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Roteiro de Aula 8 Processo Civil 2019 2 - Tutelas Provisórias (1)

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Roteiro de Aula 
Direito Processual Civil I – Processo de Conhecimento 
Professor Especialista Eubert Andrade Veloso 
8. Tutelas Provisórias 
 
8.1 Conceito 
8.2 Espécies 
 
8.1 Conceito: Tutela provisória é a antecipação da entrega do bem jurídico pretendido pelo autor, seja para 
antecipar a satisfação do direito (natureza satisfativa) ou para produzir os efeitos conservativos necessários para 
que a entrega do bem seja garantida em sentença futura (natureza cautelar). Em ambos os casos as decisões que 
concedem tutelas provisórias podem ser revogadas ou modificadas, a qualquer tempo. 
 
8.2 Espécies de tutelas provisórias (artigos 300 a 311) 
 
As tutelas provisórias se separam nas seguintes espécies: 
 
TUTELAS DE URGÊNCIA 
 
� ANTECIPADA = caráter satisfativo – antecipa total ou parcialmente a entrega do bem jurídico 
pretendido pelo autor. A tutela antecipada não impugnada pelo réu pode provocar a estabilização da 
situação e consequente extinção do processo (art. 304), concedendo-se, definitivamente, o direito ao 
autor. 
 
� CAUTELAR = caráter conservativo – previne risco de inutilidade do processo quanto ao pedido 
principal. Exemplo: arrolamento de bens, arresto, sequestro e protesto contra a alienação de bem 
garantem a manutenção de patrimônio que será utilizado como pagamento caso o credor tenha seu direito 
reconhecido na sentença de mérito (fase de conhecimento). 
 
EXIGEM: 
• Probabilidade do direito 
• Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo 
• Reversibilidade dos efeitos da decisão 
• Procedimento previsto nos artigos 303 e 305 
 
TUTELA DA EVIDÊNCIA 
 
EXIGE: 
• Probabilidade do direito = força da prova trazida pelo autor x fraqueza da defesa 
• Situações previstas no artigo 311 do CPC 
• Procedimento depende do cabimento previsto no art. 311 
 
 
 
 
MARINONI faz critica a denominação utilizada pelo legislador, pois segundo ele “a antecipação é apenas uma técnica 
processual que serve para viabilizar a prolação de uma decisão provisória capaz de outorgar tutela satisfativa ou tutela cautelar 
fundada em cognição sumária” (2015, p. 312). 
 
Os requisitos para concessão da tutela antecipada ou da tutela cautelar, antecedente ou incidental, são os mesmos 
(art. 300): i) probabilidade do direito, ii) perigo de dano, para as tutelas antecipadas e iii) risco ao resultado útil do 
processo, para as tutelas cautelares. 
Tem-se assim que há urgência sempre que cotejada as alegações e as provas com os elementos dos autos, 
concluindo-se perfunctoriamente que há maior grau de confirmação do pedido, e que a demora poderá 
comprometer o direito provável da parte, imediatamente ou futuramente. 
Com relação à tutela de urgência antecipada de natureza satisfativa, para sua concessão, estabeleceu o legislador 
ser necessária também a análise da reversibilidade jurídica da tutela, nos termos do § 3º do artigo 300. 
 
Outra inovação verificada é a estabilidade dos efeitos da tutela concedida antecipadamente, tornando estável a 
decisão se o réu, citado, não interpõe Agravo de Instrumento (recurso cabível contra decisão interlocutória, a qual, 
nos termos do § 2º, do artigo 203 é aquela que não põe fim ao processo), autorizando a extinção do processo 
liminarmente. 
 
O § 6º do artigo 304 dispõe que a decisão que extingue o processo quando o réu, devidamente citado, não 
interpõe o recurso cabível, não faz coisa julgada material, pois inexiste cognição exauriente, porém, não influi na 
estabilidade dos respectivos efeitos. 
 
O parágrafo 2º do artigo 300 dispõe que a tutela pode ser concedida liminarmente, ou seja, inaudita altera parte, 
segundo MARINONI quando “o tempo ou a atuação da parte contrária for capaz de frustrar a efetividade da tutela sumária” 
(2015, p. 313), ou após justificação prévia, ou seja, após intimada a parte contraria a se manifestar exclusivamente 
sobre o pedido de tutela de urgência. Segundo o doutrinador “nada obsta que a tutela de urgência seja concedida em 
qualquer momento do procedimento, inclusive na sentença” (2015, p. 313). 
 
