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EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE - RESUMO

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Epidemiologia e
indicadores de
saúde
Resumo
Nicole Silva Malheiros - Medicina Funorte XXXI
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
------- Tipos de estudos epidemiológicos ------- 
 
 
 Epidemiologia: Definição e objetivos 
 
A Epidemiologia é definida como o estudo da distribuição e dos determinantes das 
doenças ou condições relacionadas à saúde em populações especificadas. Ela 
estuda o processo saúde-doença na coletividade humana, propondo medidas 
específicas de prevenção, controle e erradicação de doenças. 
 
Estudo: vigilância, observação, pesquisa analítica e experimento 
Distribuição: análise por tempo, local e características dos indivíduos 
Determinantes: todos os fatores físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais que 
influenciam a saúde 
Condições relacionadas à saúde: doenças, causas de mortalidade, hábitos de vida (como 
tabagismo, dieta, atividades físicas, etc.), provisão e uso de serviços de saúde e de medicamentos 
Populações especificadas: aquelas com características identificadas, como, por exemplo, 
determinada faixa etária em uma dada população. 
 
 
 
 Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em 
observacionais e experimentais. 
- Observacionais (descritivos e analíticos): Os estudos 
observacionais permitem que a natureza determine o seu curso: 
o investigador mede, mas não intervém. 
- Experimentais (Ensaio clínico randomizado, ensaio 
comunitário e ensaio de campo): envolvem a tentativa de 
mudar os determinantes de uma doença, tais como uma 
exposição ou comportamento, ou cessar o progresso de uma 
doença através de tratamento. São similares a experimentos 
realizados em outras ciências. 
 Tipos de estudos epidemiológicos: 
 
- Estudos descritivos (Relato de caso e série de 
casos): têm por objetivo determinar a distribuição de 
. Bancos de dados 
secundários 
importantes com 
abrangência nacional: 
. Sistema de Informações 
sobre Mortalidade (SIM-SUS); 
. Sistema de Informações 
sobre Autorizações de 
Internações Hospitalares 
(SIH-SUS); 
. Pesquisa Nacional de 
Amostra Domiciliar (PNAD, 
1998). 
 Funções da OMS: 
 Ajudar os Governos no 
fortalecimento dos serviços de 
saúde; 
 Promover a melhoria da 
nutrição, habitação, 
saneamento, recreação, 
condições econômicas e de 
trabalho da população; 
 Estimular a cooperação entre 
grupos científicos para que 
estudos na área de saúde 
avancem; 
 Fornecer informações a 
respeito de saúde; 
 Realizar a classificação 
internacional das doenças. 
 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou 
as características dos indivíduos (quando, onde, quem adoece?). Faz uso de 
dados primários (dados coletados para o desenvolvimento do estudo) e secundários 
(dados pré-existentes de mortalidade e hospitalizações, por exemplo). 
 
A epidemiologia descritiva examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência 
(casos existentes) de uma doença ou condição relacionada à saúde variam de acordo 
com determinadas características, como sexo, idade, escolaridade e renda, entre outras. 
Possibilitando que sejam identificados os grupos de alto risco para fins de prevenção 
e também de gerar hipóteses etiológicas para investigações futuras. 
 
 
- Relatos de casos e Série de casos: 
. Um indivíduo (Relato de caso) ou um grupo pequeno de indivíduos (Série de casos); 
. Não fazem associações; 
. Importante para doenças novas ou ainda não corriqueiras; 
. Costumam ser usados para descrever assuntos ainda não muito bem conhecidos; 
. Fontes de hipóteses sobre apresentação, risco, prognóstico e tratamento de doenças; 
. Principais limitações: Os indivíduos observados são altamente selecionados; 
observações de situações incomuns, evolução atípica, resultados inesperados; poucas 
observações; “Viés do pesquisador”, falta de um grupo controle. 
 
- Estudos analíticos (seccional/transversal, caso-controle, coorte, ecológico): 
examinam a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição 
relacionada à saúde. Procuram identificar a relação entre o fenômeno e fatores ou 
condições diversas, aos quais se possa atribuir seu comportamento e distribuição. Testa 
hipóteses de relação causal entre fatores de exposição e eventos. 
 
