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Direito Tributário: Conceitos e Princípios

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Direito Tributário
Obra organizada pelo Instituto IOB – São Paulo: Editora IOB, 2014. ISBN 978-85-63625-96-0
Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a 
prévia autorização do Instituto IOB. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei 
nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.
Tradição + Inovação
Duas grandes instituições de ensino, o IOB Concursos e 
o Marcato, se juntaram no final de 2013 dando origem ao 
IOB Concursos Marcato. A tecnologia do IOB Concursos aliada 
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nacional, conseguimos levar nossa tecnologia de ensino a todas as 
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Sumário
Capítulo 1. Finanças Públicas, 19
1. Atividade Financeira do Estado, 19
2. Orçamento, 20
3. Princípios Orçamentários – Parte I, 21
4. Princípios Orçamentários – Parte II, 21
5. Não Afetação da Receita Pública, 23
6. Tipos e Natureza Jurídica do Orçamento, 23
7. Lei de Responsabilidade Fiscal, 24
8. Créditos Adicionais, 25
Capítulo 2. Poder de Tributar, 27
1. Relação Tributária e Poder de Tributar, 27
2. Competência e Capacidade Tributária, 27
3. Espécies de Tributos, 28
4. Função da Constituição, 29
5. Função da Lei Complementar, 29
6. Função da Lei Ordinária e Medida Provisória, 30
Capítulo 3. Espécies Tributárias e Classificação dos Tributos, 31
1. Conceito de Tributo, 31
2. Natureza Jurídica do Tributo e o Fato Gerador, 32
3. Análise dos Tributos em Espécie – Teorias, 33
4. Análise dos Tributos em Espécie – Impostos, 33
5. Taxas, 34
6. Contribuição de Melhoria, 35
7. Empréstimo Compulsório, 37
8. Contribuições Especiais, 37
9. Classificação de Tributos – Tributos Reais e Pessoais, 38
Capítulo 4. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, 40
1. Limitações e Poder, 40
2. Natureza das Limitações Constitucionais e suas 
Espécies, 41
3. Limitações Constitucionais – Não Incidência 
Tributária, 41
4. Imunidade e Isenção, 42
5. Isenção e Alíquota Zero, 43
6. Relação da Imunidade com a Competência, 43
Capítulo 5. Imunidade Tributária, 44
1. Classificação das Imunidades, 44
2. Imunidade Recíproca – Parte I, 45
3. Imunidade Recíproca – Parte II, 46
4. Imunidade Religiosa ou Imunidades do Templo de 
Qualquer Culto, 47
5. Imunidades Condicionadas, 47
6. Imunidade Objetiva, 48
Capítulo 6. Princípios Constitucionais Tributários, 50
1. Princípios x Regras x Valores, 50
2. Princípio da Legalidade, 51
3. Princípio da Capacidade Contributiva, 51
4. Princípio da Vedação de Confisco, 53
5. Princípio da Não Limitação ao Tráfego, 54
6. Princípio da Irretroatividade, 54
7. Princípio da Anterioridade e Exercício Financeiro, 55
8. Noventena e a Emenda Constitucional nº 42, 56
9. Princípio da Isonomia, 57
10. Princípio da Seletividade, 59
11. Princípio da Não Cumulatividade, 59
12. Princípio da Progressividade, 60
13. Princípio da Vedação da Diferença Tributária, 62
Capítulo 7. Obrigação Tributária, 63
1. Fato Gerador, 63
2. Classificação do Fato Gerador, 64
3. Elementos do Fato Gerador Integral, 64
4. Relação Jurídica Tributária, 65
5. Dualismo Tributário, 66
6. Obrigação Principal e Obrigação Acessória, 67
7. Norma Antielisiva, 67
8. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo, 68
9. Responsabilidade por Substituição, 69
10. Responsabilidade por Transferência, 71
11. Sucessão Empresarial, 71
12. Responsabilidade do Sócio Administrador, 72
13. Solidariedade Tributária, 73
14. Obrigação Tributária, 74
Capítulo 8. Crédito Tributário, 76
1. Conceito de Crédito Tributário, 76
2. Lançamento Tributário, 77
3. Natureza Jurídica e Funções, 78
4. Lançamento Direto, 79
5. Lançamento por Homologação, 80
6. Lançamento por Declaração, 81
7. Lançamento por Arbitramento, 82
8. Revisão de Lançamento, 82
Capítulo 9. Modalidades de Suspensão da Exigibilidade do 
Crédito, 84
1. Modalidades de Suspensão da Exigibilidade do 
Crédito, 84
2. Suspensão da Exigibilidade do Crédito, 85
3. Moratória e Parcelamento, 86
4. Depósito do Montante Integral, 88
5. Reclamações e Recursos Administrativos, 88
6. Tutela de Urgência em Ações Tributárias, 89
Capítulo 10. Extinção do Crédito Tributário, 91
1. Extinção do Crédito Tributário, 91
2. Pagamento e Pagamento Antecipado, 92