A Tutela Antecipada Antecedente revela uma nova dinâmica processual em substituição da “cautelar preparatória” 
do código de 1973, havendo a possibilidade de mero aditamento da inicial. 
Trata-se de tutela provisória de natureza satisfativa antecedente a propositura da ação, através da qual possibilita-
se manejar o pedido, tão somente, para a antecipação da tutela satisfativa, expondo o direito que se busca e 
demonstrando o perigo da demora, porém, necessário se faz que esta intenção do autor seja expressa na petição 
inicial (artigo 303, § 5º), sob pena de não ser possível estabilizar os efeitos da antecipação da tutela. 
 
Nesse caso, a petição inicial limitar-se-á ao requerimento da tutela antecipada, expondo amplamente seus fatos e 
fundamentos, com apenas a indicação do pedido de tutela final, vinculado o valor da causa ao valor do pedido 
final e não havendo necessariamente o nexo de causalidade entre a tutela provisória e a tutela final. Concedida a 
tutela, o autor terá o prazo de 15 (quinze) dias, ou em outro maior que o juiz fixar, para aditar sua inicial, 
complementando e explanando seu pedido final, sob pena, na inobservância deste prazo, de extinção do processo 
sem julgamento do mérito (art. 303, § 1º e 2º). 
 
A tutela concedida deverá, obrigatoriamente, ser impugnada pelo réu através do recurso de agravo de instrumento, 
por tratar-se de decisão interlocutória nos termos do artigo 1.015. 
A não interposição do recurso fará com que a tutela se torne estável (art. 304), mas não faz coisa julgada material, 
conservando seus efeitos enquanto não for revista, refornada ou invalidada por decisão de mérito proferida em 
ação autônoma, proposta perante o mesmo juízo por uma das partes (art. 304, § 2º), no prazo de 2 (dois) anos, 
contados da ciência da decisão que extinguiu o processo. Caso não seja concedida a tutela, o autor terá prazo de 5 
(cinco) dias para emendar a petição inicial, sob pena de indeferimento e extinção do processo sem resolução do 
mérito (art. 303, § 6º). 
 
DA TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE 
 
O legislador aludiu no artigo 301 algumas das tutelas cautelares previstas no antigo código. Porém trata-se de rol 
exemplificativo, pois é possível obter-se tutela cautelar atipicamente, pois são cabíveis outras medidas idôneas a 
assegurar o direito, sempre que preenchido os requisitos comuns a todas as tutelas cautelares: probabilidade do 
direito e o perigo na demora. 
Denota-se que, somente com relação ao prazo concedido, há uma diferença entre as tutelas de urgência 
antecipatórias. 
Nesse procedimento, o réu será citado para no prazo de 5 (cinco) dias contestar o pedido, sob pena de presunção 
de aceitação dos fatos (art. 306 e 307). 
Aditada a exordial, as partes serão intimadas para audiência de conciliação ou de mediação (art. 308, § 3º), sendo 
esta infrutífera, será concedido prazo de 15 (quinze) dias para contestação (art. 308, § 4º), prosseguindo a ação 
pelo rito comum. 
O réu nesse procedimento apresentará duas contestações. 
A tutela cautelar concedida se tornará estável, porém, o legislador discriminou no artigo 309 o rol de hipóteses as 
quais cessará os efeitos da tutela. 
A inovação primordial do novo CPC com relação aos processos cautelares foi a unificação das ações, deixando de 
existir as ações cautelares propriamente dita, passando a ser um procedimento na própria ação principal. 
 
O novo CPC trata da tutela de evidência em seu artigo 311, dispondo que para a sua concessão é necessária a 
evidência do direito, de forma contundente a formar um juízo de cognição sumária, independente do periculum in 
mora e do risco ao resultado útil do processo. Foram elencada 4 (quatro) hipótese de concessão: i) abuso do direito 
de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu; ii) quando comprovada através de prova documental 
fundamentada em precedentes ou sumula vinculante; iii) pedido reipersecutório fundado em prova documental 
adequada do contrato de depósito e iiii)inicial instruída com prova documental incontestável. 
 
A tutela a ser concedida é pautada na incontestabilidade do direito da parte autora, ou seja, o juiz a concederá de 
forma provisória considerando a incontroversa do direito disputado, reduzindo os efeitos do tempo despendido 
no trâmite normal do processo, afinal, não merece suportá-lo o autor que antecipadamente desincumbiu-se a 
contento do ônus probatório. 
 
Segundo MARINONI a “tutela pode ser antecipada porque a defesa articulada pelo réu é inconsistente ou provavelmente o será”. 
(2015, p. 322). 
 
No fim deste material há mapas mentais sobre o tema.

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