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Atos, termos e prazos processuais

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5 - Atos, termos e prazos processuais
5.1 - Atos e termos processuais
Conceituação de Atos Jurídicos: É todo ato voluntário (oriundo da vontade humana), que produz efeitos jurídicos.
Conceituação de Atos Processuais: É todo ato oriundo da vontade humana, praticado pelos sujeitos do processo, gerando efeitos jurídicos, dentro do processo.
Conceito de Termos Processuais: é a expressão do ato processual, expressa, escrita, a redução a escrita do termo processual, a reprodução gráfica de um ato processual, levar para o papel aquilo que é dito. Ex: no setor de alternação, a parte comparece para ajuizar uma reclamação, e o que é dito oralmente pelo reclamante, é reduzido a termo.
· Forma e publicidade 
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
No Direito Processual está em vigor o princípio da publicidade dos atos processuais. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5º., LX, CF). São públicos os atos processuais, podendo toda a gente apreciá-los. São realizados em dias úteis, entre 6 e 20h, conforme o artigo citado acima. 
As formas de comunicação dos atos processuais trabalhistas estão previstas nos arts. 841 e 774, parágrafo único, da CLT,
“Art. 841. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu
recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior”.
Art. 774, parágrafo único. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem”.
OBS: Na seara processual trabalhista, o magistrado somente tem contato com a exordial em audiência (que, segundo a CLT, é una).
No âmbito processual civil, o juiz analisa a petição inicial antes da audiência, podendo adotar três comportamentos: indeferi-la (segundo o art. 330 do CPC/2015); dar prazo de 15 dias para emendá-la (de acordo com o art. 321 do CPC/2015); ou providenciar o despacho positivo de citação (art. 334 do CPC/2015).
Segundo a Súmula 16 do TST, presume-se recebida a notificação postal 48 horas depois de sua postagem (presunção relativa). O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. Assim, o aviso de recebimento da notificação postal torna-se um importante meio de prova.
· Segredo justiça
Tramita em segredo de justiça todo processo cuja publicidade viole algum direito das partes.
· Dias da semana e horário
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Os atos processuais devem ser praticados em dias uteis, dia útil é definido por exclusão. São uteis todos os dias do ano que não forem considerados feriados, entre os quais se incluem os sábados e domingos.
Já os atos processuais devem ser praticados das 6hr as 20hr.
· Processo eletrônico
A postulação encaminhada será considerada tempestiva quando
enviada, integralmente, até às 24 (vinte e quatro) horas do dia em que se encerra o prazo processual, considerado o horário do Município sede do órgão judiciário ao qual é dirigida a petição.
5.2 - Contagem dos prazos processuais
· Forma de contagem (art. 775, CLT) 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Antes da reforma trabalhista eram contatos em dias contínuos. O inicio do prazo se dá com a exclusão do primeiro útil e a inclusão do ultimo dia.
· Sábado (dia útil?)
Sábado não é considerado dia útil, daí porque se a parte for intimada num sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil subsequente.
Sumula 262 TST:
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais
Caso o prazo se encerre durante o final de semana ou feriado, ele é prorrogado até o próximo dia útil. 
· Início da contagem quando marcada audiência de julgamento (Súmula 197 do TST)
Súmula 197 TST:
O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação.
Na justiça do Trabalho, há julgamentos que são designados para um determinado dia e hora, de cujo o resultado as partes ficam cientes nos termos da Súmula 197, do TST. 
Isso quer dizer que não haverá publicação da sentença, uma vez que as partes foram intimadas acerca da data do julgamento e cientificadas de que a intimação da sentença acontece sob os termos da referida Súmula.
Geralmente, quando o julgamento ocorre por esta forma, o advogado desavisado fica no aguardo da publicação da sentença e, quando menos espera, recebe uma notificação de execução para pagamento.
Isso ocorre em razão da preclusão das possibilidades recursais, já que os prazos para recursos começam a contar da data do julgamento. Ou seja, a intimação ocorre na própria audiência.
· Contagem no processo eletrônico (disponibilização)
O processo eletrônico possui algumas particularidades, sendo que o seu início será o dia útil seguinte à consulta do ato disponibilizado no sistema eletrônico ou ao término do prazo para leitura automática.
Essa leitura automática irá ocorrer após 10 dias corridos da data do envio da intimação. Muita atenção, segundo a Lei 11.419/06, a sua contagem ocorrerá em dias corridos e não em dias úteis como estipula o CPC/15. Ainda existe alguma divergência jurisprudencial, mas para não correr nenhum risco, melhor considerar como corridos.
Ainda segundo a lei, os prazos terão início no primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização no Diário Judicial Eletrônico (DJE). Porém, como vimos, se a parte ou procurador estiver cadastrado no portal próprio (PJE.), será dispensado a publicação no DJE.
· Prazos diferenciados (pessoas jurídicas de direito público e MPT)
O Decreto Lei nº 779/69, em seu artigo 1º, estabelece privilégios processuais para a Fazenda Pública e o Ministério Público do Trabalho:
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
II – o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, “in fine”, da Consolidação das Leis do Trabalho;
III – o prazo em dobro para recurso;
Assim, tendo em vista que a Fazenda e o Ministério Público do Trabalho têm prazo em quádruplo para contestar (na previsão do artigo 841/CLT) na Justiça do Trabalho e que a defesa sempre é apresentada na primeira audiência, então para estes a audiência será a primeira desimpedida (primeira data livre que houver na pauta da vara) depois de 20 (vinte) dias.
· Litisconsórcio/procuradores distintos 
Na Justiça do Trabalho, litisconsortes com procuradores diferentes NÃO têm prazo em dobro. Conforme entendimento pacífico do TST consolidado na Orientação Jurisprudencial Nº 310:
b) OJ 310, SDI- I, TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO CPC. INAPLICÁVELAO PROCESSO DO TRABALHO (DJ 11.08.2003) A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade no processo trabalhista.
5.3 - Prazos processuais
•	Legais, judiciais e convencionais (possibilidade de prorrogação/redução) 
 
