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NIVELAMENTO DE LIBRAS BÁSICO I

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NIVELAMENTO DE
LIBRAS BÁSICO I
ETAPA 1
O QUE É LIBRAS?
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Curso sobre Nivelamento de Libras Básico I
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Ana Clarisse Alencar Barbosa
(Coord. de Pedagogia, Educação Especial e Letras-Libras)
Autora
Fabiana Schmitt Corrêa 
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
3
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LIBRAS BÁSICO I
“Quando eu aceito a língua de outra pessoa eu aceitei a pessoa... Quando eu 
rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa, porque a língua é parte de nós mesmos... Quando 
eu aceito a Língua de Sinais eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente 
que o surdo tem o direito de ser surdo...”. 
(TERJE BASILIER, psiquiatra norueguês)
4 LIBRAS BÁSICO I
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CAPÍTULO 1 
1. O QUE É LIBRAS
Libras (Língua Brasileira de Sinais) é, segundo a Lei nº 10.436/2002, “Art. 1o É 
reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais 
– Libras e outros recursos de expressão a ela associados”.
A necessidade de conhecer e aprender essa língua também se deve ou até, se 
agradece, às legislações que incentivam a implementação de políticas acessíveis, que 
incitam a disseminação da língua para garantia de oportunidades. Uma delas nós 
apresentamos acima, mas também é valioso o Decreto nº 5.626/2005, que confere a 
inclusão social em diferentes espaços. 
Vamos conversar um pouco sobre essa língua, que é de modalidade espaço-visual, 
diferente do que estamos habituados a perceber, que são as línguas orais-auditivas. Para 
iniciar nossa reflexão, apresentamos algumas observações realizadas por Gesser (2009). 
Quando se fala em Libras, é comum pessoas a entenderem como uma língua universal, 
independentemente do país no mundo, os surdos falariam a mesma língua. Outra 
questão comum trazida pela autora no contexto atual é a crença de que Libras é uma 
língua simplificada, que se baseia em ‘escrever’ com as letras do alfabeto a informação, 
são gestos e mímicas que não conseguem realizar uma comunicação complexa, intensa. 
A autora destaca em seu livro que, enquanto Língua, possui gramática própria, 
semelhante às línguas orais, embora a exploração seja realizada através dos gestos. 
Há três parâmetros constituintes na língua de sinais: configuração da mão, ponto de 
articulação ou locação e movimento (CM, PA ou L e M). (GESSER, 2009). Os parâmetros 
mencionados serão posteriormente discutidos.
Então temos uma língua, que para surpresa de muitos é estruturada com 
gramática própria, com itens lexicais, morfológicos, sintáticos e semânticos, logo não é 
a gestualização do português. 
Já temos algumas informações que nos auxiliarão a compreender e aprender 
mais sobre essa língua diferente e tão instigante. Mas, antes de continuar a aprofundar 
Libras, conheceremos um pouco sobre sua história no mundo e no Brasil.
5
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LIBRAS BÁSICO I
1.1. HISTÓRIA DA LÍNGUA DE SINAIS NO MUNDO
“Eu não quero explicar o passado nem adivinhar o futuro. Eu só quero 
entender o presente”. 
Jorge Luis Borges
No ano de 1755, o abade Charles Michel de l’Épée deu início ao que foi um marco 
na educação de surdos no mundo, bem como na comunicação. Começou a ensinar 
surdos a associar palavras a figuras, ensinando-os a ler.
No ano de 1865, os Estados Unidos fundaram a primeira instituição de ensino 
superior para surdos, a Gallaudet University, em Washington (EUA).
FIGURA 1 - GALLAUDET UNIVERSITY
FONTE: Disponível em: <https://www.thinglink.com/scene/492384048933502978>. Acesso 
em: 10 abr. 2017. 
