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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material elaborado e compilado pelo Prof. Joaquim Gerlene 
 
2 
 
PLANO DE ENSINO 
 
2° Semestre - Armazenagem e Movimentação de Materiais - 80 horas 
Objetivo Geral: 
Capacitar o acadêmico a utilizar as técnicas de 
administração de materiais sob a ótica do moderno modelo 
de logística integrada. Desenvolver habilidades específicas 
que qualifiquem os alunos ao exercício de atividades 
gerenciais ligadas à movimentação de materiais e sua 
armazenagem. Proporcionar conteúdos relacionados às 
ferramentas operacionais de armazenagem e condições 
físicas ótimas de estoques em administração de materiais. 
 
Objetivo 
específico: 
Mostrar aplicações reais de importantes melhorias da 
armazenagem. Apresentar projetos do que existe de mais 
moderno em armazéns para um serviço de atendimento a 
clientes, de alta qualidade, instantâneo e de baixo custo. 
Examinar o armazenamento de materiais com suas 
implicações no planejamento do layout, com os tipos de 
embalagens a serem manuseados e com a análise dos 
princípios básicos de estocagem e de unitização de cargas. 
Proporcionar conteúdos relacionados às ferramentas 
operacionais de armazenagem e condições físicas ótimas de 
estoques em administração de materiais. Apresentar os 
riscos de segurança em diferentes ambientes de 
armazenagem e movimentação de materiais. 
 
Ementa: 
Gestão de Estoques. Embalagem: tipo, função e 
normalização. Curva ABC. Armazém logístico, Equipamentos 
de movimentação e armazenagem de carga, organização, 
automatização e categoria de carga. Layout e fluxos. 
 
Metodologia: 
O curso de Logística adota uma metodologia semestral 
aliada a aulas teóricas e práticas que facilitam a assimilação 
de conteúdos. Adota o conceito da Aula Estruturada, no 
qual as aulas são previamente planejadas, ou estruturadas, 
e colocadas à disposição dos alunos, considerando os 
momentos do antes, durante e depois. Tal proposta 
preconiza os seguintes momentos de ensino e 
http://siscon.kroton.com.br/visualizarcurso2.php?codigo=14&disciplina=4&area=0
http://siscon.kroton.com.br/relatorio_planoensino.php?codigodisciplina=2041
 
3 
 
aprendizagem: aulas expositivas: informação, 
conhecimento, aprendizagem de conceitos e princípios, 
encontros das equipes de aprendizagem, desenvolvimento 
de habilidades e competências, não só da disciplina em 
questão, mas também de habilidades para trabalhar em 
grupos e equipes, com ênfase na relação entre a teoria e o 
mundo real. 
 
Avaliação: 
Avaliação de conteúdos: produtos: estruturas internas que 
revelam o grau de proficiência do aluno para elaborar os 
conteúdos, relacioná-los com conhecimentos anteriores e 
aplicá-los a situações concretas, conhecidas ou novas; 
estratégias cognitivas e metacognitivas: capacidade do 
aluno em monitorar e regular o próprio processo de 
aprendizagem. Avaliação dos alunos: conhecimentos 
adquiridos; competências e habilidades relacionadas ao 
desenvolvimento da disciplina; atitudes: abertura às idéias 
e argumentos, mostrando disponibilidade para rever suas 
próprias opiniões; cooperação com os outros; participação 
efetiva nas aulas (não é apenas presença). Avaliação do 
Rendimento Acadêmico: o aproveitamento escolar do aluno 
será verificado por disciplina, valorada em 10 pontos, 
mediante a avaliação das atividades acadêmicas e da 
assiduidade. A verificação do rendimento acadêmico será 
feita através de: Avaliações individuais – OFICIAIS -, 
compreendendo provas produzidas ao longo da disciplina, 
que valerão ao todo 7 pontos; Avaliações de tarefas ou 
trabalhos – PARCIAIS – produzidos por equipes de 
aprendizagem durante a disciplina valendo, ao todo, 3 
pontos. 
 
Bibliografia 
Básica: 
DIAS, Marco Aurélio p. Administração de materiais: uma 
abordagem logística. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Gestão Estratégica 
da Armazenagem. 2a. ed, Aduaneiras. MARTINS, Petrônio 
Garcia. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 
São Paulo: Saraiva 2000. 
 
Bibliografia 
Complementar: 
BALLOU, Ronald h. Gerenciamento da cadeia de 
suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2006. BOWERSOX, Donald J.. CLOSS, David J. . 
 
4 
 
Logística empresarial: o processo de integração da cadeia 
de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004. NOVAES, Antônio 
Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de 
distribuição: estratégia, operação e avaliação. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2007. BERTAGLIA, Paulo Roberto. 
Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São 
Paulo: Saraiva, 2003. BANZATO, Eduardo. Atualidades na 
Armazenagem. São Paulo: IMAM, 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMENTA/CONTEÚDOS 
 
 
 
 
 Gestão de Estoques. 
 Embalagem: tipo, função e normalização. 
 Curva ABC. Armazém logístico, 
 Equipamentos de movimentação e armazenagem de carga, 
 Organização, automatização e categoria de carga. 
 Layout e fluxos. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
GESTÃO DE ESTOQUES 
 
O que é Gestão de Estoques? 
 
Gestão de estoques, no contexto de uma indústria, normalmente se refere 
à gestão dos recursos materiais que podem ajudar a organização a 
gerar receita no futuro. O responsável por esta parte da gestão é o Gerente 
de operações. 
 
Por exemplo, uma loja de varejo que vende vários itens, como um 
supermercado ou loja de departamentos (como por exemplo, alimentos 
embalados, mantimentos, roupas, bens eletrônicos, etc.) não costuma 
armazenar todos os produtos na loja. Parte do estoque de produtos é 
mantido em um armazém ou depósito. Chamamos de inventário a soma dos 
produtos na loja e no armazém. 
Por que a gestão de estoques é tão importante? 
 
Empresas que atuam como fabricantes ou montadoras, voltadas para a 
produção de bens, dependem fortemente de um estoque bem gerenciado por 
uma série de razões. No final das contas, uma empresa que dependa de 
produção não pode sobreviver sem um bom sistema de gerenciamento de 
estoques. 
 
 
Gestão de Estoque 
 
É uma área da administração das empresas, pois o desempenho nesta área 
tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e finaceiros da empresa. 
(Francischini et al., 2002) 
 
O objetivo da gestão de estoques envolve a determinação de três decisões 
principais: 
 Quanto encomendar, 
 Quando encomendar; 
 Quantidade de estoque de segurança que se deve manter para que 
cada artigo assegure um nível de serviço satisfatório para o cliente. 
 
Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo, e 
tornam-se complexas devido ao enorme leque de fatores envolvidos na 
tomada das mesmas (Benchkovsky, 1964, p. 689). Para resolver este 
problema utiliza procedimentos matemáticos e estatísticos entre eles: 
http://www.logisticadescomplicada.com/category/gestao/
http://www.logisticadescomplicada.com/o-que-e-gestao-de-estoques/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refBenchkovsky1964
 
6 
 
 Classificação dos itens estocados, em destaque a classificação 
ABC (Análise de Pareto) (Francischini et al., 2002, p. 97-102). 
 Estimativas de demandas, classificadas em dependente e 
independente. 
 Estimativas de parâmetros como Stock Máximo, Stock De Segurança 
(Francischini et al., 2002, p. 152-157), Ponto De Encomenda 
(Francischini et al., 2002, p. 159). 
 
Todas as organizações, seja qual for o setor de atividade em que operem, 
partilham a seguinte dificuldade: como efetuar 
a manutenção e controle do estoque. Este problema não reside apenas 
nas empresas, mas também em instituições de caráter social e/ou de índole 
não lucrativo, visto os estoques existirem transversalmente na sociedade, 
sejam em explorações agrícolas, fabricantes, grossistas, retalhistas, mas 
também em escolas, igrejas, prisões e em todoo tipo de estabelecimentos 
comerciais. 
 
Apesar deste problema existir desde sempre, apenas no século XX se 
começaram a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta 
questão, que se tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, 
onde a incerteza era constante e que levou a que se dessem, de uma forma 
mais ou menos secreta, os primeiros passos na gestão de estoques. 
Se teoricamente, a gestão de estoques é a área das operações 
organizacionais mais desenvolvida, a prática mostra precisamente o 
contrário (Tersine, 1988, p. 3). 
 
Fazer com que um produto em estoque esteja constantemente pronto a dar 
resposta a uma encomenda de um cliente será uma boa definição para 
gestão de estoques. A sua boa gestão passa por satisfazer a exigência, 
satisfazendo também a componente económica (Zermati, 1986, p. 18). 
 
Artigos em estoque. 
Classes preconizadas por Plossl (1985, p. 20): 
 Matéria-prima - são diversos tipos de materiais usados no processo de 
fabrico e que servirão para a obtenção do produto final; 
 Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do 
produto; 
 Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em 
espera no processo produtivo; 
 Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para 
venda, para distribuição ou armazenagem. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_ABC
http://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_ABC
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vilfredo_Pareto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Controle_de_stock&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fabricante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atacadista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varejista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igrejas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pris%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabelecimento_comercial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabelecimento_comercial
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_20
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Incerteza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Secreto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1988
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cliente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refZermati1986
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Subconjuntos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_(Log%C3%ADstica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem
 
7 
 
Baseado na sua utilidade, os estoques podem ainda ser colocados numa 
destas categorias (Tersine, 1988, p. 7). 
 Estoque em lotes - constitui o estoque adquirido no sentido de 
antecipar as exigências, nesse sentido, é feita uma encomenda em lotes 
numa quantidade maior do que o necessário; 
 
 Estoque de segurança - é o estoque destinado a fazer face a 
incertezas tanto do ponto de vista do fornecimento como das vendas; 
 
 Estoque sazonal - trata-se do estoque constituído para afrontar picos 
de procura sazonais, ou rupturas na capacidade produtiva; 
 
 Estoque em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem 
no processo produtivo; 
 
 Estoque de desacoplamento - trata-se do estoque acumulado entre a 
atividade da produção ou em fases dependentes. 
 
É ainda referido por Silver et al. (1998, p. 30) outra categoria: 
 Estoque parado ou congestionado - este é designado desta forma 
visto os artigos terem uma produção limitada, entrando por isso numa 
espécie de competição. Visto os diferentes artigos partilharem o mesmo 
equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos 
tendem a acumular enquanto esperam que o equipamento fique 
disponível. 
 
 
Custos da gestão de Estoque 
 
Custos de aprovisionamento 
 
Corresponde ao custo de processamento da encomenda, que poderá ser a 
compra feita a um fornecedor, mas também aos custos associados à 
inspeção e transferência do material, assim como os custos relativos à 
produção (Plossl, 1985, p. 21). 
 
Custos de posse 
 
São os custos directamente relacionados com a manutenção dos artigos 
em estoque, poderão ser de obsolescência, de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1988
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lote
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_sazonal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_sazonal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refSilver1998
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_2.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Warehouse_materials_aisle_2.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsolesc%C3%AAncia
 
8 
 
deterioração, impostos, seguros, custo do armazém e sua manutenção e 
custos do capital (Plossl, 1985, p. 22). 
 
Custos de ruptura 
 
Estes custos surgem quando não há material disponível para fazer face ao(s) 
pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho 
na elaboração de novos pedidos, como em casos extremos poderá levar à 
perda do(s) cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22). 
 
Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à 
gestão de estoques, Plossl (1985, p. 22), refere ainda um quarto grupo, 
designado por custo associado à capacidade, que são os custos 
relacionados com questões laborais como horas 
extraordinárias, subcontratações, despedimentos, formações e períodos de 
inactividade por parte do trabalhador. 
 
 
NATUREZA E IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES 
 
Estoque é a composição de materiais - materiais em processamento, 
materiais semi-acabados, materiais acabados - que não é utilizada em 
determinado momento na empresa, mas que precisa existir em 
função de futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o 
sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de 
produção de seus produtos/serviços. 
 
Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma generalizada, como certa 
quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, 
permanentemente, para produzir lucros e serviços. São lucros provenientes 
das vendas e serviços, por permitirem a continuidade do processo produtivo 
das organizações. Representam uma necessidade real em qualquer tipo de 
organização e, ao mesmo tempo, fonte permanente de problemas, cuja 
magnitude é função do porte, da complexidade e da natureza das operações 
da produção, das vendas ou dos serviços. 
 