- Prazos legais: são fixados em lei.
Prazos judiciais: fixados pelo juiz na omissão da lei.
Prazos convencionais: prazos estabelecidos por conveniência das partes, de comum acordo.
Ex: A suspensão do processo para tentativa de acordo.
•	Prazos peremptórios e dilatórios
Prazos peremptórios: prazos fatais, de natureza preclusiva. Não podem ser alterados pelas partes, nem podem ser prorrogados.
Prazos dilatórios: não preclusivos, podem ser prorrogados pela solicitação das partes.
•	Interrupção e suspensão
Suspensão: o prazo retoma do ponto da paralisação.
Exemplo de suspensão: recesso forense, que ocorre entre 20 de dezembro e 6 de janeiro.
Interrupção: começa a contar do início.
Exemplo de interrupção: oposição de embargos declaratórios, que interrompem o prazo recursal.
•	Recesso do Judiciário
 O recesso da Justiça do Trabalho será o mesmo previsto pelo Código de Processo Civil de 2015: de 20 de dezembro a 20 de janeiro. 
Com a publicação da Lei 13.545/2017, a CLT passa a ter o artigo 775-A: “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro”. “Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento”, complementa o texto.
•	Preclusão e justa causa
Este princípio da preclusão está explicitamente inserido no art. 879, §2º, da CLT, que assim prevê: “Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão”.
-Justa causa 
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
•	Tipos de preclusão (consumativa, lógica, res iudicato, ordinária, máxima)
A melhor doutrina aponta a existência de, pelo menos, 3 (três) tipos de preclusão:
1) preclusão consumativa – decorre do próprio ato processual, em que a parte não pode praticar o mesmo ato processual duas vezes. Exemplo: a parte que contesta uma ação não poderá contestá-la novamente.
2) preclusão temporal – quando não se pratica o ato processual dentro do prazo previsto. Exemplo: a parte não interpõe o recurso ordinário dentro do prazo de 8 (oito) dias.
3) preclusão lógica – quando a prática de um ato processual é incompatível com um ato processual anterior (exemplo: É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência – art. 806 da CLT).
5.4. Prazos processuais em espécie 
5.4.1 - Art 218,CPC 
 Determina o art.218 que os prazos que a lei prescrever, será o prazo que ira requer o ato processual. Quando a lei for omissa, o juiz é quem vai analisar a complexidade do ato e prescrever o prazo necessário. Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de quarenta e oito horas.
 Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
5.4.2 – Art 841,CLT
 
Determina o art.841,§ 1º,da CLT que a notificação será feita em registro postal com franquia. Se a reclamada criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrada, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
5.4.3 - Notificação - prova da notificação (AR)
 
A notificação postal deverá ser feita com aviso de recebimento, para que efetivamente se verifique que houve a citação. No processo do trabalho, não há necessidade que a citação seja entregue ao reclamado, ou seja, a citação não precisa ser pessoal, basta que ela seja entregue no endereço indicado, ao zelador do prédio ou colocada na caixa postal, por exemplo .Quando do não recebimento, caberá à parte provar que não ocorreu no prazo estipulado, conforme se extrai na súmula n.16 do TST.
 