3. Restituição de Tributo, 93
4. Consignação em Pagamento, 94
5. Compensação, 95
6. Transação Tributária e Remissão, 96
7. Decadência, 96
8. Prescrição, 98
9. Conversão do Depósito em Renda, 99
10. Decisão Administrativa Irreformável, 100
11. Decisão Judicial Passada em Julgado, 100
12. Dação em Pagamento e Pagamento (Diferenças), 101
Capítulo 11. Exclusão do Crédito Tributário, 103
1. Introdução e Modalidades – Espécies de Exclusão, 103
2. Anistia, 104
3. Isenção, 105
4. Isenção Onerosa e Gratuita, 106
5. Isenção Heterônoma, 106
Capítulo 12. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário, 108
1. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário – 
Introdução, 108
2. Universalidade dos Bens e Penhora On-line, 109
3. Presunção de Fraude, 110
4. Relação da Falência e Execução Fiscal, 111
5. Preferência na Falência, 112
6. Crédito Extraconcursal, 112
7. Habilitação na Massa, Falência e Concurso de 
Credores, 113
8. Preferência dos Arts. 189, 190, 191 e 191-A 
do CTN, 114
Capítulo 13. Administração Fiscal, 116
1. Introdução à Administração, 116
2. Fiscalização – Dever de Informar e Sigilo Fiscal – Sigilo 
Profissional – Exceções, 117
3. Dívida Ativa – Obrigação Tributária Existente – Exigível 
– Exequível, 118
4. Certidão e seus Efeitos – Certidão Negativa – Certidão 
Positiva com Efeitos de Negativa – Entendimento 
Jurisprudencial, 118
5. Aspectos Processuais – Termo de Inscrição na 
Dívida Ativa – Requisitos de Obrigatoriedade – 
Consequências da Omissão ou Erro nos Requisitos – 
Entendimento Jurisprudencial, 119
Capítulo 14. Legislação Tributária, 121
1. Introdução à Legislação Tributária – Classificação da 
Legislação Tributária – Fontes Primárias e Secundárias 
– Fontes Reais – Fontes Formais – Fontes Não 
Formais, 121
2. Existência da Lei – Vigência – Eficácia – 
Aplicabilidade, 122
3. Vigência no Espaço e no Tempo da Legislação 
Tributária, 123
4. Aplicação da Legislação Tributária – Eficácia – Fatos 
Geradores Futuros e Pendentes – Retroatividade 
Imprópria – Retrospectiva – Entendimento 
Jurisprudencial, 123
5. Interpretação Jurídica – Método Literal – Lógico – 
Histórico – Teleológico – Interpretação Mais Favorável 
– Entendimento Jurisprudencial, 124
6. Integração no Direito Tributário – Emprego da 
Analogia e Equidade – Princípios Gerais de Direito 
Privado – Direito Tributário como Direito de 
Sobreposição ou Superposição, 125
Capítulo 15. Processo Judicial Tributário, 127
1. Introdução ao Processo Judicial Tributário, 127
2. Ações Exacionais e Antiexacionais, 128
3. Identificação das Ações – Ação Anulatória de Débito 
Fiscal – Ação de Consignação em Pagamento – Ação 
de Repetição de Indébito – Embargos de Execução, 129
4. Execução Fiscal, 129
5. Principais Aspectos de Execução Fiscal – Dispensa de 
Manifestação Prévia da Fazenda Pública – Súmulas, 130
6. Embargos e Objeções de Pré-executividade – 
Oferecimento de Embargos – Exceções Julgadas com 
Embargos, 131
7. Impugnação aos Embargos – Revelia do Ente Público 
– Interesse de Incapaz – Prazos – Julgamento da 
Execução Fiscal, 132
8. Ação Declaratória – Inexistência da Relação 
Jurídica – Restituição e Compensação de Tributos – 
Compensação e Taxa Selic, 133
9. PrincipaisAspectos da Ação Declaratória – Efeitos 
Desconstitutivos – Suspensão da Decadência – 
Cognição Sumária – Prospecção dos Efeitos da Ação 
Declaratória, 134
10. Ação Anulatória – Prazo Prescricional – 
Ajuizamento, 135
11. Principais Aspectos da Ação Anulatória, 136
12. Ação de Repetição de Indébito – Prazos – Lançamento 
por Homologação – Restituição do Tributo Indireto, 137
13. Principais Aspectos da Ação de Repetição de Indébito 
– Juros e Multas – Débitos Decaídos e Prescritos – 
Declaração de Inconstitucionalidade pelo STF, 138
14. Ação de Consignação em Pagamento – Pagamento 
do Tributo – Hipóteses – Limitação, 139
15. Ação de Consignação em Pagamento – Bitributação 
– Efeito Dúplice de Ação de Consignação em 
Pagamento – Tutela Antecipada e Suspensão da 
Exigibilidade do Crédito Tributário, 140
16. Mandado de Segurança, 141
17. Principais Aspectos do Mandado de Segurança – Fato 
Gerador e Lançamento – Requisitos – Mandado de 
Segurança Preventivo, 142
18. Ações Cautelares – Cautelar de Caução – 
Irreversibilidade da Medida – Mandado de 
Segurança, 143
Capítulo 16. Processo Administrativo Tributário, 144
1. Processo Administrativo Tributário – Efeito Suspensivo 