Um marco na história da língua de sinais no mundo ocorreu em um congresso, 
que se dedicava a escolher a melhor forma de educar surdos, logo envolvia a língua que 
seria usada. Foi o Congresso Internacional de Surdo-Mudez (Milão – Itália) em 1880, 
onde votaram entre alguns métodos de ensino para os surdos, sendo escolhido então 
o oralismo puro, sem nenhum gesto ou sinal, pois se acreditava, então, que a língua 
de sinais contribuía para que os surdos ficassem preguiçosos para a fala, então esta foi 
proibida. Interessante é saber que entre os 169 representantes que votaram, somente 
cinco foram contra a escolha. Os que decidiram sobre a vida dos surdos eram ouvintes. 
6 LIBRAS BÁSICO I
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1.2 HISTÓRIA DA LIBRAS NO BRASIL
 A autora Albres (2005), em publicação pela Editora Arara Azul, apresenta achados 
sobre a história da Libras no Brasil. Ela aponta que a origem é baseada na Língua de 
Sinais Francesa, considerando que quem iniciou os trabalhos no Brasil em relação à 
língua foi um professor francês, Eduardo Huet, com o assentimento do imperador 
D. Pedro II, e o objetivo da sua vinda era a escola para surdos, desde então no Rio de 
Janeiro – o “Imperial Instituto dos Surdos-Mudos”, atualmente “Instituto Nacional de 
Educação de Surdos”, INES. Atualmente é órgão do Ministério da Educação – MEC.
A seguir, imagens de como era e como está hoje:
FIGURA 2 - Instituto Nacional de Educação de Surdos
FONTE: Disponível em: <https://diversidadeemcomunicar.wordpress.com/tag/libras> e <http://
inclusaodossurdos.blogspot.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2017. 
Os surdos passaram por várias formas de serem percebidos em nossa sociedade. 
Strobel (2009) apresenta de maneira clara no quadro a seguir, indicando o processo que 
passou a língua de sinais até ser considerada oficial:
7
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LIBRAS BÁSICO I
Historicismo História Crítica História Cultural
	 Os surdos narrados 
como deficientes e 
patológicos 
	 Os surdos são 
categorizados em 
graus de surdez
	 A educação deve ter 
um caráter clinico 
terapêutico e de 
reabilitação 
	 A língua de sinais é 
prejudicial aos surdos
	 Os surdos narrados 
como ‘coitadinhos’ 
que precisam 
de ajuda para se 
promoverem, se 
integrar
	 Os surdos têm 
capacidades, mas 
dependentes 
	 A educação como 
caridade, surdos 
‘precisam’ de 
ajuda para apoio 
escolar, porque têm 
dificuldades de 
acompanhar 
	 A língua de sinais é 
usada como apoio ou 
recurso
	 Os surdos narrados 
como sujeitos com 
experiências visuais
	 As identidades 
surdas são múltiplas 
e multifacetadas 
	 A educação de surdos 
deve ter respeito à 
diferença cultural
	 A língua de sinais é 
a manifestação da 
diferença linguística- 
cultural relativa aos 
surdos
QUADRO 1 – QUADRO HISTÓRICO REPRESENTATIVO
FONTE: História da Educação de Surdos, (p. 32, 2009) 
Foram anos até o reconhecimento do sujeito surdo e da língua de sinais. O 
reconhecimento da língua de sinais somente ocorreu em 2002, do sujeito surdo é sabido 
que no contexto atual ainda são percebidos por muitos como pessoas dignas de pena, sem 
capacidade e sem potencial de aprendizagem, infelizmente. Mas há que se comemorar 
as muitas mudanças e conquistas pelos surdos, desde os achados históricos. 
FIGURA 3 – LINHA DO TEMPO
FONTE: Rev. Bras. Educ. (2015)
8 LIBRAS BÁSICO I
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É fato que muita coisa mudou na vida das pessoas surdas a partir no 
reconhecimento da Libras e das legislações acerca da acessibilidade. Desde então, o que 
parecia absurdo aconteceu. Os surdos não precisavam mais sentar sobre as mãos para 
evitar que sinalizassem, ou escondê-lasse estivessem em lugares públicos, até mesmo 
levar reguadas se fizessem algum gesto em sala de aula. 