 
- Estudos ecológicos: compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à 
saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, 
regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação 
entre elas. Nesse tipo de estudo medidas de agregados da exposição e da doença são 
comparadas, também não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, 
mas do grupo populacional como um todo. 
 
 
- Estudos seccionais: É o único que dá para medir a prevalência. Esse tipo de 
investigação começa com um estudo para determinar a prevalência de uma doença ou 
condição relacionada à saúde de uma população especificada (por exemplo, habitantes 
idosos de uma cidade). As características dos indivíduos classificados como doentes são 
comparadas às daqueles classificados como não doentes. Nesse estudo a exposição e a 
condição de saúde do participante são determinadas simultaneamente. 
Uma característica fundamental do estudo seccional é que não se pode saber se a 
exposição antecede ou é consequência da doença. Portanto, esse delineamento é fraco 
para determinar associações do tipo causa-efeito, mas adequado para identificar pessoas 
e características passíveis de intervenção e gerar hipóteses de causas de doenças. 
. Vantagens: Informações coletadas no mesmo momento, sem seguimento; usado para 
o planejamento dos serviços de saúde (ex.: promover estudos para calcular a quantidade 
de leitos necessários para aquela população.). 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
. Desvantagens: Não permite falar em causa; permite apenas associações; e permite 
apenas formular hipóteses, não avaliar essas hipóteses. 
 
- Estudos de caso-controle: pode ser utilizado para identificar a etiologia de doenças 
ou de condições relacionadas à saúde entre idosos, determinantes da longevidade; e 
para avaliar ações e serviços de saúde. Primeiramente, identificam-se indivíduos com 
a doença (casos) e, para efeito de comparação, indivíduos sem a doença (controles), 
depois, determina-se (mediante entrevista ou consulta a prontuários, por exemplo) qual 
é a Odds da exposição entre casos (a/c) e controles (b/d). 
 
Os estudos caso-controle partem do efeito (doença) para a investigação da causa 
(exposição). Suas vantagens são: a) tempo mais curto para o desenvolvimento do 
estudo, uma vez que a seleção de participantes é feita após o surgimento da doença; b) 
custo mais baixo da pesquisa; c) maior eficiência para o estudo de doenças raras; d) 
ausência de riscos para os participantes; e) possibilidade de investigação simultânea de 
diferentes hipóteses etiológicas (estudo das causas das doenças). Por outro lado, estão 
sujeitos a dois erros sistemáticos por estudo: de seleção (casos e controles podem 
diferir sistematicamente, devido a um erro na seleção de participantes); e de memória 
(casos e controles podem diferir sistematicamente, na sua capacidade de lembrar a 
história da exposição). 
 
- Estudos de coorte: O termo coorte é utilizado para descrever um grupo de pessoas 
que tem algo em comum quando são reunidas e que são observadas por um período, 
para analisar o que ocorre com elas. Primeiro, os participantes são classificados em 
expostos e não expostos a um determinado fator de interesse. Depois, os indivíduos dos 
dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença/condição 
relacionada à saúde entre expostos (a/a + d) e não expostos (c/c + d). O estudo de 
coorte também pode ser conduzido a partir da identificação de registros passados e 
acompanhadosdaquele momento em diante até o presente (também chamado de coorte 
histórica ou coorte retrospectiva). 
 
Principais limitações: Seu custo financeiro; perda de participantes ao longo do 
seguimento por conta de recusas para continuar participando do estudo, mudanças de 
endereços ou emigração. 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
- Ensaio Clínico Randomizado: Os participantes do estudo são distribuídos 
aleatoriamente para aplicação de uma intervenção (ex.: tratamento farmacológico) 
comparada a outra intervenção (ex.: tratamento placebo). Os grupos são acompanhados 
por um período de tempo e analisados por desfechos específicos, definidos no início do 
estudo. 
. Vantagens: ideal para avaliação de intervenções terapêuticas 
. Desvantagens: podem possuir custos elevados e serem demorados, por vezes, 
impossíveis de se realizar por questões éticas, casos raros ou de período prolongado de 
acompanhamento. 
 