A manutenção dos estoques requer investimentos e gastos muitas vezes 
elevados. Evitar sua formação ou, quando muito, tê-los em número reduzido 
de itense em quantidades mínimas, sem que, em contrapartida, aumente o 
risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários ou dos consumidores em 
geral, representa um ideal conflitante com a realidade do dia-a-dia e que 
aumenta a importância da sua gestão. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Impostos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguros
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_(economia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#refTersine1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hora_extra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hora_extra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Subcontrata%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o
 
9 
 
A acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o 
normal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques 
representam um enorme investimento financeiro. 
 
Deste ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessário 
para que a empresa possa produzir e vender com um mínimo risco de 
paralisação ou de preocupação. Os estoques representam um meio de 
investimento de recursos e podem alcançar uma respeitável parcela dos 
ativos totais da empresa. 
 
A administração dos estoques apresenta alguns aspectos financeiros que 
exigem um estreito relacionamento com a área de finanças, pois enquanto 
a Administração de Materiais está voltada para a facilitação do fluxo 
físico dos materiais e o abastecimento adequado à produção e a 
vendas, a área financeira está preocupada com o lucro, a liquidez da 
empresa e a boa aplicação dos recursos empresariais. 
 
A incerteza de demanda futura ou de sua variação ao longo do período de 
planejamento; da disponibilidade imediata de material nos fornecedores e do 
cumprimento dos prazos de entrega; da necessidade de continuidade 
operacional e da remuneração do capital investido, são as principais causas 
que exigem estoques permanentemente à mão para o pronto atendimento 
do consumo interno e/ou das vendas. Isto mantém a paridade entre esta 
necessidade e as exigências de capital de giro. 
 
É essencial, entretanto, para a compreensão mais nítida dos estoques, o 
conhecimento das principais funções que os mesmos desempenham nos 
mais variados tipos de organização, e que conheçamos as suas diferentes 
espécies. 
 
Ter noção clara das diversas naturezas de inventário, dentro do estudo 
da Administração de Material, evita distorções no planejamento e indica, à 
gestão, a forma de tratamento que deve ser dispensado a cada um deles, 
além de evitar que medidas corretas, aplicadas ao estoque errado, 
levem a resultados desastrosos, sobretudo, se considerarmos que, às 
vezes, consideráveis montantes de recursos estão vinculados a determinadas 
modalidades de estoque. 
 
Cada espécie de inventário segue comportamentos próprios e sofre 
influências distintas, embora se sujeitando, em regra, aos mesmos princípios 
e às mesmas estruturas de controle. Assim, por exemplo, os estoques 
destinados à venda são sensíveis às solicitações impostas pelo 
mercado e decorrentes das alterações da oferta e procura e da 
capacidade de produção, enquanto os destinados ao consumo interno 
 
10 
 
da empresa são influenciados pelas necessidades contínuas da 
produção, manutenção, das oficinas e dos demais serviços 
existentes. 
 
Já outras naturezas de estoque podem apresentar características bem 
próprias que, não estão sujeitas a influência alguma. É o caso dos estoques 
de sucata, não destinada ao reprocessamento ou beneficiamento e formados 
de refugos de fabricação ou de materiais obsoletos e inservíveis destinados à 
alienação e outros fins. 
 
Em uma indústria, estes estoques podem vir a formar-se aleatoriamente, ao 
longo do tempo, caracterizando-se como contingências de armazenagem. 
 
Acabam representando, mesmo, para algumas organizações, verdadeiras 
fontes de receitas (extra-operacional), enquanto os estoques destinados ao 
consumo interno constituem-se, tão somente, em despesas. 
 
Entretanto, esta divisão por si só, pode trazer dúvidas a partir da definição 
da natureza de cada um destes estoques. Se entendermos por produto 
acabado todo material resultante de um processo qualquer de 
fabricação, e por matérias-primas todo elemento bruto necessário ao 
fabrico de alguma coisa, perdendo as suas características físicas 
originais, mediante o processo de transformação a que foi 
submetido, podemos dizer, por exemplo, que a terra adubada, o cimento, a 
areia de fundição preparada com a betonita, o melaço e outros produtos que 
são misturados a ela para dar maior consistência aos moldes que receberão 
o aço derretido para a confecção de peças que se constituem em produtos 
acabados para seus fabricantes, e em matérias-primas para seus 
consumidores que os utilizarão na fabricação de outros produtos. 
 
Do mesmo modo, a terra, a argila, o melaço e a areia, em seu estado 
natural, podem constituir-se em insumos básicos de produção ou em 
produtos acabados, dependendo da finalidade ou do uso destes itens para a 
empresa. As porcas, as arruelas, os parafusos etc., empregados na 
montagem de um equipamento, por exemplo, são produtos semi-acabados 
para o montador, mas, para o fabricante que os vendeu, trata-se de 
produtos-finais. 
 
Diante dos exemplos apresentados, surge, naturalmente, outra classificação: 
estoques de venda e de consumo interno. Para uma indústria, os 
produtos de sua fabricação integrarão os estoques de venda e, para outra, 
que os utilizará na produção de outro bem, integrarão os estoques de 
material de consumo. Por sua vez, o estoque de venda pode desdobrar-se 
em estoque de varejo e de atacado. O estoque de consumo pode 
 
11 
 
subdividir-se em estoque de material específico e geral. Este último pode 
desdobrar- se, ainda, em estoque de artigos de escritório, de limpeza e 
conservação etc. 
 
Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques, considerando 
a natureza, finalidade, uso ou aplicação etc. dos materiais que os compõem. 
 
O importante, todavia, nestas classificações, que procuram mostrar os 
diferentes tipos de estoque e o que eles representam para cada empresa, é 
que elas servem de subsídios valiosos para a (o): 
 
 Configuração de um sistema de material; 
 Estruturação dos almoxarifados; 
 Estabelecimento do fluxo de informação do sistema; 
 Estabelecimento de uma classificação de material; 
 Política de centralização e descentralização dos almoxarifados; 
 Dimensionamento das áreas de armazenagem; 
 Planejamento na forma de controle físico e contábil. 
 
 
TIPOS DE DECISÕES RELACIONADAS AOS ESTOQUES 
 
O estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de fornecimento 
e de demanda nem sempre andam juntos. Os estoques são usados para 
atender às necessidades decorrentes das diferenças entre fornecimento e 
demanda na produção. 
Todas as operações mantêm estoques de algum tipo. Os itens mantidos em 
estoques em diferentes operações vão variar consideravelmente em valor. 
Alguns tipos de operação, como os serviços profissionais, manterão níveis 
baixos de estoque, enquanto outras como as operações de varejo ou 
armazéns, vão manter grandes quantidades de estoque de mercadorias para 
vendas. 
Há quatro principais razões para manter estoque e, portanto, quatro tipos de 
estoque. São: 
 
 Estoque isolador – também chamado de estoque de segurança, tem 
como propósito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e 
demanda. 
 
 
12 
 
 Estoque de ciclo – ocorre porque um ou mais estágios na operação 
não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente. 
 
 Estoque de antecipação – Mais comumente usado quando as 
flutuações de demanda são significativas, mas relativamente 
previsíveis. Também pode ser usado quando as variações de 
fornecimento são significativas,como em alimentos sazonais 
enlatados. 
 
 Estoque de canal de distribuição – existe porque o material não 
pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de 
fornecimento e o ponto de demanda. 
 
O estoque pode ocorrer em diversos pontos dentro de uma operação. Em 
algumas operações, como uma loja de varejo, existe um estoque principal de 
bens, enquanto em outro extremo, por exemplo, há muitos pontos nos quais 
pode ocorrer estoque. 
Há três tipos principais de decisões que os gerentes de produção precisam 
tomar em relação a planejamento e controle dos seus estoques. São: 
 
 Quanto pedir cada vez que houver um pedido de 
reabastecimento de estoques; 
 
 Quando pedir o reabastecimento de estoques; 
 
 Como controlar o sistema de planejamento e controle de 
estoques. 
 
A decisão de quanto pedir envolve equilibrar os custos associados à 
colocação de um pedido. Os principais custos de manutenção de estoques 
são usualmente relacionados ao capital de giro, enquanto os principais 
custos de pedidos são usualmente associados às transações necessárias para 
gerar informação para colocação do pedido. 
A abordagem mais comum para determinar a quantidade de um pedido é a 
fórmula de lote econômico de compra. A fórmula do LEC pode ser 
adaptada para diferentes tipos de perfil de estoque, usando diferentes 
pressuposições de comportamento de estoque. Ela dá a quantidade ótima 
de pedido (custo mais baixo), mas a função que descreve os custos totais 
associados com uma política de pedidos é relativamente insensível a 
pequenos erros na estimativa dos custos. 
 
13 
 
A abordagem LEC para determinar a quantidade de pedidos tem sido sujeita 
a várias críticas. Essas críticas caem em três principais categorias: 
 
 Que os pressupostos em relação à LEC são às vezes irrealistas; 
 
 Que o custo real de estoque em termos de seus efeitos dentro 
de uma operação é muito maior que o suposto; 
 
 Que o uso dos modelos tipo LEC de forma prescritiva parece 
enfatizar uma abordagem que considera muitos dos custos 
associados a pedidos como fixos, em vez de incentivar uma 
abordagem que tente reduzir ou melhorar custos. 
 
A decisão de quando colocar um pedido torna-se importante quando a 
demanda é tratada como probabilística. Os pedidos são usualmente 
disparados para deixar certo nível de estoque de segurança médio quando o 
pedido chega. O nível de estoque de segurança é influenciado pela 
variabilidade tanto da demanda quanto do lead time. Essas duas 
variabilidades são usualmente combinadas nas variações do uso durante o 
lead time (Tempo computado entre o início da primeira atividade até a 
conclusão da última, em série de atividades). 
O uso do nível de ressuprimento como um gatilho para a colocação de um 
pedido de reabastecimento necessita da revisão continua dos níveis de 
estoque. Isso pode consumir tempo e ser caro. Uma abordagem alternativa é 
fazer pedidos de reabastecimento de tamanhos variáveis em períodos de 
tempos fixos. 
Os gerentes devem discriminar diferentes níveis de controle, que eles 
aplicam a diferentes itens em estoque. A maneira mais comum de fazer isso 
é o que é conhecido como classificação de estoque ABC. 
O estoque pode ser medido de diferentes formas. As mais comuns: 
 Valor total do estoque; 
 Cobertura de estoque proporcionada pelo estoque médio; 
 Giro de estoque. 
O estoque é habitualmente gerenciado através de sistemas de informações 
computadorizados sofisticados, que tem algumas funções, como atualização 
dos registros de estoque, geração de pedidos, geração de relatórios de 
 
14 
 
status de estoque, previsão de demanda, relatórios comparativos como a 
curva ABC. 
 
SISTEMAS DE REPOSIÇÃO DE ESTOQUES 
 
Sistema VMI de reposição de estoques (Gerenciamento de Inventário pelo 
Fornecedor - GIF (Vendor Managed Inventory -VMI) 
 
O VMI é uma ferramenta que auxilia o gestor de estoques em atingir a meta 
deter em estoque uma quantidade menor de produtos, que serão supridos 
conforme a política de estocagem da organização, sem comprometer o nível 
atendimento desejado. 
 
A principal característica do VMI é que o fornecedor, em um sistema de 
parceria, fica responsável por abastecer o estoque de seu cliente, sempre 
que existir a necessidade de reposição de um determinado produto. 
 
O fornecedor tem a responsabilidade estabelecida por meio de contrato, de 
abastecer seu cliente no momento correto. Esta forma de reposição 
normalmente é informatizada utilizando o EDI (Eletronic Data Interchange– 
Intercâmbio Eletrônico de Dados), ou e-mail enviando planilhas, ou de forma 
visual onde o fornecedor visita o cliente em dias pré-determinados para 
verificar se há necessidade de abastecer os estoques. 
 
Este abastecimento independentemente da forma de solicitação ou 
visualização do mesmo, deve ter como base o histórico de CMM (Consumo 
Médio Mensal) para que o fornecedor possa se programar para atender a 
necessidade do cliente. Esta ferramenta possibilita a reposição automática de 
estoques por parte do fornecedor ao seu respectivo cliente, com base na 
demanda real diariamente atualizada e em parâmetros de cobertura 
previamente definidos entre o cliente e o respectivo fornecedor. 
 
No VMI é importante que o fornecedor e cliente tenham uma aliança 
estratégica, trabalhando em parceria, para que o processo seja realizado da 
melhor forma possível. O fornecedor tem a responsabilidade em abastecer o 
estoque de seu cliente, mas para que isto ocorra sem muitos problemas é 
necessário que existam parâmetros acordados entre ambas as partes 
(SILVIO PIRES, 2004). 
 
