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04 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

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Direito Tributário 
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
• Relação Tributária como relação jurídica: O Estado goza de um conjunto 
de prerrogativas que lhe asseguram uma posição privilegiada nas 
relações jurídicas de que faz parte. A relação jurídico tributária não é 
meramente uma relação de poder mas também uma relação jurídica. As 
limitações ao poder de tributar não possuem uma rol exaustivo na CF. 
• Princípios Tributários: 
A. Legalidade: 
- Conceito: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. 
- Conjunto de matérias submetidas a obrigatoriedade da lei: 
1. Instituição de tributos e sua extinção; 
2. Majoração dos tributos e sua redução; 
3. Definição de fato gerador da obrigação tributária principal e do seu 
sujeito passivo; 
4. Fixação de alíquota do tributo e sua base de cálculo; 
5. Cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus 
dispositivos ou para as infrações nela definidas. 
- Exceções ao princípio da legalidade: 
1. Atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo; 
2. É possível a fixação por decreto do prazo de pagamento do tributo; 
3. O Poder Executivo pode reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE-
combustíveis por meio de decreto; 
4. Estados e o DF podem realizar por meio de convênio ( realizado no 
âmbito do CONFAZ), definir alíquotas do ICMS monofásico incidente sobre 
combustíveis definidos em Lei Complementar. 
- Legalidade e delegação legislativa: O CN pode delegar, por meio de 
Resolução, ao Presidente da República para edição de lei delegada, 
observados os limites estatuídos pelo parlamento, podendo o ato de 
delegação prever a apreciação parlamentar do projeto elaborado, em 
sessão única, vedada qualquer emenda. 
- Legalidade e delegação legislativa: O uso de medida provisória é 
plenamente possível, desde que observados os requisitos constitucionais 
(relevância e urgência). A restrição relativa á necessidade da conversão 
em lei no exercício da MP aplica-se exclusivamente aos impostos. 
 
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar ao IPTU, mediante 
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
 No tocante as demais espécies tributárias, a regra da anterioridade 
deve ser observada, tomando como referência a data da publicação da MP 
e não da conversão da lei. 
B. Isonomia: 
- Conceito: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar 
desigualmente ou desiguais, na medida que se desigualem. 
- Isonomia Tributária para o STF: 
1.Na percepção cumulativa de valores há ser considerada, para efeito de 
fixação de alíquota presentes, individualmente, os exercícios 
envolvidos. Tributa-se de maneira semelhante ao que seria feito caso 
tivessem sido pagos no momento em que eram devidos; 
2. Os inativos e pensionistas de todas as esferas da federação, em gozo 
dos benefícios na data da publicação da Emenda, passariam a pagar 
contribuição previdenciária. Porém a porcentagem entre as esferas deve 
ser a mesma. 
Atenção: 
• Há impedimento constitucional á utilização da MP em matéria reservada 
a lei complementar. 
• É vedada a adoção da MP na regulação de artigo da CF cuja redação 
tenha sido alterada por meio de emenda.
3.A ocupação profissional ou função exercida pelo contribuinte não pode 
ser tomada por parâmetro de diferenciação. Ex: Servidor público não 
pode ser isento de IPTU pela função do seu cargo. 
4.O contribuinte sujeito a ambas as contribuições (COFINS + CSLL) foi 
contemplado com uma bonificação representada pelo direito a ver 
abatido, no pagamento da segunda (COFINS), até um terço do quantum 
devido, atenuando-se, por esse modo a carga tributaria resultante da 
dupla tributação. 
5.Não há ofensa ao princípio da isonomia tributaria, se a Lei, por motivos 
extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas 
de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do 
regime simples aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado 
de trabalho sem assistência do Estado. 
C. Capacidade Contributiva: 
- Conceito: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
- Em regra é aplicável aos impostos pessoais. 
 
D. Princípio da não surpresa: 
- Conceito: O Estado deve dar um prazo razoável para que o contribuinte 
se utilize das soluções que a Economia oferece para reorganiza seu 
orçamento. 
- Irretroatividade: É vedado aos entes tributantes cobrar tributos em 
relação aos fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentado. 
- Anterioridade do exercício financeiro: É vedado aos entes tributantes 
cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. A regra deve tomar como 
marco a data da publicação da lei. 
Atenção: 
• O STF passou a admitir a progressividade de impostos reais, tendo em 
visto a presumível maior capacidade contributiva dos sujeitos passivos, 
que são proprietários, adquirentes ou alienantes de bens de valor mais 
elevado. 
LEI TRIBUTÁRIA 
PODE 
RETROAGIR
Leis expressamente interpretativas; 
Lei mais benéfica aos infratores; 
 
 
Exceções a Anterioridade
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
Imposto sobre produtos industrializados
Imposto sobre operações financeiras
Empréstimos compulsórios em caso de 
calamidade ou guerra
Contribuições para o financiamento da 
seguridade social
ICMS - Combustíveis
CIDE- Combustíveis 
STF: 
• Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento 
de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
• A mera atualização monetária do valor do tributo ou da sua base de 
cálculo, por não significar majoração do mesmo, não se sujeita a 
anterioridade. 
• Não configura aumento do tributo a mera dedução ou extinção do 
desconto legalmente previsto, não se sujeitando a anterioridade. 
 