das Impugnações – Princípio da Verdade Material – 
Informalismo Moderado – Princípio da Oficialidade, 144
2. Princípio da Preclusão – Prazos – Nulidade, 144
3. Modalidades do Processo Administrativo Fiscal 
Federal, 145
4. Contencioso Fiscal, 146
5. Consulta Administrativa, 147
6. Alterações Legislativas e Jurisprudenciais, 148
Capítulo 17. Tributos em espécie, 150
1. Tributos em Espécie: Classificação dos Tributos – 
Parte I, 150
2. Classificação dos Tributos – Parte II, 150
3. Considerações Gerais sobre Impostos – Parte I, 151
4. Considerações Gerais sobre Impostos – 
Parte II, 152
5. Considerações Gerais sobre Impostos – 
Parte III, 152
6. Taxas, 153
7. Taxas – Questões – Poder de Polícia, 154
8. Taxas – Poder de Polícia, 155
9. Taxas – Questões – Taxas de Serviços, 156
10. Taxas – Taxa de Limpeza Pública, 157
11. Taxas – Base de Cálculo, 158
12. Taxas – Quantificação das Taxas, 159
13. Taxas – Taxa, Preço Público ou Tarifa, 160
14. Contribuição de Melhoria – Parte I, 161
15. Contribuição de Melhoria – Parte II, 162
16. Contribuição de Melhoria – Parte III, 163
17. Empréstimo Compulsório, 164
18. Empréstimo Compulsório – Fato Gerador, 165
19. Empréstimo Compulsório – Características, 166
20. Teoria Geral das Contribuições Especiais, 167
21. Teoria Geral das Contribuições Especiais – Decisões 
Relevantes do STF, 168
22. Teoria Geral das Contribuições Especiais – Art. 149 da 
CF, 169
23. Teoria Geral das Contribuições Especiais – 
Classificação, 171
24. Teoria Geral das Contribuições Especiais – 
Parafiscalidade – Art. 195 da CF, 172
25. Teoria Geral das Contribuições Especiais – Art. 195 da 
CF – Parte I, 173
26. Teoria Geral das Contribuições Especiais – 
Art. 195 da CF – Parte II, 174
27. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), 175
28. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – 
Aspectos, 176
29. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – 
Sujeitos, 177
30. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – 
Decisões, 178
31. Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), 179
32. Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) – 
Exclusão, 180
33. Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) – 
Aspectos, 181
34. Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 
(ITCMD), 182
35. Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 
(ITCMD) – Aspecto Material, 182
36. Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 
(ITCMD) – Aspecto Temporal e Aspecto Espacial, 183
37. Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 
(ITCMD) – Aspecto Pessoal e Aspecto Quantitativo, 184
38. Questões – Imposto de Transmissão Causa Mortis e 
Doação (ITCMD) – Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores (IPVA), 186
39. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA) – Aspecto Material e Aspecto Temporal, 188
40. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA) – Aspecto Espacial, Aspecto Pessoal e Aspecto 
Quantitativo, 189
41. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS), 190
42. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Classificação, 191
43. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Art. 150, § 7º, da Constituição 
Federal, 192
44. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência e Princípio da 
Neutralidade, 193
45. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Súmula Vinculante nº 32, 194
46. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Bem Incorpóreo, 195
47. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência do ISS, 196
48. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência do ISS e Tipos de 
Serviços, 197
49. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Prestação de Serviços de 
Transporte Interestadual ou Intermunicipal, 199
50. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Prestação de Serviços de 
Comunicação, 200
51. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência sobre a Importação 
de Mercadoria ou Bem, 201
52. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência sobre a Importação 
de Mercadoria ou Bem – Questões, 202
53. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Incidência e Aspecto 
Material, 203
54. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto Material e Imunidades 
Tributárias, 205
55. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto Material, 206
56. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto Temporal, 208
57. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto espacial e Aspecto 
Pessoal, 209
58. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e 
de Comunicação (ICMS) – Aspecto Pessoal e 
Responsabilidade Tributária, 210
59. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual,Intermunicipal e 
de Comunicação (ICMS) – Responsabilidade e 
Substituição Tributária, 211
60. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto Quantitativo (Base de 
Cálculo), 212
61. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Aspecto Quantitativo (Base de 
Cálculo e Alíquota), 214
62. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Lei Complementar 
nº 24/1975, 215
63. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Lei Complementar nº 24/1975: 
Convênios e Benefícios, 216
64. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) – Lei Complementar nº 24/1975: 
Questões, 217
65. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 
(ISSQN), 219
66. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Aspecto Material – Parte I, 220
67. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Aspecto Material – Parte II, 221
68. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Aspecto Material e Incidência, 222
69. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Aspecto Material e Incidência: Questões, 223
70. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Questões e Aspecto Material, 224
71. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
– Aspecto Espacial, Aspecto Pessoal e Aspecto 
Quantitativo, 225
72. Imposto sobre a Importação, 226
73. Imposto sobre a Importação: Aspecto Material, 228
74. Imposto sobre a Importação: Aspecto Material e 
Aspecto Temporal, 229
75. Imposto sobre a Importação: Aspecto Temporal e 
Aspecto Espacial, 230
76. Imposto sobre a Importação: Aspecto Espacial e 
Aspecto Pessoal, 231
77. Imposto sobre a Importação – Sujeito Passivo Direto, 232
78. Imposto sobre a Exportação para o Exterior, 233
79. Imposto sobre a Exportação para o Exterior: 
Classificação, 234
80. Imposto sobre a Exportação para o Exterior: Aspecto 
Temporal, 235
81. Imposto sobre a Exportação para o Exterior: Aspecto 
Quantitativo, 235
82. Imposto sobre a Renda, 236
83. Imposto sobre a Renda: Aspecto Material, 237
84. Imposto sobre a Renda: Aspecto Material e Conceito 
Constitucional, 238
85. Imposto sobre a Renda: Aspecto Material e Não 
Incidência do Imposto sobre a Renda, 238
86. Imposto sobre a Renda: Incidência, 239
87. Imposto sobre a Renda: Aspecto Temporal, 241
88. Imposto sobre a Renda: Fato Gerador, 241
89. Imposto sobre a Renda: Aspecto Espacial e Aspecto 
Pessoal, 243
90. Imposto sobre a Renda: Aspecto Pessoal e Aspecto 
Quantitativo, 244
91. Imposto sobre a Renda: Aspecto Quantitativo e 
Isenção – Parte I, 244
92. Imposto sobre a Renda: Aspecto Quantitativo e 
Isenção – Parte II, 245
93. Jurisprudência sobre o Imposto sobre a Renda, 246
94. Síntese do Imposto sobre a Renda, 247
95. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
(IOF) – Legislação, 247
96. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
(IOF) – Aspecto Material – Parte I, 249
97. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
(IOF) – Aspecto Material – Parte II, 249
98. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
(IOF) – Aspecto Temporal, Aspecto Espacial e Aspecto 
Pessoal, 251
99. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
(IOF) – Aspecto Quantitativo, 252
100. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) – 
Legislação, 253
101. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) – 
Aspecto Material, 254
102. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) – 
Aspecto Territorial e Aspecto Pessoal, 256
103. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 
– Jurisprudência e Aspecto Quantitativo, Impostos 
Residuais, Imposto sobre Grandes Fortunas e Imposto 
Extraordinário de Guerra, 256
104. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – Regras 
Constitucionais, 258
105. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – 
Aspectos da Norma Tributária, 260
Gabarito, 264
Capítulo 1
Finanças Públicas
1. Atividade Financeira do Estado
O Direito Tributário surgiu de um apêndice do Direito Financeiro no que tange à 
obrigação de pagar o tributo.
