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TUTELA PROVISÓRIA: TUTELA DE URGÊNCIA TUTELA DE EVIDÊNCIA TUTELA PROVISÓRIA TUTELA DEFINITIVA • A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate acerca do objeto da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. TUTELA PROVISÓRIA • A tutela definitiva exige tempo. No intuito de abrandá-lo, o legislador instituiu a possibilidade de antecipação provisória dos seus efeitos. É a tutela provisória. TUTELA PROVISÓRIA – CONCEITO • Tutelas provisórias são tutelas jurisdicionais não definitivas, fundadas em cognição sumária (isto é, fundadas em um exame menos profundo da causa, capaz de levar à prolação de decisões baseadas em juízo de probabilidade e não de certeza). Podem fundar-se em urgência ou em evidência (daí por que se falar em tutela de urgência e em tutela da evidência). (Alexandre Freitas Câmara ) REGRA GERAL TUTELA PROVISÓRIA – NCPC 294/299 ✓ Regra geral – NCPC 294 NCPC, Artigo 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 294/299 ✓ Dispensa de custas – NCPC 295 NCPC, Artigo 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. ✓ Precariedade – NCPC 296 NCPC, Artigo 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. ✓ Meio auxiliares de efetivação – NCPC 297 NCPC, Artigo 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. ➢Medidas que busquem o resultado prático idêntico ao cumprimento voluntário; ➢Cumprimento provisório da sentença REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 294/299 ✓ Motivação da decisão – NCPC 298 NCPC, Artigo 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso. ➢Regra constitucional prevista no artigo 93, IX. ➢Fundamentos devem ser expostos de forma clara e precisa. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 294/299 NCPC, Artigo 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. ✓ Regra de competência – NCPC 299 ➢ Preparatória – Juízo competente para a ação principal; ➢ Incidental – Competência funcional. ➢ Obs.: No caso de competência originária dos Tribunais – a distribuição será realizada no órgão competente para julgar o mérito do recurso, não importando a interposição do recurso. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 294/299 Resumindo … TUTELA DE URGÊNCIA Sumariedade da Cognição • Cognição significa conhecimento. Para a concessão de tutela de urgência, o magistrado não conhece a fundo o direito que está sendo levado à sua análise, ele realiza uma cognição sumária, ou seja, faz um juízo de verossimilhança e probabilidade baseando-se em elementos trazidos aos autos pelas partes (fumus boni iuris e periculum in mora). Preventividade • As tutelas provisórias de urgência têm por objetivo evitar um dano ou risco de dano, ou seja, depois que o dano se concretizou, a cautelar perde a sua razão de ser. Art. 5º, XXXV da CF: • XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Provisoriedade • As tutelas provisórias de urgência são medidas destinadas a durar pouco no tempo, tutelando uma situação de emergência. Revogabilidade • Tasi tutelas de urgência são concedidas em atenção a uma situação passageira, formada por circunstâncias que podem modificar-se de repente, exigindo uma nova apreciação. ✓ Regra geral – NCPC 302- revogabilidade da medida NCPC, Artigo 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável; II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. Fungibilidade NCPC, Artigo 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. • REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ➢ 1º Requisito: probabilidade do direito (fumus boni iuris) ➢ 2º Requisito: perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional (periculum in mora) ✓ Perigo de dano ✓ Risco ao resultado útil ➢ Urgência impõe o perigo de dano (ao processo ou direito material) ou receio de ineficácia do provimento final NCPC, Artigo 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Liminares e Tutelas provisórias NCPC, Artigo 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. ✓ Regra geral – NCPC 301 NCPC, Artigo 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. Poder geral de cautela TUTELA CAUTELAR CONCEITO • Alexandre Freitas Camara • Chama-se tutela cautelar à tutela de urgência do processo, isto é, à tutela provisória urgente destinada a assegurar o futuro resultado útil do processo, nos casos em que uma situação de perigo ponha em risco