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1 ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 2013 Material elaborado e compilado pelo Prof. Joaquim Gerlene 2 PLANO DE ENSINO 2° Semestre - Armazenagem e Movimentação de Materiais - 80 horas Objetivo Geral: Capacitar o acadêmico a utilizar as técnicas de administração de materiais sob a ótica do moderno modelo de logística integrada. Desenvolver habilidades específicas que qualifiquem os alunos ao exercício de atividades gerenciais ligadas à movimentação de materiais e sua armazenagem. Proporcionar conteúdos relacionados às ferramentas operacionais de armazenagem e condições físicas ótimas de estoques em administração de materiais. Objetivo específico: Mostrar aplicações reais de importantes melhorias da armazenagem. Apresentar projetos do que existe de mais moderno em armazéns para um serviço de atendimento a clientes, de alta qualidade, instantâneo e de baixo custo. Examinar o armazenamento de materiais com suas implicações no planejamento do layout, com os tipos de embalagens a serem manuseados e com a análise dos princípios básicos de estocagem e de unitização de cargas. Proporcionar conteúdos relacionados às ferramentas operacionais de armazenagem e condições físicas ótimas de estoques em administração de materiais. Apresentar os riscos de segurança em diferentes ambientes de armazenagem e movimentação de materiais. Ementa: Gestão de Estoques. Embalagem: tipo, função e normalização. Curva ABC. Armazém logístico, Equipamentos de movimentação e armazenagem de carga, organização, automatização e categoria de carga. Layout e fluxos. Metodologia: O curso de Logística adota uma metodologia semestral aliada a aulas teóricas e práticas que facilitam a assimilação de conteúdos. Adota o conceito da Aula Estruturada, no qual as aulas são previamente planejadas, ou estruturadas, e colocadas à disposição dos alunos, considerando os momentos do antes, durante e depois. Tal proposta preconiza os seguintes momentos de ensino e http://siscon.kroton.com.br/visualizarcurso2.php?codigo=14&disciplina=4&area=0 http://siscon.kroton.com.br/relatorio_planoensino.php?codigodisciplina=2041 3 aprendizagem: aulas expositivas: informação, conhecimento, aprendizagem de conceitos e princípios, encontros das equipes de aprendizagem, desenvolvimento de habilidades e competências, não só da disciplina em questão, mas também de habilidades para trabalhar em grupos e equipes, com ênfase na relação entre a teoria e o mundo real. Avaliação: Avaliação de conteúdos: produtos: estruturas internas que revelam o grau de proficiência do aluno para elaborar os conteúdos, relacioná-los com conhecimentos anteriores e aplicá-los a situações concretas, conhecidas ou novas; estratégias cognitivas e metacognitivas: capacidade do aluno em monitorar e regular o próprio processo de aprendizagem. Avaliação dos alunos: conhecimentos adquiridos; competências e habilidades relacionadas ao desenvolvimento da disciplina; atitudes: abertura às idéias e argumentos, mostrando disponibilidade para rever suas próprias opiniões; cooperação com os outros; participação efetiva nas aulas (não é apenas presença). Avaliação do Rendimento Acadêmico: o aproveitamento escolar do aluno será verificado por disciplina, valorada em 10 pontos, mediante a avaliação das atividades acadêmicas e da assiduidade. A verificação do rendimento acadêmico será feita através de: Avaliações individuais – OFICIAIS -, compreendendo provas produzidas ao longo da disciplina, que valerão ao todo 7 pontos; Avaliações de tarefas ou trabalhos – PARCIAIS – produzidos por equipes de aprendizagem durante a disciplina valendo, ao todo, 3 pontos. Bibliografia Básica: DIAS, Marco Aurélio p. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005. RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2a. ed, Aduaneiras. MARTINS, Petrônio Garcia. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva 2000. Bibliografia Complementar: BALLOU, Ronald h. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, Donald J.. CLOSS, David J. . 4 Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BANZATO, Eduardo. Atualidades na Armazenagem. São Paulo: IMAM, 2008 EMENTA/CONTEÚDOS Gestão de Estoques. Embalagem: tipo, função e normalização. Curva ABC. Armazém logístico, Equipamentos de movimentação e armazenagem de carga, Organização, automatização e categoria de carga. Layout e fluxos. 5 GESTÃO DE ESTOQUES O que é Gestão de Estoques? Gestão de estoques, no contexto de uma indústria, normalmente se refere à gestão dos recursos materiais que podem ajudar a organização a gerar receita no futuro. O responsável por esta parte da gestão é o Gerente de operações. Por exemplo, uma loja de varejo que vende vários itens, como um supermercado ou loja de departamentos (como por exemplo, alimentos embalados, mantimentos, roupas, bens eletrônicos, etc.) não costuma armazenar todos os produtos na loja. Parte do estoque de produtos é mantido em um armazém ou depósito. Chamamos de inventário a soma dos produtos na loja e no armazém. Por que a gestão de estoques é tão importante? Empresas que atuam como fabricantes ou montadoras, voltadas para a produção de bens, dependem fortemente de um estoque bem gerenciado por uma série de razões. No final das contas, uma empresa que dependa de produção não pode sobreviver sem um bom sistema de gerenciamento de estoques. Gestão de Estoque É uma área da administração das empresas, pois o desempenho nesta área tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e finaceiros da empresa. (Francischini et al., 2002) O objetivo da gestão de estoques envolve a determinação de três decisões principais: Quanto encomendar, Quando encomendar; Quantidade de estoque de segurança que se deve manter para que cada artigo assegure um nível de serviço satisfatório para o cliente. Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo, e tornam-se complexas devido ao enorme leque de fatores envolvidos na tomada das mesmas (Benchkovsky, 1964, p. 689). Para resolver este problema utiliza procedimentos matemáticos e estatísticos entre eles: http://www.logisticadescomplicada.com/category/gestao/ http://www.logisticadescomplicada.com/o-que-e-gestao-de-estoques/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refBenchkovsky1964 6 Classificação dos itens estocados, em destaque a classificação ABC (Análise de Pareto) (Francischini et al., 2002, p. 97-102). Estimativas de demandas, classificadas em dependente e independente. Estimativas de parâmetros como Stock Máximo, Stock De Segurança (Francischini et al., 2002, p. 152-157), Ponto De Encomenda (Francischini et al., 2002, p. 159). Todas as organizações, seja qual for o setor de atividade em que operem, partilham a seguinte dificuldade: como efetuar a manutenção e controle do estoque. Este problema não reside apenas nas empresas, mas também em instituições de caráter social e/ou de índole não lucrativo, visto os estoques existirem transversalmente na sociedade, sejam em explorações agrícolas, fabricantes, grossistas, retalhistas, mas também em escolas, igrejas, prisões e em todoo tipo de estabelecimentos comerciais. Apesar deste problema existir desde sempre, apenas no século XX se começaram a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta questão, que se tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde a incerteza era constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou menos secreta, os primeiros passos na gestão de estoques. Se teoricamente, a gestão de estoques é a área das operações organizacionais mais desenvolvida, a prática mostra precisamente o contrário (Tersine, 1988, p. 3). Fazer com que um produto em estoque esteja constantemente pronto a dar resposta a uma encomenda de um cliente será uma boa definição para gestão de estoques. A sua boa gestão passa por satisfazer a exigência, satisfazendo também a componente económica (Zermati, 1986, p. 18). Artigos em estoque. Classes preconizadas por Plossl (1985, p. 20): Matéria-prima - são diversos tipos de materiais usados no processo de fabrico e que servirão para a obtenção do produto final; Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do produto; Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em espera no processo produtivo; Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para venda, para distribuição ou armazenagem. http://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_ABC http://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_ABC http://pt.wikipedia.org/wiki/Vilfredo_Pareto http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Controle_de_stock&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresas http://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Social http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura http://pt.wikipedia.org/wiki/Fabricante http://pt.wikipedia.org/wiki/Atacadista http://pt.wikipedia.org/wiki/Varejista http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas http://pt.wikipedia.org/wiki/Igrejas http://pt.wikipedia.org/wiki/Pris%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabelecimento_comercial http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabelecimento_comercial http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_20 http://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial http://pt.wikipedia.org/wiki/Incerteza http://pt.wikipedia.org/wiki/Secreto http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A1tica http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1988 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Cliente http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refZermati1986 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_1.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_1.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima http://pt.wikipedia.org/wiki/Subconjuntos http://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_(Log%C3%ADstica) http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem 7 Baseado na sua utilidade, os estoques podem ainda ser colocados numa destas categorias (Tersine, 1988, p. 7). Estoque em lotes - constitui o estoque adquirido no sentido de antecipar as exigências, nesse sentido, é feita uma encomenda em lotes numa quantidade maior do que o necessário; Estoque de segurança - é o estoque destinado a fazer face a incertezas tanto do ponto de vista do fornecimento como das vendas; Estoque sazonal - trata-se do estoque constituído para afrontar picos de procura sazonais, ou rupturas na capacidade produtiva; Estoque em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no processo produtivo; Estoque de desacoplamento - trata-se do estoque acumulado entre a atividade da produção ou em fases dependentes. É ainda referido por Silver et al. (1998, p. 30) outra categoria: Estoque parado ou congestionado - este é designado desta forma visto os artigos terem uma produção limitada, entrando por isso numa espécie de competição. Visto os diferentes artigos partilharem o mesmo equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos tendem a acumular enquanto esperam que o equipamento fique disponível. Custos da gestão de Estoque Custos de aprovisionamento Corresponde ao custo de processamento da encomenda, que poderá ser a compra feita a um fornecedor, mas também aos custos associados à inspeção e transferência do material, assim como os custos relativos à produção (Plossl, 1985, p. 21). Custos de posse São os custos directamente relacionados com a manutenção dos artigos em estoque, poderão ser de obsolescência, de http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1988 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Lote http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_sazonal http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_sazonal http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refSilver1998 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_2.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_2.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsolesc%C3%AAncia 8 deterioração, impostos, seguros, custo do armazém e sua manutenção e custos do capital (Plossl, 1985, p. 22). Custos de ruptura Estes custos surgem quando não há material disponível para fazer face ao(s) pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho na elaboração de novos pedidos, como em casos extremos poderá levar à perda do(s) cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22). Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à gestão de estoques, Plossl (1985, p. 22), refere ainda um quarto grupo, designado por custo associado à capacidade, que são os custos relacionados com questões laborais como horas extraordinárias, subcontratações, despedimentos, formações e períodos de inactividade por parte do trabalhador. NATUREZA E IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES Estoque é a composição de materiais - materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados - que não é utilizada em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos/serviços. Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma generalizada, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços. São lucros provenientes das vendas e serviços, por permitirem a continuidade do processo produtivo das organizações. Representam uma necessidade real em qualquer tipo de organização e, ao mesmo tempo, fonte permanente de problemas, cuja magnitude é função do porte, da complexidade e da natureza das operações da produção, das vendas ou dos serviços. A manutenção dos estoques requer investimentos e gastos muitas vezes elevados. Evitar sua formação ou, quando muito, tê-los em número reduzido de itense em quantidades mínimas, sem que, em contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários ou dos consumidores em geral, representa um ideal conflitante com a realidade do dia-a-dia e que aumenta a importância da sua gestão. http://pt.wikipedia.org/wiki/Impostos http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguros http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_(economia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Hora_extra http://pt.wikipedia.org/wiki/Hora_extra http://pt.wikipedia.org/wiki/Subcontrata%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o 9 A acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques representam um enorme investimento financeiro. Deste ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessário para que a empresa possa produzir e vender com um mínimo risco de paralisação ou de preocupação. Os estoques representam um meio de investimento de recursos e podem alcançar uma respeitável parcela dos ativos totais da empresa. A administração dos estoques apresenta alguns aspectos financeiros que exigem um estreito relacionamento com a área de finanças, pois enquanto a Administração de Materiais está voltada para a facilitação do fluxo físico dos materiais e o abastecimento adequado à produção e a vendas, a área financeira está preocupada com o lucro, a liquidez da empresa e a boa aplicação dos recursos empresariais. A incerteza de demanda futura ou de sua variação ao longo do período de planejamento; da disponibilidade imediata de material nos fornecedores e do cumprimento dos prazos de entrega; da necessidade de continuidade operacional e da remuneração do capital investido, são as principais causas que exigem estoques permanentemente à mão para o pronto atendimento do consumo interno e/ou das vendas. Isto mantém a paridade entre esta necessidade e as exigências de capital de giro. É essencial, entretanto, para a compreensão mais nítida dos estoques, o conhecimento das principais funções que os mesmos desempenham nos mais variados tipos de organização, e que conheçamos as suas diferentes espécies. Ter noção clara das diversas naturezas de inventário, dentro do estudo da Administração de Material, evita distorções no planejamento e indica, à gestão, a forma de tratamento que deve ser dispensado a cada um deles, além de evitar que medidas corretas, aplicadas ao estoque errado, levem a resultados desastrosos, sobretudo, se considerarmos que, às vezes, consideráveis montantes de recursos estão vinculados a determinadas modalidades de estoque. Cada espécie de inventário segue comportamentos próprios e sofre influências distintas, embora se sujeitando, em regra, aos mesmos princípios e às mesmas estruturas de controle. Assim, por exemplo, os estoques destinados à venda são sensíveis às solicitações impostas pelo mercado e decorrentes das alterações da oferta e procura e da capacidade de produção, enquanto os destinados ao consumo interno 10 da empresa são influenciados pelas necessidades contínuas da produção, manutenção, das oficinas e dos demais serviços existentes. Já outras naturezas de estoque podem apresentar características bem próprias que, não estão sujeitas a influência alguma. É o caso dos estoques de sucata, não destinada ao reprocessamento ou beneficiamento e formados de refugos de fabricação ou de materiais obsoletos e inservíveis destinados à alienação e outros fins. Em uma indústria, estes estoques podem vir a formar-se aleatoriamente, ao longo do tempo, caracterizando-se como contingências de armazenagem. Acabam representando, mesmo, para algumas organizações, verdadeiras fontes de receitas (extra-operacional), enquanto os estoques destinados ao consumo interno constituem-se, tão somente, em despesas. Entretanto, esta divisão por si só, pode trazer dúvidas a partir da definição da natureza de cada um destes estoques. Se entendermos por produto acabado todo material resultante de um processo qualquer de fabricação, e por matérias-primas todo elemento bruto necessário ao fabrico de alguma coisa, perdendo as suas características físicas originais, mediante o processo de transformação a que foi submetido, podemos dizer, por exemplo, que a terra adubada, o cimento, a areia de fundição preparada com a betonita, o melaço e outros produtos que são misturados a ela para dar maior consistência aos moldes que receberão o aço derretido para a confecção de peças que se constituem em produtos acabados para seus fabricantes, e em matérias-primas para seus consumidores que os utilizarão na fabricação de outros produtos. Do mesmo modo, a terra, a argila, o melaço e a areia, em seu estado natural, podem constituir-se em insumos básicos de produção ou em produtos acabados, dependendo da finalidade ou do uso destes itens para a empresa. As porcas, as arruelas, os parafusos etc., empregados na montagem de um equipamento, por exemplo, são produtos semi-acabados para o montador, mas, para o fabricante que os vendeu, trata-se de produtos-finais. Diante dos exemplos apresentados, surge, naturalmente, outra classificação: estoques de venda e de consumo interno. Para uma indústria, os produtos de sua fabricação integrarão os estoques de venda e, para outra, que os utilizará na produção de outro bem, integrarão os estoques de material de consumo. Por sua vez, o estoque de venda pode desdobrar-se em estoque de varejo e de atacado. O estoque de consumo pode 11 subdividir-se em estoque de material específico e geral. Este último pode desdobrar- se, ainda, em estoque de artigos de escritório, de limpeza e conservação etc. Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques, considerando a natureza, finalidade, uso ou aplicação etc. dos materiais que os compõem. O importante, todavia, nestas classificações, que procuram mostrar os diferentes tipos de estoque e o que eles representam para cada empresa, é que elas servem de subsídios valiosos para a (o): Configuração de um sistema de material; Estruturação dos almoxarifados; Estabelecimento do fluxo de informação do sistema; Estabelecimento de uma classificação de material; Política de centralização e descentralização dos almoxarifados; Dimensionamento das áreas de armazenagem; Planejamento na forma de controle físico e contábil. TIPOS DE DECISÕES RELACIONADAS AOS ESTOQUES O estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem sempre andam juntos. Os estoques são usados para atender às necessidades decorrentes das diferenças entre fornecimento e demanda na produção. Todas as operações mantêm estoques de algum tipo. Os itens mantidos em estoques em diferentes operações vão variar consideravelmente em valor. Alguns tipos de operação, como os serviços profissionais, manterão níveis baixos de estoque, enquanto outras como as operações de varejo ou armazéns, vão manter grandes quantidades de estoque de mercadorias para vendas. Há quatro principais razões para manter estoque e, portanto, quatro tipos de estoque. São: Estoque isolador – também chamado de estoque de segurança, tem como propósito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda. 12 Estoque de ciclo – ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente. Estoque de antecipação – Mais comumente usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas,como em alimentos sazonais enlatados. Estoque de canal de distribuição – existe porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. O estoque pode ocorrer em diversos pontos dentro de uma operação. Em algumas operações, como uma loja de varejo, existe um estoque principal de bens, enquanto em outro extremo, por exemplo, há muitos pontos nos quais pode ocorrer estoque. Há três tipos principais de decisões que os gerentes de produção precisam tomar em relação a planejamento e controle dos seus estoques. São: Quanto pedir cada vez que houver um pedido de reabastecimento de estoques; Quando pedir o reabastecimento de estoques; Como controlar o sistema de planejamento e controle de estoques. A decisão de quanto pedir envolve equilibrar os custos associados à colocação de um pedido. Os principais custos de manutenção de estoques são usualmente relacionados ao capital de giro, enquanto os principais custos de pedidos são usualmente associados às transações necessárias para gerar informação para colocação do pedido. A abordagem mais comum para determinar a quantidade de um pedido é a fórmula de lote econômico de compra. A fórmula do LEC pode ser adaptada para diferentes tipos de perfil de estoque, usando diferentes pressuposições de comportamento de estoque. Ela dá a quantidade ótima de pedido (custo mais baixo), mas a função que descreve os custos totais associados com uma política de pedidos é relativamente insensível a pequenos erros na estimativa dos custos. 13 A abordagem LEC para determinar a quantidade de pedidos tem sido sujeita a várias críticas. Essas críticas caem em três principais categorias: Que os pressupostos em relação à LEC são às vezes irrealistas; Que o custo real de estoque em termos de seus efeitos dentro de uma operação é muito maior que o suposto; Que o uso dos modelos tipo LEC de forma prescritiva parece enfatizar uma abordagem que considera muitos dos custos associados a pedidos como fixos, em vez de incentivar uma abordagem que tente reduzir ou melhorar custos. A decisão de quando colocar um pedido torna-se importante quando a demanda é tratada como probabilística. Os pedidos são usualmente disparados para deixar certo nível de estoque de segurança médio quando o pedido chega. O nível de estoque de segurança é influenciado pela variabilidade tanto da demanda quanto do lead time. Essas duas variabilidades são usualmente combinadas nas variações do uso durante o lead time (Tempo computado entre o início da primeira atividade até a conclusão da última, em série de atividades). O uso do nível de ressuprimento como um gatilho para a colocação de um pedido de reabastecimento necessita da revisão continua dos níveis de estoque. Isso pode consumir tempo e ser caro. Uma abordagem alternativa é fazer pedidos de reabastecimento de tamanhos variáveis em períodos de tempos fixos. Os gerentes devem discriminar diferentes níveis de controle, que eles aplicam a diferentes itens em estoque. A maneira mais comum de fazer isso é o que é conhecido como classificação de estoque ABC. O estoque pode ser medido de diferentes formas. As mais comuns: Valor total do estoque; Cobertura de estoque proporcionada pelo estoque médio; Giro de estoque. O estoque é habitualmente gerenciado através de sistemas de informações computadorizados sofisticados, que tem algumas funções, como atualização dos registros de estoque, geração de pedidos, geração de relatórios de 14 status de estoque, previsão de demanda, relatórios comparativos como a curva ABC. SISTEMAS DE REPOSIÇÃO DE ESTOQUES Sistema VMI de reposição de estoques (Gerenciamento de Inventário pelo Fornecedor - GIF (Vendor Managed Inventory -VMI) O VMI é uma ferramenta que auxilia o gestor de estoques em atingir a meta deter em estoque uma quantidade menor de produtos, que serão supridos conforme a política de estocagem da organização, sem comprometer o nível atendimento desejado. A principal característica do VMI é que o fornecedor, em um sistema de parceria, fica responsável por abastecer o estoque de seu cliente, sempre que existir a necessidade de reposição de um determinado produto. O fornecedor tem a responsabilidade estabelecida por meio de contrato, de abastecer seu cliente no momento correto. Esta forma de reposição normalmente é informatizada utilizando o EDI (Eletronic Data Interchange– Intercâmbio Eletrônico de Dados), ou e-mail enviando planilhas, ou de forma visual onde o fornecedor visita o cliente em dias pré-determinados para verificar se há necessidade de abastecer os estoques. Este abastecimento independentemente da forma de solicitação ou visualização do mesmo, deve ter como base o histórico de CMM (Consumo Médio Mensal) para que o fornecedor possa se programar para atender a necessidade do cliente. Esta ferramenta possibilita a reposição automática de estoques por parte do fornecedor ao seu respectivo cliente, com base na demanda real diariamente atualizada e em parâmetros de cobertura previamente definidos entre o cliente e o respectivo fornecedor. No VMI é importante que o fornecedor e cliente tenham uma aliança estratégica, trabalhando em parceria, para que o processo seja realizado da melhor forma possível. O fornecedor tem a responsabilidade em abastecer o estoque de seu cliente, mas para que isto ocorra sem muitos problemas é necessário que existam parâmetros acordados entre ambas as partes (SILVIO PIRES, 2004). 