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Tutoria 4 EPIDEMIOLOGIA: ETIMOLOGIA: epi: sobre demos: população logia: estudo o Então é esse estudo da população voltado para o âmbito saúde-doença no nível individual e coletivo, analisando fatores que interferem na difusão, propagação, frequência, modelo de distribuição, evolução da doença e os meios necessários para sua prevenção. Com objetivo geral de reduzir os problemas de saúde na população. HISTORIOGRAFIA o Hipócrates já usava o termo epidemion para se referir a doenças relacionadas a comunidades. o Na Idade Média o termo começou a ser usado com os significados parecidos com o que conhecemos hoje devido a peste negra, isso foi constatado em documentos espanhóis do século XVI. o JOHN SNOW- pai da epidemiologia; em Londres, notou a relação entre a doença e a existência de agua contaminada por fezes de doentes. o No século XVIII são citados os primeiros registros de vacinas indicando a preocupação com a disseminação das doenças antes delas atingirem as pessoas o Com a Revolução Industrial, do século XVIII ao XIX, fatores como qualidades da agua, saneamento e saúde pública passaram a ser vistos como importantes na transmissão de doenças. o Em 1890 teorias de germes como causadores de doenças passam a ser consideradas o No Brasil, durante a primeira república, em 1903, ocorreu a nomeação do médico sanitarista Oswaldo Cruz, encarregado de combater a febre amarela, varíola e peste negra no Rio de Janeiro. OBJETIVO O objetivo geral é reduzir os problemas de saúde na população. BASES TEÓRICAS São três: o Ciências Biológicas: refere-se às características clínicas e patológicas (descrever e classificar doenças). o Ciências sociais: determinar a influência da organização social na prevenção, distribuição e classificação de doenças. o Estatística: permite a visualização de padrões. CLÍNICA X EPIDEMIOLOGIA TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA),define que são três os principais objetivos da epidemiologia: I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas. II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades. III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades. o A qualidade de um estudo epidemiológico depende, entre outros fatores, da representatividade dos participantes, da qualidade da informação sobre a exposição e a doença/condição relacionada à saúde o Para o desenvolvimento de um estudo epidemiológico, é preciso considerar as questões éticas pertinentes. No Brasil, aprovou-se, recentemente, um conjunto de normas éticas a serem observadas na condução de estudos envolvendo seres humanos.49 Por exigência dessas normas, os protocolos para desenvolvimento de estudos epidemiológicos utilizando dados primários devem ser aprovados por um comitê de ética credenciado. o Estudo inclui vigilância, observação, pesquisa analítica e experimento. Distribuição refere-se à análise por tempo, local e características dos indivíduos. Determinantes são todos os fatores físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais que influenciam a saúde. Condições relacionadas à saúde incluem doenças, causas de mortalidade, hábitos de vida (como tabagismo, dieta, atividades físicas, etc.), provisão e uso de serviços de saúde e de medicamentos. Populações especificadas são aquelas com características identificadas, como, por exemplo, determinada faixa etária em uma dada população. ESTUDOS DESCRITIVOS o Têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos. Ou seja, responder à pergunta: quando, onde e quem adoece? o A epidemiologia descritiva examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência (casos existentes) de uma doença ou condição relacionada à saúde varia de acordo com determinadas características, como sexo, idade, escolaridade e renda, entre outras. o Quando o estudo se orienta dessa forma epidemiologista é capaz não apenas de identificar grupos de alto risco para fins de prevenção (por exemplo: na cidade de Bambuí, verificou-se que idosos com renda familiar inferior a três salários mínimos ingeriam menos frutas e legumes frescos e praticavam menos exercícios físicos do que aqueles com renda familiar mais alta23), mas também gerar hipóteses etiológicas para investigações futuras. RELATOS DE CASO E SÉRIE DE CASOS o É basicamente o médico observar e descrever os sinais, sintomas e outras características do paciente, procedimentos terapêuticos utilizados, os efeitos e resultados do tratamento. o Esses relatos são avaliados quanto ao sucesso e ao fracasso num único indivíduo e esses “erros e acertos” são apreendidos para um próximo caso. Exemplo recente