 Quando não for localizado o reclamado, será realizada notificação por edital (art. 256 do CPC), ainda, é lícito ao reclamante informar, na exordial, se desconhecido o paradeiro do reclamado, justificando, desde já, a notificação por edital. Deve-se frisar que no processo do trabalho não há citação por hora certa, em virtude da existência de dispositivo especifico que preceitua que se passa automaticamente à citação por edital, quando não for possível efetuá-la da maneira mais corriqueira.
 
O edital pode ser divulgado em jornal oficial, no expediente forense ou, se inexistirem aqueles, publicado na sede da Vara do Trabalho ou Juízo.
5.4.4 – Prazos
•	Recebimento da notificação para comparecer na audiência 
 
 A súmula 16, do TST, aborda a presunção de recebimento 48 horas após a postagem. A audiência então deverá ser marcada com prazo mínimo de 5 dias, contados após as 48 horas, que é o prazo citado na súmula 16 do TST como presunção de recebimento.
 A revelia só poderá ser afastada se, na data do recebimento do AR, o empregador comprovar que não mais exercia suas atividades naquele endereço, e que terceiros recebeu a notificação em seu nome, afastando a presunção do recebimento pelo real empregador, anulando assim, todos os atos processuais a partir da citação. Nesse caso o ônus da prova cabe ao destinatário provar o contrário.
•	Redução a termo da reclamação verbal
 O art. 786 da CLT, estabelece que a reclamação poderá ser verbal, e esta será distribuída antes mesmo de sua redução a termo, para garantir que não haja perecimento de direito (MARTINS, 2015). O parágrafo único do artigo citado explica que após tal reclamação ser distribuída, o reclamante deverá apresentar-se no prazo de cinco dias, ao cartório ou à secretaria da Vara do Trabalho ou Tribunal, para reduzi-la a termo, conforme destaca Bezerra Leite (2013, p. 397) ao afirmar que “distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, observando-se a regra estabelecida no art. 731 da CLT, de discutível constitucionalidade”
•	Contestação verbal
 
A contestação oral só é realizada na audiência de conciliação e depois de ser tentada a realização de um acordo entre as partes. Somente se a audiência não resultar em um consenso, é aberto espaço para a contestação oral. Nesse caso, o advogado do reclamado tem à disposição 20 minutos para apresentar a defesa.
•	Prazo para interpor recurso e contra-razoar
 
 Se o recurso cabível foi o Ordinário, o prazo para contra-razoar também será de 8 dias corridos, o mesmo caso para o Recurso de Revista, Agravo de Instrumento, Agravo de Petição.
•	Embargos Declaratórios
 