A ideia de termos dois mundos, do ouvinte e do surdo, também já é uma divisão 
que gradativamente vem diminuindo. Hoje não se precisa mais ter receio de ingressar 
no mercado de trabalho, disfarçar a surdez, e para a alegria de muitos, temos legenda, 
acesso às informações em boa parte das emissoras. Professores não repreendem alunos 
surdos por sinalizarem e principalmente, crianças surdas têm acesso à educação na sua 
cidade, próximo as suas residências, não precisam se deslocar a outro estado e passar 
muito tempo longe da sua família para receber ‘uma educação adequada’. Estamos em 
tempos melhores!
2. PARÂMETROS DA LIBRAS
Antes da década de 1960, não se tinha conhecimento acerca da existência da 
decomposição das línguas de sinais em partes menores. As pesquisas do linguista 
americano Stokoe identificaram de maneira muito clara que as línguas de sinais, bem 
como em línguas orais, se segmentavam em partes menores, quando isoladas não 
apresentavam significado algum, conhecidas como fonemas. 
No princípio, eram conhecidas como ‘quiremas’ e, com o avançar das 
investigações, os pesquisadores passaram a chamar essas partes menores pelo termo 
fonema (QUADROS; KARNOPP, 2004). As autoras ainda acrescentam que Libras, bem 
como outras línguas de sinais, têm sua produção prioritariamente nas mãos, mas há 
movimentos de corpo e face, que têm suas funções específicas. 
As pesquisas atuais indicam que se encontram cinco parâmetros na Língua de 
Sinais: configuração de mão, ponto de articulação, movimento, orientação de palma e 
as expressões. Para colaborar com o entendimento acerca desses parâmetros, seguem 
imagens ilustrativas com sentenças explicativas:
Configuração de mão – sinais iguais, que se diferenciam pela configuração da 
mão, ou seja, como está a forma da mão. Em relação às configurações de mão, temos 
hoje 62 identificadas:
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LIBRAS BÁSICO I
FIGURA 4 – CONFIGURAÇÕES DE MÃOS
FONTE: Disponível em: <http://tertuliasdelibras.blogspot.com.br>. Acesso em: 4 abr. 2017. 
Seguem exemplos clarificando a diferença da configuração na execução do sinal:
10 LIBRAS BÁSICO I
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Ponto de Articulação – lugar no corpo onde acontecera o sinal. Segundo Quadros e 
Karnopp (p. 57, 2004): “[...] o espaço de enunciação é uma área que contém todos os 
pontos dentro do raio de alcance das mãos em que os sinais são articulados”.
FONTE: Disponível em: <http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/
eixoFormacaoEspecifica/linguaBrasileiraDeSinaisIII/assets/263/figura1.png>. 
Acesso em: 4 abr. 2017.
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LIBRAS BÁSICO I
FIGURA 5 – ESPAÇO DE REALIZAÇÃO E AS QUATRO ÁREAS PRINCIPAIS DE 
ARTICULAÇÃO DOS SINAIS
FONTE: Quadros; Karnopp (2004, p. 57)
Ainda em relação ao espaço apresentado nas figuras acima, as autoras destacam 
que:
O espaço de enunciação é um espaço ideal, no sentido de que se considera que 
os interlocutores estejam face a face. Pode haver situações em que o espaço de 
enunciação seja totalmente reposicionado e/ou reduzido; por exemplo, se um 
enunciador A faz sinal para B, que está à janela de um edifício, o espaço de 
enunciação será alterado. O importante é que, nessas situações, os pontos de 
articulação têm posições relativas àquelas da enunciação ideal (QUADROS; 
KARNOPP, 2004, p. 57).
A seguir, descrições de locações:
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Cabeça Tronco
Topo da cabeça
Testa
Rosto
Parte superior do rosto
Parte inferior do rosto
Orelha
Olhos
Nariz
Boca
Bochechas
Queixo
Pescoço
Ombro
Busto
Estômago
Cintura
Braços
Braço
Antebraço
Cotovelo
Pulso
Mão Espaço neutro
Palma
Costas das mãos
Lado do indicador
Lado do dedo mínimo
Dedos
Ponta dos dedos
Dedo mínimo
Anular
Dedo médio
Indicador
Polegar
QUADRO 2 – DESCRIÇÕES DE LOCAÇÕES
FONTE: Quadros; Karnopp (2004, p. 58)
Uma curiosidade interessante: a mudança de um lugar pode modificar o 
significado do sinal, como no exemplo a seguir:
A mudança parece ser mínima, mas o suficiente para termos outro significado, 
testa – aprender e queixo – sábado. 