 
 
 
15 
 
SISTEMA JUST IN TIME 
 
Just in time é um sistema de administração da produção que determina que 
nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. 
Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os 
custos decorrentes. O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de 
Produção ou produção enxuta. 
 
Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização 
somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente 
são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. 
 
O conceito desse sistema está relacionado ao de produção por demanda, 
onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria 
prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. 
 
Nas fábricas onde está implantado-o, o estoque de matérias primas é mínimo 
e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os 
fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que 
possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. 
 
A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos 
fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política 
just in time. Esta redução gera, porém, vulnerabilidade em eventuais 
problemas de fornecimento, já que fornecedores alternativos foram 
excluídos. 
 
A melhor maneira de prevenir esta situação é selecionar cuidadosamente 
os fornecedores e arranjar uma forma de proporcionar credibilidade dos 
mesmos de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade do fornecimento 
(Cheng et. al., 1996, p. 106). 
 
Um dos casos em que esta redução trouxe resultados negativos foi depois do 
terremoto que devastou o Japão em março de 2011, quando muitas 
indústrias (inclusive as montadoras da Toyota) ficaram sem fornecimento de 
matérias-primas por meses, afetando também a produção em outras plantas 
ao redor do mundo. 
 
 Os grandes fornecedores da montadora também compravam suas matérias-
primas de poucos pequenos fornecedores, o que contribuiu para que toda a 
cadeia de suprimentos ficasse concentrada na dependência de poucas 
fábricas, agravando ainda mais o problema neste episódio do Japão. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_da_produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o_enxuta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_e_tsunami_de_T%C5%8Dhoku_de_2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Toyota
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o
 
16 
 
As modernas fábricas de automóveis são construídas em condomínios 
industriais, onde os fornecedores just in time estão a poucos metros e fazem 
entregas de pequenos lotes na mesma frequência da produção da 
montadora, criando um fluxo contínuo. 
 
O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de 
produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante, 
sem grandes oscilações. 
 
Uma das ferramentas que contribui para um melhor funcionamento do 
sistema Just in Time é o Kanban. 
 
 
MÉTODO KANBAN 
 
Kanban é uma palavra japonesa que significa literalmente registro ou 
placa visível. 
 
Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que 
controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão 
pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas 
vazias e até locais vazios demarcados. 
 
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de 
produção, para indicar a entrega de uma determinada quantidade. 
 
Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto 
de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. 
 
Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou 
no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção 
da peça. 
 
O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser 
empregado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não 
oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser 
Kanbans de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os 
locais de armazenagem e produção substituindo formulários e outras formas 
de solicitar peças, permitindo enfim que a produção se realize Just in time - 
metodologia desenvolvida e aperfeiçoada por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda 
conhecida como Sistema Toyota de Produção. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kanban
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_da_produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taiichi_Ohno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sakichi_Toyoda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Toyota_de_Produ%C3%A7%C3%A3o
 
17 
 
O sistema Kanban é uma das variantes mais conhecidas do JIT (Lopes dos 
Reis, 2008, p.191) 
 
e-Kanban - Kanban Eletrônico 
Embora o sistema de Kanban físico seja mais conhecido, muitas empresas 
têm implementado sistemas de Kanban Eletrônico (e-Kanban) em 
substituição ao sistema tradicional. Diversos sistemas ERP (Enterprise 
Resource Planning) e alguns sistemas especializados oferecem a 
possibilidade de utilização integrada do Kanban Eletrônico, permitindo 
sinalização imediata da demanda real do cliente em toda a Cadeia de 
fornecimento. O sistema eletrônico tem como um de seus principais objetivos 
eliminar problemas comuns à utilização do sistema físico de Kanban 
como a perda de cartões e a atualização dos quadros. 
 
Kanban de Produção 
Kanban de Produção é o sinal (usualmente cartão ou caixa) que autoriza a 
produção de determinada quantidade de um item. Os cartões (ou caixas) 
circulam entre o processo fornecedor e o supermercado, sendo afixados 
junto às peças imediatamente após a produção e retirados após o consumo 
pelo cliente, retornando ao processo para autorizar a produção e reposição 
dos itens consumidos. 
Kanban de Movimentação 
Kanban de Movimentação, também chamado de Kanban de Transporte, é o 
sinal (usualmente um cartão diferente do Kanban de Produção) que autoriza 
a movimentação física de peças entre o supermercado do processo 
fornecedor e o supermercado do processo cliente (se houver). 
 
Os cartões são afixados nos produtos (em geral, o cartão de movimentação é 
afixado em substituição ao cartão de produção) e levados a outro processo 
ou local, sendo retirados após o consumo e estando liberados para realizar 
novas compras no supermercado do processo fornecedor. 
 
O kanban puxa a produção e dita o ritmo de produção para atender as 
demandas. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/JIT
http://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento
 
18 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES 
 
Em administração, estoque ou existências refere-se às mercadorias, 
produtos (finais ou inacabados) ou outros elementos na posse de um agente 
econômico. É usado, sobretudo, no domínio da logística e da contabilidade. 
 
A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente 
todos os tipos de empresas, assim como na vida cotidiana das pessoas. 
 
Desde o início da sua história que a humanidade tem usado estoques de 
variados recursos, de modo a suportar o seu desenvolvimento e 
sobrevivência, tais como ferramentas e alimentos. 
 
No meio empresarial, se por um lado o excesso de estoques representa 
custos operacionais e de oportunidade do capital empatado, por outro lado 
níveis baixos de estoque podem originar perdas de economias e custos 
elevados devido à falta de produtos. 
 
Regra geral, não é tarefa fácil encontrar o ponto ótimo neste trade-off 
(conflito de escolha). O alastrar do número de SKU's (Stock Keeping Units - 
Unidade de Manutenção de Estoque), o aumento da diferenciação de produtos, assim 
como da competição global, têm dificultado ainda mais essa tarefa. 
 
Vantagens de constituir estoques 
Os fatores mais relevantes que levam as organizações a constituir estoques 
são: 
 Podem-se constituir estoques com uma finalidade especulativa, 
comprando-se os mesmos a baixos preços para os vender a 
preços altos; 
 
 Para assegurar o consumo regular de um produto em caso da 
sua produção ser irregular; 
 
 Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de 
uma redução do preço unitário; 
 
 Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas 
quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte no 
intuito de economizar nos custos de transporte; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trade-off
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_Keeping_Unit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Especula%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7os
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Custos_de_transporte
 
19 
 
 A existência de estoque pode-se justificar apenas pela legítima 
preocupação em fazer face às variações de consumo; 
 
 Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por 
avarias durante a produção, greves laborais, problemas no 
transporte, etc; 
 
 Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao 
consumo, em alturas de crise poderá contribuir para evitar 
tensões sociais; 
 
 Beneficia-se da existência de estoques, quando este evita o 
incômodo de se fazer entregas ou compras muito frequentes. 
Em resumo, devido ao fato das operações entre entregas e utilizações se 
efetuarem em ritmos diferentes, pode-se dizer que os estoques servem de 
reguladores, entre esses dois processos. 
 
Desvantagens na constituição de estoques 
Os principais inconvenientes na constituição de estoques são: 
 Fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de 
serem mantidos estocados ou poderão ser mantidos em 
períodos muito curtos; 
 
 Custo de posse traduzido no fato de existir material não 
vendido que vai acabar por imobilizarcapital sem acrescentar 
valor; 
 
 A ruptura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto 
que a ocorrência desta irá provocar vendas perdidas e em casos 
extremos poderá levar à perda de clientes. 
 
 
Custos de Estoques 
A armazenagem de materiais compreende dois tipos de custos: 
 Custos variáveis; 
 
 Custos fixos. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Greve
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Custos
 
20 
 
Nos custos variáveis relacionados com os estoques, temos: custos de 
operação e manutenção dos equipamentos, manutenção dos estoques, 
materiais operacionais e instalações, obsolescência e deterioração e custos 
de perdas. 
 
Nos custos fixos, temos: equipamentos de armazenagem e manutenção, 
seguros, benefícios a funcionários e folha de pagamentos e utilização do 
imóvel e mobiliário. 
 
Quando a empresa mantém estoques que não são necessários, ocorre um 
desaproveitamento de estoque, o que vai significar uma perda de espaço 
físico assim como perdas de investimento. 
 
Quando existe a consciência que os estoques geram desperdício e quando se 
identificam as razões que indicam a necessidade de estoques, o propósito é 
usá-las de uma forma eficiente (Palmisano et al, 2004, p. 51). 
 
Em relação aos custos associados à gestão de estoques, estes podem ser 
separados em três áreas principais (Garcia et al., 2006, p. 14): 
 Custos de manutenção de estoques; 
 
 Custos de pedido; 
 
 Custos de falta. 
 
Custos de manutenção de estoques são custos proporcionais a 
quantidade armazenada e ao tempo que esta fica em estoque. Um dos 
custos mais importante é o custo de oportunidade do capital. Este representa 
a perda de receitas por ter o capital investido em estoques em vez de o ter 
investido noutra atividade económica. Uma interpretação comum é 
considerar o custo de manutenção de estoque de um produto como uma 
pequena parte do seu valor unitário (Garcia et al., 2006, p. 15). 
 
Custo de pedido são custos referentes a uma nova encomenda, podendo 
esses custos ser tanto variáveis como fixos. Os custos fixos associados a um 
pedido são o envio da encomenda, receber essa mesma encomenda e 
inspeção. O exemplo principal de custo variável é o preço unitário de compra 
dos artigos encomendados (Garcia et al., 2006, p. 15). 
 
Custos de falta são custos derivados de quando não existe estoque 
suficiente para satisfazer a procura dos clientes em um dado período de 
tempo. Como exemplos temos: pagamento de multas contratuais, perdas de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desperd%C3%ADcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efici%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multa
 
21 
 
venda, deteorização de imagem da empresa, perda de market share 
(participação de mercado), e utilização de planos de contingência (Garcia et al., 
2006, p. 16). 
 
Classificação dos estoques 
Existem diversas classificações dos estoques. De acordo com a natureza dos 
produtos fabricados, das atividades da empresa, os estoques recebem 
diferentes classificações (Filho, 2006, p. 62). 
 
Do ponto de vista do processo produtivo 
Numa empresa industrial, podemos ter: 
 Estoque de produtos em processo: 
Este tipo de estoques baseia-se essencialmente em todos os artigos 
solicitados necessários à fabricação ou montagem do produto final, que se 
encontram nas várias fases de produção (Filho, 2006, p. 63). 
 Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares: 
Nestes estoques encontramos materiais secundários, como componentes que 
irão integrar o produto final. São usualmente compostos por materiais brutos 
destinados à transformação (Filho, 2006, p. 62). 
 Estoque operacional: 
É um tipo de estoque destinado a evitar possíveis interrupções na produção 
por defeito ou quebra de algum equipamento. É constituído por lubrificantes 
ou quaisquer materiais destinados à manutenção, substituição ou reparos 
tais como componentes ou peças sobressalentes (Filho, 2006, p. 63). 
 Estoque de produtos acabados: 
É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação 
finalizado. Em empresas comerciais é chamado de estoque de mercadorias. 
Usualmente são materiais que se encontram em depósitos próprios para 
expedição. São formados por materiais ou produtos em condições de serem 
vendidos (Filho, 2006, p. 63). 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quota_de_mercado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fabrica%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Montagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo
 
22 
 
 Estoque de materiais administrativos: 
É formado de materiais destinados ao desenvolvimento das atividades da 
empresa e utilizados nas áreas administrativas da mesmas, tais como, 
impressos, papel, formulários, etc. (Filho, 2006, p. 63). 
Do ponto de vista administrativo 
Podemos ainda destacar com grande importância para a administração: 
 Estoque de segurança ou mínimo: 
São as quantidades guardadas para garantir o andamento do processo 
produtivo caso ocorram aumento na demanda do item por parte do processo 
ou atraso no abastecimento futuro (Cabral, 1998, p. 265). 
 
Os estoques de segurança impedem que ocorram problemas inesperados em 
alguma fase produtiva interrompendo as atividades sucessivas de 
atendimento da demanda. A existência de estoques de segurança em uma 
unidade fabril, evita que o processo produtivo pare em caso de uma avaria, 
alimentando as máquinas subsequentes durante a reparação. São ainda 
utilizados para salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações 
logísticas. Lead-times (tempo entre colocar e receber um pedido), procura 
dos clientes, e quantidades recebidas são exemplos de fatores que podem 
apresentar variações não esperadas (Garcia et al., 2006, p. 14). 
 