15 SISTEMA JUST IN TIME Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de Produção ou produção enxuta. Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. O conceito desse sistema está relacionado ao de produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. Nas fábricas onde está implantado-o, o estoque de matérias primas é mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política just in time. Esta redução gera, porém, vulnerabilidade em eventuais problemas de fornecimento, já que fornecedores alternativos foram excluídos. A melhor maneira de prevenir esta situação é selecionar cuidadosamente os fornecedores e arranjar uma forma de proporcionar credibilidade dos mesmos de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade do fornecimento (Cheng et. al., 1996, p. 106). Um dos casos em que esta redução trouxe resultados negativos foi depois do terremoto que devastou o Japão em março de 2011, quando muitas indústrias (inclusive as montadoras da Toyota) ficaram sem fornecimento de matérias-primas por meses, afetando também a produção em outras plantas ao redor do mundo. Os grandes fornecedores da montadora também compravam suas matérias- primas de poucos pequenos fornecedores, o que contribuiu para que toda a cadeia de suprimentos ficasse concentrada na dependência de poucas fábricas, agravando ainda mais o problema neste episódio do Japão. http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_da_produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o_enxuta http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_e_tsunami_de_T%C5%8Dhoku_de_2011 http://pt.wikipedia.org/wiki/Toyota http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o 16 As modernas fábricas de automóveis são construídas em condomínios industriais, onde os fornecedores just in time estão a poucos metros e fazem entregas de pequenos lotes na mesma frequência da produção da montadora, criando um fluxo contínuo. O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante, sem grandes oscilações. Uma das ferramentas que contribui para um melhor funcionamento do sistema Just in Time é o Kanban. MÉTODO KANBAN Kanban é uma palavra japonesa que significa literalmente registro ou placa visível. Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados. Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça. O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser Kanbans de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os locais de armazenagem e produção substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo enfim que a produção se realize Just in time - metodologia desenvolvida e aperfeiçoada por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda conhecida como Sistema Toyota de Produção. http://pt.wikipedia.org/wiki/Kanban http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_da_produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time http://pt.wikipedia.org/wiki/Taiichi_Ohno http://pt.wikipedia.org/wiki/Sakichi_Toyoda http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3o 17 O sistema Kanban é uma das variantes mais conhecidas do JIT (Lopes dos Reis, 2008, p.191) e-Kanban - Kanban Eletrônico Embora o sistema de Kanban físico seja mais conhecido, muitas empresas têm implementado sistemas de Kanban Eletrônico (e-Kanban) em substituição ao sistema tradicional. Diversos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) e alguns sistemas especializados oferecem a possibilidade de utilização integrada do Kanban Eletrônico, permitindo sinalização imediata da demanda real do cliente em toda a Cadeia de fornecimento. O sistema eletrônico tem como um de seus principais objetivos eliminar problemas comuns à utilização do sistema físico de Kanban como a perda de cartões e a atualização dos quadros. Kanban de Produção Kanban de Produção é o sinal (usualmente cartão ou caixa) que autoriza a produção de determinada quantidade de um item. Os cartões (ou caixas) circulam entre o processo fornecedor e o supermercado, sendo afixados junto às peças imediatamente após a produção e retirados após o consumo pelo cliente, retornando ao processo para autorizar a produção e reposição dos itens consumidos. Kanban de Movimentação Kanban de Movimentação, também chamado de Kanban de Transporte, é o sinal (usualmente um cartão diferente do Kanban de Produção) que autoriza a movimentação física de peças entre o supermercado do processo fornecedor e o supermercado do processo cliente (se houver). Os cartões são afixados nos produtos (em geral, o cartão de movimentação é afixado em substituição ao cartão de produção) e levados a outro processo ou local, sendo retirados após o consumo e estando liberados para realizar novas compras no supermercado do processo fornecedor. O kanban puxa a produção e dita o ritmo de produção para atender as demandas. http://pt.wikipedia.org/wiki/JIT http://pt.wikipedia.org/wiki/ERP http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento 18 CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES Em administração, estoque ou existências refere-se às mercadorias, produtos (finais ou inacabados) ou outros elementos na posse de um agente econômico. É usado, sobretudo, no domínio da logística e da contabilidade. A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente todos os tipos de empresas, assim como na vida cotidiana das pessoas. Desde o início da sua história que a humanidade tem usado estoques de variados recursos, de modo a suportar o seu desenvolvimento e sobrevivência, tais como ferramentas e alimentos. No meio empresarial, se por um lado o excesso de estoques representa custos operacionais e de oportunidade do capital empatado, por outro lado níveis baixos de estoque podem originar perdas de economias e custos elevados devido à falta de produtos. Regra geral, não é tarefa fácil encontrar o ponto ótimo neste trade-off (conflito de escolha). O alastrar do número de SKU's (Stock Keeping Units - Unidade de Manutenção de Estoque), o aumento da diferenciação de produtos, assim como da competição global, têm dificultado ainda mais essa tarefa. Vantagens de constituir estoques Os fatores mais relevantes que levam as organizações a constituir estoques são: Podem-se constituir estoques com uma finalidade especulativa, comprando-se os mesmos a baixos preços para os vender a preços altos; Para assegurar o consumo regular de um produto em caso da sua produção ser irregular; Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma redução do preço unitário; Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos custos de transporte; http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Trade-off http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_Keeping_Unit http://pt.wikipedia.org/wiki/Especula%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7os http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte http://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculos http://pt.wikipedia.org/wiki/Custos_de_transporte 19 A existência de estoque pode-se justificar apenas pela legítima preocupação em fazer face às variações de consumo; Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a produção, greves laborais, problemas no transporte, etc; Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais; Beneficia-se da existência de estoques, quando este evita o incômodo de se fazer entregas ou compras muito frequentes. Em resumo, devido ao fato das operações entre entregas e utilizações se efetuarem em ritmos diferentes, pode-se dizer que os estoques servem de reguladores, entre esses dois processos. Desvantagens na constituição de estoques Os principais inconvenientes na constituição de estoques são: Fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de serem mantidos estocados ou poderão ser mantidos em períodos muito curtos; Custo de posse traduzido no fato de existir material não vendido que vai acabar por imobilizarcapital sem acrescentar valor; A ruptura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a ocorrência desta irá provocar vendas perdidas e em casos extremos poderá levar à perda de clientes. Custos de Estoques A armazenagem de materiais compreende dois tipos de custos: Custos variáveis; Custos fixos. http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo http://pt.wikipedia.org/wiki/Greve http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem http://pt.wikipedia.org/wiki/Custos 20 Nos custos variáveis relacionados com os estoques, temos: custos de operação e manutenção dos equipamentos, manutenção dos estoques, materiais operacionais e instalações, obsolescência e deterioração e custos de perdas. Nos custos fixos, temos: equipamentos de armazenagem e manutenção, seguros, benefícios a funcionários e folha de pagamentos e utilização do imóvel e mobiliário. Quando a empresa mantém estoques que não são necessários, ocorre um desaproveitamento de estoque, o que vai significar uma perda de espaço físico assim como perdas de investimento. Quando existe a consciência que os estoques geram desperdício e quando se identificam as razões que indicam a necessidade de estoques, o propósito é usá-las de uma forma eficiente (Palmisano et al, 2004, p. 51). Em relação aos custos associados à gestão de estoques, estes podem ser separados em três áreas principais (Garcia et al., 2006, p. 14): Custos de manutenção de estoques; Custos de pedido; Custos de falta. Custos de manutenção de estoques são custos proporcionais a quantidade armazenada e ao tempo que esta fica em estoque. Um dos custos mais importante é o custo de oportunidade do capital. Este representa a perda de receitas por ter o capital investido em estoques em vez de o ter investido noutra atividade económica. Uma interpretação comum é considerar o custo de manutenção de estoque de um produto como uma pequena parte do seu valor unitário (Garcia et al., 2006, p. 15). Custo de pedido são custos referentes a uma nova encomenda, podendo esses custos ser tanto variáveis como fixos. Os custos fixos associados a um pedido são o envio da encomenda, receber essa mesma encomenda e inspeção. O exemplo principal de custo variável é o preço unitário de compra dos artigos encomendados (Garcia et al., 2006, p. 15). Custos de falta são custos derivados de quando não existe estoque suficiente para satisfazer a procura dos clientes em um dado período de tempo. Como exemplos temos: pagamento de multas contratuais, perdas de http://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Desperd%C3%ADcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Efici%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo http://pt.wikipedia.org/wiki/Multa 21 venda, deteorização de imagem da empresa, perda de market share (participação de mercado), e utilização de planos de contingência (Garcia et al., 2006, p. 16). Classificação dos estoques Existem diversas classificações dos estoques. De acordo com a natureza dos produtos fabricados, das atividades da empresa, os estoques recebem diferentes classificações (Filho, 2006, p. 62). Do ponto de vista do processo produtivo Numa empresa industrial, podemos ter: Estoque de produtos em processo: Este tipo de estoques baseia-se essencialmente em todos os artigos solicitados necessários à fabricação ou montagem do produto final, que se encontram nas várias fases de produção (Filho, 2006, p. 63). Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares: Nestes estoques encontramos materiais secundários, como componentes que irão integrar o produto final. São usualmente compostos por materiais brutos destinados à transformação (Filho, 2006, p. 62). Estoque operacional: É um tipo de estoque destinado a evitar possíveis interrupções na produção por defeito ou quebra de algum equipamento. É constituído por lubrificantes ou quaisquer materiais destinados à manutenção, substituição ou reparos tais como componentes ou peças sobressalentes (Filho, 2006, p. 63). Estoque de produtos acabados: É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação finalizado. Em empresas comerciais é chamado de estoque de mercadorias. Usualmente são materiais que se encontram em depósitos próprios para expedição. São formados por materiais ou produtos em condições de serem vendidos (Filho, 2006, p. 63). http://pt.wikipedia.org/wiki/Quota_de_mercado http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria http://pt.wikipedia.org/wiki/Fabrica%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Montagem http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo 22 Estoque de materiais administrativos: É formado de materiais destinados ao desenvolvimento das atividades da empresa e utilizados nas áreas administrativas da mesmas, tais como, impressos, papel, formulários, etc. (Filho, 2006, p. 63). Do ponto de vista administrativo Podemos ainda destacar com grande importância para a administração: Estoque de segurança ou mínimo: São as quantidades guardadas para garantir o andamento do processo produtivo caso ocorram aumento na demanda do item por parte do processo ou atraso no abastecimento futuro (Cabral, 1998, p. 265). Os estoques de segurança impedem que ocorram problemas inesperados em alguma fase produtiva interrompendo as atividades sucessivas de atendimento da demanda. A existência de estoques de segurança em uma unidade fabril, evita que o processo produtivo pare em caso de uma avaria, alimentando as máquinas subsequentes durante a reparação. São ainda utilizados para salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações logísticas. Lead-times (tempo entre colocar e receber um pedido), procura dos clientes, e quantidades recebidas são exemplos de fatores que podem apresentar variações não esperadas (Garcia et al., 2006, p. 14). Critérios de avaliação de estoques De modo a avaliar os estoques, podemos considerar quatro critérios usualmente utilizados, sendo eles: PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair); UEPS (último a entrar, primeiro a sair); Preço médio ponderado. Custo Padrão (Standard Cost) PEPS Este critério, também conhecido como FIFO (first-in, first-out) apura que os primeiros artigos que entrarem no estoque, vão ser aqueles que vão sair em http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lead-time&action=edit&redlink=1 23 primeiro lugar, deste modo o custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos (Ferreira, 2007, p. 33). Nesta maneira de agir, o estoque apresenta uma relação bastante expressiva com o custo de reposição, sendo esse estoque representado pelos preços pagos recentemente. Obviamente, adotar este método, faz com que o efeito da oscilação dos preços sobre os resultados seja expressivo, as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais razões pelas quais alguns se mostram contrários a este método. Vantagens do método As vantagens de utilização deste método, são: (Ferreira, 2007, p. 34): O movimento estabelecido para os materiais, de forma ordenada e contínua, simboliza uma condição necessária para um perfeito controle dos materiais, principalmente quando eles estão sujeitos a mudança de qualidade, decomposição, deterioração, etc.; O resultado conseguido reflete o custo real dos artigos específicos utilizados nas saídas; Os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa dos mesmos é dada de uma maneira sistemática e lógica. UEPS Este critério, também conhecido como LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido comose as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas) tende a se refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também permite reduzir os lucros líquidos expostos (Ferreira, 2007, p. 35). Por serem debitadas contra a receita os custos mais recentes de compras, e não o custo total de reposição de todos os artigos utilizados, a aplicação deste método não obtém a realização do objetivo básico (Ferreira, 2007, p. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica http://pt.wikipedia.org/wiki/Objectivo 24 35). Esse método não é tão utilizado nas empresas, pois dependendo do ramo de atuação, a empresa poderá ter sérios prejuízos, por exemplo: Venda de produtos perecíveis, estes possuem válidades, caso venda os produtos que chegaram por último, se algum dia chegar a tentar vender aqueles que foram adquiridos primeiramente, provavelmente os mesmos já estarão vencidos. Vantagens do método As vantagens de utilização deste método, são (Ferreira, 2007, p. 35): Procura determinar se a empresa apurou ou não de forma correta os seus custos correntes, face à sua receita corrente. De acordo com o este método, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS foi introduzido. É uma forma de se custear os artigos consumidos de uma maneira realista e sistemática; Numa temporada de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produções, reduzindo o lucro; O método tende a minimizar os lucros das operações, nas indústrias sujeitas a oscilações de preços. Preço médio ponderado Este critério é usado em empresas, em que os seus estoques tenham um controle permanente, e que a cada aquisição, o seu preço médio seja atualizado, pelo método do custo médio ponderado (Ferreira, 2007, p. 32). É o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimeto à legislação fiscal. Empresas multinacionais com operações no Brasil frequentemente tem de avaliar o estoque segundo o método do custo padrão, para atender aos padrões da matriz, e também fazê-lo segundo o custo médio para atendimento à legislação brasileira. http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Temporada&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquisi%C3%A7%C3%A3o 25 Custo Padrão É o método de custeio preconizado pelo USGAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles). Nele tanto as entradas de estoque quanto as saídas são apropriadas ao custo padrão estabelecido pela empresa, usualmente é aquele que foi utilizado na elaboração do planejamento orçamentário anual. Toda diferença entre o preço real de compra (decorrente de variações de preço) ou custo real de produção (decorrente de variações na produtividade) são apropriados nas contas de variação do preço de compra ou variação de manufatura, respectivamente. Essas contas são contas de resultado, de modo que qualquer variação afeta diretamente o resultado do mês em que ocorre, ainda que o material não tenha sido vendido. Gerir um estoque A gestão de estoques é o principal critério de avaliação de eficiência do sistema de administração de materiais. A gestão de estoques abrange uma série de atividades, que vão desde a programação e planejamento das necessidades de materiais em estoque, até ao controle das quantidades adquiridas, com a intenção de medir a sua localização, movimentação, utilização e armazenagem desses estoques de modo a responder com regularidade aos clientes em relação a preços, quantidades, e prazos (Filho, 2006, p. 63). A programação e planeamento são as atividades relativas à definição dos modelos necessários à utilização de técnicas estatísticas, aplicáveis às previsões de necessidades e à gestão de estoques da empresa, dentro de uma produção e programação de vendas previamente estabelecidas (Filho, 2006, p. 63). O controle é a etapa executiva responsável pela atualização e recolha, dos dados de movimentação que voltam a alimentar o processo de gestão de estoques, e que faz com algumas decisões sejam tomadas em função de uma série de parâmetros anteriormente estabelecidos (Filho, 2006, p. 63). A gestão de estoques é ainda, apesar da sua importância, extensão e complexidade, negligenciada em muitas empresas, sendo considerada como uma questão não estratégica e limitada à tomada de decisões em níveis organizacionais mais baixos. Por outro lado, outras empresas já perceberam como a gestão de estoques pode ser utilizada ao longo de toda a cadeia de http://pt.wikipedia.org/wiki/Efici%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomada_de_decis%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Neglig%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento 26 suprimentos da qual fazem parte, e de todas as vantagens competitivas que isso pode vir a trazer (Garcia et al., 2006, p. 10). Objetivos da gestão de estoques Dentre os principais objetivos da gestão e estoques temos (Filho, 2006, p. 61). Eliminar estoque de materiais defeituosos, inoperacionais, ou em excesso; Manter à disposição dos utilizadores os artigos de material quando ocorrer a procura; Garantir o abastecimento constante de materiais necessários à empresa, pelo conhecimento dos dados necessários para as previsões de procura (consumo); Providenciar a reposição a um custo mínimo de aquisição e posse e controlar e conhecer os níveis de estoque existentes; Manter os investimentos em estoque no nível mais econômico possível, considerando as capacidades de armazenamento e as possibilidades financeiras. Controles operacionais Controlar um estoque de alto giro é tão importante quanto ter produtos a serem vendidos. Não importa quanto tenha em estoque, mas sim o giro do seu estoque. O giro do estoque demonstra a rotatividade do mesmo ou seja, quanto tempo cada item do estoque permanece na empresa antes de ser vendido. A Contabilidade de Custos tem como uma de suas funções, avaliar quantitativa e qualificadamente os valores em Estoque, demonstrando-os periodicamente nas Demonstrações financeiras. A Contabilidade Tributária traz dispositivos de avaliação de estoques, aceitando tanto a forma integrada com a contabilidade custos, como a forma simplificada baseada em inventários periódicos (devidamente escriturado no livro Registro de Inventários). http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda http://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custos http://pt.wikipedia.org/wiki/Demonstra%C3%A7%C3%B5es_financeiras http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Escritura%C3%A7%C3%A3o 27 Observações gerais Em empresas comerciais ou de serviços (quando for o caso), os materiais no estoque de produtos acabados chamam-se mercadorias. Em empresas industriais, chamam-se produtos. A boa administração dos estoques é de vital importância para a saúde financeira das empresas, uma vez que grande parte do capital das empresas estão nos materiais envolvidos na produção, sendo comum representarem 50% de todo o seu capital. Assim reduções no montante estocado se traduz na liberação de grande volume do capital necessário ao andamento donegócio como um todo. EMBALAGEM Uma embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena produtos temporariamente e serve principalmente para agrupar unidades de um produto, com vista à sua manipulação, transporte ou armazenamento. Outras funções da embalagem são: proteger o conteúdo, informar sobre as condições de manipulação, exibir os requisitos legais como composição, ingredientes, etc e fazer promoção do produto através de gráficos. Introdução A embalagem possui um impacto significativo sobre o custo e a produtividade dentro dos sistemas logísticos. Seus custos mais evidentes se encontram na execução de operações automatizadas ou manuais de embalagem e na necessidade subsequente de descartar a própria embalagem. A embalagem pode ser visualizada tanto dentro do sistema logístico total e seu papel nos mercados industrial e de consumo; as três principais funções da embalagem (utilidade e eficiência de manuseio, proteção contra avarias e comunicação); e materiais de embalagem tradicionais, tecnologias emergentes e implicações ambientais. O custo da embalagem afeta toda a cadeia produtiva, desde o estoque até o transporte ao ponto de vendas, influenciando inclusive na sua aquisição pelo consumidor final, que tende a apresentar preferência por embalagens melhores elaboradas, desde que isso não apresente grande impacto no preço do produto. http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_de_estoques http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital http://pt.wikipedia.org/wiki/Manipula%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenamento http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_log%C3%ADsticos http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_log%C3%ADstico&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_log%C3%ADstico&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Custo http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_produtiva 28 Perspectivas A embalagem é classificada em embalagem para o consumidor, com ênfase em marketing, e embalagem industrial, com ênfase na logística. Chocolates embalados de forma a atrair atenção do consumidor. O projeto da embalagem de consumo deve ser voltado para a conveniência do consumidor, ter apelo de mercado, boa acomodação nas prateleiras dos varejistas e dar proteção ao processo. A embalagem dos produtos de consumo precisa chamar a atenção no ponto de venda, informar as características e atributos do produto e despertar o desejo de compra no consumidor. Se ela falhar nesta função o produto corre o risco de desaparecer do mercado. Pesquisa da AC Nielsem apresentada no Congresso Brasileiro de Embalagem mostrou que cerca de 80% dos produtos lançados no Brasil saem do mercado em até dois anos. A embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing que pode ajudar o produto a conquistar a preferência do consumidor e garantir seu lugar no mercado. Embalagem