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LIBRAS BÁSICO I
Temos ainda sinais não ancorados no corpo, são realizados no espaço neutro, 
como no exemplo a seguir.
Movimento – É o movimento realizado pelas mãos do enunciador no espaço. É 
um parâmetro complexo que pode envolver formas e direções diferentes (QUADROS; 
KARNOPP, 2004, p. 54).
As autoras destacam ainda que, nas línguas de sinais, as mãos de quem sinaliza 
representam o objeto e o espaço que utilizamos nesse momento é nossa área de 
enunciação. 
Interessante observar, de acordo com Quadros e Karnopp (p. 56, 2004), 
características próprias desse parâmetro, sendo descritas por elas segundo Ferreira-
Brito (1990): 
Categorias do parâmetro movimento na língua de sinais brasileira (FERREIRA-
BRITO, 1990)
TIPO Contorno ou forma geométrica: retilíneo, helicoidal, circular, semicircular, 
sinuoso, angular, pontual; Interação: alternado, de aproximação, de separação, de 
inserção, cruzado; Contato: de ligação, de agarrar, de deslizamento, de toque, de esfregar, 
de riscar, de escovar ou de pincelar; Torcedura do pulso: rotação, com refreamento; 
Dobramento do pulso: para cima, para baixo; Interno das mãos: abertura, fechamento, 
curvamento e dobramento (simultâneo/ gradativo)
DIRECIONALIDADE
 Direcional
- Unidirecional: para cima, para baixo, para direita, para esquerda, para dentro, 
para fora, para o centro, para lateral inferior esquerda, para lateral inferior direita, para 
lateral superior esquerda, para lateral superior direita, para específico ponto referencial; 
- Bidirecional: para cima e baixo, para esquerda e direita, para dentro e fora, para 
laterais opostas – superior direita e inferior esquerda; 
Não direcional
14 LIBRAS BÁSICO I
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MANEIRA 
Qualidade, tensão e velocidade
 - contínuo;
 - de retenção; 
- refreado.
FREQUÊNCIA 
Repetição
 - simples; 
- repetido.
O parâmetro movimento pode alterar o significado do sinal, abaixo um exemplo:
Orientação de Palma – é para onde se mostra a palma da mão na execução do sinal.
FONTE: Quadros e Karnopp (2004, p. 59)
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LIBRAS BÁSICO I
FONTE: Quadros e Karnopp (2004, p. 60)
FONTE: Quadros e Karnopp (2004, p. 60)
Expressões – enquanto sinalizamos, articulamos os sinais, indicamos expressões 
faciais e corporais, movimentamos nosso corpo, ou face, ou cabeça e olhos, movimentos 
do corpo, da face, da cabeça e dos olhos. Observe o movimento de cabeça no primeiro 
sinal.
FONTE: CAPOVILLA; RAPHAEL (2001)
16 LIBRAS BÁSICO I
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Sobre as expressões, devemos ainda destacar a existência de expressões afetivas 
e as gramaticais. Vejamos a diferença entre elas:
Expressões afetivas indicam nosso estado emocional, afetivo no momento da 
sinalização, são as famosas caretas que fazemos enquanto sinalizamos, mas que estão 
presentes também durante a conversa entre pessoas ouvintes na língua oral.
 
Já as expressões gramaticais indicam nos adjetivos o grau de intensidade, também 
se afirmo, se interrogo, se exclamo uma afirmação, se é relativo. Mas posteriormente 
serão explicadas com mais ênfase. 
3. ALFABETO MANUAL
São 26 letras do alfabeto manual, que estão também inseridas no montante das 
configurações de mãos apresentadas anteriormente.