- Ensaios comunitários: os grupos de tratamento são comunidades ao invés de 
indivíduos. É particularmente apropriado para doenças que tenham suas origens nas 
condições sociais e que possam ser facilmente influenciadas por intervenções dirigidas 
ao comportamento do grupo ou do indivíduo (ex.: doenças cardiovasculares). 
. Desvantagens: somente um pequeno número de comunidades pode ser incluído e a 
alocação aleatória das comunidades não é muito prática e há uma dificuldade em isolar 
as comunidades onde a intervenção está sendo conduzida devido a mudanças sociais em 
curso 
 
- Ensaios de Campo: envolvem pessoas que estão livres de doença, mas sob risco de 
desenvolvê-la. Os dados são coletados usualmente entre pessoas da população geral 
não institucionalizadas e envolvem um grande número de pessoas, o que os torna caro 
e logisticamente complicados. Podem ser utilizados para avaliar intervenções que 
objetivam reduzir a exposição sem necessariamente medir a ocorrência dos efeitos 
sobre a saúde. 
 
 Além dos aspectos abordados, é importante lembrar que o desenvolvimento de um estudo 
epidemiológico envolve, pelo menos, seis etapas: 
 
1. Definição dos objetivos/ confirmação do diagnóstico; 
2. Escolha do delineamento adequado, segundo a viabilidade do estudo e os recursos 
disponíveis/ formular a hipótese; 
3. Identificação da população de estudo; 
4. Planejamento e condução da pesquisa/ avaliar hipóteses; 
5. Coleta, análise e interpretação dos dados; e 
6. Processamento e análise final/ Divulgação dos resultados. 
 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
Estudos recomendados para cada caso:
 
 Questões Éticas: 
 
- Dizem respeito a todas as ações e políticas certas ou erradas, leais ou desleais, 
justas ou injustas, todos os estudos epidemiológicos devem ser revisados e 
aprovados por um comitê de ética, seus princípios éticos incluem: 
 
. Consentimento informado: deve ser obtido dos participantes e deve preservar 
o direito de abandonar o estudo em qualquer momento. Os pesquisadores são 
obrigados a dizer a todas as comunidades o que eles estão fazendo e por que, além 
de devolver os resultados dos estudos e sua significância para as comunidades 
envolvidas. 
 
. Confidencialidade: os epidemiologistas têm a obrigação de preservar a 
confidencialidade das informações obtidas para seus estudos e devem pedir 
permissão antes de obter os dados. 
 
. Respeito pelos direitos humanos e direitos individuais: podem ocorrer 
conflitos nos estudos epidemiológicos entre os interesses de um grupo e interesses 
individuais, devendo ser respeitados de acordo a legislação do país/região onde é 
feita a pesquisa. 
 
. Integridade científica: os cientistas têm capacidade de agir de forma não ética, 
dessa forma, o treinamento e a orientação dos epidemiologistas devem incluir uma 
abordagem profunda dessa questão, sendo fiscalizados pelo comitê de ética. 
 
------------------------------ Diferenças entre os indicadores de índices de saúde ---------------------------- 
 
 Medidas de frequências das doenças: Têm o objetivo de mensurar a ocorrência de doenças 
na população 
 
- Indicador: são os índices críticos capazes de orientar a tomada de decisão em 
prol das evidências ou providências. Ex.: indicador educação do IDH refere-se à 
quantidade média de anos de estudo de uma população. 
 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
- Índice: termo genérico apropriado para referir-se a todos os descritores da vida 
e da saúde; inclui todos os termos numéricos existentes e incidentes que trazem a 
noção de grandeza. 
 
- Coeficiente: são medidas secundárias que, ao serem geradas pelos quocientes 
entre medidas primárias de variáveis independentes, deixam de sofrer influência 
dessas variáveis para expressar somente a intensidade dos riscos de ocorrência. 
Em outras palavras, trata-se da frequência com que um evento ocorre na 
população. 
 
- Taxas: são medidas de risco aplicadas para cálculos de estimativas e projeções 
de incidências e prevalências em populações de interesse. 
 