Critérios de avaliação de estoques 
De modo a avaliar os estoques, podemos considerar quatro critérios 
usualmente utilizados, sendo eles: 
 PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair); 
 
 UEPS (último a entrar, primeiro a sair); 
 
 Preço médio ponderado. 
 
 Custo Padrão (Standard Cost) 
PEPS 
Este critério, também conhecido como FIFO (first-in, first-out) apura que os 
primeiros artigos que entrarem no estoque, vão ser aqueles que vão sair em 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lead-time&action=edit&redlink=1
 
23 
 
primeiro lugar, deste modo o custo da matéria-prima deve ser considerado 
pelo valor de compra desses primeiros artigos (Ferreira, 2007, p. 33). 
 
Nesta maneira de agir, o estoque apresenta uma relação bastante expressiva 
com o custo de reposição, sendo esse estoque representado pelos preços 
pagos recentemente. Obviamente, adotar este método, faz com que o efeito 
da oscilação dos preços sobre os resultados seja expressivo, as saídas são 
confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais 
razões pelas quais alguns se mostram contrários a este método. 
 
Vantagens do método 
As vantagens de utilização deste método, são: (Ferreira, 2007, p. 34): 
 O movimento estabelecido para os materiais, de forma 
ordenada e contínua, simboliza uma condição necessária para 
um perfeito controle dos materiais, principalmente quando eles 
estão sujeitos a mudança de qualidade, decomposição, 
deterioração, etc.; 
 
 O resultado conseguido reflete o custo real dos artigos 
específicos utilizados nas saídas; 
 
 Os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa dos 
mesmos é dada de uma maneira sistemática e lógica. 
 
 
UEPS 
Este critério, também conhecido como LIFO (last-in first-out) é um método 
de avaliar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido comose 
as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem 
as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Pressupõe-se, 
deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é 
avaliado ao custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método 
UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas) tende a se refletir no custo dos 
artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também 
permite reduzir os lucros líquidos expostos (Ferreira, 2007, p. 35). 
 
Por serem debitadas contra a receita os custos mais recentes de compras, e 
não o custo total de reposição de todos os artigos utilizados, a aplicação 
deste método não obtém a realização do objetivo básico (Ferreira, 2007, p. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objectivo
 
24 
 
35). Esse método não é tão utilizado nas empresas, pois dependendo do 
ramo de atuação, a empresa poderá ter sérios prejuízos, por exemplo: 
Venda de produtos perecíveis, estes possuem válidades, caso venda os 
produtos que chegaram por último, se algum dia chegar a tentar vender 
aqueles que foram adquiridos primeiramente, provavelmente os mesmos já 
estarão vencidos. 
 
Vantagens do método 
As vantagens de utilização deste método, são (Ferreira, 2007, p. 35): 
 Procura determinar se a empresa apurou ou não de forma 
correta os seus custos correntes, face à sua receita corrente. De 
acordo com o este método, o estoque é avaliado em termos do 
nível de preço da época em que o UEPS foi introduzido. 
 
 É uma forma de se custear os artigos consumidos de uma 
maneira realista e sistemática; 
 
 Numa temporada de alta de preços, os preços maiores das 
compras mais recentes, são ajustados mais rapidamente às 
produções, reduzindo o lucro; 
 
 O método tende a minimizar os lucros das operações, nas 
indústrias sujeitas a oscilações de preços. 
 
 
Preço médio ponderado 
Este critério é usado em empresas, em que os seus estoques tenham um 
controle permanente, e que a cada aquisição, o seu preço médio seja 
atualizado, pelo método do custo médio ponderado (Ferreira, 2007, p. 32). 
 
É o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimeto à legislação 
fiscal. Empresas multinacionais com operações no Brasil frequentemente tem 
de avaliar o estoque segundo o método do custo padrão, para atender aos 
padrões da matriz, e também fazê-lo segundo o custo médio para 
atendimento à legislação brasileira. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Temporada&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquisi%C3%A7%C3%A3o
 
25 
 
Custo Padrão 
É o método de custeio preconizado pelo USGAAP (United States Generally 
Accepted Accounting Principles). Nele tanto as entradas de estoque quanto 
as saídas são apropriadas ao custo padrão estabelecido pela empresa, 
usualmente é aquele que foi utilizado na elaboração do planejamento 
orçamentário anual. Toda diferença entre o preço real de compra (decorrente 
de variações de preço) ou custo real de produção (decorrente de variações 
na produtividade) são apropriados nas contas de variação do preço de 
compra ou variação de manufatura, respectivamente. 
 
Essas contas são contas de resultado, de modo que qualquer variação afeta 
diretamente o resultado do mês em que ocorre, ainda que o material não 
tenha sido vendido. 
 
Gerir um estoque 
A gestão de estoques é o principal critério de avaliação de eficiência do 
sistema de administração de materiais. 
 
A gestão de estoques abrange uma série de atividades, que vão desde a 
programação e planejamento das necessidades de materiais em estoque, até 
ao controle das quantidades adquiridas, com a intenção de medir a sua 
localização, movimentação, utilização e armazenagem desses estoques de 
modo a responder com regularidade aos clientes em relação a preços, 
quantidades, e prazos (Filho, 2006, p. 63). 
 
A programação e planeamento são as atividades relativas à definição dos 
modelos necessários à utilização de técnicas estatísticas, aplicáveis às 
previsões de necessidades e à gestão de estoques da empresa, dentro de 
uma produção e programação de vendas previamente estabelecidas (Filho, 
2006, p. 63). 
 
O controle é a etapa executiva responsável pela atualização e recolha, dos 
dados de movimentação que voltam a alimentar o processo de gestão de 
estoques, e que faz com algumas decisões sejam tomadas em função de 
uma série de parâmetros anteriormente estabelecidos (Filho, 2006, p. 63). 
 
A gestão de estoques é ainda, apesar da sua importância, extensão e 
complexidade, negligenciada em muitas empresas, sendo considerada como 
uma questão não estratégica e limitada à tomada de decisões em níveis 
organizacionais mais baixos. Por outro lado, outras empresas já perceberam 
como a gestão de estoques pode ser utilizada ao longo de toda a cadeia de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efici%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomada_de_decis%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neglig%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento
 
26 
 
suprimentos da qual fazem parte, e de todas as vantagens competitivas que 
isso pode vir a trazer (Garcia et al., 2006, p. 10). 
 
Objetivos da gestão de estoques 
Dentre os principais objetivos da gestão e estoques temos (Filho, 2006, p. 
61). 
 Eliminar estoque de materiais defeituosos, inoperacionais, ou 
em excesso; 
 
 Manter à disposição dos utilizadores os artigos de material 
quando ocorrer a procura; 
 
 Garantir o abastecimento constante de materiais necessários à 
empresa, pelo conhecimento dos dados necessários para as 
previsões de procura (consumo); 
 
 Providenciar a reposição a um custo mínimo de aquisição e 
posse e controlar e conhecer os níveis de estoque existentes; 
 Manter os investimentos em estoque no nível mais econômico 
possível, considerando as capacidades de armazenamento e as 
possibilidades financeiras. 
 
 
Controles operacionais 
Controlar um estoque de alto giro é tão importante quanto ter produtos a 
serem vendidos. Não importa quanto tenha em estoque, mas sim o giro do 
seu estoque. 
 
O giro do estoque demonstra a rotatividade do mesmo ou seja, quanto 
tempo cada item do estoque permanece na empresa antes de ser vendido. 
 
A Contabilidade de Custos tem como uma de suas funções, avaliar 
quantitativa e qualificadamente os valores em Estoque, demonstrando-os 
periodicamente nas Demonstrações financeiras. 
 
A Contabilidade Tributária traz dispositivos de avaliação de estoques, 
aceitando tanto a forma integrada com a contabilidade custos, como a forma 
simplificada baseada em inventários periódicos (devidamente escriturado no 
livro Registro de Inventários). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_de_fornecimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demonstra%C3%A7%C3%B5es_financeiras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escritura%C3%A7%C3%A3o
 
27 
 
Observações gerais 
Em empresas comerciais ou de serviços (quando for o caso), os materiais no 
estoque de produtos acabados chamam-se mercadorias. Em empresas 
industriais, chamam-se produtos. 
 
A boa administração dos estoques é de vital importância para a saúde 
financeira das empresas, uma vez que grande parte do capital das empresas 
estão nos materiais envolvidos na produção, sendo comum representarem 
50% de todo o seu capital. Assim reduções no montante estocado se traduz 
na liberação de grande volume do capital necessário ao andamento donegócio como um todo. 
 
 
 
 
EMBALAGEM 
 
Uma embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena produtos 
temporariamente e serve principalmente para agrupar unidades de um 
produto, com vista à sua manipulação, transporte ou armazenamento. 
Outras funções da embalagem são: proteger o conteúdo, informar sobre as 
condições de manipulação, exibir os requisitos legais como composição, 
ingredientes, etc e fazer promoção do produto através de gráficos. 
Introdução 
A embalagem possui um impacto significativo sobre o custo e a 
produtividade dentro dos sistemas logísticos. Seus custos mais evidentes se 
encontram na execução de operações automatizadas ou manuais de 
embalagem e na necessidade subsequente de descartar a própria 
embalagem. A embalagem pode ser visualizada tanto dentro do sistema 
logístico total e seu papel nos mercados industrial e de consumo; as três 
principais funções da embalagem (utilidade e eficiência de manuseio, 
proteção contra avarias e comunicação); e materiais de embalagem 
tradicionais, tecnologias emergentes e implicações ambientais. 
O custo da embalagem afeta toda a cadeia produtiva, desde o estoque até o 
transporte ao ponto de vendas, influenciando inclusive na sua aquisição pelo 
consumidor final, que tende a apresentar preferência por embalagens 
melhores elaboradas, desde que isso não apresente grande impacto no preço 
do produto. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_de_estoques
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manipula%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_log%C3%ADsticos
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_log%C3%ADstico&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_log%C3%ADstico&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Custo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_produtiva
 
28 
 
Perspectivas 
A embalagem é classificada em embalagem para o consumidor, com ênfase 
em marketing, e embalagem industrial, com ênfase na logística. 
 
Chocolates embalados de forma a atrair atenção do consumidor. 
O projeto da embalagem de consumo deve ser voltado para a conveniência 
do consumidor, ter apelo de mercado, boa acomodação nas prateleiras dos 
varejistas e dar proteção ao processo. A embalagem dos produtos de 
consumo precisa chamar a atenção no ponto de venda, informar as 
características e atributos do produto e despertar o desejo de compra no 
consumidor. Se ela falhar nesta função o produto corre o risco de 
desaparecer do mercado. Pesquisa da AC Nielsem apresentada no Congresso 
Brasileiro de Embalagem mostrou que cerca de 80% dos produtos lançados 
no Brasil saem do mercado em até dois anos. A embalagem é uma poderosa 
ferramenta de marketing que pode ajudar o produto a conquistar a 
preferência do consumidor e garantir seu lugar no mercado. 
Embalagem industrial com ênfase na Logística 
Os produtos e as peças são embalados geralmente em caixas de papelão, 
caixas, sacos, ou mesmo barris, para maior eficiência no manuseio, são 
embalagens usadas pra agrupar produtos e são chamadas de embalagens 
secundárias. O peso, a cubagem e a fragilidade das embalagens secundárias 
utilizadas nas operações de linhas de produção determinam as necessidades 
de manuseio e de transportes. 
As embalagens secundárias eram projetadas de forma que sua cubagem 
deveria ser totalmente preenchida para que não ficassem espaços evitando a 
avaria. A importância da padronização da embalagem secundária 
proporcionou substancial redução do custo total, bem como a adoção de um 
sistema de manuseio muito mais eficiente, tanto no depósito como na loja 
varejista. 
Proteção Contra Avaria 
Existe a importância das embalagens secundárias para proteger os produtos 
contra avarias durante o manuseio e a armazenagem, como também protege 
contra furtos. Para proteger a embalagem contra avarias é necessário 
adequá-la ao produto e selecionar seu material, levando em conta o grau 
desejado de proteção ao produto. É proibitivo, no entanto, o custo de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing
http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate
http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica
 