sua efetividade. FINALIDADE • Marcus Vinícius Rios Gonçalves “A finalidade da tutela cautelar nunca será satisfazer a pretensão, mas viabilizar a sua satisfação. Visará sempre a proteção, seja de uma pretensão veiculada no processo de conhecimento, seja de uma pretensão executiva. “ Procedimento das Cautelares Antecedentes - novo CPC Petição inicial: art. 305, novo CPC - lide e seu fundamento - exposição sumária do direito que se objetiva assegurar - perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo Lembrar dos demais requisitos de uma petição inicial – art. 282 / 383 – 319/320 - possibilidade de aplicação da fungibilidade. Parágrafo único, artigo 305, NCPC. - A medida liminar, eventualmente requerida, poderá ser concedida de plano ou mediante a audiência de justificação prévia. Artigo 300, §2º do novoCPC. Verificar, também, o §1º deste artigo, que se refere à contracautela. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 305/310 ✓ Regra geral – NCPC 306 NCPC, Artigo Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. • - o réu será citado para apresentação de defesa, em 5 dias. • Sob pena de • juiz reconhecer os efeitos da revelia e prolatar decisão neste sentido. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 305/310 ✓ Regra geral – NCPC 307 NCPC, Artigo 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum. • Reconhecer os efeitos da revelia e prolatar decisão neste sentido. • Qual a natureza jurídica desta decisão? Art. 310 NCPC: • Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 305/310 ✓ Regra geral – NCPC 308 NCPC, Artigo 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. § 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. § 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. § 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu. § 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. - Se concedida a medida cautelar, a parte requerente terá o prazo de 30 dias, a contar desta efetivação, para formular, nos mesmos autos, o pedido principal. Artigo 308, “caput” do NCPC. Deste pedido apresentado, as partes serão intimadas para audiência de conciliação ou mediação, nos termos do procedimento comum. Regra prevista no §3º deste mesmo artigo. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 305/310 ✓ Regra geral – NCPC 309 NCPC, Artigo 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito. Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. REGRAS PROCEDIMENTAIS GERAIS – NCPC 305/310 ✓ Regra geral – NCPC 310 NCPC, Artigo 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. Esquematizando .... TUTELA ANTECIPADA Tutela Antecipada • Conceito: Alexander Freitas Câmara • A tutela de urgência satisfativa (tutela antecipada de urgência) se destina a permitir a imediata realização prática do direito alegado pelo demandante, revelando-se adequada em casos nos quais se afigure presente uma situação de perigo iminente para o próprio direito substancial (perigo de morosidade). • REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ➢ 1º Requisito: probabilidade do direito (fumus boni iuris) ➢ 2º Requisito: perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional (periculum in mora) ✓ Perigo de dano ✓ Risco ao resultado útil ➢ Urgência impõe o perigo de dano (ao processo ou direito material) ou receio de ineficácia do provimento final NCPC, Artigo 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. TUTELA ANTECIPADA NCPC Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. TUTELA ANTECIPADA NCPC Art. 303. § 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito. § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar- se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. § 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. § 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. § 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. Da Tutela Antecipada requerida em caráter antecedente. NCPC A tutela de urgência antecipada antecedente é aquela requerida dentro do processo em que se pretende pedir a tutela definitiva, no intuito de adiantar seus efeitos, mas antes da formulação do pedido de tutela final (Fredie Didier Junior). • EXIGÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO ➢ Decisão cabe ao juiz, segundo prudente análise da conveniência processual ➢ Caução real ou fidejussória ➢ Ressalva para caso de economicamente