamental de 
um estudo seccional: não é possível 
saber se a exposição antecede ou é 
consequência da doença/condição 
relacionada à saúde. Portanto, esse 
delineamento é fraco para determinar 
associações do tipo causa-efeito. 
o Por exemplo foi feito um estudo sobre 
qual grupo era mais atingido pela 
depressão, em que um dos fatores 
analisados era o desemprego. O índice 
era maior entre aqueles que não 
trabalhavam, mas não se pode definir se 
a depressão começou antes dele perder o 
emprego ou devido a consequência de 
estar desempregado. Ou seja, o estudo 
seccional O resultado do estudo gerou 
uma hipótese sobre a influência da 
ausência de trabalho no 
desenvolvimento do episódio 
depressivo. 
 
ESTUDO CASO CONTROLE 
 
o utilizados para investigar a etiologia de 
doenças e para avaliar ações e serviços 
de saúde. 
o primeiramente, identificam-se 
indivíduos com a doença (casos) e, para 
efeito de comparação, indivíduos sem a 
doença (controles) 
o Os estudos caso-controle, ao contrário 
dos estudos de coorte (ver a seguir), 
partem do efeito (doença) para a 
investigação da causa (exposição). 
o Um estudo caso-controle para investigar 
a associação de quedas entre idosos e 
uso de medicamentos está sendo 
desenvolvido no Município do Rio de 
Janeiro. Os casos são pessoas com 60+ 
anos de idade, internadas em seis 
hospitais do município por fratura 
decorrente de queda. Os controles são 
pacientes dos mesmos hospitais 
internados por outras causas. Até o 
momento, os resultados sugerem um maior 
risco de quedas e fraturas entre aqueles que 
fazem uso de benzodia-zepínicos (Odds Ratio-
OR=1,9; Intervalo de Confiança-IC em nível de 
95%=1,0-3,8) e miorrelaxantes (OR=1,9; 
IC95%=1,0-4,0) 
 
ESTUDO DE COORTE 
o Primeiramente, identifica-se a população 
de estudo e os participantes são 
classificados em expostos e não expostos 
a um determinado fator de interesse 
(Tabela 5). Depois, os indivíduos dos dois 
grupos são acompanhados para verificar 
a incidência da doença/condição 
relacionada à saúde entre expostos (a / a 
+ d) e não expostos (c / c + d). Se a 
exposição estiver associada à doença, 
espera-se que a incidência entre 
expostos seja maior do que entre não 
expostos 
o Os custos e as dificuldades de execução 
podem comprometer o desenvolvimento 
de estudos de coorte, sobretudo quando 
é necessário um grande número de 
participantes 
o De uma maneira geral, os principais 
objetivos de um estudo prospectivo 
consistem em determinar a incidência de 
condições adversas à saúde e investigar 
determinantes dessas condições. 
 
QUESTÕES ÉTICAS 
 
 A coleta não deve acarretar prejuízos ou 
malefícios aos investigados 
 Também se impõe no tocante ao sigilo do 
indivíduo 
 
o a recusa da criança em participar na 
pesquisa deve sempre ser respeitada, 
o Diretriz 9: Consentimento informado 
em estudos epidemiológicos 
o Para muitos tipos de pesquisas 
epidemiológicas o consentimento 
informado individual é impraticável ou 
desaconselhável. Nestes casos o comitê 
de ética deve determinar se é 
eticamente aceitável realizar sem o 
consentimento informado individual e 
se os planos do pesquisador para 
garantir e respeitar a privacidade dos 
sujeitos da pesquisa e para manter a 
confidencialidade dos dados 
adequadamente. 
 
