Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Aula 00.pdf CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 APRESENTAÇÃO Prezados(as) alunos(as), Meu nome é Anderson Luiz, sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), da área de Correição. Lotado na Corregedoria-Geral da União, atuo nas atividades relacionadas à apuração de possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos federais e à aplicação das devidas penalidades. Também sou professor das disciplinas de Direito Administrativo, Ética na Administração Pública e Correição no Poder Executivo Federal. Antes, fui Oficial da Marinha do Brasil, instituição em que ingressei através do Colégio Naval, em 1996. Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, em 2002. Será um enorme prazer acompanhá-los nesta caminhada rumo à sonhada aprovação em um concurso público. Apresento-lhes, por isso, o curso Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo Federal) em Exercícios (CESPE). Neste curso, pretendo transmitir a vocês as informações atualizadas mais importantes acerca dessa Lei, a fim de auxiliá-los, com seriedade, no estudo didático, objetivo e compreensivo dos principais dispositivos da referida norma. As aulas serão repletas de dicas e macetes para que mesmo os alunos iniciantes no estudo desse assunto consigam assimilar todo o conteúdo com facilidade e rapidez. Além disso, estudaremos as jurisprudências que têm sido cobradas pelo CESPE. Comentarei 360 questões de concursos públicos. Preferencialmente, aquelas elaboradas pelo CESPE. Sempre que julgar necessário, apresentarei, também, questões de outras bancas, bem como questões inéditas. Tudo isso para que vocês sejam capazes de gabaritar as questões desse assunto, que é cobrado em quase todos os concursos da esfera federal. Eu garanto! CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 2 Nosso estudo será focado naquilo que realmente é importante, naquilo que verdadeiramente é exigido nas provas de concurso público. Com efeito, ao final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento compatível com o nível de cobrança dos principais certames do País. Pois, hoje, o conhecimento da literalidade da lei é imprescindível, mas não é suficiente para uma boa pontuação em um concurso público de grande porte. Deve ficar claro que se trata de um curso de revisão em exercícios. Destarte, os comentários a algumas questões serão sucintos. Entretanto, isso não significa que deixarei de abordar os pontos mais importantes do tema tratado. Pois, sempre que necessário, farei uma explanação acerca dos aspectos jurisprudenciais e doutrinários relativos ao assunto tratado. Com a metodologia adotada neste curso, será possível revisar a matéria, consolidar o conhecimento, manter-se atualizado e adaptar-se ao estilo da referida banca examinadora. Tudo isso em poucas semanas! Serão 3 aulas no total (sem contar com esta demonstrativa), sendo uma a cada semana. Aula Data Assunto 01 02/08 Lei nº 9.784/99 (parte 1) – 120 questões 02 09/08 Lei nº 9.784/99 (parte 2) – 120 questões 03 16/08 Lei nº 9.784/99 (parte 3) – 120 questões Dito isso, vamos em frente! CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 3 AULA DEMONSTRATIVA ATENÇÃO: Para que vocês conheçam o formato deste curso, comentarei, a seguir, 10 questões sobre temas tratados em aulas futuras. Vamos lá! 1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de delegação. Comentários: ERRADO. Acerca da delegação, o art. 12 da Lei nº 9.784/99 estabelece que um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). Essas regras se aplicam à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. O referido ato deverá especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível. Ademais, será revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. Percebam que o ato de delegação não será um “cheque em branco” entregue ao delegado. Com efeito, as decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar que praticou o ato em função de determinada competência que lhe foi transferida. Além disso, tais decisões serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 4 IMPORTANTE: • A delegação só será admitida se não houver impedimento legal. • O delegante só poderá transferir parte de suas competências. • A delegação independe de subordinação hierárquica. • A delegação de competência é ato discricionário (conveniência e oportunidade). • A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). • O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. • O ato de delegação deverá especificar o objeto, os limites, a duração e os objetivos da delegação, bem como o recurso cabível. • A delegação é revogável a qualquer tempo. • As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade. Essas decisões serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante). De acordo com o art. 13 da Lei, não pode ser objeto de delegação: • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. 2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de personalidade jurídica. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 5 ERRADO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99: • Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios, Secretarias, Gabinetes etc. • Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. • Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc. 3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas ou recorrer da decisão proferida. Comentários: ERRADO. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências (art. 26). Todos os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades, bem como os demais atos de seu interesse, devem ser objeto de intimação (art. 28). Essa intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º). A intimação deverá conter (art. 26, §1º): • Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 6 • Finalidade da intimação; • Data, hora e local em que deve comparecer; • Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; • Informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; • Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Nesse momento vocês devem estar pensando: como será feita essa intimação? A resposta está no art. 26, §3º da Lei. De acordo com o referido dispositivo, a intimação pode ser efetuada por: • Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do processo); • Via postal com aviso de recebimento (AR); • Telegrama; ou • Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo). • Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos, Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). (Interessados “DIDI” = Publicação oficial) As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais. Porém, é importante destacar que o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso significa que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o administrado comparecer ao local indicado, não há que se falar em nulidade. Ressalto que a expressão popular “quem cala consente” não tem aplicação no processo administrativo. Pois, o desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 7 Por fim, em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos processos administrativos serão observados os critérios de garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. 4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. Comentários: CERTO. Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). O recurso será interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes (art. 60). Em regra, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida (art. 59). Tal recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º). Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução (art. 56, §2º). Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula (art. 56, §3º). Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não terá CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 8 efeito suspensivo (art. 61). Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso (art. 61, parágrafo único). Em regra, o recurso da decisão proferida em processo administrativo não tem efeito suspensivo. Isso significa, salvo disposição legal em contrário, que a decisão proferida pela autoridade pode ser imediatamente cumprida, mesmo quando houver recurso pendente de julgamento da parte que teve seus interesses afetados. O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): • Fora do prazo; • Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º); • Por quem não seja legitimado; • Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 5. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da revisão do processo. Comentários: ERRADO. Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único). Por outro lado, quando da apreciação do recurso administrativo, a autoridade competente possui amplos poderes para alterar a decisão recorrida. Poderá, inclusive, reformar a decisão em prejuízo do recorrente CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 9 (reformatio in pejus), que deverá, nesse caso, ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) Recursos administrativos Sim Revisão dos processos Não 6. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, delegar essa competência ao respectivo presidente. Comentários: ERRADO. A decisão de recursos administrativos é indelegável. IMPORTANTE: De acordo com o art. 13 da Lei, não podem ser objeto de delegação: • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. 7. (CESPE/PGE-PA/2007) O servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou administrativamente em determinado processo administrativo com o interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de atuar no processo administrativo. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 10 Comentários: CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: • Tenha interesse direto ou indireto na matéria. • Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) • Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) Percebam que a aferição da ocorrência do impedimento é objetiva, direta, isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz- se que o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para atuar no processo. Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o 3º grau (CCPA3). Em suma, os casos de suspeição são caracterizados, basicamente, pela existência de amizade íntima (vai além do mero coleguismo do ambiente de trabalho) ou inimizade notória (vai além da antipatia, do não gostar; o convívio é impossível) entre a autoridade ou o servidor e algum dos interessados no processo. Assim, diferentemente do impedimento, a aferição da suspeição é subjetiva, indireta, isto é, sua caracterização depende do juízo de valor. Por isso, a suspeição gera uma presunção relativa de incapacidade para atuar no processo. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 11 Com efeito, na suspeição há uma mera faculdade (“pode ser argüida...”) de atuação da parte interessada que se sinta prejudicada. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo (ou seja, o processo não é paralisado). IMPORTANTE: IMPEDIMENTO: • Interesse direto ou indireto. • Perito, testemunha ou representante (CCPA3). • Litígio administrativo ou judicial (CC). • Presunção absoluta de incapacidade. • Deve ser comunicado. Se não, falta grave. SUSPEIÇÃO: • Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). • Presunção relativa de incapacidade • Pode ser argüida • Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) 8. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro pagamento, caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos. Comentários: CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 12 contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo: imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de 5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento. 9. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos. Comentários: ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis (art. 51). Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. Além disso, existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. IMPORTANTE: • Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. Renunciar a direitos disponíveis. • Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. • A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 13 10. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança jurídica. Comentários: CERTO. A Administração Pública obedecerá, dentre outros (ou seja, rol não taxativo), aos princípios de legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art. 2º). Memorizem esses princípios! Muitas questões de concursos públicos exigem tão-somente o conhecimento deste rol. São apenas 11 princípios! Memorizá-los, “SERá FÁCIL Pro MoMo”, e pra vocês também (perdoem- me pelo trocadilho! Tudo em nome da aprovação de vocês, rs). Segurança Jurídica Eficiência Razoabilidade Finalidade Ampla defesa Contraditório Interesse Público Legalidade Proporcionalidade Moralidade Motivação Amigos(as), chegamos ao final desta aula demonstrativa. Se ficarem com dúvida em alguma questão, utilizem o fórum. Aguardo vocês na próxima aula. Até breve! Bons estudos, Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 14 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de delegação. 2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de personalidade jurídica. 3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas ou recorrer da decisão proferida. 4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. 5. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da revisão do processo. 6. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, delegar essa competência ao respectivo presidente. 7. (CESPE/PGE-PA/2007) O servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou administrativamente em determinado processo administrativo com o interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de atuar no processo administrativo. 8. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 15 decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro pagamento, caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos. 9. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos. 10. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança jurídica. GABARITO 1-E 2-E 3-E 4-C 5-E 6-E 7-C 8-C 9-E 10-C BIBLIOGRAFIA ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2009. BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2008. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2008. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008. Aula 01 - parte 1.pdf CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 01 (2ª parte) ASSUNTO: Lei nº 9.784/99 (parte 1.2) – 60 questões 61. (CESPE/MPE-SE/2010) O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução. Comentários: ERRADO. Em face do princípio da oficialidade, também chamado de princípio do impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), independentemente de provocação do administrado. Além disso, à Administração cabe impulsionar o processo. Isso significa que a Administração movimentará o processo administrativo mesmo que o administrado fique inerte, ainda que a instauração tenha sido provocada por particular. Deste modo, uma vez instaurado o processo, ele passa a pertencer à Administração Pública. A ela não é outorgada a discricionariedade de retardá-lo, sob pena de violar não só ao princípio da oficialidade, mas também ao princípio da eficiência. IMPORTANTE: De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração cabe impulsionar o processo. 62. (CESPE/MPE-SE/2010) Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 2 interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados. Comentários: ERRADO. Consoante o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: • Tenha interesse direto ou indireto na matéria. • Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) • Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) IMPORTANTE: IMPEDIMENTO: • Interesse direto ou indireto. • Perito, testemunha ou representante (CCPA3). • Litígio administrativo ou judicial (CC). • Presunção absoluta de incapacidade. • Deve ser comunicado. Se não, falta grave. Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o 3º grau (CCPA3). IMPORTANTE: SUSPEIÇÃO: • Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). • Presunção relativa de incapacidade • Pode ser argüida • Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 3 (CESPE/TRE-MT/2010) Considerando a Lei n.º 9.784/1999, que regulamenta o processo administrativo, julgue os itens abaixo. 63. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo previsão legal expressa, as normas básicas ali consignadas quanto ao processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. Comentários: ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). Além disso, essa Lei também se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. IMPORTANTE: A Lei nº 9.784/99 aplica-se: • À Administração Federal direta e indireta; e • Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo administrativo aplicável à sua Administração. No âmbito da Administração Pública do Estado de São Paulo, por exemplo, o processo administrativo está regulamentado pela Lei Estadual nº 10.177/98. IMPORTANTE: Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 4 64. (CESPE/TRE-MT/2010) Enquanto o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, a avocação da competência é permitida mediante justificativa e de modo excepcional. Comentários: CERTO. Acerca da delegação, o art. 12 da Lei estabelece que um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Essas regras se aplicam à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). O referido ato deverá especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível (art. 14, §1º). Ademais, será revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, §2º). Nos termos do art. 15 da Lei, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Dito de forma mais simples, a avocação é a medida excepcional, temporária e justificada, mediante a qual o “superior” “pega para si” a competência originariamente atribuída ao “inferior”. Assim, a avocação de procedimentos administrativos decorre do poder hierárquico. 65. (CESPE/TRE-MT/2010) Nem mesmo o comparecimento do administrado supre a falta ou irregularidade na intimação realizada para a prática de determinado ato, em razão da ofensa ao princípio da legalidade estrita. Comentários: ERRADO. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais. Porém, o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso significa que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o administrado comparecer ao local indicado, não há que se falar em nulidade. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 5 66. (CESPE/TRE-MT/2010) Havendo vários interessados no processo administrativo, a desistência ou a renúncia de um deles atinge os demais, razão pela qual fica prejudicado o prosseguimento do processo. Comentários: ERRADO. Segundo as regas previstas na Lei nº 9.784/99, mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis (art. 51). Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige (art. 51, §2º). Outrossim, existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. Não se esqueçam disso! IMPORTANTE: • Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. Renunciar a direitos disponíveis. • Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. • A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. 67. (CESPE/TRE-MT/2010) A lei não prevê expressamente a possibilidade de a administração pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado, mesmo porque seria necessário buscar a tutela do Poder Judiciário. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 6 ERRADO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45). (CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do processo administrativo, genericamente regulado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens subsequentes. 68. (CESPE/TRE-MT/2010) Nos processos administrativos, busca-se a adequação entre meios e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, visando à prevenção das irregularidades. Comentários: ERRADO. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade limitam a atuação e a discricionariedade dos poderes públicos. Ou seja, vedam que a Administração Pública aja com excesso, praticando atos desproporcionais ou desarrazoados. Segundo esses princípios, nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de adequação entre meios e fins, sendo vedado à Administração impor obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (art. 2º, parágrafo único, VI). Esses princípios, portanto, são utilizados na aferição da legitimidade dos atos discricionários que limitam direitos dos administrados, impõem obrigações ou aplicam sanções administrativas. Em outras palavras, tais princípios atuam como limites à imposição de restrições aos administrados. 69. (CESPE/TRE-MT/2010) O processo administrativo, na administração pública federal, visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração. Comentários: CERTO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 7 70. (CESPE/DPU/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas decorrentes da tramitação. Comentários: ERRADO. Segundo o princípio da gratuidade, a regra é a proibição de cobrança de despesas processuais (art. 2º, parágrafo único, IX). Todavia, a lei pode dispor de forma contrária. Com efeito, a administração não pode cobrar custas ou despesas processuais como condição para realização de determinado ato, visto que o que a move é o interesse público de esclarecer o fato. Contudo, deve ficar claro que esse princípio não impede que o administrado, por vontade própria, incorra em gastos pessoais. Assim, em decorrência do processo, o administrado pode ter que custear a contratação de advogado; o pagamento de peritos e consultores particulares; e fornecimento de cópia dos autos etc. Em suma, o significado do princípio é a ausência de custas e não a gratuidade propriamente dita. Pois, os gastos incidentais, decorrentes de pretensão do administrado, deverão ser por ele custeados, sem previsão legal de ressarcimento. 71. (CESPE/DPU/2010) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. Comentários: ERRADO. É simples o significado do princípio do informalismo: o processo administrativo não se sujeita a formas rígidas. Contudo, não se pode concluir que há ausência total de forma. Lembrem-se de que o processo é escrito. Logo, sempre há forma. Além disso, quando a lei expressamente exigir forma legal para a prática de determinado ato, está será cumprida. Caso contrário, o ato será nulo. Segundo esse princípio, no processo administrativo o formalismo somente existe quando é necessário à proteção do interesse público e à proteção dos direitos dos administrados. Nesse ponto o processo CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 8 administrativo difere do processo judicial. Pois, neste a regra é a formalidade de seus atos. IMPORTANTE: Em decorrência do princípio do informalismo, o processo administrativo, que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Acerca do processo administrativo, julgue os itens a seguir à luz da Lei n.º 9.784/1999. 72. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A urbanidade é um dever legal do administrado perante a administração. Comentários: CERTO. O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no âmbito do processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o dispositivo mencionado, são deveres dos administrados: • Expor os fatos conforme a verdade; • Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; • Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado); • Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 73. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A lei acima citada regula o processo administrativo no âmbito da administração pública de todos os entes da Federação. Comentários: ERRADO. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 9 IMPORTANTE: • A Lei nº 9.784/99 aplica-se: À Administração Federal direta e indireta; e Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. • Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 74. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pelo princípio da oficialidade, nos processos administrativos, a administração pode requerer diligências e solicitar pareceres e laudos. Comentários: CERTO. De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração cabe impulsionar o processo, podendo, por isso, requerer diligências, bem como solicitar pareceres e laudos. 75. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) É obrigatória a participação de advogado nos processos administrativos, para atuação em favor do acusado. Comentários: ERRADO. O art. 3º da Lei da Lei 9.784/99 prevê os direitos dos administrados no curso do processo administrativo. São eles (rol não taxativo): • Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; • Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 10 • Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; • Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Cabe-me cotar-lhes o seguinte, em relação a esse último direito: em setembro de 2007, o STJ aprovou a Súmula nº 343, cujo enunciado indicava ser obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar. Para redigi-la, os Ministros tiveram por base a Lei nº 8.112/90, além da jurisprudência da própria Corte. Não obstante, ao observarem trechos de alguns julgados do STF transcritos abaixo, vocês perceberão que o tema era deveras controverso. STF, Agravo de Instrumento nº 207.197: “Ementa: A extensão da garantia constitucional do contraditório (art. 5º, LV) aos procedimentos administrativos não tem o significado de subordinar a estes toda a normatividade referente aos feitos judiciais, onde é indispensável a atuação do advogado.” STF, Recurso Extraordinário nº 396.288: “Ementa: (...) 2. No processo administrativo, é admissível a defesa pelo próprio acusado ou por advogado regularmente constituído, de modo que a ausência do advogado no feito administrativo não tem o condão de fulminar de nulidade o procedimento e a decisão correspondente.” STF, Mandado de Segurança nº 22.962, Despacho: “(...) Outrossim, a alegada ofensa ao art. 156, da Lei nº 8.112/90 não ocorre. A Lei apenas faculta que o servidor acompanhe o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, inclusive na fase instrutória. Consoante se observa dos documentos constantes de fls. 64/70, o servidor foi cientificado de todos os procedimentos instrutórios promovidos pela Comissão. O princípio do devido processo legal foi observado, assim como a determinação do art. 156, da Lei nº 8.112/90. (...) O princípio do devido processo legal e os dispositivos da Lei nº 8.112/90 foram respeitados.” Idem: STF, Mandado de Segurança nº 24.961 Essa discussão sobre a obrigatoriedade da participação de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar restou totalmente superada quando o STF aprovou a emissão da Súmula Vinculante nº 5, com o seguinte enunciado: “a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 11 Pois, conforme os dispositivos do art. 103-A da CF, essa espécie de súmula do STF terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. IMPORTANTE: São direitos dos administrados (rol não taxativo): • Ser tratado com respeito. • Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer as decisões. • Formular alegações e apresentar provas. • Ser representado por advogado (facultativamente). JURISPRUDÊNCIA DO STF: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmula Vinculante nº 5) 76. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Como regra, é vedado aos interessados que tiverem pedido com conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a administração. Comentários: ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 77. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando uma autoridade administrativa delega determinado ato, ela poderá revogar essa delegação a qualquer tempo. Comentários: CERTO. O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, §2º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 12 78. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Requerimento perante a administração deve conter o reconhecimento de firma do requerente. Comentários: ERRADO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, o processo administrativo deve observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados (art. 2º, parágrafo único, VIII). Assim: • Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo (em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável (art. 22, §1º). • Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer outras situações em que o reconhecimento de firma será necessário (art. 22, §2º). • A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo (art. 22, §3º). • O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas (art. 22, §4º). 79. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pessoa jurídica pode figurar como interessada em processo administrativo. Comentários: CERTO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo administrativo, são legitimados como interessados: • Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; • Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; • As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; • As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 13 80. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) O prazo para a administração decidir um processo administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias improrrogáveis. Comentários: ERRADO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem o dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo administrativo. Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49). 81. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando se tratar de interesses coletivos, associações representativas têm legitimidade para interpor recurso administrativo. Comentários: CERTO. Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Têm legitimidade para interpor recurso administrativo (art. 58): • os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; • aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; • as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; • os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 82. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Recurso administrativo que for interposto perante órgão incompetente será arquivado, ocorrendo a preclusão administrativa. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 14 ERRADO. O recurso administrativo não será conhecido quando interposto (art. 63): • Fora do prazo; • Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º); • Por quem não seja legitimado; • Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 83. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Para que um órgão delegue parte de sua competência a outro órgão, este deverá ser hierarquicamente subordinado àquele. Comentários: ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12). IMPORTANTE: • A delegação independe de subordinação hierárquica. • A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 84. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A convalidação de ato administrativo dispensa motivação. Comentários: ERRADO. Em respeito ao princípio da motivação, nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (Lei nº 9.784/99, art. 2º, parágrafo único, VII). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 15 Nesse contexto, o art. 50 da Lei cita um rol mínimo de atos que necessariamente serão motivados. Esse artigo cai em quase todas as provas em que a Lei nº 9.784/99 é cobrada. Portanto, memorizem-no. Para facilitar essa tarefa, percebam que os atos que sempre serão motivados, em regra, apresentam uma das seguintes características: diminuem direitos; aumentam obrigações; decidem algo; contrariam opiniões anteriores; e geram risco de lesão aos cofres públicos. LEI Nº 9.784/99, ART. 50: Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 85. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se o sobrinho de determinado servidor participar como testemunha em processo administrativo, o servidor estará impedido de atuar no referido processo. Comentários: CERTO. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que (art. 18): • Tenha interesse direto ou indireto na matéria. • Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) • Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 16 86. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se determinado servidor público estiver como interessado em processo administrativo, a ele será assegurado obter cópias de documentos do correspondente processo. Comentários: CERTO. No curso do processo administrativo, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, são direitos dos administrados perante a Administração (art. 3º): • Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; • Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; • Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; • Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 17 87. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Ato de delegação de competência deve ser publicado em meio oficial. Comentários: CERTO. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). 88. (CESPE/BACEN/2009) O parecer do órgão consultivo deverá ser emitido impreterivelmente no prazo máximo de quinze dias. Comentários: ERRADO. O art. 42 da Lei nº 9.784/99 regula a produção de pareceres obrigatórios por órgão consultivos. Essas regras são importantes, visto que constantemente são cobradas em provas de concursos públicos. São elas: • Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada necessidade de maior prazo. • Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. • Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. ATENÇÃO: Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do parecer obrigatório. Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão de parecer obrigatório é responsabilizado. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 18 89. (CESPE/BACEN/2009) Os atos praticados sob o manto da delegação imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente. Comentários: ERRADO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar que praticou o ato em função de determinada competência que lhe foi transferida. Além disso, tais decisões serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante) (art. 14, §3º). IMPORTANTE: As decisões adotadas por delegação serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante). 90. (CESPE/OAB/2009) Um agente administrativo que tenha competência para decidir determinado recurso administrativo pode delegar tal competência a subordinado seu. Comentários: ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. SÃO INDELEGÁVEIS: ATOS NORMATIVOS DECISÃO DE RECURSOS COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 91. (Inédita) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 19 Comentários: CERTO. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado (art. 44). 92. (Inédita) Após encerrada a fase instrutória, o interessado não mais poderá juntar documentos, requerer diligências, perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo, ainda que não tenha sido proferida a sentença. Comentários: ERRADO. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo (art. 38). 93. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. Comentários: CERTO. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização (art. 41). 94. (Inédita) Não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, ainda que temporária. Comentários: ERRADO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 20 95. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo importa o reconhecimento da verdade dos fatos, bem como a renúncia a direito pelo administrado. Comentários: ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 96. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos. Comentários: ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis (art. 51). Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. Além disso, existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. Não se esqueçam disso! IMPORTANTE: • Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. Renunciar a direitos disponíveis. • Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. • A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 21 97. (Inédita) As sanções a serem aplicadas por autoridade competente terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. Comentários: CERTO. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária (multa) ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer (interdição de estabelecimento comercial, apreensão de mercadorias, etc.), assegurado sempre o direito de defesa (art. 68). 98. (Inédita) Os processos administrativos específicos reger-se-ão pela Lei nº 9.784, de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, com aplicação subsidiária ou costumeira das leis revogadas. Comentários: ERRADO. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos da Lei nº 9.784/99 (art. 69). Para melhor entendimento deste dispositivo, tomaremos como exemplo o Processo Administrativo Disciplinar, que é regido, na esfera federal, pela Lei nº 8.112/90. Havendo previsão na Lei nº 8.112/90, esta deve prevalecer sobre a Lei nº 9.784/99, por ser mais específica. Com efeito, a Lei nº 9.784/99, estabelece normas e conceitos que são aplicados, subsidiariamente, no Processo Administrativo Disciplinar. A título de exemplo, cito os dispositivos sobre: • Direitos e deveres dos administrados (arts. 3º e 4º); • Impedimentos e suspeição (arts. 18 a 21); • Forma, tempo e lugar dos atos processuais (arts. 22 a 25); • Comunicação dos atos (arts. 26 a 28); • Instrução (arts. 29 a 47); motivação (art. 50); • Anulação, revogação e convalidação (arts. 53 a 55); • Recursos administrativos (arts. 56 a 65); e • Prazos (arts. 66 e 67). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 22 IMPORTANTE: As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias. 99. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionado-se data, hora e local de sua realização. Comentários: CERTO. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização (art. 41). 100. (Inédita) Dentre outros casos, o recurso administrativo não será conhecido quando interposto perante órgão incompetente ou após exaurida a esfera administrativa. Comentários: CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): • Fora do prazo; • Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º); • Por quem não seja legitimado; • Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. ATENÇÃO: Esse artigo também tem “cara” de questão de prova. Percebam que o recurso não será conhecido em quatro situações. Com efeito, o examinador cria uma quinta possibilidade absurda e pergunta qual é a opção incorreta. Então, amigos(as), memorizem essas quatro possibilidades! CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 23 101. (Inédita) No processo administrativo, quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação dará ensejo a que a autoridade processante adote medidas judiciais para busca e apreensão dos dados ou documentos. Comentários: ERRADO. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo (art. 40). 102. (Inédita) Naomi, na qualidade de uma das interessadas e mediante manifestação escrita, desistiu totalmente de seu pedido, objeto de processo administrativo perante a administração pública federal. Nesse caso, a desistência de Naomi atinge irremediavelmente o processo, que deverá ser extinto por motivo de conveniência ou oportunidade. Comentários: ERRADO. IMPORTANTE: • Mediante manifestação escrita, o interessado poderá (art. 51): Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. Renunciar a direitos disponíveis. • Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais (art. 51, §1º). • A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige (art. 51, §2º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 24 103. (Inédita) No curso de processo administrativo a motivação dos atos é facultativa, principalmente se implicarem restrição de direitos. Comentários: ERRADO. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50): • neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; • imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; • decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; • dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; • decidam recursos administrativos; • decorram de reexame de ofício; • deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; • importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. ATENÇÃO: Esse artigo cai em quase todas as provas em que a Lei nº 9.784/99 é cobrada. Portanto, memorizem-no. Para facilitar essa tarefa, percebam que os atos que sempre serão motivados, em regra, apresentam uma das seguintes características: diminuem direitos; aumentam obrigações; decidem algo; contrariam opiniões anteriores; e geram risco de lesão aos cofres públicos. 104. (Inédita) A autoridade processante é livre para escolher a forma processual, com preferência para o princípio da oralidade. Comentários: ERRADO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). Contudo, tais atos devem ser produzidos por escrito, em vernáculo (em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável (art. 22, §1º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 25 105. (Inédita) As nulidades processuais acarretam a imediata anulação do processo, mesmo que não tenha havido prejuízo. Comentários: ERRADO. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração (art. 55). 106. (Inédita) No prazo de até 30 (trinta) dias a contar do encerramento da instrução, a Administração tem o dever de emitir decisão. Comentários: CERTO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência (art. 48). Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49). 107. (Inédita) No processo administrativo são admitidas provas de quaisquer naturezas, mesmo ilícitas, se conduzirem à elucidação da verdade material. Comentários: ERRADO. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos (art. 30). 108. (Inédita) Segundo a Lei nº 9.784, de 1999, será devolvido o prazo para recurso na hipótese de interposição perante órgão incompetente. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 26 CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º). 109. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança jurídica. Comentários: CERTO. A Administração Pública obedecerá, dentre outros (ou seja, rol não taxativo), aos princípios de legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art. 2º). Memorizem esses princípios! Muitas questões de concursos públicos exigem tão-somente o conhecimento deste rol. São apenas 11 princípios! Memorizá-los, “SERá FÁCIL Pro MoMo”, e pra vocês também (perdoem- me pelo trocadilho! Tudo em nome da aprovação de vocês, rs). Segurança Jurídica Eficiência Razoabilidade Finalidade Ampla defesa Contraditório Interesse Público Legalidade Proporcionalidade Moralidade Motivação 110. (Inédita) Em relação à instrução do processo, conforme a Lei nº 9.784/99, quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 27 parecer deverá ser emitido, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo, no prazo máximo de trinta dias. Comentários: ERRADO. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo (art. 42). 