29 
 
proteção total para a maioria dos produtos, tendo como fatores 
determinantes do grau de proteção o valor e a fragilidade do produto. 
Embalagem especialmente projetada para evitar avarias em ovos, 
possibilitando exposição segura nas prateleiras dos supermercados. 
A fragilidade de um produto pode ser medida através de testes, tanto do 
produto como da embalagem, com o uso de equipamentos de choque e de 
vibração; e seu resultado permite determinar o nível de acolchoamento ou 
de forração nas caixas. 
O ambiente também deve ser estudado quanto as suas características físicas 
e aos fatores que o compõem. O ambiente físico que envolve um produto é o 
ambiente logístico, ele influencia e é influenciado pela possibilidade de 
avaria. Neste ambiente ocorre a avaria por transporte, armazenagens e 
manuseio. Nos depósitos próprios os produtos movem-se para seus destinos 
num ambiente relativamente controlado. Já com transportes fretados os 
produtos entram num ambiente sem controle. 
Quanto menos controle a empresa tiver sobre o ambiente físico, maiores 
devem ser as precauções com a embalagem para evitar avarias, portanto, o 
ambiente logístico influencia as decisões relativas ao projeto da embalagem. 
Existem quatro causas de avarias que são as vibrações, os impactos, as 
perfurações e as compressões que podem ocorrer simultaneamente, 
esteja ele em trânsito ou sob manuseio, como também podem ocorrer falhas 
no empilhamento que podem causar avarias. 
Em trânsito as avarias podem ser significativamente reduzidas por 
amarração de volumes, fixação, amarração à carroceria do veículo, calços 
pra impedir o deslizamento, a vibração e o choque entre as mercadorias, ou 
simplesmente utilizando ao máximo o espaço disponibilizado nos veículos 
transportadores das mercadorias. 
Fatores externos como temperaturas elevadas, umidade e materiais 
estranhos podem acarretar avarias. Estes fatores externos estão fora de 
controle logístico e afetam o conteúdo das embalagens quando estes são 
expostos, podendo derreter, estragar, empolar, descascar e até fundir-se uns 
com os outros, perdendo cores. 
Utilidade e Eficiência do Manuseio de Materiais 
A utilidade de uma embalagem está ligada à forma como ela afeta tanto a 
produtividade quanto à eficiência logística. Todas as operações logísticas são 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supermercado
 
30 
 
afetadas pela utilidade da embalagem. Desde o carregamento do caminhão e 
a produtividade na separação de pedidos ate a utilização do espaço cúbico no 
armazenamento e no transporte. 
A eficiência do manuseio dos materiais é fortemente influenciada pela 
natureza do produto, pela utilização e pelas características em termo de 
comunicação. 
Características dos Produtos 
A embalagem dos produtos sob determinadas configurações e as 
quantidades padronizadas contribuem para aumentar a produtividade das 
atividades logísticas. A redução do tamanho da embalagem, por exemplo, 
pode melhorar a utilização do espaço cúbico.O peso pode ser reduzido com 
alterações do produto da embalagem. Substituindo-se garrafas de vidro por 
garrafas de material plástico, por exemplo, pode aumentar 
significativamente a quantidade de garrafas que pode ser transportadas. 
Unitização 
É o agrupamento de caixas numa carga única, formando um só volume. 
Cargas Unitizadas 
As cargas unitizadas apresentam muitas vantagens. São reduzidos o tempo 
de descarga e o congestionamento no ponto de destino, é facilitado o 
manuseio de materiais pela verificação das mercadorias, em sua entrada e 
no rápido posicionamento para a separação de pedidos. 
Fixação de cargasPode aumentar a possibilidade de avarias se não for adequadamente fixada 
durante o manuseio ou transporte. 
Comunicação 
É a função para a identificação do conteúdo da embalagem. À medida que os 
produtos se tornam mais importante é necessário o aumento de 
produtividade. 
Rastreamento 
Um sistema de manuseio de materiais com bom nível de controle deve ter a 
capacidade de rastrear o produto no recebimento, na armazenagem, na 
separação e na expedição. O controle de toda movimentação reduz os níveis 
 
31 
 
de perda e furto e pode ser muito útil para monitorar a produtividade dos 
funcionários. 
Instruções de Manuseio 
Outro papel de embalagem para a atividade logística é transmitir instruções 
de manuseio e de prevenção contra avarias. 
Se o produto é perigoso como no caso de produtos químicos, se é de vidro, 
etc. 
 
 
Utilização de Materiais 
 
Materiais Alternativos 
São usados os mais diversos tipos de materiais em embalagens para o uso 
na logística, desde o papelão tradicional até plásticos. Mas quando referimos 
a materias alternativos e embalagens referimos ao meio ambiente e a pensar 
em novas ideias e embalagens que diminuam o custo ambiental.[2] 
Materiais tradicionais 
 Sacos são embalagens de papel ou de material plástico que dão 
proteção, na forma de embrulhos, podendo conter produtos soltos. São 
flexíveis e facilmente descartáveis. Suas desvantagens são a pouca 
proteção contra avarias e sua impossibilidade para uso com uma 
grande quantidade de produtos. 
 Caixas de material plástico de alta densidade são embalagens com 
tampa similar às caixas de uso doméstico. São rígidas, resistentes e 
oferecem proteção substancial aos produtos. Seus pontos fracos são a 
inflexibilidade, o peso e a necessidade de seu retorno à origem, por 
motivos econômicos. 
Tendências Emergentes 
 Embalagens tipo sleeves é um tipo de embalagem aplicado sobre 
garrafas frascos e potes, constituído por uma manga de filme termo-
encolhível (o que permite que apos a sua exposição ao calor se adapte 
a forma da embalagem primária: garrafa, pote etc) este filme 
primeiramente decorado permite a empresa ter o maior canal de 
comunicação com seus consumidores. Este tipo de embalagem já foi 
adotado por grandes empresas para todo tipo de produtos 
principalmente indústrias lácteas e refrigerantes. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embalagem#cite_note-Bowersox-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_tipo_sleeves&action=edit&redlink=1
 
32 
 
 Embalagem por acolchoamento é um tipo de proteção tradicionalmente 
utilizado por empresas de mudanças, é ideal para embalar produtos de 
forma irregular. A embalagem por acolchoamento é adotada por 
empresas que prestam serviços especiais de transportes sem caixas. 
Elas possuem, fornecem e administram materiais de embalagem, além 
de carregar e descarregar, assumindo a responsabilidade por quaisquer 
avarias que ocorram. As vantagens são a ausência de quaisquer 
materiais de embalagem e de seus resíduos, a redução da cubagem e 
maior facilidade ao desembalar os produtos. 
 Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos. 
Tais embalagens geralmente são de aço ou plástico. A decisão de 
investir num sistema de embalagem retornável requer estudo da 
quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte versus 
custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, bem como os 
custos futuros de separar, rastrear e limpar as embalagens para 
reutilização. 
 Paletes podem ser de madeira, plásticos e refrigerados. Os paletes 
exigem grandes investimentos, pois se mal construídos podem se 
desfazer e causar avarias nos produtos. Existem estudos para 
aperfeiçoarem paletes de material plástico e refrigerado, uma vez que 
estes paletes possuem as mesmas funções dos antigos paletes de 
madeira, diferenciando destes por possuírem uma vida útil maior e 
serem mais resistentes. 
 Embalagem shrink-wrap é executada colocando-se uma película sobre 
a carga unitizada de embalagens secundárias, película essa que é 
encolhida por meio de aquecimento, para fazer as embalagens 
aderirem à plataforma como um volume único. 
 Embalagem stretch-wrap é uma embalagem também à vácuo. Ela é 
executada envolvendo-se a carga a uma película plástica esticada, 
fazendo-se a carga rodar e ser envolvida pela película, o que resulta 
numa carga única, embalada sob pressão.[2] 
Classificação dos tipos de embalagens 
1. Embalagem de venda ou embalagem primária: envoltório ou 
recipiente que se encontra em contato direto com os produtos. Ex.: 
frasco ou blister de remédio; 
2. Embalagem grupada ou embalagem secundária: é a embalagem 
destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias. 
Ex.: caixinha de remédio que contém o pote de remédio; 
3. Embalagem de transporte ou embalagem terciária: utilizada para 
o transporte, protege e facilita a amarzenagem dos produtos, Ex: 
pallet. 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_por_acolchoamento&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_retorn%C3%A1vel&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palete
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_shrink-wrap&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Embalagem_stretch-wrap&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embalagem#cite_note-Bowersox-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blister
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rem%C3%A9dio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pallet
 
33 
 
CURVA ABC 
 
A Curva ABC ou 80-20, baseada nas teorias econômicas do italiano Vilfredo 
Pareto, é um método de classificação de informações a fim de se separar os 
itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor 
número. E o que representam as letras A, B e C? 
 
• Classe A: Principais itens em estoque e de alta prioridade. 20% 
dos itens correspondem a 80% do valor. 
 
• Classe B: itens que ainda são considerados economicamente 
preciosos. 30% dos itens correspondem a 15% do valor. 
 
• Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do valor. 
 
 
Dessa forma, a ferramenta é uma classificação estatística de materiais, 
baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos 
materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Também pode 
ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de 
compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de 
produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc. 
 
No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a 
dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a 
organização se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem 
decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder 
segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a 
definir. 
 
Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de 
estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para 
o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, etc. 
Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como 
um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens – 
mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, 
que variam de acordo com a demanda do consumidor. 
 
Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no 
estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento 
da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque 
poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos 
 
34 
 
com a curva ABC. No caso de administração de estoques, apresenta 
resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: giro no estoque; 
proporção sobre o faturamentono período; margem de lucro obtida. 
O que importa é que a análise de todos os parâmetros propicia o trabalho de 
controle de estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos 
resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A 
merecerão um tratamento preferencial. Assim, a conseqüência da utilidade 
desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou 
materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o 
aumento da lucratividade. 
 
Como fazer uma curva ABC 
 
Em primeiro lugar, devem ser relacionados todos os itens que foram 
consumidos em determinado período (1). Depois, para cada item registra-se 
o preço unitário (2) e o consumo (3) no período considerado (se a análise 
fosse sobre vendas, ou sobre transporte, ao invés de consumo seria usada a 
quantidade vendida, ou a quantidade transportada, etc.). Para cada item, 
calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao preço unitário X consumo. 
Aí, registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior valor, 
2 para o segundo maior valor, e assim por diante). Confira tabela abaixo. 
 
Depois disso, colocam-se em ordem os itens de acordo com a classificação 
(5). Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual 
ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha 
anterior. Para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total 
acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo 
valor de consumo acumulado do último item. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
ARMAZÉM LOGÍSTICO 
 
 
O que são Armazéns Logísticos? 
 
Armazém Logístico é um galpão modelo responsável pela guarda temporária 
de produtos em geral (produtos acabados, matérias-primas, insumos, 
componentes, etc.), projetado para atender às necessidades dos clientes 
viabilizando o processo de operação logística. Um armazém logístico se 
adéqua ao melhor aproveitamento do seu potencial de armazenagem, 
possibilitando ampliações dos módulos que podem variar de 3.000 a 
15.000m² 
 
Para que servem os Armazéns Logísticos? 
 
Armazém Logístico é uma combinação de estratégias de longo prazo e da 
necessidade das operações diárias. Esses tipos de armazéns dão flexibilidade 
e satisfação ao cliente, já que neles se pode armazenar a produção industrial 
antes que a mesma seja enviada para seu local de consumo. Não se pode 
deixar de considerar que utilizar um armazém logístico é uma decisão tanto 
tática quanto estratégica. 
 
Tipos de Armazéns Logísticos: 
 
Os armazéns logísticos podem ter uma variação de tipo de local físico, 
dependendo da característica e necessidade do cliente/produto, como: local 
coberto, local descoberto, local com temperatura controlada, etc. A forma de 
estocagem dos produtos também podem variar, como por exemplo: 
prateleiras, gavetas, cantilever, baias e etc. 
 
Vantagens: 
 
 Redução de custos; 
 Aumento da produtividade; 
 Soluções para os problemas de estocagem de materiais; 
 Diminuição de tempo e espaço entre produtor e consumidor; 
 Aumento na qualidade dos serviços; 
 Redução de investimentos em ativos e maior flexibilidade 
operacional. 
 
Armazém de mercadorias 
http://www.cvcruz.com.br/armazens.php
 
36 
 
Um armazém (do original em árabe: al-mahazán, «sótão, entreposto») é 
um espaço físico em que se depositam matérias-primas, produtos 
semiacabados ou acabados à espera de ser transferidos ao seguinte ciclo da 
cadeia de distribuição. Age também como regulador do fluxo 
demercadorias entre a disponibilidade (oferta) e a necessidade (procura) de 
fabricantes, comerciantes e consumidores. 
 
Nestas instalações, procede-se à recepção da mercadoria (seja ela matéria-
prima, produtos semi-acabados ou acabados), à sua arrumação, 
conservação, realização da função picking e expedição. Muitas vezes, a 
paragem é aproveitada para se lhe incorporar valor. Isto pode fazer-se por 
via de personalização do produto, acabamentos finais, embalamento e 
rotulagem, entre outras operações. 
 