Embargos (no TST, para o Pleno): 8 dias corridos, da publicação do Acórdão. Art. 894
•	Recurso Extraordinário
 O recurso extraordinário, será recebido somente no efeito devolutivo. O recurso extraordinário não obedecerá ao prazo de 08 (oito) dias que indica o processo do trabalho para os recursos da esfera trabalhista. O prazo será de 15 (quinze) dias, bem como para as contrarrazões.
•	Pagamento e nomeação de bens à penhora
 Nos termos do artigo 652 do Código de Processo Civil , o prazo de vinte e quatro horas para pagamento ou nomeação de bens à penhora será contado minuto a minuto da hora e data da citação do devedor.
•	Prazo para impugnação de cálculosNa decisão citada, ficou registrado que, na execução trabalhista, depois de elaboradas as contas de liquidação, existem dois procedimentos que podem ser adotados pelo Juízo, e que ficam, portanto, ao seu critério: abrir às partes pelo prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão, nos termos do artigo 879, § 2º, da CLT (trata de uma faculdade, e não uma obrigatoriedade imposta ao juiz); ou, caso o magistrado não opte por tal procedimento especial, será aplicado o artigo 884 da CLT - que é a regra geral -, quando as partes, então, terão o prazo de cinco dias, a partir da garantia da execução ou da penhora dos bens, para exteriorizar o inconformismo com a conta homologada.
 Assim, concluiu o desembargador que a homologação dos cálculos de liquidação não é impedimento para à sua impugnação, pois, de acordo com o artigo 884, da CLT, depois de garantida a execução, as partes terão o prazo de cinco dias para fazê-lo.
•	Embargos à execução
 O art 884 da CLT dispõe que o prazo para a apresentação dos embargos a execução é de cinco dias após garantida a execução.
5.5 – Comunicação dos atos processuais
•	Carta de ordem, precatória, rogatória
 Carta Precatória: é a forma de comunicação realizada entre juízes de comarcas distintas (ambos juízes da mesma hierarquia), sendo uma forma a colaboração entre juízes, visando o cumprimento dos atos judiciais. A carta precatória é utilizada quando as partes de um processo, residem em comarcas diferentes.
 Carta Rogatória: é similar à carta precatória, mas se diferencia desta por ter caráter internacional, ou seja, é um instrumento jurídico de cooperação de um juiz brasileiro para o juiz de outro país.
 Carta de Ordem: é a ordem de um tribunal superior para um tribunal ou juiz de hierarquia inferior.
•	Citação e intimação
 O art. 238 do CPC define a citação como “ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual”, ou seja, quando ocorre a CITAÇÃO, o réu, o executado ou interessado são chamados para virem a participar da lide, completando a relação jurídico-processual. Em outras palavras, a citação ocorrerá, em regra, no início do processo de conhecimento ou de execução, e apenas uma vez, para que os citados possam vir a fazer parte do processo, compondo o polo passivo e, querendo, se manifestar. Frisa-se ainda que, a citação do réu ou executado é pressuposto de validade do processo, devendo ser realizada e respeitada, e caso não a for, poderá resultar em nulidade do processo. 
 Em relação à intimação, ela está prevista no art. 269 do CPC, e pode ser caracterizada como “o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo”, ou seja, toda vez em que houver a necessidade de informar às partes a respeito de algum passo a ser realizado no decorrer da lide, será este feito por intimação.
Nesse caso, a intimação possui um duplo objetivo: a) Dar ciência dos autos ou termos do processo; e b) Convocar a parte para fazer ou abster-se de alguma coisa.
Sendo assim, a intimação poderá ocorrer várias vezes, sempre que for necessário a parte realizar determinado ato e se manifestar no processo. Entretanto, as intimações além de serem direcionadas ao autor e ao réu, podem ser destinadas ao Ministério Público e aos auxiliares do juízo, como, por exemplo, peritos, intérpretes, etc.
Por fim, as intimações e as citações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, para todas as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, salvo microempresas e empresa de pequeno porte.
•	Notificação
 A notificação judicial trata-se de um documento utilizado como forma de comunicação de um tribunal que pode ser tanto direcionado às partes interessadas, quanto publicado através de um édito, são apresentadas informações sobre o local, hora e data em que alguém deve se apresentar para prestar algum tipo de declaração.
 O objetivo maior de uma notificação de cunho judicial é manter ou retificar direitos, ou mesmo, em sentido mais amplo, manifestar alguma intenção com base na formalidade. Este informe também desempenha um importante cuidado para se evitar que, futuramente, o notificado alegue desconhecimento da informação que foi formalmente transmitida através dela.
 Importante destacar que a notificação não instrumentaliza nenhuma carga decisória, representando apenas uma atividade administrativa. Através dela o magistrado apenas comunica ao notificado sobre alguma vontade do notificante. Nesse sentido, por meio de uma notificação, o destinatário não será obrigado a nada.
 A lei determina duas importantes condições para que uma notificação judicial possa ser utilizada e admitida:
A)	Deve ser clara o suficiente para não gerar nenhuma incerteza ou impedimento quanto à concretização do negócio jurídico;
B)	O requerente deve demonstrar interesse legitmo.
 Essas condições, quando respeitadas, garantem que as notificações judiciais sejam usadas para comunicar direitos legítimos, afastando-se, pois, de qualquer abuso de direito, ou mesmo de comunicados que sejam inúteis e, portanto, não representem nenhuma utilidade.
5.5.1 - Formas de citação (notificação)
a) Notificação Postal - Súmula 16, TST
Ela é válida quando dirigida	ao endereço correto do réu e pode ser recebida por qualquer pessoa lá presente, independentemente de ser representante legal	ou procurador legalmente	autorizado do réu. É, pois,	do destinatário o ônus de provar a irregularidade	da citação (TST, Súmula 16).