disso é o uso de uma terapia contra raiva, que foi inicialmente testada nos Estados Unidos, e que propiciou o primeiro caso de sobrevivência com a doença instalada o Há um check list que deve ser seguido o E esse método foi durante muito tempo a única base de informações científicas da medicina. o um relato de caso engloba não mais do que 3 casos e uma série de casos compreende de 3 a 10 casos o Uma situação em que classicamente o relato de caso tem uma grande importância é no estudo de doenças raras. Isso se deve ao fato de ser praticamente impossível a compilação de vários casos de pacientes em um único estudo. o Geralmente, são a primeira fonte de evidências para novas terapias (cirúrgicas ou clínicas) e para detecção de efeitos adversos raros de medicamentos o Os relatos de casos podem ser o alarme inicial para efeitos colaterais não vistos em ensaios com animais e humanos. Grande exemplo disso é a talidomida, que foi liberada para o tratamento de enjoo em grávidas. Com um relato de caso inicial e depois com vários outros, foi comprovado que era teratogênica o A Ginecologia é rica em avançar com relatos e séries de casos. A endometriose foi primeiramente descrita por em 1860, A síndrome dos ovários policísticos foram primeiramente descrita, em 1935, baseados em dados de sete pacientes. o Com o surgimento da medicina baseada em evidências, esse tipo de estudo virou o ponto mais fraco da literatura médica, e vários editores de periódicos evitam a publicação desses casos. ESTUDOS OBSERVACIONAIS ANALÍTICOS o São aqueles delineados para examinar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. o Nos estudos ecológicos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença são determinadas para grupos de indivíduos. o Nos demais delineamentos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença ou evento de interesse são determinados para o indivíduo o As principais diferenças entre os estudos seccionais, caso controle e de coorte residem na forma de seleção de participantes para o estudo e na capacidade de mensuração da exposição no passado. ESTUDOS ECOLÓGICOS o Compara-se a ocorrência da doença/condição e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. o Nesse tipo de estudo não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, mas do grupo populacional como um todo. Ou seja, é uma análise coletiva. Ou seja, não é simplesmente somar as partes e sim analisar o todo. Há um viés ecológico. o Por exemplo, foi feito um estudo ecológico que constatou que a maior proporção de mortes por causas mal definidas deidosos nas regiões com maior proporção de habitantes com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo sugere que a falta da assistência médica ao idoso está associada à pobreza. ESTUDOS SECCIONAIS o A exposição e a condição de saúde do participante são determinadas simultaneamente o Para determinar a prevalência de uma doença ou condição relacionada à saúde de uma população especificada o Esta é a característica fundamental de um estudo seccional: não é possível saber se a exposição antecede ou é consequência da doença/condição relacionada à saúde. Portanto, esse delineamento é fraco para determinar associações do tipo causa-efeito. o Por exemplo foi feito um estudo sobre qual grupo era mais atingido pela depressão, em que um dos fatores analisados era o desemprego. O índice era maior entre aqueles que não trabalhavam, mas não se pode definir se a depressão começou antes dele perder o emprego ou devido a consequência de estar desempregado. Ou seja, o estudo seccional O resultado do estudo gerou uma hipótese sobre a influência da ausência de trabalho no desenvolvimento do episódio depressivo. ESTUDO CASO CONTROLE o utilizados para investigar a etiologia de doenças e para avaliar ações e serviços de saúde. o primeiramente, identificam-se indivíduos com a doença (casos) e, para efeito de comparação, indivíduos sem a doença (controles) o Os estudos caso-controle, ao contrário dos estudos de coorte (ver a seguir), partem do efeito (doença) para a investigação da causa (exposição). o Um estudo caso-controle para investigar a associação de quedas entre idosos e uso de medicamentos está sendo desenvolvido no Município do Rio de Janeiro. Os casos são pessoas com 60+ anos de idade, internadas em seis hospitais do município por fratura decorrente de queda. Os controles são pacientes dos mesmos hospitais internados por outras causas. Até o momento, os resultados sugerem um maior risco de quedas e fraturas entre aqueles que fazem uso de benzodia-zepínicos (Odds Ratio- OR=1,9; Intervalo de Confiança-IC em nível de 95%=1,0-3,8) e