Cada indústria possui uma série de tipos de armazéns, que podem ser 
descritos da seguinte forma: 
Armazéns de produção - Este tipo pode subdividir-se em: 
1. Armazém de matérias-primas; 
2. Armazém de recepção, aqui se encontram essencialmente peças 
compradas no exterior; 
3. Armazém de peças semi-acabadas; 
4. Armazém intermédio; 
5. Armazém de abastecimento; 
6. Armazém final, isto é, armazém de produtos acabados; 
7. Armazém de sobresselentes, reservas e abastecimento diário. 
 
Armazém de material auxiliar - Este tipo, chamado armazém auxiliar ou 
de acessórios, pode subdividir-se em: 
1. Armazém de matérias subsidiárias, como por 
exemplo, óleos, detergentes, tintas, entre outros; 
2. Armazém de ferramentas, instrumentos e dispositivos; 
3. Armazém de madeiras. 
 
 
Armazém de mercadorias - Este tipo pode subdividir-se em: 
1. Armazém de bens sem investimento próprio; 
2. Armazém de expedição e de material antigo. 
 
Armazém de líquidos 
1. Receptáculos, bidões, entre outros; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_%C3%A1rabe
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3t%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercadoria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oferta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Procura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumidor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recep%C3%A7%C3%A3o_(Armaz%C3%A9m)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Picking
http://pt.wikipedia.org/wiki/Expedi%C3%A7%C3%A3o_(Armaz%C3%A9m)
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Detergentes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tintas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira
 
37 
 
Servem essencialmente para: 
1. Armazenagem livre de líquidos; 
2. Armazenagem em silos e abrigos; 
 
Armazém de distribuição - Este tipo pode subdividir-se em: 
1. Armazém de produtos de grande volume e em grandes quantidades; 
2. Armazém de retalhos, aqui é feita uma divisão consoante o artigo e 
uma numeração rigorosa dos produtos; 
3. Armazém de sobresselente para reparações. 
 
 
A evolução dos armazéns de distribuição é o Centro de distribuição. 
 
Planejamento da construção de armazém 
 
Surgem muitas vezes problemas associados às infraestruturas dos armazéns, 
como por exemplo, a falta de espaço para as existências, e para a 
movimentação nos corredores e áreas externas, o que provoca dificuldades 
na recepção dos materiais, atrasos na expedição e impossibilita a 
organização adequada do armazém. Muitos destes problemas podem ser 
evitados, se se tiverem vários parâmetros em consideração quando se está a 
planejar a construção de um armazém, tais como: 
1. Projetar a construção do novo armazém tendo em vista uma utilização 
de pelo menos cinco anos; 
2. Escolher um terreno com uma área duas a três vezes superiores à área 
necessária para o armazém; 
3. Evitar fazer a construção em terrenos porosos, arenosos ou lodosos; 
4. A proporção entre o comprimento e a largura deve ser de 1,5 para 1,0. 
5. Por motivos de segurança a portaria deve estar afastada do armazém; 
6. A balança de pesagem deve ser colocada perto da portaria, por forma 
a ser operada pelo porteiro ou por algum colaborador; 
7. Dimensionar o número de docas em função da média recebida e 
expedida no período de «pico» 
8. Projetar as docas com certa elevação e equipá-las com rampas 
niveladoras; 
9. Se possível, optar por docas em 90 graus; 
10. Planejar o fluxo de entrada dos camiões nas docas no sentido anti-
horário; 
11. Considerar áreas de stage-in e áreas stage-out; 
12. Projetar junto às docas, áreas adicionais para embalagens, cargas de 
baterias e acondicionamento de sucatas; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armazenagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_distribui%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exist%C3%AAncias
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constru%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terreno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sucata
 
38 
 
13. Evitar os corredores estreitos, pois para além de exigirem 
equipamentos específicos, também contribuem para a redução da taxa 
de processamento dos pedidos; 
14. Optar, sempre que possível, pelo fluxo de materiais em «U»; 
15. Optar por telhas termo-acústicas. 
 
 
Características técnicas da estrutura do armazém 
Para que seja assegurada a máxima segurança possível aos trabalhadores do 
armazém, bem como à estrutura em si, estes devem possuir uma série de 
características técnicas, tais como: 
 
Localização e acessos 
Um armazém deve ser localizado de preferência em locais isolados ou 
destinados ao desenvolvimento de atividades industriais, evitando-se locais 
nas proximidades de casas, escolas, áreas comerciais, hospitais e zonas 
muito habitadas. 
 
Deve também evitar-se localizar o armazém em zonas propícias a 
inundações, fogos e outras catástrofes naturais. O armazém, numa situação 
ideal, deve estar isolado de outros locais que o rodeiam, a uma distância 
mínima de 10 metros, e deve proporcionar vias adequadas para o 
carregamento e descarregamento dos vários veículosde transporte. Devem 
existir pelo menos duas entradas de acesso ao armazém, isto para que os 
veículos de emergência ou outras equipes tenham acesso a este em situação 
de perigo. 
 
Materiais de construção do armazém 
Na construção de um armazém deve se evitar a utilização 
de materiais combustíveis, que possam contribuir para 
a ocorrência e propagação de um incêndio. Deve se fazer a construção 
embetão armado, isto porque este material apresenta uma 
alta resistência ao calor, o que concede desta forma uma 
maior estabilidade à estrutura. Devem utilizar-se também vigas de madeira 
maciça, pois estas apresentam um lento processo de combustão e uma 
grande estabilidade estrutural, isto quando comparadas com uma estrutura 
metálica que não tenham proteção. 
 
O pavimento deve ser liso, isto para facilitar a sua limpeza, impermeável, e 
feito de um material antiderrapante, de modo a reduzir o risco de queda dos 
trabalhadores. Os «tetos falsos» ou forros devem também ser construídos 
com materiais incombustíveis, e as paredes corta-fogo que os intersectam 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalhadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hospitais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emerg%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Material
http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADveis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ocorr%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Propaga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bet%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vigas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protec%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pavimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Limpeza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperme%C3%A1vel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Risco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paredes
 
39 
 
devem alongar-se até ao pavimento superior. Os elementos de aço que 
suportam elevadas cargas devem estar protegidos do calor, por exemplo, 
com argamassa. As construções metálicas, apesar de incombustíveis, não 
são aconselháveis, pois começam a perder a estabilidade estrutural perto dos 
550°C, temperatura esta facilmente alcançada durante um incêndio. 
 
Compartimentação do armazém em diferentes áreas 
Uma das mais importantes medidas de prevenção de incêndios em armazéns 
é a compartimentação deste, com paredes e tetos corta-fogo. No que toca às 
paredes, estas devem assegurar uma resistência mínima de 90 minutos, e 
devem prolongar-se pelo menos um metro acima do telhado para evitar a 
propagação do incêndio. Para que se consiga assegurar a resistência 
pretendida, as paredes devem ser feitas de betão armado, tijolo maciço 
ou blocos de betão. As de betão armado devem ter no mínimo 15 cm de 
espessura, as de tijolo maciço (o tijolo oco não é indicado) 23 cm e os blocos 
de betão 30 cm. Para se alcançar uma maior estabilidade estrutural podem 
ainda incorporar-se pilares nestas paredes, e evitar-se ao máximo a 
existência de aberturas e a passagem de cabos eléctricos por estas. 
 
As portas das paredes referidas anteriormente devem fechar 
automaticamente em caso de incêndio, devem ser protegidas contra danos e 
deformações provocadas por veículos, e devem possuir a mesma resistência 
que a própria parede. Os trabalhadores devem verificar sempre, que a 
mercadoria armazenada não impede o fecho destas portas. 
 
Os tetos dos armazéns devem ser de construção não combustível, leve e 
frágil para que possa ser derrubado em caso de incêndio, e assim haver a 
libertação da fumaça e do calor. Caso a construção seja sólida, devem existir 
meios que proporcionem essa libertação, como por exemplo, a instalação de 
painéis de ventilação ou painéis transparentes debaixo do ponto de 
fusão com uma abertura no telhado. 
 
Bacias de retenção 
Caso o armazém seja destinado ao armazenamento de produtos químicos 
em estado líquido, e exista uma elevada probabilidade de dano para 
a saúde dos trabalhadores, ou para o meio ambiente, devem existir meios de 
contenção de toda a água proveniente da extinção de um possível incêndio, 
bem como dos possíveis derrames. A retenção pode ser feita através de 
um tanque de grandes dimensões, construído por baixo do piso do armazém, 
ao longo de todo o perímetro deste, ou da utilização de bacias de retenção 
onde estão situados os bidões. É imprescindível que estas bacias de retenção 
de derrames de produtos químicos, tenham aproximadamente o dobro da 
capacidade de líquidos a que se destinam. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minutos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telhado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tijolo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blocos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pilares
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventila%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fus%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fus%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADmetro
 
40 
 
Drenagem 
Os armazéns destinados a produtos ou matérias-primas perigosos e 
passíveis de contaminar o solo e a água, devem situar-se em locais que 
possibilitem a redução desta contaminação, isto é, em locais em que seja 
possível impedir que esta contaminação alcance os cursos de água, as 
reservas subterrâneas ou os sistemas de drenagem pública. 
 
Quando as águas provenientes das chuvas, drenarem pelo interior do 
edifício, os tubos de descarga de água devem ser selados com construções 
de maciço de tijolo ou de betão. Isto protegerá os tubos dos danos causados 
pelo movimento de veículos e paletes. Os tubos exteriores de descarga 
devem ser selados ao nível do chão. 
 
Ventilação e aquecimento das instalações 
Os armazéns devem possuir sistemas de renovação de ar e ventilação. Se 
possível a ventilação deve ser natural, isto é, deve ser facultada por 
aberturas existentes na parte superior ou inferior das paredes e do teto. 
 
Todas as aberturas não devem permitir a entrada de aves, isto recorrendo-se 
por exemplo a colocação de uma grelha, e as aberturas inferiores devem 
estar a um nível superior ao do muro de retenção. Deve deixar-se sempre 
um espaço, sensivelmente de um metro, entre a parte superiordos produtos 
e o teto, bem como entre os produtos e as paredes, isto para que haja uma 
melhor circulação do ar no armazém. 
 
Quanto aos aquecimentos, sempre que se pretenda instalar um sistema 
desta natureza, devem-se ponderar alguns aspectos, principalmente no que 
diz respeito à segurança e à eficiência energética. Estes sistemas devem 
funcionar através da utilização de energia elétrica, vapor ou água quente, 
sendo que os radiadores de água quente ou tubos de vapor devem estar 
devidamente isolados e localizados, isto para se proteger os trabalhadores 
bem como os produtos da exposição a altas temperaturas. É de extrema 
importância também, que a fonte de calor não esteja na área de 
armazenamento dos produtos. 
 
Iluminação do armazém 
Qualquer que seja a atividade desenvolvida num armazém, este deve possuir 
níveis de iluminação apropriados. Deste modo, é imprescindível a realização 
de estudos referentes aos níveis recomendados para as diversas secções. Há 
locais onde a iluminação natural pode ser suficiente, como é o caso de locais 
onde as operações são efetuadas apenas durante o dia. No entanto, a 
iluminação deve ser mista, isto é, deve ser natural complementada com a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Natural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aves
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grelha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9ctrica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exposi%C3%A7%C3%A3o
 
41 
 
artificial, sendo que esta última deve ser colocada por cima dos corredores, a 
uma altura mínima de um metro do mais alto produto armazenado, de modo 
a evitarem-se possíveis danos ou acidentes durante o manuseamento destes 
produtos. 
 
Proteção do armazém contra descargas atmosféricas 
Em todos os armazéns é obrigatória a existência de um sistema de proteção 
contra descargas atmosféricas, isto é, a existência de um pára-raios. Este 
deve estar devidamente dimensionado, de acordo com as características do 
local e das instalações que se pretendem proteger. É também necessário 
estar atento à resistência da terra no local, para que o sistema não perca 
propriedades e consequentemente não perca a sua eficácia. 
 
Saídas de emergência do armazém 
Num armazém, para além das portas principais, devem existir saídas de 
utilização exclusiva em situação de emergência. Estas devem estar bem 
sinalizadas, para que sejam facilmente identificadas por qualquer pessoa que 
se encontre no local, devem permitir uma abertura fácil a partir do interior 
(colocação de barras antipânico), não devem estar obstruídas por qualquer 
tipo de equipamento ou mercadoria, e devem estar situadas a uma distância 
máxima de 30 metros de qualquer ponto interior do armazém. Se possível, 
deverá ser possível sair dos escritórios e dos lavabos sem passar elo 
armazém principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
 
42 
 
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE 
CARGAS 
 
Existem cinco tipos de equipamentos de movimentação de materiais: 
 
 Veículos industriais; 
 Equipamentos de elevação e transferência; 
 Transportadores contínuos; 
 Recipientes e unitizadores; 
 Estruturas para armazenagem. 
 