industrial com ênfase na Logística Os produtos e as peças são embalados geralmente em caixas de papelão, caixas, sacos, ou mesmo barris, para maior eficiência no manuseio, são embalagens usadas pra agrupar produtos e são chamadas de embalagens secundárias. O peso, a cubagem e a fragilidade das embalagens secundárias utilizadas nas operações de linhas de produção determinam as necessidades de manuseio e de transportes. As embalagens secundárias eram projetadas de forma que sua cubagem deveria ser totalmente preenchida para que não ficassem espaços evitando a avaria. A importância da padronização da embalagem secundária proporcionou substancial redução do custo total, bem como a adoção de um sistema de manuseio muito mais eficiente, tanto no depósito como na loja varejista. Proteção Contra Avaria Existe a importância das embalagens secundárias para proteger os produtos contra avarias durante o manuseio e a armazenagem, como também protege contra furtos. Para proteger a embalagem contra avarias é necessário adequá-la ao produto e selecionar seu material, levando em conta o grau desejado de proteção ao produto. É proibitivo, no entanto, o custo de http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica http://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica 29 proteção total para a maioria dos produtos, tendo como fatores determinantes do grau de proteção o valor e a fragilidade do produto. Embalagem especialmente projetada para evitar avarias em ovos, possibilitando exposição segura nas prateleiras dos supermercados. A fragilidade de um produto pode ser medida através de testes, tanto do produto como da embalagem, com o uso de equipamentos de choque e de vibração; e seu resultado permite determinar o nível de acolchoamento ou de forração nas caixas. O ambiente também deve ser estudado quanto as suas características físicas e aos fatores que o compõem. O ambiente físico que envolve um produto é o ambiente logístico, ele influencia e é influenciado pela possibilidade de avaria. Neste ambiente ocorre a avaria por transporte, armazenagens e manuseio. Nos depósitos próprios os produtos movem-se para seus destinos num ambiente relativamente controlado. Já com transportes fretados os produtos entram num ambiente sem controle. Quanto menos controle a empresa tiver sobre o ambiente físico, maiores devem ser as precauções com a embalagem para evitar avarias, portanto, o ambiente logístico influencia as decisões relativas ao projeto da embalagem. Existem quatro causas de avarias que são as vibrações, os impactos, as perfurações e as compressões que podem ocorrer simultaneamente, esteja ele em trânsito ou sob manuseio, como também podem ocorrer falhas no empilhamento que podem causar avarias. Em trânsito as avarias podem ser significativamente reduzidas por amarração de volumes, fixação, amarração à carroceria do veículo, calços pra impedir o deslizamento, a vibração e o choque entre as mercadorias, ou simplesmente utilizando ao máximo o espaço disponibilizado nos veículos transportadores das mercadorias. Fatores externos como temperaturas elevadas, umidade e materiais estranhos podem acarretar avarias. Estes fatores externos estão fora de controle logístico e afetam o conteúdo das embalagens quando estes são expostos, podendo derreter, estragar, empolar, descascar e até fundir-se uns com os outros, perdendo cores. Utilidade e Eficiência do Manuseio de Materiais A utilidade de uma embalagem está ligada à forma como ela afeta tanto a produtividade quanto à eficiência logística. Todas as operações logísticas são http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo http://pt.wikipedia.org/wiki/Supermercado 30 afetadas pela utilidade da embalagem. Desde o carregamento do caminhão e a produtividade na separação de pedidos ate a utilização do espaço cúbico no armazenamento e no transporte. A eficiência do manuseio dos materiais é fortemente influenciada pela natureza do produto, pela utilização e pelas características em termo de comunicação. Características dos Produtos A embalagem dos produtos sob determinadas configurações e as quantidades padronizadas contribuem para aumentar a produtividade das atividades logísticas. A redução do tamanho da embalagem, por exemplo, pode melhorar a utilização do espaço cúbico.O peso pode ser reduzido com alterações do produto da embalagem. Substituindo-se garrafas de vidro por garrafas de material plástico, por exemplo, pode aumentar significativamente a quantidade de garrafas que pode ser transportadas. Unitização É o agrupamento de caixas numa carga única, formando um só volume. Cargas Unitizadas As cargas unitizadas apresentam muitas vantagens. São reduzidos o tempo de descarga e o congestionamento no ponto de destino, é facilitado o manuseio de materiais pela verificação das mercadorias, em sua entrada e no rápido posicionamento para a separação de pedidos. Fixação de cargasPode aumentar a possibilidade de avarias se não for adequadamente fixada durante o manuseio ou transporte. Comunicação É a função para a identificação do conteúdo da embalagem. À medida que os produtos se tornam mais importante é necessário o aumento de produtividade. Rastreamento Um sistema de manuseio de materiais com bom nível de controle deve ter a capacidade de rastrear o produto no recebimento, na armazenagem, na separação e na expedição. O controle de toda movimentação reduz os níveis 31 de perda e furto e pode ser muito útil para monitorar a produtividade dos funcionários. Instruções de Manuseio Outro papel de embalagem para a atividade logística é transmitir instruções de manuseio e de prevenção contra avarias. Se o produto é perigoso como no caso de produtos químicos, se é de vidro, etc. Utilização de Materiais Materiais Alternativos São usados os mais diversos tipos de materiais em embalagens para o uso na logística, desde o papelão tradicional até plásticos. Mas quando referimos a materias alternativos e embalagens referimos ao meio ambiente e a pensar em novas ideias e embalagens que diminuam o custo ambiental.[2] Materiais tradicionais Sacos são embalagens de papel ou de material plástico que dão proteção, na forma de embrulhos, podendo conter produtos soltos. São flexíveis e facilmente descartáveis. Suas desvantagens são a pouca proteção contra avarias e sua impossibilidade para uso com uma grande quantidade de produtos. Caixas de material plástico de alta densidade são embalagens com tampa similar às caixas de uso doméstico. São rígidas, resistentes e oferecem proteção substancial aos produtos. Seus pontos fracos são a inflexibilidade, o peso e a necessidade de seu retorno à origem, por motivos econômicos. Tendências Emergentes Embalagens tipo sleeves é um tipo de embalagem aplicado sobre garrafas frascos e potes, constituído por uma manga de filme termo- encolhível (o que permite que apos a sua exposição ao calor se adapte a forma da embalagem primária: garrafa, pote etc) este filme primeiramente decorado permite a empresa ter o maior canal de comunicação com seus consumidores. Este tipo de embalagem já foi adotado por grandes empresas para todo tipo de produtos principalmente indústrias lácteas e refrigerantes. http://pt.wikipedia.org/wiki/Embalagem#cite_note-Bowersox-2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco http://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_tipo_sleeves&action=edit&redlink=1 32 Embalagem por acolchoamento é um tipo de proteção tradicionalmente utilizado por empresas de mudanças, é ideal para embalar produtos de forma irregular. A embalagem por acolchoamento é adotada por empresas que prestam serviços especiais de transportes sem caixas. Elas possuem, fornecem e administram materiais de embalagem, além de carregar e descarregar, assumindo a responsabilidade por quaisquer avarias que ocorram. As vantagens são a ausência de quaisquer materiais de embalagem e de seus resíduos, a redução da cubagem e maior facilidade ao desembalar os produtos. Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos. Tais embalagens geralmente são de aço ou plástico. A decisão de investir num sistema de embalagem retornável requer estudo da quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte versus custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, bem como os custos futuros de separar, rastrear e limpar as embalagens para reutilização. Paletes podem ser de madeira, plásticos e refrigerados. Os paletes exigem grandes investimentos, pois se mal construídos podem se desfazer e causar avarias nos produtos. Existem estudos para aperfeiçoarem paletes de material plástico e refrigerado, uma vez que estes paletes possuem as mesmas funções dos antigos paletes de madeira, diferenciando destes por possuírem uma vida útil maior e serem mais resistentes. Embalagem shrink-wrap é executada colocando-se uma película sobre a carga unitizada de embalagens secundárias, película essa que é encolhida por meio de aquecimento, para fazer as embalagens aderirem à plataforma como um volume único. Embalagem stretch-wrap é uma embalagem também à vácuo. Ela é executada envolvendo-se a carga a uma película plástica esticada, fazendo-se a carga rodar e ser envolvida pela película, o que resulta numa carga única, embalada sob pressão.[2] Classificação dos tipos de embalagens 1. Embalagem de venda ou embalagem primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos. Ex.: frasco ou blister de remédio; 2. Embalagem grupada ou embalagem secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias. Ex.: caixinha de remédio que contém o pote de remédio; 3. Embalagem de transporte ou embalagem terciária: utilizada para o transporte, protege e facilita a amarzenagem dos produtos, Ex: pallet. http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_por_acolchoamento&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_retorn%C3%A1vel&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Palete http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_shrink-wrap&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_stretch-wrap&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Embalagem#cite_note-Bowersox-2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Blister http://pt.wikipedia.org/wiki/Rem%C3%A9dio http://pt.wikipedia.org/wiki/Pallet 33 CURVA ABC A Curva ABC ou 80-20, baseada nas teorias econômicas do italiano Vilfredo Pareto, é um método de classificação de informações a fim de se separar os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. E o que representam as letras A, B e C? • Classe A: Principais itens em estoque e de alta prioridade. 20% dos itens correspondem a 80% do valor. • Classe B: itens que ainda são considerados economicamente preciosos. 30% dos itens correspondem a 15% do valor. • Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do valor. Dessa forma, a ferramenta é uma classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc. No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir. Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, etc. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens – mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos 34 com a curva ABC. No caso de administração de estoques, apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: giro no estoque; proporção sobre o faturamentono período; margem de lucro obtida. O que importa é que a análise de todos os parâmetros propicia o trabalho de controle de estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão um tratamento preferencial. Assim, a conseqüência da utilidade desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade. Como fazer uma curva ABC Em primeiro lugar, devem ser relacionados todos os itens que foram consumidos em determinado período (1). Depois, para cada item registra-se o preço unitário (2) e o consumo (3) no período considerado (se a análise fosse sobre vendas, ou sobre transporte, ao invés de consumo seria usada a quantidade vendida, ou a quantidade transportada, etc.). Para cada item, calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao preço unitário X consumo. Aí, registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor, e assim por diante). Confira tabela abaixo. Depois disso, colocam-se em ordem os itens de acordo com a classificação (5). Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha anterior. Para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo valor de consumo acumulado do último item. 35 ARMAZÉM LOGÍSTICO O que são Armazéns Logísticos? Armazém Logístico é um galpão modelo responsável pela guarda temporária de produtos em geral (produtos acabados, matérias-primas, insumos, componentes, etc.), projetado para atender às necessidades dos clientes viabilizando o processo de operação logística. Um armazém logístico se adéqua ao melhor aproveitamento do seu potencial de armazenagem, possibilitando ampliações dos módulos que podem variar de 3.000 a 15.000m² Para que servem os Armazéns Logísticos? Armazém Logístico é uma combinação de estratégias de longo prazo e da necessidade das operações diárias. Esses tipos de armazéns dão flexibilidade e satisfação ao cliente, já que neles se pode armazenar a produção industrial antes que a mesma seja enviada para seu local de consumo. Não se pode deixar de considerar que utilizar um armazém logístico é uma decisão tanto tática quanto estratégica. Tipos de Armazéns Logísticos: Os armazéns logísticos podem ter uma variação de tipo de local físico, dependendo da característica e necessidade do cliente/produto, como: local coberto, local descoberto, local com temperatura controlada, etc. A forma de estocagem dos produtos também podem variar, como por exemplo: prateleiras, gavetas, cantilever, baias e etc. Vantagens: Redução de custos; Aumento da produtividade; Soluções para os problemas de estocagem de materiais; Diminuição de tempo e espaço entre produtor e consumidor; Aumento na qualidade dos serviços; Redução de investimentos em ativos e maior flexibilidade operacional. Armazém de mercadorias http://www.cvcruz.com.br/armazens.php 36 Um armazém (do original em árabe: al-mahazán, «sótão, entreposto») é um espaço físico em que se depositam matérias-primas, produtos semiacabados ou acabados à espera de ser transferidos ao seguinte ciclo da cadeia de distribuição. Age também como regulador do fluxo demercadorias entre a disponibilidade (oferta) e a necessidade (procura) de fabricantes, comerciantes e consumidores. Nestas instalações, procede-se à recepção da mercadoria (seja ela matéria- prima, produtos semi-acabados ou acabados), à sua arrumação, conservação, realização da função picking e expedição. Muitas vezes, a paragem é aproveitada para se lhe incorporar valor. Isto pode fazer-se por via de personalização do produto, acabamentos finais, embalamento e rotulagem, entre outras operações. Cada indústria possui uma série de tipos de armazéns, que podem ser descritos da seguinte forma: Armazéns de produção - Este tipo pode subdividir-se em: 1. Armazém de matérias-primas; 2. Armazém de recepção, aqui se encontram essencialmente peças compradas no exterior; 3. Armazém de peças semi-acabadas; 4. Armazém intermédio; 5. Armazém de abastecimento; 6. Armazém final, isto é, armazém de produtos acabados; 7. Armazém de sobresselentes, reservas e abastecimento diário. Armazém de material auxiliar - Este tipo, chamado armazém auxiliar ou de acessórios, pode subdividir-se em: 1. Armazém de matérias subsidiárias, como por exemplo, óleos, detergentes, tintas, entre outros; 2. Armazém de ferramentas, instrumentos e dispositivos; 3. Armazém de madeiras. Armazém de mercadorias - Este tipo pode subdividir-se em: 1. Armazém de bens sem investimento próprio; 2. Armazém de expedição e de material antigo. Armazém de líquidos 1. Receptáculos, bidões, entre outros; http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_%C3%A1rabe http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3t%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercadoria http://pt.wikipedia.org/wiki/Oferta http://pt.wikipedia.org/wiki/Procura http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumidor http://pt.wikipedia.org/wiki/Recep%C3%A7%C3%A3o_(Armaz%C3%A9m) http://pt.wikipedia.org/wiki/Picking http://pt.wikipedia.org/wiki/Expedi%C3%A7%C3%A3o_(Armaz%C3%A9m) http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leos http://pt.wikipedia.org/wiki/Detergentes http://pt.wikipedia.org/wiki/Tintas http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira 37 Servem essencialmente para: 1. Armazenagem livre de líquidos; 2. Armazenagem em silos e abrigos; Armazém de distribuição - Este tipo pode subdividir-se em: 1. Armazém de produtos de grande volume e em grandes quantidades; 2. Armazém de retalhos, aqui é feita uma divisão consoante o artigo e uma numeração rigorosa dos produtos; 3. Armazém de sobresselente para reparações. A evolução dos armazéns de distribuição é o Centro de distribuição. Planejamento da construção de armazém Surgem muitas vezes problemas associados às infraestruturas dos armazéns, como por exemplo, a falta de espaço para as existências, e para a movimentação nos corredores e áreas externas, o que provoca dificuldades na recepção dos materiais, atrasos na expedição e impossibilita a organização adequada do armazém. Muitos destes problemas podem ser evitados, se se tiverem vários parâmetros em consideração quando se está a planejar a construção de um armazém, tais como: 1. Projetar a construção do novo armazém tendo em vista uma utilização de pelo menos cinco anos; 2. Escolher um terreno com uma área duas a três vezes superiores à área necessária para o armazém; 3. Evitar fazer a construção em terrenos porosos, arenosos ou lodosos; 4. A proporção entre o comprimento e a largura deve ser de 1,5 para 1,0. 5. Por motivos de segurança a portaria deve estar afastada do armazém; 6. A balança de pesagem deve ser colocada perto da portaria, por forma a ser operada pelo porteiro ou por algum colaborador; 7. Dimensionar o número de docas em função da média recebida e expedida no período de «pico» 8. Projetar as docas com certa elevação e equipá-las com rampas niveladoras; 9. Se possível, optar por docas em 90 graus; 10. Planejar o fluxo de entrada dos camiões nas docas no sentido anti- horário; 11. Considerar áreas de stage-in e áreas stage-out; 12. Projetar junto às docas, áreas adicionais para embalagens, cargas de baterias e acondicionamento de sucatas; http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido http://pt.wikipedia.org/wiki/Silo http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_distribui%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Exist%C3%AAncias http://pt.wikipedia.org/wiki/Constru%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terreno http://pt.wikipedia.org/wiki/Sucata 38 13. Evitar os corredores estreitos, pois para além de exigirem equipamentos específicos, também contribuem para a redução da taxa de processamento dos pedidos; 14. Optar, sempre que possível, pelo fluxo de materiais em «U»; 15. Optar por telhas termo-acústicas. Características técnicas da estrutura do armazém Para que seja assegurada a máxima segurança possível aos trabalhadores do armazém, bem como à estrutura em si, estes devem possuir uma série de características técnicas, tais como: Localização e acessos Um armazém deve ser localizado de preferência em locais isolados ou destinados ao desenvolvimento de atividades industriais, evitando-se locais nas proximidades de casas, escolas, áreas comerciais, hospitais e zonas muito habitadas. Deve também evitar-se localizar o armazém em zonas propícias a inundações, fogos e outras catástrofes naturais. O armazém, numa situação ideal, deve estar isolado de outros locais que o rodeiam, a uma distância mínima de 10 metros, e deve proporcionar vias adequadas para o carregamento e descarregamento dos vários veículosde transporte. Devem existir pelo menos duas entradas de acesso ao armazém, isto para que os veículos de emergência ou outras equipes tenham acesso a este em situação de perigo. Materiais de construção do armazém Na construção de um armazém deve se evitar a utilização de materiais combustíveis, que possam contribuir para a ocorrência e propagação de um incêndio. Deve se fazer a construção embetão armado, isto porque este material apresenta uma alta resistência ao calor, o que concede desta forma uma maior estabilidade à estrutura. Devem utilizar-se também vigas de madeira maciça, pois estas apresentam um lento processo de combustão e uma grande estabilidade estrutural, isto quando comparadas com uma estrutura metálica que não tenham proteção. O pavimento deve ser liso, isto para facilitar a sua limpeza, impermeável, e feito de um material antiderrapante, de modo a reduzir o risco de queda dos trabalhadores. Os «tetos falsos» ou forros devem também ser construídos com materiais incombustíveis, e as paredes corta-fogo que os intersectam http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalhadores http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas http://pt.wikipedia.org/wiki/Hospitais http://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculo http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte http://pt.wikipedia.org/wiki/Emerg%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Material http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADveis http://pt.wikipedia.org/wiki/Ocorr%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Propaga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio http://pt.wikipedia.org/wiki/Bet%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabilidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Vigas http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Protec%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pavimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Limpeza http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperme%C3%A1vel http://pt.wikipedia.org/wiki/Risco http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda http://pt.wikipedia.org/wiki/Paredes 39 devem alongar-se até ao pavimento superior. Os elementos de aço que suportam elevadas cargas devem estar protegidos do calor, por exemplo, com argamassa. As construções metálicas, apesar de incombustíveis, não são aconselháveis, pois começam a perder a estabilidade estrutural perto dos 550°C, temperatura esta facilmente alcançada durante um incêndio. Compartimentação do armazém em diferentes áreas Uma das mais importantes medidas de prevenção de incêndios em armazéns é a compartimentação deste, com paredes e tetos corta-fogo. No que toca às paredes, estas devem assegurar uma resistência mínima de 90 minutos, e devem prolongar-se pelo menos um metro acima do telhado para evitar a propagação do incêndio. Para que se consiga assegurar a resistência pretendida, as paredes devem ser feitas de betão armado, tijolo maciço ou blocos de betão. As de betão armado devem ter no mínimo 15 cm de espessura, as de tijolo maciço (o tijolo oco não é indicado) 23 cm e os blocos de betão 30 cm. Para se alcançar uma maior estabilidade estrutural podem ainda incorporar-se pilares nestas paredes, e evitar-se ao máximo a existência de aberturas e a passagem de cabos eléctricos por estas. As portas das paredes referidas anteriormente devem fechar automaticamente em caso de incêndio, devem ser protegidas contra danos e deformações provocadas por veículos, e devem possuir a mesma resistência que a própria parede. Os trabalhadores devem verificar sempre, que a mercadoria armazenada não impede o fecho destas portas. Os tetos dos armazéns devem ser de construção não combustível, leve e frágil para que possa ser derrubado em caso de incêndio, e assim haver a libertação da fumaça e do calor. Caso a construção seja sólida, devem existir meios que proporcionem essa libertação, como por exemplo, a instalação de painéis de ventilação ou painéis transparentes debaixo do ponto de fusão com uma abertura no telhado. Bacias de retenção Caso o armazém seja destinado ao armazenamento de produtos químicos em estado líquido, e exista uma elevada probabilidade de dano para a saúde dos trabalhadores, ou para o meio ambiente, devem existir meios de contenção de toda a água proveniente da extinção de um possível incêndio, bem como dos possíveis derrames. A retenção pode ser feita através de um tanque de grandes dimensões, construído por baixo do piso do armazém, ao longo de todo o perímetro deste, ou da utilização de bacias de retenção onde estão situados os bidões. É imprescindível que estas bacias de retenção de derrames de produtos químicos, tenham aproximadamente o dobro da capacidade de líquidos a que se destinam. http://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o http://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura http://pt.wikipedia.org/wiki/Minutos http://pt.wikipedia.org/wiki/Telhado http://pt.wikipedia.org/wiki/Tijolo http://pt.wikipedia.org/wiki/Blocos http://pt.wikipedia.org/wiki/Pilares http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventila%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fus%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fus%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanque http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADmetro 40 Drenagem Os armazéns destinados a produtos ou matérias-primas perigosos e passíveis de contaminar o solo e a água, devem situar-se em locais que possibilitem a redução desta contaminação, isto é, em locais em que seja possível impedir que esta contaminação alcance os cursos de água, as reservas subterrâneas ou os sistemas de drenagem pública. Quando as águas provenientes das chuvas, drenarem pelo interior do edifício, os tubos de descarga de água devem ser selados com construções de maciço de tijolo ou de betão. Isto protegerá os tubos dos danos causados pelo