miorrelaxantes (OR=1,9; IC95%=1,0-4,0) ESTUDO DE COORTE o Primeiramente, identifica-se a população de estudo e os participantes são classificados em expostos e não expostos a um determinado fator de interesse (Tabela 5). Depois, os indivíduos dos dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença/condição relacionada à saúde entre expostos (a / a + d) e não expostos (c / c + d). Se a exposição estiver associada à doença, espera-se que a incidência entre expostos seja maior do que entre não expostos o Os custos e as dificuldades de execução podem comprometer o desenvolvimento de estudos de coorte, sobretudo quando é necessário um grande número de participantes o De uma maneira geral, os principais objetivos de um estudo prospectivo consistem em determinar a incidência de condições adversas à saúde e investigar determinantes dessas condições. QUESTÕES ÉTICAS A coleta não deve acarretar prejuízos ou malefícios aos investigados Também se impõe no tocante ao sigilo do indivíduo o a recusa da criança em participar na pesquisa deve sempre ser respeitada, o Diretriz 9: Consentimento informado em estudos epidemiológicos o Para muitos tipos de pesquisas epidemiológicas o consentimento informado individual é impraticável ou desaconselhável. Nestes casos o comitê de ética deve determinar se é eticamente aceitável realizar sem o consentimento informado individual e se os planos do pesquisador para garantir e respeitar a privacidade dos sujeitos da pesquisa e para manter a confidencialidade dos dados adequadamente. o Comentários: Quando o estudo epidemiológico envolve contatos diretos entre o pesquisador e os indivíduos, as exigências gerais para a utilização do consentimento informado são diretamente aplicadas. No caso de grupos populacionais com estruturas sociais, costumes comuns e lideranças reconhecidas, o pesquisador deverá assegurar uma cooperação e obter a concordância da liderança do grupo. ESTUDOS EXPERIMENTAIS o Um estudo experimental envolve um investigador que coleta os dados e realiza uma análise para determinar o que os dados significam. Tem como objetivo descobrir algo desconhecido ou de testar uma hipótese. Os principais elementos de um estudo experimental são: as variáveis, os participantes, objetos, hipóteses e a estratégia conduzida o Assim, um estudo experimental é aquele através do qual o pesquisador intervém para testar hipóteses. ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Participantes são os pacientes o O ensaio clínico randomizado é um tipo de estudo de intervenção em que se parte da causa em direção ao efeito. Nesse ensaio os participantes são divididos, de forma aleatória, em dois grupos: o grupo que irá receber intervenção e o grupo dos controles. USO DO PLACEBO o Randomizados: significa que os pacientes são alocados para um dos dois grupos de forma aleatória, como, por exemplo, lançando-se uma moeda. o Vantagens: – Não devem ser influenciados por variáveis de confusão – Permitem estudar a história natural da doença o Desvantagens: – Podem ser muito caros – Podem não ser generalizáveis – Podem ser eticamente inaceitáveis – Muitos pacientes podem desistir do tratamento Estudos de ensaio de campo e comunitário o De campo: participantes são pessoas saudáveis o De comunitário: participantes são pessoas saudáveis de determinada comunidade o Nesse tipo de estudo geralmente se utiliza uma intervenção preventiva. o Ocorre no nível comunitário o Assim, selecionam-se indivíduos "sadios", expõe-se a metade à intervenção preventiva e, decorrido um período de tempo, mede-se a incidência nos dois grupos da doença ou problema que se quer prevenir. Exemplos de intervenções comunitárias são os estudos sobre eficácia de vacinas e sobre a fluoretação da água para prevenção de cáries o Dificuldade: isolar uma comunidade CONCEITOS EPIDEMOLÓGICOS o Endemia: É a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada. o Termo usado para descrever níveis de infecção que não exibem grande flutuação temporal em um determinado lugar. o é usado para indicar uma infecção que persiste em uma população por longo tempo sem necessidade de ser reintroduzida por uma fonte externa. o Não se relaciona de maneira quantitativa. Uma doença é endêmica quando se torna frequente em um local o Pode ser considerada sazonal o A febre amarela é uma doença endêmica no norte do país o Hiperendemia: transmissão intensa e persistente atingindo todas as faixas etárias o holoendemia:começa a partir de uma idade precoce e atinge a maior parte da população jovem. o A holoendemia quando não superada se torna uma endemia. Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Epidemia: manifestação de casos em uma coletividade que excede claramente a incidência prevista. O número de casos que indica uma epidemia varia conforme o agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência prévia ou a falta de exposição à enfermidade e o local e a época do ano em que ocorre, visto que tudo é analisado em relação a frequência normal da doença. Pandemia: Epidemia que afeta pessoas em muitos países e continentes. A AIDS, apesar de estar diminuído no mundo, ainda é considerada uma epidemia. TRANSMISSIBILIDADE o Capacidade do patógeno difundir. Exemplo: Notícia vista na veja, à 5 dias, A transmissibilidade do covid diminuiu em são Paulo depois da quarentena.PATOGENICIDADE o é a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais (doença). Ex: é alta no vírus do sarampo, onde a maioria dos infectados tem sintomas e a patogenicidade é reduzida do vírus da pólio onde poucos ficam doentes MORTALIDADE o Historicamente foi o primeiro indicador utilizado em avaliação de saúde coletiva. Isso é explicado porque o registro de morte é obrigatório e resulta na formação de uma base de dados o Refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo. Representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer ou de morrer em decorrência de uma determinada doença. Diversas vezes temos que medir a ocorrência de doenças numa população através da contagem de óbito MORBIDADE o Refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou determinadas doenças) num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. o Permitem inferir os riscos de adoecer, bem como direciona as ações saneadoras a serem utilizadas. o As medidas de morbidade são mais sensíveis que as de mortalidade para mostrar mudanças de curto prazo. EMERGÊNCIA DE SAUDE PÚBLICA: o uma doença infecciosa clinicamente distinta, que tenha sido recentemente reconhecida, ou uma doença infecciosa conhecida cuja incidência esteja aumentando em um dado lugar ou entre uma população específica o Regulamento o que foi denominado de emergência de saúde pública de importância internacional. O termo emergência de saúde pública de importância internacional é definido no RSI (2005), como (WHA, 2005, p.6): Evento extraordinário, o qual é determinado, como estabelecido neste regulamento: ESTUDOS AVANÇADOS 22 (64), 2008 21 UÊ por constituir um risco de saúde pública para outro Estado2 por meio da propagação internacional de doenças; UÊ por potencialmente requerer uma resposta internacional coordenada. Ainda, segundo as definições do RSI (2005), “Evento significa a manifestação de uma doença ou uma ocorrência que cria um potencial para doença” (WHA, 2005, p.6). Portanto, os eventos não se limitam à ocorrência de dano (caso ou óbito por determinada doença), mas incluem fatores de risco para sua ocorrência. Também não são restritos à ocorrência de doenças transmissíveis, mas contemplam ainda problemas de saúde de natureza química, radionuclear ou decorrentes de desastres ambientais, como terremotos, inundações ou secas. OUTROS TERMOS: o Imunogenicidade é a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a imunidade no hospedeiro. Ex: alta nos vírus da rubéola, do sarampo, da caxumba que imunizam em geral por toda a vida, em relação à baixa imunogenicidade do vírus da gripe, da dengue, das shiguelas e das salmonelas que só conferem imunidade relativa e temporária. o Infectividade é a capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro) ocasionando uma infecção. Exemplo: alta infectividade do vírus da gripe e a baixa infectividade dos fungos. o Virulência é a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se multiplicar etc. Ex: baixa virulência do vírus da gripe e do sarampo em relação à alta virulência dos vírus da raiva e do HIV. DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL o Predomínio de antropozoonoses e doenças de transmissão hídrica ou alimentar, que representaram 29,1% e 22,5%, respectivamente. Dentre as antropozoonoses, 72% estavam relacionadas à ocorrência da emergência de saúde pública de febre amarela (nessa situação cada caso humano ou cada epizootia pela doença constituía um evento), ocorrida entre dezembro 2007 e maio de 2008, e aos surtos de doença de Chagas aguda, com predomínio de transmissão oral. o As principais doenças endêmicas do Brasil, são: a malária; a leishmaniose; a esquistossomose; a febre amarela; a dengue; o tracoma; a doença de Chagas; a Hanseníase; a tuberculose; a cólera e a gripe A. o Sobre a leishmaniose em montes claros: Exames apontam que ao menos 896 cachorros foram diagnosticados com calazar. E nos 4 primeiros meses