o Comentários: Quando o estudo 
epidemiológico envolve contatos diretos 
entre o pesquisador e os indivíduos, as 
exigências gerais para a utilização do 
consentimento informado são 
diretamente aplicadas. No caso de 
grupos populacionais com estruturas 
sociais, costumes comuns e lideranças 
reconhecidas, o pesquisador deverá 
assegurar uma cooperação e obter a 
concordância da liderança do grupo. 
 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
o Um estudo experimental envolve um 
investigador que coleta os dados e realiza uma 
análise para determinar o que os dados 
significam. Tem como objetivo descobrir algo 
desconhecido ou de testar uma hipótese. Os 
principais elementos de um estudo 
experimental são: as variáveis, os 
participantes, objetos, hipóteses e a estratégia 
conduzida 
o Assim, um estudo experimental é aquele 
através do qual o pesquisador intervém para 
testar hipóteses. 
 
ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO 
Participantes são os pacientes 
o O ensaio clínico randomizado é um tipo 
de estudo de intervenção em que se parte 
da causa em direção ao efeito. Nesse 
ensaio os participantes são divididos, de 
forma aleatória, em dois grupos: o grupo 
que irá receber intervenção e o grupo 
dos controles. USO DO PLACEBO 
o Randomizados: significa que os pacientes 
são alocados para um dos dois grupos de 
forma aleatória, como, por exemplo, 
lançando-se uma moeda. 
o Vantagens: 
– Não devem ser influenciados por variáveis de 
confusão 
– Permitem estudar a história natural da 
doença 
o Desvantagens: 
– Podem ser muito caros 
– Podem não ser generalizáveis 
– Podem ser eticamente inaceitáveis 
– Muitos pacientes podem desistir do 
tratamento 
Estudos de ensaio de campo e 
comunitário 
o De campo: participantes são pessoas 
saudáveis 
o De comunitário: participantes são 
pessoas saudáveis de determinada 
comunidade 
o Nesse tipo de estudo geralmente se 
utiliza uma intervenção preventiva. 
o Ocorre no nível comunitário 
o Assim, selecionam-se indivíduos 
"sadios", expõe-se a metade à 
intervenção preventiva e, decorrido um 
período de tempo, mede-se a incidência 
nos dois grupos da doença ou problema 
que se quer prevenir. Exemplos de 
intervenções comunitárias são os 
estudos sobre eficácia de vacinas e 
sobre a fluoretação da água para 
prevenção de cáries 
o Dificuldade: isolar uma comunidade 
CONCEITOS EPIDEMOLÓGICOS 
o Endemia: É a presença contínua de uma 
enfermidade ou de um agente infeccioso 
em uma zona geográfica determinada. 
o Termo usado para descrever níveis de 
infecção que não exibem grande 
flutuação temporal em um determinado 
lugar. 
o é usado para indicar uma infecção que 
persiste em uma população por longo 
tempo sem necessidade de ser 
reintroduzida por uma fonte externa. 
o Não se relaciona de maneira 
quantitativa. Uma doença é endêmica 
quando se torna frequente em um local 
o Pode ser considerada sazonal 
o A febre amarela é uma doença endêmica 
no norte do país 
o Hiperendemia: transmissão intensa e 
persistente atingindo todas as faixas 
etárias 
o holoendemia:começa a partir de uma 
idade precoce e atinge a maior parte da 
população jovem. 
o A holoendemia quando não superada se 
torna uma endemia. 
 Surto: acontece quando há o aumento 
repentino do número de casos de uma 
doença em uma região específica. Para 
ser considerado surto, o aumento de 
casos deve ser maior do que o esperado 
pelas autoridades. 
 Epidemia: manifestação de casos em 
uma coletividade que excede claramente 
a incidência prevista. O número de casos 
que indica uma epidemia varia conforme 
o agente infeccioso, o tamanho e as 
características da população exposta, sua 
experiência prévia ou a falta de 
exposição à enfermidade e o local e a 
época do ano em que ocorre, visto que 
tudo é analisado em relação a frequência 
normal da doença. 
 