movimento de veículos e paletes. Os tubos exteriores de descarga devem ser selados ao nível do chão. Ventilação e aquecimento das instalações Os armazéns devem possuir sistemas de renovação de ar e ventilação. Se possível a ventilação deve ser natural, isto é, deve ser facultada por aberturas existentes na parte superior ou inferior das paredes e do teto. Todas as aberturas não devem permitir a entrada de aves, isto recorrendo-se por exemplo a colocação de uma grelha, e as aberturas inferiores devem estar a um nível superior ao do muro de retenção. Deve deixar-se sempre um espaço, sensivelmente de um metro, entre a parte superiordos produtos e o teto, bem como entre os produtos e as paredes, isto para que haja uma melhor circulação do ar no armazém. Quanto aos aquecimentos, sempre que se pretenda instalar um sistema desta natureza, devem-se ponderar alguns aspectos, principalmente no que diz respeito à segurança e à eficiência energética. Estes sistemas devem funcionar através da utilização de energia elétrica, vapor ou água quente, sendo que os radiadores de água quente ou tubos de vapor devem estar devidamente isolados e localizados, isto para se proteger os trabalhadores bem como os produtos da exposição a altas temperaturas. É de extrema importância também, que a fonte de calor não esteja na área de armazenamento dos produtos. Iluminação do armazém Qualquer que seja a atividade desenvolvida num armazém, este deve possuir níveis de iluminação apropriados. Deste modo, é imprescindível a realização de estudos referentes aos níveis recomendados para as diversas secções. Há locais onde a iluminação natural pode ser suficiente, como é o caso de locais onde as operações são efetuadas apenas durante o dia. No entanto, a iluminação deve ser mista, isto é, deve ser natural complementada com a http://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar http://pt.wikipedia.org/wiki/Natural http://pt.wikipedia.org/wiki/Aves http://pt.wikipedia.org/wiki/Grelha http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9ctrica http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor http://pt.wikipedia.org/wiki/Exposi%C3%A7%C3%A3o 41 artificial, sendo que esta última deve ser colocada por cima dos corredores, a uma altura mínima de um metro do mais alto produto armazenado, de modo a evitarem-se possíveis danos ou acidentes durante o manuseamento destes produtos. Proteção do armazém contra descargas atmosféricas Em todos os armazéns é obrigatória a existência de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, isto é, a existência de um pára-raios. Este deve estar devidamente dimensionado, de acordo com as características do local e das instalações que se pretendem proteger. É também necessário estar atento à resistência da terra no local, para que o sistema não perca propriedades e consequentemente não perca a sua eficácia. Saídas de emergência do armazém Num armazém, para além das portas principais, devem existir saídas de utilização exclusiva em situação de emergência. Estas devem estar bem sinalizadas, para que sejam facilmente identificadas por qualquer pessoa que se encontre no local, devem permitir uma abertura fácil a partir do interior (colocação de barras antipânico), não devem estar obstruídas por qualquer tipo de equipamento ou mercadoria, e devem estar situadas a uma distância máxima de 30 metros de qualquer ponto interior do armazém. Se possível, deverá ser possível sair dos escritórios e dos lavabos sem passar elo armazém principal. http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra 42 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE CARGAS Existem cinco tipos de equipamentos de movimentação de materiais: Veículos industriais; Equipamentos de elevação e transferência; Transportadores contínuos; Recipientes e unitizadores; Estruturas para armazenagem. Veículos Industriais São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e ou manobrar. Principais tipos: carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, autocarrinhos (AGV) e guindastes auto propelidos. São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga. Equipamentos de elevação e transferência São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, onde a função principal é transferir. Principais tipos: talhas, guindastes fixos, Pontes rolantes, pórticos e semipórticos. São utilizados para materiais pesados, volumosos e desajeitados, em curtas distâncias, dentro de uma fábrica. Transportadores Contínuos São mecanismos destinados ao transporte de graneis e volumes em percursos horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa. São formados por um leito, onde o material desliza http://www.fiesp.com.br/wp-content/themes/novo-fiesp/ 43 em um sistema de correias ou correntes infinito, acionado por tambores ou polias. Principais tipos: correias planas ou côncavas, elemento rolantes (como rodízios, rolos ou esferas), correntes (aéreas ou sob piso), taliscas e elevador de caçamba contínuo. São utilizados onde haja grande fluxo de material a ser transportado em percursos fixos. Unitização Corresponde à alocação de um conjunto de mercadorias em uma única unidade, com dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenamento e movimentação da carga de maneira mecanizada. Não constitui propriamente uma embalagem, é um acessório para o deslocamento ou transporte de carga, não integrando o produto ou o conjunto de produtos armazenados. Paletização Utilização de plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar carga, fixada por meio de cintas, de modo que sua movimentação mecânica utilize garfos de empilhadeira ou guindastes específicos para esse fim. O guindaste pode movimentar o pallet por dois lados ou por quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja paletizada, envolvida em filme PVC. Conteinerização Colocação da carga em contêiner (“cofre de carga”), que é um recipiente construído de material resistente o suficiente para suportar uso repetitivo, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, permitindo fácil carregamento e descarregamento e adequado à movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipamentos. “As opções de utilização no transporte marítimo são os contêineres de 20” e 40” (pés), com sua classificação para cada tipo de carga, por exemplo: Contêiner de teto aberto (Open Top) – Utilizado para cargas pesadas em sua totalidade, com encerado para cobertura na parte de cima do mesmo. Muito utilizado para máquinas e equipamentos que são 44 maiores que as dimensões da porta do contêiner e são colocadas pela parte superior. Contêiner térmico (aquecido ou refrigerado) – Utilizado para produtos que requerem temperatura constante durante seu transporte para não alterar a qualidade e/ou apresentação, muito comum para produtos perecíveis. Contêiner ventilado – Evita a condensação do ar em seu interior, utilizado para transporte de frutas, legumes, animais vivos, etc. Contêiner seco – utilizado para cargas secas, contêiner normal. Contêiner tanque – Utilizado para cargas líquidas a granel. Contêiner para granéis sólidos, como cereais, pós, farinhas, açúcar, etc. Mariner – Slings Cintas de material sintético, que formam uma rede, com dimensões padronizadas, geralmente utilizadas para sacaria. Dependendo do embarque, seguem com a carga até o destino ou apenas até o porão do navio, quando são retirados. Big-Bag Sacos de material sintético, com fundo geralmente circular ou quadrado, utilizados frequentemente para produtos industrializados em grãos e pós, substituindo a sacaria. São reaproveitáveis e cada unidade de carga tem uma variação de peso de 800 kg até 2,0t. O custo é superior ao dos mariner- slings e, por isso, em operações de comércio exterior, geralmente, não embarcam com a carga. A capacidade geralmente é superior à dos mariner- slings.45 LAYOUT E FLUXOS 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho gera desafios a todos que estudam este tema, principalmente no que diz respeito à importância e a forma de se proceder para obter um maior conhecimento sobre a localização e o layout dos produtos, os equipamentos corretos para realizar a movimentação e a melhor forma de armazenagem dos materiais, tornando os custos viáveis a organização. Veremos a seguir os sistemas de localização onde o seu principal objetivo é estabelecer os parâmetros para a perfeita identificação e facilidade de localização dos itens estocados; os objetivos e os meios de se projetar o layout minimizando investimento em equipamentos. Conforme o autor Moura, a movimentação tem como objetivo a reposição de matérias-primas nas linhas de produção de uma fábrica; transportar o material em processamento e armazenar da melhor forma possível. Com as constantes mudanças no mercado as empresas vêm aperfeiçoando ferramentas, métodos e processos para seguir a frente da concorrência, a fim de repassar para seus clientes o produto certo, na hora certa a um preço mínimo e com a melhor qualidade, para isso as empresas precisam conhecer todas as técnicas e analisar a melhor forma de se organizar um estoque, armazenar corretamente os produtos, se preocupando com o layout correto e oferecer uma ótima localização dos produtos tornando fácil a acessibilidade dos mesmos. Portanto ir além das expectativas dos clientes, manipulando os materiais de forma eficiente, a fim de se reduzir custos monetários e de tempo para todos. 2. LOCALIZAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO É preciso garantir que a localização do Centro de Distribuição (CD) contribua para redução de sua conta de frete de distribuição, e proporcione o nível de serviço adequado aos seus clientes, sejam eles externos ou internos (por exemplo: As lojas de sua rede de varejo). A escolha da localização em geral é uma tarefa atribuída aos gerentes de logística com objetivo principal de obter ganhos em econômica de escala na distribuição e reduções de custos de transporte. Nos últimos anos, os estudos de localização têm abrangido também projetos de canal logístico, como resultado da globalização da cadeia de suprimento e de considerações de marketing. 46 Por se tratar de uma decisão única, pode ser feita manualmente, ou com auxilio de planilha, por exemplo, aplicativo Excel, onde o procedimento mais especifico é descrito no texto Solver do manual do usuário. 2.1. DADOS NECESSÁRIOS PARA ANÁLISE DE LOCALIZAÇÃO DE UM CD Os dados necessários para análise de localização de um CD consistem em definições de mercado, produtos e redes, demanda dos clientes, preços de frete custos fixos e variáveis, a seguir comentados. Para definição de mercado é necessário classificação das áreas geográficas, podendo ser um país, estado ou região, sendo a demanda do cliente atribuída a cada área de mercado, por município, por zona estatística, por código de endereçamento postal. Os produtos poderão ser analisados a partir de seus fluxos individuais, mas normalmente não é necessário trabalhar neste nível de detalhes, dependendo do nível de complexidade do projeto. Os itens, especialmente aqueles com características de distribuição, locais de produção e canais de distribuição similares, são agrupados para facilitar a analise. As redes logísticas é outro importante item de análise, a qual abrange os componentes dos canais, as empresas e possíveis localizações a serem incluídas na análise, tendo como itens específicos as combinações de fornecedores locais de produção, centros de distribuição, atacadistas e varejistas que devem ser considerados, incluindo também a possibilidade de expansão com novos centros de distribuição e de empresas alternativas nos canais. Quanto mais abrangente a definição, maior a possibilidade de complexidade, sendo que a própria análise deve verificar até que ponto deve ser aumentada esta complexibilidade. Demanda de cliente é a parte do projeto onde são estudados os volumes das cargas para cada área geográfica identificada como um mercado, especialmente porque a análise de localização é baseada nos volumes de produtos expedidos para cada área. Embora o volume possa ser estabelecido quantitativamente em termos de unidades expedidas para cada área, a maioria das análises de localização são baseadas em peso, pois o custo de transporte depende fortemente do peso transportado. As taxas de frete de suprimento e entrega de mercadorias são dados indispensáveis para a análise de localização. Devem ser conhecidos para os canais de distribuição já existentes e para aqueles considerados possíveis, além disso, devem ser estabelecidos para cada volume de carga e para cada modalidade de transporte entre centros de distribuição e transportes. Uma 47 forma mais pratica é buscar obter estes dados com as transportadoras estas informações e aplicar um modelo de cálculo na geração das informações. Um método normalmente utilizado é o da técnica de regressão linear, devido ao grande volume de dados. Temos ainda a análise dos custos fixos e variáveis, dados finalmente necessários para a análise. Os custos fixos incluem mão-de-obra, energia elétrica em materiais, sendo estes função do movimento de mercadorias de produtos. As maiores diferenças entre os custos fixos e variáveis podem ser representados pelas regiões geográficas, tais como salários, energia, valor de terrenos e impostos. 