inidôneo NCPC, Artigo 300. [...] § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. • CONCESSÃO: LIMINAR / JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA ➢ Concessão liminar significa: ✓ In audita altera parte ✓ Initio litis ➢ Admissibilidade em face à urgência decorrente do periculum in mora ➢ Audiência de Justificação Prévia NCPC, Artigo 300. [...] § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. CPC, Artigo 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer. Da Tutela Antecipada requerida em caráter antecedente. NCPC Petição inicial limitada ao requerimento da Tutela Antecipada: Art. 303, “caput”, NCPC. - limitação ao requerimento de TA - indicação do pedido de tutela final - exposição da lide - do direito que se busca realizar - perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo Se não for concedida, Possibilidade de emenda da inicial em até 5 dias. Art. 303, III, §6º. Se concedida, o autor deverá aditar a inicial (nos mesmos autos, independentemente de novas custas, §§3º e 4º, III, art. 303), complementando sua argumentação, solicitando a confirmação do pedido de tutela final, no prazo de 15 dias ou em outro prazo MAIOR que o juiz fixar. Art. 303,§1º, I do NCPC. - O réu, na sequência, será citado para a audiência de conciliação ou mediação, nos termos do procedimento comum (considerar os inciso II e III do mesmo artigo e parágrafo citado no tópico anterior). - Se o aditamento não for realizado, o processo será extinto sem resolução do mérito. §2º, inciso II do mesmo artigo. Estabilização da Tutela Antecipada - Se, da decisão proferida pelo juiz que conceder a tutela antecipada, nos termos do artigo 303, não for interposto recurso (artigo 304, “caput” do NCPC) (entendimento, qualquer manifestação do requerido), a tutela concedida se tornará estável, podendo apenas ser revista, reformada ou invalidada, a pedido de qualquer das partes, por meio de ação própria, no prazo de 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo. Art. 304, NCPC Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. § 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. § 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. § 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. § 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. § 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. • Procedimento – Antecipada Antecedente Autor postula a antecipação da tutela provisória antecipada antecedente (NCPC, 303) Juiz concede a tutela provisória antecipada antecedente e fixa prazo de no mínimo 15 dias para aditar postulação principal (NCPC, 303, §1º, I) Autor adita adequadamente a petição inicial (NCPC, 303, §1º, I) Processo segue com a citação do Réu e designação de audiência de mediação ou conciliação (NCPC, 303, §1º, II) Não havendo autocomposição, abrirá prazo para resposta do Réu (NCPC, 303, §1º, III) Autor não adita adequadamente a petição inicial Extinção do processo sem resolução do mérito (NCPC, 303, §2º) Não identificando elementos de convicção, determinação da emenda da petição inicial em até 5 dias (NCPC, 303, §6º) Emenda da petição e concessão da tutela provisória antecipada antecedente e fixa prazo de no mínimo 15 dias para aditar postulação principal (NCPC, 303, §1º, I) Indeferimento da tutela e extinção do processo sem resolução do mérito (NCPC, 303, §6º) Duvidas recorrentes sobre a estabilização da Tutela Antecipada Antecedente • 1) Quando ela ocorrerá ? Só nessa hipótese 2) Quando se configura a inércia? • De acordo com o art. 304, caput do CPC/2015, para que ocorra a estabilização, deve a tutela antecipada ser concedida (em caráter antecedente), sem que seja “interposto o respectivo recurso”. • Quando falamos em “recurso”, estamos nos referindo ao quê, exatamente? Só ao agravo de instrumento, cabível contra decisões que concedem tutela provisória em geral (art. 1.015, I)? E os embargos de declaração, entram nessa definição, se posteriormente são rejeitados e o réu ou o terceiro prejudicado não agrava de instrumento? E os sucedâneos recursais (reclamação, suspensão de liminar, etc.), em que medida podem inibir a estabilização? • A doutrina tem se dividido, basicamente, em três orientações: (i) a simples apresentação de contestação seria capaz de inibir a estabilização; (ii) qualquer forma de ataque contra a decisão que concedeu a tutela antecipada é capaz de