Para iniciar falando sobreo alfabeto manual, segue uma imagem ilustrativa: 
FIGURA 6 – ALFABETO MANUAL
FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_mobhLXJIvbI/SXxWsaHPI/
AAAAAAAAACc/04kwG8XAdXA/s320/Alfabeto+de+Libras.GIF>. 
Acesso em: 4 abr. 2017.
Para falar sobre esse tema, às vezes banalizado, apresentamos a elucidação acerca 
do alfabeto manual, apresentada por Leite (2004), destacando que ele é utilizado em 
algumas situações, para nomes próprios, palavras estrangeiras, de lugares e apelidos, 
para facilitar em muitas situações o entendimento de um sinal não compreendido.
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LIBRAS BÁSICO I
Destacamos outras observações interessantes que podemos fazer acerca do 
alfabeto manual. A autora Gesser (2009, p. 27-28) aponta que: 
[...] o alfabeto manual tem uma função de interação entre os usuários da língua 
de sinais. Lança-se mão desse recurso para soletrar nomes próprios de pessoas 
ou lugares, siglas, e algum vocábulo não existente na língua de sinais que ainda 
não tenha sinais. Podemos ainda acrescentar que é um recurso para auxiliar 
também pessoas não fluentes, mas iniciantes no processo comunicacional em 
Libras.
Para muitos, o alfabeto manual era a base para a formação de sinais, o que é 
incorreto, uma vez que observamos vários sinais sendo produzidos com configurações 
que não são oriundas do alfabeto manual, por exemplo, os sinais NAMORAR, PRETO, 
FRIO não são sinalizados com letras do alfabeto.
Diferentemente de sinais como VERDE, IMPORTANTE, AZUL, que, além de 
fazerem uso de letras do alfabeto manual, também são considerados um empréstimo 
linguístico, pois fazem uso da sinalização de letras oriundas da Língua Portuguesa, bem 
como os ouvintes, ao falarem PEN-DRIVE, também estão realizando um empréstimo 
linguístico. Outra curiosidade: assim como as línguas de sinais, o alfabeto manual é 
característico de cada país. 
FIGURA 7 – ALFABETO MANUAL DE OUTROS IDIOMAS
18 LIBRAS BÁSICO I
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FONTE: Disponível em: <http://enflibras.blogspot.com.br/2009/03/alfabeto-manual-em-varios-idiomas-na.
html>. Acesso em: 4 abr. 2017.
As diferenças observadas nos alfabetos nos auxiliam a compreender que as línguas 
de sinais também são próprias de cada país, não são universais.
Segue um recorte do texto de Bisol e Valentini (2011, s.p.), no artigo referente ao 
Alfabeto Manual, quando trazem equívocos comuns relacionados ao desconhecimento 
acerca da comunidade surda:
a) achar que o alfabeto manual é a própria língua de sinais: o alfabeto manual 
permite soletrar palavras específicas e complementa a utilização da língua de 
sinais. Esta, por sua vez, possui uma estrutura tão complexa quanto qualquer 
língua oral (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, etc.). 
b) achar que utilizando o alfabeto manual não será necessário aprender a língua 
de sinais: a língua de sinais possibilita aos surdos uma forma de comunicação 
viva, rica, aberta, como qualquer língua. Assim, para um surdo que cresceu 
tendo como sua primeira língua a língua de sinais, a língua oral do país onde 
ele vive (do grupo ouvinte majoritário) será para ele como uma segunda lín-
gua: ele a conhece – uns a conhecem mais do que outros, ele é capaz de ler 
com fluência (novamente, uns mais fluentes do que outros), mas não é a sua 
forma preferencial de comunicação. Por isso, um intérprete de língua de sinais 
traduzirá da língua oral em questão – Português, por exemplo, para Libras, 
e somente utilizará o alfabeto manual nos casos mencionados anteriormente. 
c) achar que a leitura labial será suficiente para que o surdo entenda o que 
diz um ouvinte: é verdade que a leitura labial pode ser um recurso utilizado 
pelos surdos no contato com ouvintes, principalmente com ouvintes que não 
conhecem a língua de sinais. Porém é importante saber que existem dificuldades 
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LIBRAS BÁSICO I
relacionadas, entre outras questões, à identificação de palavras, à visibilidade 
dos sons nos lábios, homofonias, manutenção constante do foco no rosto do 
interlocutor, compreensão do contexto e integração de elementos verbais e 
não verbais. Portanto, a leitura labial auxilia, mas não garante por si só que 
haja compreensão.