de 2019 25 pessoas foram internadas para tratamento da leishmaniose visceral no HU o INCIDÊNCIA: A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a idéia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. Coeficiente de = nºde casos novos de determinada doença em um dado local e período x 10 n Incidência População do mesmo local e período; PREVALÊNCIA o Prevalecer significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período. Coeficiente de = nºde casos existentes (novos + ant.) Em dado local/momento/período x10 n Prevalência População do mesmo local e período O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração. Ex: hanseníase, tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes. Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos), mais aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). A prevalência, como idéia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste a doença na população. A prevalência pode ser pontual ou no período (lápsica): Prevalência pontual (instantânea ou prevalência momentânea) é medida pela freqüência da doença ou pelo seu coeficiente em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o ano. No intervalo de tempo definido da prevalência pontual, os casos prevalentes excluem aqueles que evoluíram para cura, para óbito ou que migraram. Prevalência num período de tempo ou lápsica abrange um lapso de tempo mais ou menos longo e que não concentra a informação em um dado ponto desse intervalo. lápsica estão incluídos todos os casos prevalentes, inclusive os que curaram, morreram e emigraram. LETALIDADE o Ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta relação nos dá idéia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram por tal doença e pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida à população. o Taxa de Letalidade = Nºóbitos pela doença em determinada área e período x 100 ou 1000 o Nº total de pessoas com a doença na mesma área e período o A taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil vem aumentando nos últimos dias. Nesta segunda-feira, o valor era de 3,5%, próximo ao observado na China — país de origem da pandemia —, de 3,9%. Contudo, como o dado é diretamente afetado pela subnotificação de casos confirmados no país, a expectativa é de que ele diminua conforme sejam feitos mais testes no país. o Varíola- 30% o SARS- 10% o Dengue- 3,8% o Sarampo- 0,2% o Gripe comum- 0,1% INDICADOR DE SAÚDE o Indicadores são usados para medir coisas que não são sujeitas à observação direta, por exemplo saúde, qualidade de vida e felicidade. o A diferença entre indicador e índice é que indicador inclui apenas um aspecto, como mortalidade. o já o índice expressa aspectos multidimensionais, pois incorpora em uma medida única diferentes aspectos e diferentes indicadores.o Índices não são em relação ao grupo da qual precedem COEFICIENTE o É o número de casos em relação à população da qual precede, dessa forma medem risco. TRANSMISSÃO AUTÓCTONE o Quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas o O enfermo contraiu na região de sua residência- local. TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA o Transmissão comunitária ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais EPICENTRO DA EPIDEMIA o Local onde há mais intensidade de casos o Os Estados Unidos estão se tornando rapidamente um novo epicentro da pandemia de coronavírus REFERÊNCIAS: ARTIGO DE REVISÃO Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento de Maria Fernanda Lima-Costa Sandhi Maria Barreto publicado na revista ● Epidemiologia e Serviços de Saúde Volume 12 - Nº 4 - out/dez de 2003 Estudo realizado no Hospital Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Entendendo a pesquisa clínica V: relatos e séries de casos. Marco Aurelio Pinho Oliveira Guillermo Coca Velarde Renato Augusto Moreira de Sá FEMINA | Setembro/Outubro 2015 | vol 43 | nº 5 Diretrizes Éticas Internacionais para a Pesquisa Envolvendo Seres Humanos em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS)Genebra, 1993 MENEZES, Ana M.B; SANTOS, Iná da S. dos. Curso de epidemiologia básica para pneumologistas: 3ª parte - estudos de intervenção. J. Pneumologia, São Paulo , v. 25, n. 5, p. 285-286, Oct. 1999 . Emergências de saúde pública: conceito, caracterização, preparação e resposta EDUARDO HAGE CARMO, GERSON PENNA e WANDERSON KLEBER DE OLIVEIRA ESTUDOS AVANÇADOS 22 (64), 2008 Livro: epidemiologia: teoria e prática de Maurício Gomes Pereira, de 1995 Livro: Epidemiologia e bioestética de Emanuel Giovani cafofo silva e outros colaboradores, 2017
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