Veículos Industriais 
 
São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas 
intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, 
onde a função primaria é transportar e ou manobrar. 
 
Principais tipos: carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, 
autocarrinhos (AGV) e guindastes auto propelidos. 
 
São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de 
armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em 
posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso 
e de carga e descarga. 
 
Equipamentos de elevação e transferência 
 
São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto 
dentro de uma área fixa, onde a função principal é transferir. 
 
Principais tipos: talhas, guindastes fixos, Pontes rolantes, pórticos e 
semipórticos. 
 
São utilizados para materiais pesados, volumosos e desajeitados, em curtas 
distâncias, dentro de uma fábrica. 
 
Transportadores Contínuos 
 
São mecanismos destinados ao transporte de graneis e volumes em 
percursos horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com 
posição de operação fixa. São formados por um leito, onde o material desliza 
http://www.fiesp.com.br/wp-content/themes/novo-fiesp/
 
43 
 
em um sistema de correias ou correntes infinito, acionado por tambores ou 
polias. 
 
Principais tipos: correias planas ou côncavas, elemento rolantes (como 
rodízios, rolos ou esferas), correntes (aéreas ou sob piso), taliscas e elevador 
de caçamba contínuo. 
 
São utilizados onde haja grande fluxo de material a ser transportado em 
percursos fixos. 
 
Unitização 
 
Corresponde à alocação de um conjunto de mercadorias em uma única 
unidade, com 
dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenamento e 
movimentação da carga de maneira mecanizada. Não constitui propriamente 
uma embalagem, é um acessório para o deslocamento ou transporte de 
carga, não integrando o produto ou o conjunto de produtos armazenados. 
 
Paletização 
 
Utilização de plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar carga, 
fixada por meio de cintas, de modo que sua movimentação mecânica utilize 
garfos de empilhadeira ou guindastes específicos para esse fim. O guindaste 
pode movimentar o pallet por dois lados ou por quatro lados com seus 
garfos, permitindo ainda que a carga seja paletizada, envolvida em filme 
PVC. 
 
Conteinerização 
 
Colocação da carga em contêiner (“cofre de carga”), que é um recipiente 
construído de material resistente o suficiente para suportar uso repetitivo, 
destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, 
inviolabilidade e rapidez, permitindo fácil carregamento e descarregamento e 
adequado à movimentação mecânica e ao transporte por diferentes 
equipamentos. “As opções de utilização no transporte marítimo são os 
contêineres de 20” e 40” (pés), com sua classificação para cada tipo de 
carga, por exemplo: 
 
 Contêiner de teto aberto (Open Top) – Utilizado para cargas pesadas 
em sua totalidade, com encerado para cobertura na parte de cima do 
mesmo. Muito utilizado para máquinas e equipamentos que são 
 
44 
 
maiores que as dimensões da porta do contêiner e são colocadas pela 
parte superior. 
 Contêiner térmico (aquecido ou refrigerado) – Utilizado para produtos 
que requerem temperatura constante durante seu transporte para 
não alterar a qualidade e/ou apresentação, muito comum para 
produtos perecíveis. 
 Contêiner ventilado – Evita a condensação do ar em seu interior, 
utilizado para transporte de frutas, legumes, animais vivos, etc. 
 Contêiner seco – utilizado para cargas secas, contêiner normal. 
 Contêiner tanque – Utilizado para cargas líquidas a granel. 
 Contêiner para granéis sólidos, como cereais, pós, farinhas, açúcar, 
etc. 
 
Mariner – Slings 
 
Cintas de material sintético, que formam uma rede, com dimensões 
padronizadas, geralmente utilizadas para sacaria. Dependendo do embarque, 
seguem com a carga até o destino ou apenas até o porão do navio, quando 
são retirados. 
 
Big-Bag 
 
Sacos de material sintético, com fundo geralmente circular ou quadrado, 
utilizados frequentemente para produtos industrializados em grãos e pós, 
substituindo a sacaria. São reaproveitáveis e cada unidade de carga tem 
uma variação de peso de 800 kg até 2,0t. O custo é superior ao dos mariner-
slings e, por isso, em operações de comércio exterior, geralmente, não 
embarcam com a carga. A capacidade geralmente é superior à dos mariner-
slings.45 
 
LAYOUT E FLUXOS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho gera desafios a todos que estudam este tema, 
principalmente no que diz respeito à importância e a forma de se proceder 
para obter um maior conhecimento sobre a localização e o layout dos 
produtos, os equipamentos corretos para realizar a movimentação e a 
melhor forma de armazenagem dos materiais, tornando os custos viáveis a 
organização. 
 
Veremos a seguir os sistemas de localização onde o seu principal objetivo é 
estabelecer os parâmetros para a perfeita identificação e facilidade de 
localização dos itens estocados; os objetivos e os meios de se projetar o 
layout minimizando investimento em equipamentos. 
 
Conforme o autor Moura, a movimentação tem como objetivo a reposição de 
matérias-primas nas linhas de produção de uma fábrica; transportar o 
material em processamento e armazenar da melhor forma possível. Com as 
constantes mudanças no mercado as empresas vêm aperfeiçoando 
ferramentas, métodos e processos para seguir a frente da concorrência, a 
fim de repassar para seus clientes o produto certo, na hora certa a um preço 
mínimo e com a melhor qualidade, para isso as empresas precisam conhecer 
todas as técnicas e analisar a melhor forma de se organizar um estoque, 
armazenar corretamente os produtos, se preocupando com o layout correto e 
oferecer uma ótima localização dos produtos tornando fácil a acessibilidade 
dos mesmos. 
 
Portanto ir além das expectativas dos clientes, manipulando os materiais de 
forma eficiente, a fim de se reduzir custos monetários e de tempo para 
todos. 
 
2. LOCALIZAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO 
 
É preciso garantir que a localização do Centro de Distribuição (CD) contribua 
para redução de sua conta de frete de distribuição, e proporcione o nível de 
serviço adequado aos seus clientes, sejam eles externos ou internos (por 
exemplo: As lojas de sua rede de varejo). 
A escolha da localização em geral é uma tarefa atribuída aos gerentes de 
logística com objetivo principal de obter ganhos em econômica de escala na 
distribuição e reduções de custos de transporte. Nos últimos anos, os 
estudos de localização têm abrangido também projetos de canal logístico, 
como resultado da globalização da cadeia de suprimento e de considerações 
de marketing. 
 
46 
 
Por se tratar de uma decisão única, pode ser feita manualmente, ou com 
auxilio de planilha, por exemplo, aplicativo Excel, onde o procedimento mais 
especifico é descrito no texto Solver do manual do usuário. 
 
2.1. DADOS NECESSÁRIOS PARA ANÁLISE DE LOCALIZAÇÃO DE UM 
CD 
 
Os dados necessários para análise de localização de um CD consistem em 
definições de mercado, produtos e redes, demanda dos clientes, preços de 
frete custos fixos e variáveis, a seguir comentados. 
 
Para definição de mercado é necessário classificação das áreas geográficas, 
podendo ser um país, estado ou região, sendo a demanda do cliente 
atribuída a cada área de mercado, por município, por zona estatística, por 
código de endereçamento postal. Os produtos poderão ser analisados a partir 
de seus fluxos individuais, mas normalmente não é necessário trabalhar 
neste nível de detalhes, dependendo do nível de complexidade do projeto. Os 
itens, especialmente aqueles com características de distribuição, locais de 
produção e canais de distribuição similares, são agrupados para facilitar a 
analise. 
 
As redes logísticas é outro importante item de análise, a qual abrange os 
componentes dos canais, as empresas e possíveis localizações a serem 
incluídas na análise, tendo como itens específicos as combinações de 
fornecedores locais de produção, centros de distribuição, atacadistas e 
varejistas que devem ser considerados, incluindo também a possibilidade de 
expansão com novos centros de distribuição e de empresas alternativas nos 
canais. Quanto mais abrangente a definição, maior a possibilidade de 
complexidade, sendo que a própria análise deve verificar até que ponto deve 
ser aumentada esta complexibilidade. 
 
Demanda de cliente é a parte do projeto onde são estudados os volumes das 
cargas para cada área geográfica identificada como um mercado, 
especialmente porque a análise de localização é baseada nos volumes de 
produtos expedidos para cada área. Embora o volume possa ser estabelecido 
quantitativamente em termos de unidades expedidas para cada área, a 
maioria das análises de localização são baseadas em peso, pois o custo de 
transporte depende fortemente do peso transportado. 
 
As taxas de frete de suprimento e entrega de mercadorias são dados 
indispensáveis para a análise de localização. Devem ser conhecidos para os 
canais de distribuição já existentes e para aqueles considerados possíveis, 
além disso, devem ser estabelecidos para cada volume de carga e para cada 
modalidade de transporte entre centros de distribuição e transportes. Uma 
 
47 
 
forma mais pratica é buscar obter estes dados com as transportadoras estas 
informações e aplicar um modelo de cálculo na geração das informações. Um 
método normalmente utilizado é o da técnica de regressão linear, devido ao 
grande volume de dados. 
 
Temos ainda a análise dos custos fixos e variáveis, dados finalmente 
necessários para a análise. Os custos fixos incluem mão-de-obra, energia 
elétrica em materiais, sendo estes função do movimento de mercadorias de 
produtos. As maiores diferenças entre os custos fixos e variáveis podem ser 
representados pelas regiões geográficas, tais como salários, energia, valor 
de terrenos e impostos. 
 
4. LAYOUT 
 
O Layout ou arranjo físico de uma empresa abrange a localização física dos 
recursos e ferramentas a se utilizar, determinando sua forma e aparência. 
Estabelecido a partir do estudo do sistema de informações relacionado com a 
distribuição dos móveis, equipamentos e pessoas, o espaço físico 
organizacional influi no trabalho desenvolvido pelos indivíduos dentro da 
empresa. Apesar de ser aquilo que a maioria das pessoas notaria quando 
entrasse na empresa, a grande preocupação de um estudo deste tipo é 
manter o fluxo otimizado entre os papéis e pessoas, ao invés do simples 
aspecto de visualmente adequado. Basicamente, definir o arranjo físico é 
decidir onde colocar todas as instalações, máquinas e equipamentos e 
posicionamento de todo o pessoal da empresa. Também determina a 
maneira a qual os recursos são transformados, tais como materiais 
informações e clientes, que fluem através da operação. Qualquer mudança, 
até mesmo as pequenas, pode afetar o fluxo de materiais e pessoas no 
sistema. São três os tipos básicos de layout. Muitas variações e combinações 
destes três tipos podem ser feitas, de acordo com as necessidades. 
 
É a forma como as áreas de armazenagem de um armazém estão 
organizadas, de forma a atualizar todo o espaço existente da melhor forma 
possível, verificando a coordenação entre os vários operadores, 
equipamentos e espaço. 
Layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida com 
uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade 
possível e com custos de armazenagem reduzidos. (Moura, 1997). 
 
4.1. TIPOS DE LAYOUT 
 
Layout Posicional: por posição fixa, ou por localização fixa do material. 
Usado para montagens complexas. Os materiais ou componentes principais 
ficam em um lugar fixo. 
 
48 
 
Layout Funcional: por processo. Agrupam-se todas as operações de um 
mesmo "tipo" de processo. 
 
Layout Linear: por linha de produção, ou por produto. Os materiais é que 
se movem. Uma operação próxima à anterior e os equipamentos são 
dispostos de acordo com a seqüência de operações. 
 
4.2. OBJETIVOS DO LAYOUT 
 
 Minimizar investimento em equipamentos; 
 Minimizar tempo de produção; 
 Utilizar espaço existente da forma mais eficiente possível; 
 Flexibilidade nas operações; 
 Diminuir custos de transportes de material; 
 Melhorar a estrutura da empresa. 
 
4.3. MEIOS DE PROJETAR OLAYOUT 
 
Segundo Moura (1997), é preciso: 
 
• Definir a localização de todos os obstáculos, como colunas de apoio, saídas 
de emergências, poços de escada, elevador e equipamentos contra 
incêndios; 
• Localizar as áreas de recebimento e expedição, levando em consideração 
as melhores posições para recebimento dos transportadores; 
• Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de 
estocagem, para que se tenha máximo espaço, movimentação de 
materiais e eficiência de mão-de-obra, para os materiais mais importantes 
a serem estocados; 
• Definir o sistema de localização do estoque, onde cada item irá ficar e; 
• Avaliar as alternativas de layout do estoque, quanto à intensidade de uso, 
semelhança de agrupamento por localização dos itens, à distribuição dos 
locais por tamanho e peso, às características físicas e químicas dos 
materiais e à utilização do espaço. 
 