- Anterioridade nonagésimal ou noventana: Instituído ou majorado o 
tributo, a respectiva cobrança só pode ser realizada após o transcorrer 
de, no mínimo, noventa dias da data da publicação da lei instituidora. 
Exceções a Noventena
Imposto de Importação 
Imposto de Exportação
Imposto sobre operações financeiras
Empréstimos Compulsórios em caso de calamidade e guerra
Imposto de Renda
Base de Cálculo do IPTU e do IPVA
Atenção: 
• A revogação de qualquer benefício fiscal, configura aumento indireto 
de tributo, e justamente por isso, somente gera efeitos financeiros no 
exercício subsequente ao da publicação da lei revogadora. 
• Se o tributo instituído ou majorado for um imposto, a cobrança só 
poderá ser realizado no exercício subsequente caso a MP tenha sido 
convertida em Lei até o ultimo dia daquele que que tenha sido 
editada.
 
Tributo Anterioridade Anual Noventena
Imposto de Importação Não respeita Não respeita
Imposto de Exportação Não respeita Não respeita
Imposto Extraordinário 
Guerra
Não respeita Não respeita
Empréstimos 
compulsórios em caso de 
calamidade ou guerra
Não respeita Não respeita
Imposto de Renda Respeita Não respeita
Base de Cálculo do IPTU 
e IPVA
Respeita Não respeita
IPI Não respeita Respeita
Contribuições para 
Seguridade Social
Não respeita Respeita
ICMS combustíveis Não respeita Respeita
Cide- combustíveis Não respeita Respeita
Imposto sobre Operações 
Financeiras
Não respeita Não respeita
Atenção: 
• Se a MP for convertida em Lei sem alteração substancial do texto a 
cobrança continua. Se a conversão se der com alteração substancial, 
deve-sereiniciar a contagem da data da publicação da conversão. 
Caso a MP seja rejeitada ou perca a eficácia por decurso do prazo 
(120 dias), o tributo (ou a majoração) deixa imediatamente de ser 
cobrado.
E. Princípio do não confisco: 
- Conceito: O legislador, ao se utilizar do poder de tributar que a CF lhe 
confere, deve fazê-lo de forma razoável e moderada, sem que a 
tributação tenha por efeito impedir o exercício de atividade lícitas pelo 
contribuinte, dificultar o suprimento de suas necessidades vitais 
básicas ou comprometer seu direito a uma existência digna. 
- Perspectiva dinâmica e estática da tributação do patrimônio: 
 
 
Estática 
• Tributação é analisada 
em si mesmo, não 
havendo preocupação 
em se aferir potenciais 
m u t a ç õ e s q u e 
acrescentam valor ao 
bem tributado. 
• Ex: IPTU, IPVA E ITR 
• Confiscatório. 
Dinâmica 
• S ã o l e v a d a s e m 
c o n s i d e r a ç ã o a s 
potenciais mutações 
q u e c o n s t i t u e m 
a c r é s c i m o s a o 
patrimônio 
• Ex: Rendimentos de 
aluguel 
• Não confiscatório. 
- Pena de pedimento e confisco: A pena de perdimento tem, como a 
própria designação demonstra, caráter punitivo. Nada impede, que em 
casos de comprovação de graves infrações tributarias, a legislação 
específica preveja como punição o pedimento de bens. 
- Taxas e o princípio do não confisco: Se o valor da taxa, no entanto, 
ultrapassar o custo do serviço prestado ou posto á disposição do 
contribuinte, dando causa, assim, a uma situação de onerosidade 
excessiva, que descaracterize essa relação de equivalência entre os 
fatores referidos, irá ser configurada então quanto a essa modalidade 
de tributo, hipótese de confisco. 
- Multas e o princípio do não confisco: O princípio do não confisco é 
aplicável as multas tributarias. O valor da obrigação principal deve 
funcionar como limitador da norma sancionaria de modo que a 
abusividade revela-se nas multas arbitradas acima do montante de 
100% da obrigação principal. 
F. Princípio da Liberdade de Tráfego: 
- Conceito: É vedado aos entes estabelecer limitações ao tráfego de 
pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, 
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas 
pelo Poder Público. Essa regra tem exceções como o ICMS interestadual. 
• Vedações específicas da União: 
A. Princípio da Uniformidade geográfica da tributação: 
- Conceito: É vedado a União instituir tributo que não seja uniforme em 
todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em 
relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de 
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País, exemplo a Zona Franca de Manaus. 
B. Princípio da Uniformidade de Tributação de Renda: 
- Conceito: É vedado a União tributar a renda das obrigações da dívida 
pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis 
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
C. Princípio da vedação as isenções heterônomas: 
- Conceito: É vedado a União instituir isenções de tributos da competência 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Temos como exceção a 
possibilidade de a União, por lei complementar conceder de isenção de ICMS e 
ISS nas operações de produtos para o exterior. 
STF: 
• O STF entende que a concessão de isenção se funda na conveniência de 
suas políticas fiscais e econômicas. Não cabe os Judiciário conceder essa 
isenção. 
D. A causa da isenção decorrente de tratado internacional: 
- Conceito: Possibilidade de o tratado internacional conceder isenções de 
tributos estaduais e municipais, mas não classificar essa hipótese como 
isenção heterônoma. As imunidades são sempre heterônomas, uma vez 
que concedidas diretamente pelo texto constitucional, não havendo 
autonomia do ente compete para a cobrança do tributo estabelecê-las. 
 
E. Princípio da não discriminação baseada em procedência ou destino: 
- Conceito: É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer 
natureza, em razão de sua procedência ou destino. Somente a União está 
autorizada a estipular tratamento tributário diferenciado entre Estados 
da federação. Ex: O Estado não pode estatuir uma alíquota mais elevada 
de IPVA para carros importados. 
Isenção 
Concedida por 
Lei.
Imunidade 
Concedida 
sempre na 
Constituição 
Federal.
F. Exigência de lei específica para a concessão de benefícios fiscais: 
- Conceito: Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, 
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, 
taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei 
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, 
Ex: Lei do Simples Nacional.

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