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Caso concreto 4 O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta Resposta: Não. O argumento não irá prosperar haja vista que a sentença que julgo u a ação do servidor A não tem força vinculante , o u seja, t rata -se de controle de inconstitucionalidade difuso , Subjetivo, incidental, que gera e feitos in ter partes. Caso 5 (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. A ) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. No caso concreto é possível afirmar que estamos diante de uma norma formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela câmera municipal e não pelo prefeito (art. 29, V, CF ). Não há que se falar em inconstitucionalidade material uma vez que o art. 37 , XI, CF limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. Não cabe e ADI no caso concreto pois a norma municipal não pode ser objeto d e controle Concentrado junto ao Supremo , ademais o vereador não possui legitimidade p ara pro por A DI N (a RT. 10 2, I, “a” e 103 CF) . Questão discursiva 2: A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvada as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembléia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. R: O caso traz à tona a coexistência de jurisdições constitucionais estaduais e federais. Com isso ocorrerá a suspensão d o processo no âmbito da justiça estadual aguardando o pronunciamento do STF sobre a questão b) Poderia o Presidente de a República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. R: sim. Considerado que o presidente da republica é um legitimado universal para o ajuizamento da ADI (art.103 , cf ) Caso 6 (OAB ? XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? R: não caberia a ADC, pois não há relevante controvérsia judicial, tendo em vista o pouco tempo de vigência do ato normativo conforme exigido pelo art.14,III,da lei nº9868/99 b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? R: SIM, buscando a suspensão do julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da ação até o julgamento final de mérito da ADC, com fundamento no artigo 21 , caput, da lei nº 9868/99 Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? R: Os efeitos da medida cautelar são vinculantes. Questão discursiva 2: O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? R: sim! A referida lei estadual apresenta vicio de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privada do chefe do poder executivo pode criar órgãos de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o artigo 61,§1º,inciso II, e da CRFB/88,aplicável por simetria aos estados. b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? R: Não! Em razão da inobservância do principio da subsidiariedade ou em razão do cabimento de ação direta inconstitucionalidade previsto no art. 4º, §1º, da lei nº9882/99
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