 Pandemia: Epidemia que afeta pessoas 
em muitos países e continentes. A AIDS, 
apesar de estar diminuído no mundo, 
ainda é considerada uma epidemia. 
 
 
TRANSMISSIBILIDADE 
o Capacidade do patógeno difundir. 
Exemplo: Notícia vista na veja, à 5 dias, A 
transmissibilidade do covid diminuiu em 
são Paulo depois da quarentena.PATOGENICIDADE 
o é a capacidade do agente, uma vez 
instalado, de produzir sintomas e sinais 
(doença). Ex: é alta no vírus do sarampo, 
onde a maioria dos infectados tem 
sintomas e a patogenicidade é reduzida 
do vírus da pólio onde poucos ficam 
doentes 
 
MORTALIDADE 
 
o Historicamente foi o primeiro indicador 
utilizado em avaliação de saúde coletiva. 
Isso é explicado porque o registro de 
morte é obrigatório e resulta na 
formação de uma base de dados 
o Refere-se ao conjunto dos indivíduos que 
morreram num dado intervalo do tempo. 
Representa o risco ou probabilidade que 
qualquer pessoa na população apresenta 
de poder vir a morrer ou de morrer em 
decorrência de uma determinada 
doença. Diversas vezes temos que medir 
a ocorrência de doenças numa população 
através da contagem de óbito 
 
MORBIDADE 
o Refere-se ao conjunto dos indivíduos que 
adquirem doenças (ou determinadas 
doenças) num dado intervalo de tempo 
em uma determinada população. A 
morbidade mostra o comportamento das 
doenças e dos agravos à saúde na 
população. 
o Permitem inferir os riscos de adoecer, 
bem como direciona as ações saneadoras 
a serem utilizadas. 
o As medidas de morbidade são mais 
sensíveis que as de mortalidade para 
mostrar mudanças de curto prazo. 
EMERGÊNCIA DE SAUDE PÚBLICA: 
o uma doença infecciosa clinicamente 
distinta, que tenha sido recentemente 
reconhecida, ou uma doença infecciosa 
conhecida cuja incidência esteja 
aumentando em um dado lugar ou entre 
uma população específica 
o Regulamento o que foi denominado de 
emergência de saúde pública de 
importância internacional. O termo 
emergência de saúde pública de 
importância internacional é definido no 
RSI (2005), como (WHA, 2005, p.6): 
Evento extraordinário, o qual é 
determinado, como estabelecido neste 
regulamento: ESTUDOS AVANÇADOS 22 
(64), 2008 21 UÊ por constituir um risco 
de saúde pública para outro Estado2 por 
meio da propagação internacional de 
doenças; UÊ por potencialmente 
requerer uma resposta internacional 
coordenada. Ainda, segundo as 
definições do RSI (2005), “Evento 
significa a manifestação de uma doença 
ou uma ocorrência que cria um potencial 
para doença” (WHA, 2005, p.6). Portanto, 
os eventos não se limitam à ocorrência 
de dano (caso ou óbito por determinada 
doença), mas incluem fatores de risco 
para sua ocorrência. Também não são 
restritos à ocorrência de doenças 
transmissíveis, mas contemplam ainda 
problemas de saúde de natureza 
química, radionuclear ou decorrentes de 
desastres ambientais, como terremotos, 
inundações ou secas. 
OUTROS TERMOS: 
o Imunogenicidade é a capacidade do 
agente de, após a infecção, induzir a 
imunidade no hospedeiro. Ex: alta nos 
vírus da rubéola, do sarampo, da 
caxumba que imunizam em geral por 
toda a vida, em relação à baixa 
imunogenicidade do vírus da gripe, da 
dengue, das shiguelas e das salmonelas 
que só conferem imunidade relativa e 
temporária. 
o Infectividade é a capacidade de certos 
organismos (agentes) de penetrar, se 
desenvolver e/ou se multiplicar em um 
outro (hospedeiro) ocasionando uma 
infecção. Exemplo: alta infectividade do 
vírus da gripe e a baixa infectividade dos 
fungos. 
o Virulência é a capacidade do agente de 
produzir efeitos graves ou fatais, 
relaciona-se à capacidade de produzir 
toxinas, de se multiplicar etc. Ex: baixa 
virulência do vírus da gripe e do sarampo 
em relação à alta virulência dos vírus da 
raiva e do HIV. 
 
DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL 
o Predomínio de antropozoonoses e 
doenças de transmissão hídrica ou 
alimentar, que representaram 29,1% e 
22,5%, respectivamente. Dentre as 
antropozoonoses, 72% estavam 
relacionadas à ocorrência da emergência 
de saúde pública de febre amarela (nessa 
situação cada caso humano ou cada 
epizootia pela doença constituía um 
evento), ocorrida entre dezembro 2007 e 
maio de 2008, e aos surtos de doença de 
Chagas aguda, com predomínio de 
transmissão oral. 
o As principais doenças endêmicas do 
Brasil, são: a malária; a leishmaniose; a 
esquistossomose; a febre amarela; a 
dengue; o tracoma; a doença de Chagas; 
a Hanseníase; a tuberculose; a cólera e a 
gripe A. 
o Sobre a leishmaniose em montes claros: 
Exames apontam que ao menos 896 
cachorros foram diagnosticados com 
calazar. E nos 4 primeiros meses de 
2019 25 pessoas foram internadas 
para tratamento da leishmaniose 
visceral no HU 
o INCIDÊNCIA: A incidência de uma 
doença, em um determinado local e 
período, é o número de casos novos da 
doença que iniciaram no mesmo local e 
período. Traz a idéia de intensidade com 
que acontece uma doença numa 
população, mede a freqüência ou 
probabilidade de ocorrência de casos 
novos de doença na população. Alta 
incidência significa alto risco coletivo de 
adoecer. Coeficiente de = nºde casos 
novos de determinada doença em um 
dado local e período x 10 n Incidência 
População do mesmo local e período; 
 
PREVALÊNCIA 
 
o Prevalecer significa ser mais, 
preponderar, predominar. A prevalência 
indica qualidade do que prevalece, 
prevalência implica em acontecer e 
permanecer existindo num momento 
considerado. Portanto, a prevalência é o 
número total de casos de uma doença, 
existentes num determinado local e 
período. Coeficiente de = nºde casos 
existentes (novos + ant.) Em dado 
local/momento/período x10 n 
Prevalência População do mesmo local e 
período O coeficiente de prevalência é 
mais utilizado para doenças crônicas de 
longa duração. Ex: hanseníase, 
tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes. 
Casos prevalentes são os que estão sendo 
tratados (casos antigos), mais aqueles 
que foram descobertos ou 
diagnosticados (casos novos). A 
prevalência, como idéia de acúmulo, de 
estoque, indica a força com que subsiste 
a doença na população. A prevalência 
pode ser pontual ou no período (lápsica): 
Prevalência pontual (instantânea ou 
prevalência momentânea) é medida pela 
freqüência da doença ou pelo seu 
coeficiente em um ponto definido no 
tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o 
ano. No intervalo de tempo definido da 
prevalência pontual, os casos 
prevalentes excluem aqueles que 
evoluíram para cura, para óbito ou que 
migraram. Prevalência num período de 
tempo ou lápsica abrange um lapso de 
tempo mais ou menos longo e que não 
concentra a informação em um dado 
ponto desse intervalo. lápsica estão 
incluídos todos os casos prevalentes, 
inclusive os que curaram, morreram e 
emigraram. 
 