impedir a estabilização, incluindo a reclamação e a suspensão de liminar; (iii) (iii) só a interposição de recurso propriamente dito (agravo de instrumento contra decisão em 1º grau, agravo interno contra decisão monocrática de relator, etc.) afastaria a estabilização. https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/tutela-provisoria-no-novo-cpc-parte-ii-o-caos-chegou-03102016 3) Como compatibilizar a estabilização com o prazo para aditamento da petição inicial na tutela antecipada em caráter antecedente? https://www.jota.info/opiniao-e- analise/artigos/tutela-provisoria-no-novo- cpc-parte-ii-o-caos-chegou-03102016 3) Como compatibilizar a estabilização com o prazo para aditamento da petição inicial na tutela antecipada em caráter antecedente? A autor estará em um dilema, se pretender a estabilização da tutela antecipada: - se ele não aditar e o réu recorrer, não haverá estabilização e o processo será extinto sem resolução de mérito (art. 303, § 2º), ou seja, também sem a possibilidade de que a tutela antecipada seja confirmada por uma decisão posterior de tutela definitiva; - por outro lado, se ele aditar e o réu não recorrer, seu aditamento pode ser compreendido como pedido de tutela definitiva, afastando a estabilização. - https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/tutela-provisoria-no-novo-cpc-parte-ii-o-caos-chegou-03102016 3) Como compatibilizar a estabilização com o prazo para aditamento da petição inicial na tutela antecipada em caráter antecedente? A doutrina tem concebido algumas soluções casuísticas para esse problema, como a ampliação do prazo para aditamento pelo juiz, na forma do art. 139, VI do CPC/2015 (de maneira a que o autor possa decidir entre aditar ou não já sabendo se o réu ficou inerte), ou a determinação para que o autor seja intimado, após decorrido in albis o prazo para o recurso, para que informe se insiste em seu aditamento já apresentado ou se prefere dele abrir mão e ficar com a estabilização da tutela antecipada. DEPENDERÁ DE UM JUIZ ATENTO! https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/tutela-provisoria-no-novo-cpc-parte-ii-o-caos-chegou-03102016 TUTELA DE EVIDÊNCIA NCPC Art. 311 Tutela da Evidência Tutela Provisória, mas que dispensa o requisito do perigo de dano, de ineficácia do resultado final do processo. É uma tutela provisória sem o requisito da urgência. Por ser tutela provisória, funda-se na ideia da probabilidade do direito. Disciplinada pelo artigo 311 do novo CPC. • Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: • I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; Como se fosse uma tutela da evidência sancionatória. Tutela da Evidência • II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; Obs: casos repetitivos, REsp e RE repetitivos e Incidente de Resolução de Demandas Repetitiva, por ex. Corresponde a uma probabilidade bastante considerável. Tutela da Evidência • III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; O novo CPC retira a ação de depósito do rol dos procedimentos especiais, mas mantêm a possibilidade da concessão de liminar, por meio deste inciso. Tutela da Evidência • IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Aqui há a alegação fática, juntamente com os documentos suficientes para comprová-la, não tendo o réu prova documental destinada a contrapora prova documental apresentada pelo autor, apesar de tentar fazê- lo por outros meios de prova. Aqui, a tese jurídica do autor, não está fixada em julgamento de casos repetitivos. (inciso II do mesmo artigo). Tutela da Evidência Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Caso de contraditório diferido, pois a medida será poderá ser concedida antes da citação do réu. Regra lógica, pois, nos casos dos incisos I e IV existe a necessidade de atuação do réu, os requisitos autorizadores da tutela de evidência só estarão presentes após a resposta do réu. Rol taxativo ou exemplificativo? Tutela da Evidência Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Caso de contraditório diferido, pois a medida será poderá ser concedida antes da citação do réu. Regra lógica, pois, nos casos dos incisos I e IV existe a necessidade de atuação do réu, os requisitos autorizadores da tutela de evidência só estarão presentes após a resposta do réu. Rol taxativo ou exemplificativo?
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