Enfim, vários foram os argumentos acerca da importância do alfabeto manual. 
Lembrando que é importante que se aprenda, mas não é garantia de comunicação com 
sujeito surdo.
Agora, mãos à obra! Assista aos vídeos complementares a esta etapa, cujos sinais 
iremos aprender neste capítulo, a fim de auxiliar você a compreender melhor a execução 
dos sinais.
20 LIBRAS BÁSICO I
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AUTOATIVIDADE 
1 - Vamos treinar a soletração! Assista ao vídeo, cujo link segue, e depois traduza o que 
compreendeu, inserindo a resposta aqui:
Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=6EYVQfE7Wgk&t=18s>.
Traduza o que você visualizou:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________
Dicionário de sinais:
MEU
NOME
21
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IDADE
QUAL SEU
NOME?
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ONDE VOCÊ
MORA?
QUAL SEU ENDEREÇO? (Sinalizamos: qual nome da sua rua)
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CIDADE
BLUMENAU
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POMERODE GASPAR
INDAIAL TIMBÓ
FLORIANÓPOLIS 
2 VEZES
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BRUSQUE
2 VEZES
Para conhecer mais cidades, acesse o vídeo: <https://www.youtube.com/
watch?v=Cl5xszJWapg>. 
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REFERÊNCIAS
ALBRES, Neiva de Aquino. Disponível em: <http://www.editora-arara-azul.com.br/
pdf/artigo15.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2017.
ALFABETO MANUAL. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_mobhLXJIvbI/
SXxWsaHPI/AAAAAAAAACc/04kwG8XAdXA/s320/Alfabeto+de+Libras.GIF>. 
Acesso em: 22 fev. 2017.
ALFABETOS MANUAIS DE OUTROS PAÍSES. Disponível em: <http://enflibras.
blogspot.com.br/2009/03/alfabeto-manual-em-varios-idiomas-na.html>. Acesso em: 22 
fev. 2017. 
BISOL, C. A.; VALENTINI, C. B. O alfabeto manual. Objeto de Aprendizagem 
Incluir – UCS/FAPERGS, 2011. Disponível em: <http://www.grupoelri.com.br/Incluir/
downloads/OA_SURDEZ_Alfabeto_Manual_Texto.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2017.
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walquíria Duarte. Dicionário 
Enciclopédico Ilustrado Trilíngue LIBRAS. Vol. I e II. São Paulo: USP, 2001.
DICIONÁRIO AURÉLIO. Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com>. Acesso 
em: 22 fev. 2017.
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da 
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
IMAGEM CONFIGURAÇÃO DE MÃOS. Disponível em: <http://www.libras.ufsc.br/
colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/linguaBrasileiraDeSinaisIII/assets/263/
figura1.png>. Acesso em: 22 fev. 2017. 
LEITE, Emeli Marques Costa. Os papéis do intérprete de Libras na sala de aula 
inclusiva. Coleção Cultura e Diversidade. Rio de Janeiro: Editora Arara Azul, 2004.
O ALFABETO MANUAL. Disponível em: <http://www.grupoelri.com.br/Incluir/
downloads/OA_SURDEZ_Alfabeto_Manual_Texto.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2017. 
QUADROS, Ronice Müller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira. 
Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO. Disponívelem: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782015000100167#>. Acesso em: 22 mar. 
2017. 
27
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STROBEL, Karin. História da educação de surdos. Universidade Federal de Santa 
Catarina – Licenciatura em Letras – LIBRAS (EAD). Florianópolis: UFSC, 2009.
TESE DE MESTRADO: Disponível em: <file:///c:/users/mgbsantos/downloads/
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