LETALIDADE 
 
o Ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade 
relaciona o número de óbitos por 
determinada causa e o número de 
pessoas que foram acometidas por tal 
doença. Esta relação nos dá idéia da 
gravidade do agravo, pois indica o 
percentual de pessoas que morreram por 
tal doença e pode informar sobre a 
qualidade da assistência médica 
oferecida à população. 
o Taxa de Letalidade = Nºóbitos pela 
doença em determinada área e período x 
100 ou 1000 
o Nº total de pessoas com a doença na 
mesma área e período 
o A taxa de letalidade do novo coronavírus 
no Brasil vem aumentando nos últimos 
dias. Nesta segunda-feira, o valor era de 
3,5%, próximo ao observado na China — 
país de origem da pandemia —, de 3,9%. 
Contudo, como o dado é diretamente 
afetado pela subnotificação de casos 
confirmados no país, a expectativa é de 
que ele diminua conforme sejam feitos 
mais testes no país. 
o Varíola- 30% 
o SARS- 10% 
o Dengue- 3,8% 
o Sarampo- 0,2% 
o Gripe comum- 0,1% 
 
INDICADOR DE SAÚDE 
 
o Indicadores são usados para medir 
coisas que não são sujeitas à observação 
direta, por exemplo saúde, qualidade de 
vida e felicidade. 
o A diferença entre indicador e índice é 
que indicador inclui apenas um aspecto, 
como mortalidade. 
o já o índice expressa aspectos 
multidimensionais, pois incorpora em 
uma medida única diferentes aspectos e 
diferentes indicadores.o Índices não são em relação ao grupo da 
qual precedem 
 
COEFICIENTE 
 
o É o número de casos em relação à 
população da qual precede, dessa 
forma medem risco. 
 
TRANSMISSÃO AUTÓCTONE 
 
o Quando a doença é contraída na própria 
cidade e não vem de pessoas que 
viajaram para regiões afetadas 
o O enfermo contraiu na região de sua 
residência- local. 
 
TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA 
o Transmissão comunitária ocorre quando 
as equipes de vigilância não conseguem 
mais mapear a cadeia de infecção, não 
sabendo quem foi o primeiro paciente 
responsável pela contaminação dos 
demais 
 
EPICENTRO DA EPIDEMIA 
o Local onde há mais intensidade de casos 
o Os Estados Unidos estão se tornando 
rapidamente um novo epicentro da pandemia de 
coronavírus 
REFERÊNCIAS: 
 ARTIGO DE REVISÃO Tipos de 
estudos epidemiológicos: conceitos 
básicos e aplicações na área do 
envelhecimento de Maria Fernanda 
Lima-Costa Sandhi Maria Barreto 
publicado na revista ● Epidemiologia e 
Serviços de Saúde Volume 12 - Nº 4 - 
out/dez de 2003 
 
 Estudo realizado no Hospital Pedro 
Ernesto da Universidade do Estado do 
Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil. Entendendo a 
pesquisa clínica V: relatos e séries de 
casos. Marco Aurelio Pinho Oliveira 
Guillermo Coca Velarde Renato 
Augusto Moreira de Sá FEMINA | 
Setembro/Outubro 2015 | vol 43 | nº 5 
 Diretrizes Éticas Internacionais para a 
Pesquisa Envolvendo Seres Humanos em 
colaboração com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS)Genebra, 1993 
 
 MENEZES, Ana M.B; SANTOS, Iná da S. dos. 
Curso de epidemiologia básica para 
pneumologistas: 3ª parte - estudos de 
intervenção. J. Pneumologia, São Paulo , v. 
25, n. 5, p. 285-286, Oct. 1999 . 
 
 
 Emergências de saúde pública: conceito, 
caracterização, preparação e resposta 
EDUARDO HAGE CARMO, GERSON PENNA 
e WANDERSON KLEBER DE OLIVEIRA 
ESTUDOS AVANÇADOS 22 (64), 2008 
 
 Livro: epidemiologia: teoria e prática de 
Maurício Gomes Pereira, de 1995 
 
 
 Livro: Epidemiologia e bioestética de Emanuel 
Giovani cafofo silva e outros colaboradores, 
2017

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