4. LAYOUT O Layout ou arranjo físico de uma empresa abrange a localização física dos recursos e ferramentas a se utilizar, determinando sua forma e aparência. Estabelecido a partir do estudo do sistema de informações relacionado com a distribuição dos móveis, equipamentos e pessoas, o espaço físico organizacional influi no trabalho desenvolvido pelos indivíduos dentro da empresa. Apesar de ser aquilo que a maioria das pessoas notaria quando entrasse na empresa, a grande preocupação de um estudo deste tipo é manter o fluxo otimizado entre os papéis e pessoas, ao invés do simples aspecto de visualmente adequado. Basicamente, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas e equipamentos e posicionamento de todo o pessoal da empresa. Também determina a maneira a qual os recursos são transformados, tais como materiais informações e clientes, que fluem através da operação. Qualquer mudança, até mesmo as pequenas, pode afetar o fluxo de materiais e pessoas no sistema. São três os tipos básicos de layout. Muitas variações e combinações destes três tipos podem ser feitas, de acordo com as necessidades. É a forma como as áreas de armazenagem de um armazém estão organizadas, de forma a atualizar todo o espaço existente da melhor forma possível, verificando a coordenação entre os vários operadores, equipamentos e espaço. Layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida com uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade possível e com custos de armazenagem reduzidos. (Moura, 1997). 4.1. TIPOS DE LAYOUT Layout Posicional: por posição fixa, ou por localização fixa do material. Usado para montagens complexas. Os materiais ou componentes principais ficam em um lugar fixo. 48 Layout Funcional: por processo. Agrupam-se todas as operações de um mesmo "tipo" de processo. Layout Linear: por linha de produção, ou por produto. Os materiais é que se movem. Uma operação próxima à anterior e os equipamentos são dispostos de acordo com a seqüência de operações. 4.2. OBJETIVOS DO LAYOUT Minimizar investimento em equipamentos; Minimizar tempo de produção; Utilizar espaço existente da forma mais eficiente possível; Flexibilidade nas operações; Diminuir custos de transportes de material; Melhorar a estrutura da empresa. 4.3. MEIOS DE PROJETAR OLAYOUT Segundo Moura (1997), é preciso: • Definir a localização de todos os obstáculos, como colunas de apoio, saídas de emergências, poços de escada, elevador e equipamentos contra incêndios; • Localizar as áreas de recebimento e expedição, levando em consideração as melhores posições para recebimento dos transportadores; • Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de estocagem, para que se tenha máximo espaço, movimentação de materiais e eficiência de mão-de-obra, para os materiais mais importantes a serem estocados; • Definir o sistema de localização do estoque, onde cada item irá ficar e; • Avaliar as alternativas de layout do estoque, quanto à intensidade de uso, semelhança de agrupamento por localização dos itens, à distribuição dos locais por tamanho e peso, às características físicas e químicas dos materiais e à utilização do espaço. A grande decisão do projeto de armazenagem está em apontar onde itens específicos de estoque devem ser localizados, como devem ser arranjados e que método usar para encontrar o estoque, de modo a minimizar as despesas de movimentação, obter máxima utilização do espaço e satisfazer as restrições de localização do produto, como segurança um seguro contra incêndio, compatibilidade e necessidades de separação de pedidos. O nível de atividade e de serviço desejado determina o seu custo. Para tanto, deve- se buscar um equilíbrio entre três objetivos, que, segundo Moura (2005), é: bom fluxo de material, custos operacionais baixos para estocagem e coleta, 49 eficientes utilização do espaço de estocagem e dos equipamentos. O fluxo de material diz respeito ao percurso dos itens desde o ponto de recebimento à expedição, sendo determinado pela disposição de recebimento, estocagem, embalagem e estruturas de estocagem. O melhor percurso é o mais curto para o fluxo do material, porque custa dinheiro mover material e para isso, dois princípios, segundo o autor, devem ser seguidos: minimizar o retrocesso, buscando direcionar o movimento dos itens para a expedição e localizar as atividades relacionadas próximas, visando minimizar as distâncias de movimentação entre duas operações, por exemplo. A coleta e a embalagem são atividades que devem ser paralelas, por haver quantidades menores de movimentação entre ambas. 4.4. FINALIDADES BÁSICAS DO LAYOUT Redução de desperdício de materiais; Aumento na capacidade produtiva; Melhorar condições de trabalho; Melhor aproveitamento da área de trabalho. 5. MOVIMENTAÇÃO A movimentação de material tem como objetivo primordial a separação das cargas de acordo com as necessidades dos clientes, bem como transportar o material em processamento, quando este implica a realização de operações que são desempenhadas em postos de trabalho diferentes. As operações logísticas começam com o carregamento inicial de materiais ou componentes de um fornecedor e terminam quando um produto processado é entregue ao consumidor final (Moura 1997). A movimentação de material não se limita apenas a movimentar, encaixotar e armazenar como também executa essas funções levando em conta o tempo e espaço disponíveis. Segundo Moura (1998), "O tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do centro de distribuição". Um dos primeiros passos que temos a realizar é a análise do fluxo da movimentação de materiais, layout, embalagem, equipamentos de movimentação e estocagem, os quais muitas vezes por não serem eficientes para determinadas situações, são responsáveis pela geração de custos e perdas durante a movimentação de materiais. 50 A movimentação de materiais é uma área geradora de custos e perdas, mas sendo bem administrada pode gerar um fator de diferencial competitivo. 5.1. PRINCIPAIS ATIVIDADES DA MOVIMENTAÇÃO As três atividades principais do manuseio são o recebimento, o manuseio interno e a expedição. Recebimento – Mercadorias e materiais chegam normalmente ao depósito em quantidades maiores do que as expedidas. A primeira atividade de movimentação de materiais é a descarga de veículos. Na maioria dos depósitos, a descarga é manual. Entretanto, têm sido desenvolvidos, métodos mecanizados e parcialmente automatizados, capazes de adaptar-se às diferentes características dos produtos. Geralmente, a descarga dos veículos é feita por uma ou duas pessoas. Os produtos são empilhados manualmente em paletes ou em slip sheet para formar uma unidade a ser movimentada. Em alguns casos, esteiras transportadoras são usadas para descarregar os veículos mais rapidamente. Dessa forma, pode ser descarregada dos veículos maior quantidade de mercadorias para a entrada nos depósitos (cargas em contêineres ou unitizadas reduzem esse tempo de descarga). Manuseio Interno – Inclui toda e qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. Após o recebimento dos materiais, é necessário sua transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para a separação de pedidos. Finalmente, quando os pedidos são recebidos os produtos solicitados são acumulados e transportados para a área de expedição. Existem dois tipos de manuseio dentro do depósito: A transferência e a separação. Existem, pelo menos, duas, às vezes três, transferências em depósitos tradicionais. Primeiramente as mercadorias são levadas para dentro do depósito e colocadas no local previamente estipulado. O transporte, nesse caso, é feito por empilhadeiras, quando são usados paletes ou slip sheet, ou por outros meios de tração mecânica, quando se trata de cargas unitizadas maiores. Uma segunda movimentação interna pode ser necessária antes da atividade de separação de pedidos. Essa segunda movimentação pode ser suprimida quando as mercadorias possuem elevado peso e/ ou volume, tais como fogões e máquinas de lavar. Na transferência final, os sortimentos de produtos solicitados pelos clientes são levados diretamente do depósito para a plataforma de carga. Expedição – Consiste basicamente na verificação e no carregamento das mercadorias nos veículos. Como o recebimento, a expedição é executada 51 manualmente na maioria dos sistemas. A expedição de cargas unitizadas está tornando-se cada vez mais comum, porque, dessa forma, o tempo de carregamento de veículos pode ser reduzido consideravelmente. Embalagens utilizadas contêm grupos de produtos, enquanto cargas comuns consistem em volumes e caixas que devem ser carregados diretamente da plataforma para o veículo. As conferências do conteúdo são feitas quando as mercadorias trocam de dono, no ato da expedição. A conferência consiste geralmente em contagens das caixas, mas, em alguns casos, também são necessárias contagens de peças, verificação das marcas e tamanhos, para que se tenha total certeza de que todos os itens solicitados pelo cliente estão sendo carregados. 5.2. NECESSIDADES DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL A movimentação de material está incorporada em praticamente todas as atividades da produção, tendo impacto em cinco pontos: Custo de produção de um produto; Segurança e saúde dos trabalhadores;Estragos causados nos produtos; Quantidade de materiais perdidos ou roubados; Nível de produtos em processamento. A movimentação de material implica que sejam projetados corredores com espaço suficiente para que a movimentação das matérias-primas, produtos em processamento ou produtos acabados, não interfira nos processos de fábrica causando atrasos na produção ou engarrafamentos dentro da mesma ou do armazém. (Casadevante Y Mújica, 1974, p. 75). A quantidade, tipo e forma, ou configuração do espaço influenciam na escolha dos equipamentos de movimentação de material (Muther, 1985, p. 20). A movimentação transporta fisicamente os produtos de onde são produzidos para onde são requisitados. Esta movimentação acrescentavalor aos produtos (Lambert, 1998, p. 217) 5.3. CUSTOS DA MOVIMENTAÇÃO Empilhadeiras: próprias ou terceirizadas; Baterias, GLP, carregadores de baterias; Paleteiras; Carrinhos transportadores; Manutenção dos equipamentos; Operadores de empilhadeira. 52 5.4. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO Veículos não motorizados: recomenda-se o uso quando: O capital a ser investido é limitado; A carga é relativamente leve; Em locais que exigem baixo ruído; A flexibilidade, utilidade e mobilidade só podem ser obtidas com este tipo de equipamento. Veículos motorizados: recomenda-se o uso quando: Precisar de maior velocidade; Precisar de uma capacidade maior de carga; As cargas são mais pesadas que o equipamento manual possa movimentar; Longa distância a ser percorrida. Tem a desvantagem de um maior investimento e mais custo com manutenção. 5.5. ESCOLHA DO EQUIPAMENTO CERTO Será preciso conhecer: Tipo de carga a ser movimentada; O peso da carga a ser movimentada; As dimensões da carga; O tipo de terreno a ser percorrido; A largura do corredor. 5.6. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA É a atividade associada à movimentação de materiais desde o fornecedor até o consumidor final. (Paulo Sérgio Gonçalves). Sua principal função é o transporte dos produtos acabados para os clientes, que são o destinatário final. A disponibilidade de produtos é um ponto importante de apoio. Se um conjunto de produtos não for entregue "quando" e "onde" for necessário, uma grande oportunidade de negócio pode ser desperdiçada. (Bowersox, 1996, p. 35). É através do processo de distribuição física que o tempo e espaço exigidos pelo cliente se tornam uma parte integrante do processo de marketing, por isso, a distribuição física liga um canal entre o marketing e o cliente. 53 Referências Complementares: Luiz Henrique Aquino Campos Tecnólogo em Processamento de Dados, pós-graduado em Gestão da Logística pelo IETEC CABRAL, José Saraiva - Organização e gestão da manutenção: dos conceitos à prática. 3ª ed. Lisboa: Lidel Edições Técnicas, 1998. ISBN 978-972-757-052-2 FERREIRA, José Ângelo – Custos industriais: uma ênfase gerencial [Em linha]. São Paulo: Editora STS, 2007. [Consultado em 30 Maio 2008]. Disponível em WWW: <URL:http://books.google.com/books?id=c- OvJl1OgfEC&dq=pt-PT>. ISBN 978-85-7483-047-6 FILHO, João Severo - Administração de logística integrada: materiais, PCP e marketing [Em linha]. Rio de Janeiro: E-papers Servicos Editoriais Ltda., 2006. [Consultado em 21 Maio 2008]. 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