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Departamento de Vigilância em Saúde GRUPO A PACIENTE SUSPEITO DE ARBOVIROSES PODE SER ACOMPANHADO EM UNIDADES DE MENOR COMPLEXIDADE CHIKUNGUNYA: Avaliação clínica da dengue deve incluir: - Busca por diagnósticos diferencias (febre maculosa, leptospirose...) - Busca por sinais de alerta - Aferição da pressão arterial em duas posições em toda a consulta - Prova do laço (se necessário) Conduta: - Hidratação oral (60/kg/dia, pelo menos 1/3 sais de reidratação oral) - Hemograma sempre na primeira consulta, demais a critério (hemoconcetração muda classificação para GRUPO C) - Orientação sobre Sinais de Alerta para paciente e seus familiares. - Sintomáticos (paracetamol ou dipirona), manejo da dor (vide protocolo) - Retorno para reavaliação no primeiro dia sem febre DENGUE: CHIKUNGUNYA: Artralgia intensa Edema ar�cular ZIKA: exantema artralgia edema de extremidades conjun�vite PRINCIPAIS SINTOMAS ASSOCIADOS À ARBOVÍRUS (além da febre) Ausência de FATORES DE RISCO e FENÔMENOS HEMORRÁGICOS (prova do laço nega�va) Ausência de SINAIS DE ALERTA Ausência de SINAIS DE CHOQUE mialgia prostração cefaléia e dor retroorbitária alteração do paladar diminuição do ape�te exantema (tardio) GRUPO B UM OU MAIS FATORES DE RISCO PODE SER ACOMPANHADO EM UNIDADES DE MENOR COMPLEXIDADE FATORES DE RISCO PARA AGRAVAMENTO Sangramento de pele ou prova do laço posi�va Gestantes Maiores de 65 anos Menores de 2 anos Portadores de patologias crônicas (HAS, DM, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas...) Exame inespecífico SEMPRE: - Hemograma simplificado de urgência (resultado no próximo turno) Tratamento: - Hidratação oral ou venosa enquanto aguarda hemograma - Hemograma normal: idem grupo A com retornos diários para reavaliação clínica completa e laboratorial (hemograma) até 48 horas após o final da febre. - Hemograma com hemoconcentração: SINAL DE ALARME (reclassificação para Grupo C) Critério de alta: hematócrito normal e estável, afebril, hemodinamicante estável por 48 horas; e melhora clínica; e plaquetas acima de 50.000 e subindo Observação: pacientes idosos mesmo que higidos têm risco maior para agravamento de qualquer arbovirose Ausência de SINAIS DE ALERTA Ausência de SINAIS DE CHOQUE GRUPO C UM OU MAIS SINAIS DE ALARME UNIDADE DE INTERNAÇÃO OU OBSERVAÇÃO SINAIS DE ALERTA Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e con�nua Vômitos persistentes Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico) Hipotensão postural e/ou lipo�mia. Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal Sangramento de mucosa Letargia e/ou irritabilidade Aumento progressivo do hematócrito Exames inespecíficos obrigatórios: Hemograma completo, rx de torax, coagulograma, bioquímica (U/C/Na/K/GLI/AST/ALT), outros a critério. PACIENTES COM SINAIS DE ALARME: Hidratação venosa imediata: - reposição volêmica: SF 20 ml/kg em 2 horas - reavaliar (se melhora, iniciar fase de manutenção) - se não melhora: repetir até 3 vezes (sempre reavaliando pressão arterial, ausculta pulmonar e hematócrito) - se mantiver instabilidade hemodinâmica: conduzir como grupo D. Critério de alta: Idem grupo B. PACIENTES COM SINAIS DE ALARME: Devem permanecer em leito de observação por, no mínimo, 48 horas após estabilização. Ausência de SINAIS DE CHOQUE GRUPO D SINAIS DE CHOQUE UNIDADE DE INTERNAÇÃO OU OBSERVAÇÃO Taquicardia Extremidades distais frias Pulso fraco e filiforme Enchimento capilar lento (>2 segundos) Pressão arterial convergente (>20 mm Hg) Taquipneia Oliguria (>1,5 ml/kg/h) Hipotensão arterial (fase tardia do choque) Cianose (fase tardia do choque) * Pacientes com arboviroses podem apresentar choque scundários a disfunção miocárdica ou sepse. Estes casos devem receber tratamentos específicos. Exames inespecíficos: Idem GRUPO C Tratamento: Hidratação venosa imediata: - reposição volêmica: SF 20 ml/kg em 2º minutos - se melhora, iniciar fase de manutenção - se não melhora: repetir até 3 vezes (sempre reavaliando pressão arterial, ausculta pulmonar e hematócrito) No caso de resposta inadequada, caracterizada pela persistência do choque, deve-se avaliar: • Se o hematócrito estiver em ascensão, após a reposição volêmica adequada- utilizar expansores colóides • Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque - investigar hemorragias e avaliar a coagulação. • Na presença de hemorragia, tranfundir concentrado de hemácias Critérios de alta hospitalar: idem grupo B, ver detalhes no Manual SINAIS DE CHOQUE DA DENGUE* Dengue: diagnós�co e manejo clínico (adulto e criança). Secretaria de Vigilância em Saúde, 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde,2016. Chikungunya: manejo clínico. Secretaria de Vigilância em Saúde, 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde,2017. Referências Bibliográficas: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA No�ficação: todo paciente com suspeita de dengue deve ser no�ficado e os casos graves comunicados imediatamente às VISAs. Exames para diagnós�co específico de acordo com a situação epidemiológica: Após 6º dia de sintomas: sorologia (ELISA IgM ou teste rápido IgG/IgM) PONTOS CHAVE NO MANEJO CLÍNICO Orientação ao paciente e familiares sobre hidratação e sinais de alerta Avaliação clínica bem feita (incluindo em toda a pressão arterial em duas posições, monitoramento de sinais de alerta) Hidratação oral sempre, venosa se necessária Monitoramento clínico e dos sinais vitais mais frequentemente em pacientes internados PARÂMETROS UTILIZADOS NO MANEJO DA DENGUE Alterações hemodinâmicas Hipotensão postural: PA deitado em pé > 20mmHg Hipotensão (adulto): PAsist <90mmHg (crianças vide Manual de Dengue) Critérios de hemoconcentração Homem Htc > 50% Mulher Htc> 44% Criança htc > 42% Pressão de pulso: PAsist - PA diast<20mmHg SINAIS DE GRAVIDADE ASSOCIADOS A LESÃO EM ÓRGÃOS-ALVO Acometimento neurológico: dor de cabeça intensa e persistente, sinais meníngeos, crises convulsivas, déficit de força muscular e outros sinais focais Cardíaco: dor torácica, arritmias ou insuficiência cardíaca Cardíaco ou pulmonar: dispneia, desconforto respiratório ou estertoração Renal: diminuição da diurese e/ou aumento de uréia e creatinina Descompensação de qualquer doença de base CONDUTA: Internação para tratamento de acordo com cada caso Hidratação individualizada No�ficação: todo paciente com suspeita de dengue deve ser no�ficado e os casos graves comunicados imediatamente às VISAs. Exames para diagnós�co específico de acordo com a situação epidemiológica: Após 6º dia de sintomas: sorologia (ELISA IgM ou teste rápido IgG/IgM)
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