 Incidência: é a frequência de novos casos de uma determinada doença ou problema 
de saúde num determinado período de tempo, oriundo de uma população sob-risco 
de adoecer no início da observação. Uma mesma doença pode incidir mais de uma 
vez sob o mesmo indivíduo (incidência total). 
 
. Bastante utilizada em investigações etiológicas para elucidar relações de causa e 
efeito, avaliar o impacto de uma política, ação ou serviço de saúde, além de estudos 
de prognóstico. 
 
Número de casos novos em determinado período 
Incidência =____________________________________________x constante* 
Número de pessoas expostas ao risco no mesmo 
período 
 
- Mortalidade: Permite avaliar as condições de saúde de uma população. Calculada 
dividindo-se o número de óbitos pela população em risco. 
- Letalidade: medida da gravidade da doença. Expressa o poder que uma doença ou 
agravo à saúde tem de provocar a morte nas pessoas acometidas. É calculada 
dividindo-se o número de óbitos por determinada doença pelo número de casos da 
mesma doença. Algumas doenças apresentam letalidade nula, como, por exemplo, 
escabiose; enquanto para outras, a letalidade é igual ou próxima de 100%, como a 
raiva humana. 
 
 Prevalência: A prevalência é uma medida estática que representa a aferição do 
número de casos existentes em uma população em um dado instante (prevalência 
pontual/instantânea; ex.: aferição de casos no 1° dia do ano) e num dado período 
(prevalência de período; ex.: aferição de casos durante 1 ano). 
 
. Pode ser utilizada para o planejamento de ações e serviços de saúde, previsão de 
recursos humanos, diagnósticos e terapêuticos. 
* A constante é uma potência com base de 10 (100, 1.000, 100.000), pela qual se multiplica o resultado 
para torná-lo mais “amigável”, ou seja, para se ter um número inteiro. É muito mais difícil compreender 
uma taxa de 0,15 morte por 1.000 habitantes a uma taxa de 15 mortes por 100.000 habitantes. Quanto 
menor for o numerador em relação ao denominador, maior a constante utilizada. 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
. Pode ser calculada dividindo-se o n° de casos existentes em determinado período 
pelo número da população no mesmo período, vezes a constante. 
. Mais adequada para doenças crônicas ou de longa duração. 
 
Aumento da prevalência Diminuição da prevalência 
 Maior incidência da doença; 
 Melhor tratamento, prolongando a sobrevida 
do paciente, mas não o levando à cura; 
 A imigração de indivíduos doentes ou a 
emigração de indivíduos sadios. 
 Menor incidência da doença; 
 Cura por tratamento (principalmente nas doenças 
infecciosas); 
 Óbitos; 
 A imigração de indivíduos sadios ou a emigração de 
indivíduos doentes. 
 
 
-------- Nomenclaturas utilizadas em epidemiologia -------- 
 
 Indicadores de saúde: trata-se de um instrumento de mensuração utilizado para 
avaliar situações de saúde,utilizado como base para o planejamento, execução, 
gerenciamento e avaliação de ações e serviços de saúde. 
. Podem ser classificados como negativos (taxas de mortalidade) ou positivos 
(expectativa de vida). 
 
Critérios para um bom indicador: 
Validade 
Confiabilidade 
Adequação do indicador para medir ou representar, sinteticamente, o fenômeno considerado. 
O indicador deve refletir com propriedade a característica objeto da mensuração e, ao ser testado 
(repetição da mensuração), deve apresentar resultados semelhantes. 
Representatividade 
Este critério está diretamente relacionado à cobertura populacional que um indicador é capaz de atingir. 
Aspectos éticos 
Considerações 
técnico- 
administrativas 
Estão relacionados à coleta de dados sem prejuízo para o indivíduo e com sigilo dos dados individuais. 
Um bom indicador deve apresentar as seguintes características: 
Simplicidade; Flexibilidade; Facilidade de obtenção; 
Baixo custo operacional; Baixo custo operacional. 
- Os indicadores de saúde podem ser categorizados em: 
 
. Mortalidade: muito utilizado para descrever e comparar as condições de saúde das 
populações, para definir prioridades na investigação epidemiológica e para avaliar a 
eficácia de medidas de saúde (pode sofrer influência da distribuição etária da população); 
divide-se o total de óbitos, em determinado período, pela população calculada para a 
metade do período, vezes 1000. 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
. Morbidade: é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total 
estudada, em determinado local e em determinado momento; 
. Sobrevida; 
. Nutrição, crescimento e desenvolvimento; 
. Aspectos demográficos; 
. Condições socioeconômicas; 
. Saúde ambiental; 
. Serviços de saúde. 
 