111. (Inédita) No que tange à instrução do processo, conforme a Lei nº 9.784/99, encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se, salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo máximo de três dias úteis. Comentários: ERRADO. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado (art. 44). Para isso, os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem (art. 46). 112. (Inédita) No âmbito da Administração Pública Federal, nas instruções dos processos administrativos, quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela referida instrução deverá suprir o laudo técnico com o depoimento de testemunhas especialistas que tenham conhecimento da matéria. Comentários: ERRADO. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes (art. 43). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 28 113. (Inédita) É direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Comentários: CERTO. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados (art. 3º): • Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; • Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; • Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; • Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. 114. (Inédita) A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta média, para efeitos disciplinares. Comentários: ERRADO. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19, parágrafo único). 115. (Inédita) Diante da relevância da questão, antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. Comentários: CERTO. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo (art. 32). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 29 116. (Inédita) Na hipótese de o recorrente alegar violação de enunciado em súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. Comentários: CERTO. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso (art. 64-A). 117. (Inédita) No que diz respeito aos prazos que devem ser observados no processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, aqueles fixados em dias contam-se de data a data, e sempre admitem suspensão. Comentários: ERRADO. Quanto à contagem dos prazos processuais, a Lei nº 9.784/99 estabelece o seguinte: • Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. • Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte. • Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. • Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. • Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é paralisada. 118. (Inédita) A Administração encontra-se adstrita à verdade formal dos autos, restando dispensada de efetuar diligências que não tenham sido requeridas pelo particular interessado, para produção de provas que o beneficiem. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 30 Comentários: ERRADO. Apesar de não estar expressamente previsto na Lei nº 9.784/99, o princípio da verdade material também orienta os processos administrativos em geral. A busca da verdade material caracteriza os processos administrativos, já que representa a principal diferença em relação aos processos judiciais. Enquanto no processo judicial o juiz limita-se somente às provas indicadas pelas partes, no processo administrativo importa saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer o fato efetivamente ocorrido. Portanto, no processo administrativo prevalece a verdade material sobre a verdade formal (ou verdade dos autos). IMPORTANTE: De acordo com o princípio da verdade material, o processo administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer o fato efetivamente ocorrido. Ademais, em face do princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), cabe à Administração impulsionar o processo. Isso significa que a Administração movimentará o processo administrativo mesmo que o administrado fique inerte, ainda que a instauração tenha sido provocada por particular. 119. (Inédita) Proferida e transitada em julgado uma decisão administrativa, a Administração Pública não poderá alterá-la se o particular interessado não houver interposto o recurso cabível, na forma prevista em lei. Comentários: ERRADO. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 31 120. (Inédita) O ato de delegação poderá conter ressalva de exercício da atribuição delegada, podendo ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante. Comentários: CERTO. O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada (art. 14, §1º). Além disso, o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, §2º). Amigos(as), Até a próxima aula! Bons estudos, Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 32 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 61. (CESPE/MPE-SE/2010) O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução. 62. (CESPE/MPE-SE/2010) Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados. (CESPE/TRE-MT/2010) Considerando a Lei n.º 9.784/1999, que regulamenta o processo administrativo, julgue os itens abaixo. 63. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo previsão legal expressa, as normas básicas ali consignadas quanto ao processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 64. (CESPE/TRE-MT/2010) Enquanto o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, a avocação da competência é permitida mediante justificativa e de modo excepcional. 65. (CESPE/TRE-MT/2010) Nem mesmo o comparecimento do administrado supre a falta ou irregularidade na intimação realizada para a prática de determinado ato, em razão da ofensa ao princípio da legalidade estrita. 66. (CESPE/TRE-MT/2010) Havendo vários interessados no processo administrativo, a desistência ou a renúncia de um deles atinge os demais, razão pela qual fica prejudicado o prosseguimento do processo. 67. (CESPE/TRE-MT/2010) A lei não prevê expressamente a possibilidade de a administração pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado, mesmo porque seria necessário buscar a tutela do Poder Judiciário. (CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do processo administrativo, genericamente regulado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens subsequentes. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 33 68. (CESPE/TRE-MT/2010) Nos processos administrativos, busca-se a adequação entre meios e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, visando