b) Notificação por Edital
Citação por Edital. Citação publicada no órgão oficial e jornais de grande circulação, quando o citando encontra-se em lugar incerto e não sabido ou inacessível e nos casos expressos em lei. Porém, são realizadas em processos de cujo o valor da causa não seja alto como no rito sumaríssimo.
c) Notificação por Oficial de Justiça (fase de conhecimento/fase de execução)
Na fase de execução Proferida a sentença de liquidação, o juiz expede mandado para que o oficial de Justiça intime a parte condenada a pagar a dívida mediante depósito de dinheiro em juízo ou oferecimento de bens a penhora no prazo de 48 horas.
d) Notificação por meio eletrônico
É o ato processual feito em portal próprio, acessível pelos cadastrados no sistema, dispensada a publicação no órgão oficial. Considerar-se realizada no dia em que o citando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização
5.5.2 - Formas de intimação
O Art. 234 do código de processo civil define com muita clareza o que é intimação: “Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.”
a) Intimação pelo Diário Oficial
Prevê o art. 4º da Lei n. 11.419/2006:
Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.
A norma em apreço prevê a criação de um Diário de Justiça eletrônico que será disponibilizado pela internet e cujas publicações serão consideradas oficiais, substituindo e dispensando quaisquer outras publicações, salvo, é claro, aquelas que dizem respeito a comunicações pessoais de atos processuais previstas em lei.
b) Intimação postal ou por oficial de justiça 
Na justiça do trabalho, depois de protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remete a segunda via da petição, ou do termo, ao Reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento (caput do art. 841 da CLT). Essa notificação é feita por registro postal com franquia (§ 1º do art. 841 da CLT) e é encaminhada para o endereço que é fornecido na peça vestibular, pelo autor da ação.
Em suma, no processo do trabalho (autos físicos), a intimação pode ser feita:
a) por postagem, que é realizada pelo Correio, sendo a mais usual, mormenteno primeiro grau de jurisdição trabalhista; b) pessoalmente, por intermédio de Oficial de Justiça ou pelo Diretor de Secretaria;
c) Intimação eletrônica
Além de proporcionar mais agilidade processual, o uso das intimações eletrônicas contribui com a diminuição do volume de papel que transita diariamente no judiciário. Elas agora podem ser feitas através de um portal específico determinado pelo juiz ou no Diário Oficial Eletrônico.
d) Intimação na audiência
5.6 - Custas processuais
•	Valor das custas (art. 789 e 789-A, CLT)
a)	Valor da condenação
Se o valor da condenação for superior ao teto estabelecido pelo TST, este último será a base de recolhimento; se, no entanto, o valor da condenação for inferior ao teto do TST, o valor da condenação será o valor do recolhimento.
b)	Valor do acordo
 Os parágrafos 3º-A e 3º-B incluídos no art. 832 da CLT pela nova lei, estabelecem as seguintes regras nos acordos judiciais:
a) Se o pedido da reclamatória limitar-se expressamente ao reconhecimento de verbas de natureza exclusivamente indenizatória, as verbas constantes do acordo também serão exclusivamente indenizatórias;
b) Caso o pedido não seja de verbas exclusivamente indenizatórias, a parcela referente às verbas de natureza remuneratória do acordo não poderá ter como base de cálculo valor inferior: 
b.1) ao salário-mínimo, para as competências que integram o vínculo empregatício reconhecido na decisão cognitiva ou homologatória;
b.2) à diferença entre a remuneração reconhecida como devida na decisão cognitiva ou homologatória e a efetivamente paga pelo empregador, cujo valor total referente a cada competência não será inferior ao salário-mínimo.
c) Caso haja piso salarial da categoria definido por acordo ou convenção coletiva de trabalho, o seu valor deverá ser utilizado como base de cálculo em substituição ao salário-mínimo.
c)	Valor da causa
A Reforma Trabalhista estipulou que reclamações trabalhistas precisam conter pedido certo, determinado, com indicação do valor de cada um deles.
A novidade está no art. 840, §1º da CLT e o documento do TST determina que essa exigência, chamada no meio jurídico de “liquidação da inicial” seja feita apenas para as ações ajuizadas depois que a Reforma Trabalhista passou a valer.
E, mesmo assim, o valor da causa envolve apenas a estimativa do valor de cada pedido, não havendo necessidade de sua indicação exata e tampouco de apresentação de planilha de cálculos segundo entendimento do TST.
e) Valor que o juiz definir
f) Valor arbitrado na decisão
•	Responsabilidade pelo pagamento
Com a reforma trabalhista, a responsabilidade sobre os custos de uma ação trabalhista passa a ser compartilhada de forma justa e totalmente legal. O empregado recebe aquilo que realmente lhe é de direito; e nos casos de improcedência é responsável por custear os valores da empresa.
•	Momento do recolhimento
As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
•	Pessoas isentas do pagamento das custas
O benefício da justiça gratuita será concedido apenas aos que receberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, ou à parte que comprovar sua hipossuficiência de recursos para pagamento das custas do processo.
•	Honorários periciais
A parte sucumbente no objeto de perícia será responsável pelo pagamento dos honorários periciais:
“Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
1 O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.
2 O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.
3 Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no 39 caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.”
Súmula 236 do TST e a responsabilidade de pagamento da parte sucumbente
O texto súmula 236 do TST traz o seguinte verbete “A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão do objeto da perícia.” Inspirou o texto da Reforma Trabalhista.

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