A grande decisão do projeto de armazenagem está em apontar onde itens 
específicos de estoque devem ser localizados, como devem ser arranjados e 
que método usar para encontrar o estoque, de modo a minimizar as 
despesas de movimentação, obter máxima utilização do espaço e satisfazer 
as restrições de localização do produto, como segurança um seguro contra 
incêndio, compatibilidade e necessidades de separação de pedidos. O nível 
de atividade e de serviço desejado determina o seu custo. Para tanto, deve-
se buscar um equilíbrio entre três objetivos, que, segundo Moura (2005), é: 
bom fluxo de material, custos operacionais baixos para estocagem e coleta, 
 
49 
 
eficientes utilização do espaço de estocagem e dos equipamentos. O fluxo de 
material diz respeito ao percurso dos itens desde o ponto de recebimento à 
expedição, sendo determinado pela disposição de recebimento, estocagem, 
embalagem e estruturas de estocagem. O melhor percurso é o mais curto 
para o fluxo do material, porque custa dinheiro mover material e para isso, 
dois princípios, segundo o autor, devem ser seguidos: minimizar o 
retrocesso, buscando direcionar o movimento dos itens para a expedição e 
localizar as atividades relacionadas próximas, visando minimizar as 
distâncias de movimentação entre duas operações, por exemplo. A coleta e a 
embalagem são atividades que devem ser paralelas, por haver quantidades 
menores de movimentação entre ambas. 
 
4.4. FINALIDADES BÁSICAS DO LAYOUT 
 
 Redução de desperdício de materiais; 
 Aumento na capacidade produtiva; 
 Melhorar condições de trabalho; 
 Melhor aproveitamento da área de trabalho. 
 
5. MOVIMENTAÇÃO 
 
A movimentação de material tem como objetivo primordial a separação das 
cargas de acordo com as necessidades dos clientes, bem como transportar o 
material em processamento, quando este implica a realização de operações 
que são desempenhadas em postos de trabalho diferentes. 
 
As operações logísticas começam com o carregamento inicial de materiais ou 
componentes de um fornecedor e terminam quando um produto processado 
é entregue ao consumidor final (Moura 1997). 
 
A movimentação de material não se limita apenas a movimentar, encaixotar 
e armazenar como também executa essas funções levando em conta o 
tempo e espaço disponíveis. 
 
Segundo Moura (1998), "O tipo de equipamento utilizado na movimentação 
de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do centro de 
distribuição". 
 
Um dos primeiros passos que temos a realizar é a análise do fluxo da 
movimentação de materiais, layout, embalagem, equipamentos de 
movimentação e estocagem, os quais muitas vezes por não serem eficientes 
para determinadas situações, são responsáveis pela geração de custos e 
perdas durante a movimentação de materiais. 
 
50 
 
A movimentação de materiais é uma área geradora de custos e perdas, mas 
sendo bem administrada pode gerar um fator de diferencial competitivo. 
 
5.1. PRINCIPAIS ATIVIDADES DA MOVIMENTAÇÃO 
 
As três atividades principais do manuseio são o recebimento, o manuseio 
interno e a expedição. 
 
Recebimento – Mercadorias e materiais chegam normalmente ao depósito 
em quantidades maiores do que as expedidas. A primeira atividade de 
movimentação de materiais é a descarga de veículos. Na maioria dos 
depósitos, a descarga é manual. Entretanto, têm sido desenvolvidos, 
métodos mecanizados e parcialmente automatizados, capazes de adaptar-se 
às diferentes características dos produtos. Geralmente, a descarga dos 
veículos é feita por uma ou duas pessoas. Os produtos são empilhados 
manualmente em paletes ou em slip sheet para formar uma unidade a ser 
movimentada. Em alguns casos, esteiras transportadoras são usadas para 
descarregar os veículos mais rapidamente. Dessa forma, pode ser 
descarregada dos veículos maior quantidade de mercadorias para a entrada 
nos depósitos (cargas em contêineres ou unitizadas reduzem esse tempo de 
descarga). 
 
Manuseio Interno – Inclui toda e qualquer movimentação dos produtos 
dentro do armazém. Após o recebimento dos materiais, é necessário sua 
transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para a 
separação de pedidos. Finalmente, quando os pedidos são recebidos os 
produtos solicitados são acumulados e transportados para a área de 
expedição. Existem dois tipos de manuseio dentro do depósito: A 
transferência e a separação. 
 
Existem, pelo menos, duas, às vezes três, transferências em depósitos 
tradicionais. Primeiramente as mercadorias são levadas para dentro do 
depósito e colocadas no local previamente estipulado. O transporte, nesse 
caso, é feito por empilhadeiras, quando são usados paletes ou slip sheet, ou 
por outros meios de tração mecânica, quando se trata de cargas unitizadas 
maiores. Uma segunda movimentação interna pode ser necessária antes da 
atividade de separação de pedidos. Essa segunda movimentação pode ser 
suprimida quando as mercadorias possuem elevado peso e/ ou volume, tais 
como fogões e máquinas de lavar. Na transferência final, os sortimentos de 
produtos solicitados pelos clientes são levados diretamente do depósito para 
a plataforma de carga. 
 
Expedição – Consiste basicamente na verificação e no carregamento das 
mercadorias nos veículos. Como o recebimento, a expedição é executada 
 
51 
 
manualmente na maioria dos sistemas. A expedição de cargas unitizadas 
está tornando-se cada vez mais comum, porque, dessa forma, o tempo de 
carregamento de veículos pode ser reduzido consideravelmente. Embalagens 
utilizadas contêm grupos de produtos, enquanto cargas comuns consistem 
em volumes e caixas que devem ser carregados diretamente da plataforma 
para o veículo. As conferências do conteúdo são feitas quando as 
mercadorias trocam de dono, no ato da expedição. A conferência consiste 
geralmente em contagens das caixas, mas, em alguns casos, também são 
necessárias contagens de peças, verificação das marcas e tamanhos, para 
que se tenha total certeza de que todos os itens solicitados pelo cliente estão 
sendo carregados. 
 
5.2. NECESSIDADES DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL 
 
A movimentação de material está incorporada em praticamente todas as 
atividades da produção, tendo impacto em cinco pontos: 
 
Custo de produção de um produto; Segurança e saúde dos 
trabalhadores;Estragos causados nos produtos; Quantidade de materiais 
perdidos ou roubados; Nível de produtos em processamento. 
 
A movimentação de material implica que sejam projetados corredores com 
espaço suficiente para que a movimentação das matérias-primas, produtos 
em processamento ou produtos acabados, não interfira nos processos de 
fábrica causando atrasos na produção ou engarrafamentos dentro da mesma 
ou do armazém. (Casadevante Y Mújica, 1974, p. 75). 
 
A quantidade, tipo e forma, ou configuração do espaço influenciam na 
escolha dos equipamentos de movimentação de material (Muther, 1985, p. 
20). 
 
A movimentação transporta fisicamente os produtos de onde são produzidos 
para onde são requisitados. Esta movimentação acrescentavalor aos 
produtos (Lambert, 1998, p. 217) 
 
5.3. CUSTOS DA MOVIMENTAÇÃO 
 
 Empilhadeiras: próprias ou terceirizadas; 
 Baterias, GLP, carregadores de baterias; 
 Paleteiras; 
 Carrinhos transportadores; 
 Manutenção dos equipamentos; 
 Operadores de empilhadeira. 
 
 
52 
 
5.4. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO 
 
Veículos não motorizados: recomenda-se o uso quando: 
 
 O capital a ser investido é limitado; 
 A carga é relativamente leve; 
 Em locais que exigem baixo ruído; 
 A flexibilidade, utilidade e mobilidade só podem ser obtidas com este 
tipo de equipamento. 
 
Veículos motorizados: recomenda-se o uso quando: 
 
 Precisar de maior velocidade; 
 Precisar de uma capacidade maior de carga; 
 As cargas são mais pesadas que o equipamento manual possa 
movimentar; 
 Longa distância a ser percorrida. 
 
Tem a desvantagem de um maior investimento e mais custo com 
manutenção. 
 
5.5. ESCOLHA DO EQUIPAMENTO CERTO 
 
Será preciso conhecer: 
 
 Tipo de carga a ser movimentada; 
 O peso da carga a ser movimentada; 
 As dimensões da carga; 
 O tipo de terreno a ser percorrido; 
 A largura do corredor. 
 
5.6. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
É a atividade associada à movimentação de materiais desde o fornecedor até 
o consumidor final. (Paulo Sérgio Gonçalves). Sua principal função é o 
transporte dos produtos acabados para os clientes, que são o destinatário 
final. A disponibilidade de produtos é um ponto importante de apoio. Se um 
conjunto de produtos não for entregue "quando" e "onde" for necessário, 
uma grande oportunidade de negócio pode ser desperdiçada. (Bowersox, 
1996, p. 35). É através do processo de distribuição física que o tempo e 
espaço exigidos pelo cliente se tornam uma parte integrante do processo de 
marketing, por isso, a distribuição física liga um canal entre o marketing e o 
cliente. 
 
 
53 
 
Referências Complementares: 
 
 Luiz Henrique Aquino Campos Tecnólogo em Processamento de Dados, 
pós-graduado em Gestão da Logística pelo IETEC 
 CABRAL, José Saraiva - Organização e gestão da manutenção: dos 
conceitos à prática. 3ª ed. Lisboa: Lidel Edições Técnicas, 1998. ISBN 
978-972-757-052-2 
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PCP e marketing [Em linha]. Rio de Janeiro: E-papers Servicos 
Editoriais Ltda., 2006. [Consultado em 21 Maio 2008]. Disponível em 
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ISBN 978-85-7650-071-1 
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produção. 2ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1989. ISBN 978-0-07-
450213-6 
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Editora, 2008. ISBN 8522506876 
 ALVES, Jorge de Jesus Ferreira - Portugal e a Política Agrícola Comum 
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2008]. Disponível em WWW: 
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972-32-0390-5. p. 132-133 e 144. 
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em 27 Julho 2008]. Disponível em WWW: 
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Produção. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2006.Buarque, S. 
 MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. 
São Paulo: Editora Pioneira, 1999. 
 DIAS, João Carlos Quaresma. Logística global e macrologística. 
Lisboa: Edições Silabo, 2005. ISBN 978-972-618-369-3 
 KRIPPENDORFF, Herbert. Manual de Armazenagem Moderna. 
Lisboa: Editorial Pórtico, D.L, 1971. 
 LAMBERT, Douglas M.; STOCK, James R.; ELLRAM, Lisa 
M.. Fundamentals of Logistics Management. Nova Iorque: McGraw-Hill, 
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Negócios. Editorial Magazine. Página visitada em 21 Mai 2008. 
 PINTO, Ricardo (27 Jan 2007). Características técnicas dos 
armazéns. Portal empresarial da Maia. MaiaInova. Página visitada em 
28 Abr 2008. 
 BOWERSOX, Donald J. Logística Empresarial: O processo de integração 
da cadeia de suprimento. 1. ed. – 8. reimp. – São Paulo: Atlas, 2010. 
 GONÇALVES, Paulo Sergio: Administração de Materiais. 3ª ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2010 
 MOURA, Reinaldo. Armazenagem: do recebimento à expedição. São 
Paulo: IMAM, 1997. V. 2. Manual de logística. 
 MOURA, Reinaldo. Sistemas e técnicas de movimentação e 
armazenagem de materiais. 5. ed. São Paulo: IMAN, 2005. V. 1. 
Manual de logística. 
 Sites: www.aslog.org.br, acesso em 27/out. 2010; 
 www.ibralog.org.br, acesso em 27/out. 2010; 
 www.ilos.com.br, acesso em 27/out. 2010; 
 www.guiadelogistica.com.br, acesso em 25/Nov. 2010; 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Embalagem, acesso em 25/Nov. 2010. 
 
 
http://www.revistaconstrucaoenegocios.com.br/materias.php?FhIdMateria=79
http://negocios.maiadigital.pt/hst/sector_actividade/armazenagem/riscos_armazenagem/caracteristicastecnicas
http://negocios.maiadigital.pt/hst/sector_actividade/armazenagem/riscos_armazenagem/caracteristicastecnicas

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