 
 
 Fatores determinantes para a ocorrência destas: 
- Determinantes econômicos: miséria, privações resultando em habitações 
precárias, falta de saneamento básico e de água tratada e ocupação do território de 
forma desordenada. 
- Determinantes culturais: hábito de defecar próximo de mananciais, hábitos 
alimentares de risco como ingestão de peixe cru ou ostras. 
- Determinantes ecológicos: poluição atmosférica, condições climáticas e 
ambientais favoráveis à proliferação de vetores. 
- Determinantes psicossociais: estresse, uso de drogas, ausência de atividades 
e locais para lazer. 
- Determinantes biológicos: indivíduos suscetíveis, mutação do agente 
infeccioso, transmissibilidade do agente. 
 
 SURTO: ocorrência epidêmica onde todos os casos estão 
relacionados entre si, atingindo uma área geográfica 
pequena e delimitada. 
1. Aumento repentino do número de casos de uma 
doença em uma região específica; 
2. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é 
tratada como surto (e não como epidemia), pois 
acontece em regiões específicas (um bairro, por 
exemplo). 
 
 EPIDEMIA: ocorrência, numa comunidade ou região, de 
casos da mesma doença, em números que ultrapassam 
nitidamente a incidência normalmente esperada 
1. A epidemia se caracteriza quando um surto 
acontece em diversas regiões. 
2. Epidemia a nível municipal: vários bairros; a nível 
estadual: várias cidades; a nível nacional: 
várias regiões do país; 
3. Ebola, na África; 
 
. Quais as principais 
doenças endêmicas em 
Minas Gerais? 
 Tuberculose 
 Hanseníase 
 Dengue 
 DST- Aids 
 Zoonoses 
 Hepatites 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
4. Sífilis e sarampo, no Brasil. 
5. Peste negra, cólera, gripe espanhola. 
 
 PANDEMIA: ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial, atingindo 
várias nações. 
1. Acontece quando uma epidemia se espalha por várias regiões do planeta; 
2. Pior dos cenários; 
3. 2009, gripe A (gripe suína) nos seis continentes; 
4. Aids. 
 
 ENDEMIA: presença constante de uma doença dentro dos limites esperados, em uma 
determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado 
1. Uma doença é classificada como endemia quando acontece com muita frequência 
no local, povo, país ou região; 
2. NÃO está relacionada a uma questão quantitativa; 
3. Doenças endêmicas podem ser sazonais; 
4. Febre amarela e malária – doenças endêmicas da região norte do Brasil; 
5. Doença de Chagas, esquistossomose, leishmaniose, tuberculose, dengue; 
6. Viagens para regiões que possuem doenças endêmicas podem requerer vacinação. 
 
Gráficos: 
 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
 
Referências: 
1. Relatório de Situação (Minas Gerais), do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde– Ministério da Saúde 
2. Artigo: Epidemiologia Básica, por R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström 
3. Publicação: Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia, por Elainne Cristine de 
Souza Gomes, Universidade Federal de Pernambuco. 
4. Artigo: Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área 
do envelhecimento, por Maria Fernanda Lima-Costa; Sandhi Maria Barreto, do 
Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento/Fiocruz, Belo Horizonte-
MG. 
5. Artigo: ÍNDICES VERSUS INDICADORES: PRECISÕES CONCEITUAIS NA 
DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE DE PAÍSES, por Raúl Siche1, Feni Agostinho2, 
Enrique Ortega2, Ademar Romeiro3. Ambiente & Sociedade

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