É importante entender o conceito de Estado, Necessidades Públicas e Normas 
Jurídicas.
A atividade financeira do Estado é decidida por lei.
O Estado visa entender as necessidades públicas, que são as previstas na nor-
ma constitucional.
A República Federativa do Brasil visa garantir a segurança, educação, saúde, 
previdência social, justiça, diplomacia, entre outras.
O Estado, pelo seu poder, visa atender essas necessidades públicas. Para isso, 
precisa de recursos financeiros.
A atividade financeira do Estado decorre de norma jurídica constitucional, 
sendo uma decisão política.
Atividade financeira do Estado, segundo o professor Aliomar Baleeiro, é obter, 
criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o 
Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas jurídicas de direito público.
Em razão de o Estado ter regulado sua atividade financeira por meio de nor-
mas, ele sempre dependerá de uma decisão política.
A atividade financeira do Estado visa obter recursos e realizar os recursos pú-
blicos, obtenção mediante tributos, por exemplo, e execução desses recursos, 
chamados de despesa pública.
Direito Tributário20
Exercício 
1. (FCC – 2013 – TCE – AP) A atividade financeira do Estado compreende:
a) Apenas a obtenção de receitas originárias.
b) Apenas a obtenção de receitas, tanto originárias como derivadas.
c) A obtenção de receitas e a realização de despesas.
d) A prestação de serviços públicos e a realização de obras públicas.
e) Apenas a geração de despesas.
2. Orçamento
A origem do orçamento está totalmente relacionada ao desenvolvimento da de-
mocracia, opondo-se ao Estado antigo monarca, que considerava o soberano (rei) 
o homem de todas as virtudes e detentor do patrimônio da coletividade.
No Brasil, houve o conflito Metrópole-Colônia – insatisfação com a cobran-
ça de tributos. Revoltas, como a Inconfidência Mineira (Tiradentes-1789), por 
exemplo.
Contudo, apesar de prevista pela Constituição de 1824, a primeira lei orça-
mentária apenas surgiu em 1930.
Conceito clássico de orçamento: é uma peça que contempla apenas a previ-
são das receitas e a fixação das despesas para um determinado período.
Assim, era um documento eminentemente contábil e financeiro, que não se 
preocupava com o planejamento governamental nem com as efetivas necessida-
des da população.
Era o chamado orçamento estático, pois tratava-se de um mero inventário de 
meios com as quais a Administração realizaria suas tarefas.
Daí a denominação “lei de meios” para o orçamento tradicional.
Conceito moderno de orçamento: é uma lei que contempla a previsão de 
receitas e despesas, programando a vida financeira do Estado, por certo período, 
ou seja, o orçamento é o ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza os outros 
poderes, por certo período e, em detalhes, às despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica do 
país, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei.
Logo, o moderno orçamento se caracteriza por ser um instrumento de pla-
nejamento.
Considera-se uma espécie de orçamento dinâmico que leva em conta aspec-
tosdo passado, a realidade presente e as projeções para o futuro.
Direito Tributário 21
3. Princípios Orçamentários – Parte I
O princípio mais importante é o da Legalidade Orçamentária, previsto no art. 5º, 
II, da Constituição Federal. Esse princípio também está previsto no art. 37 da CF.
Para que haja a previsão da receita e a execução do orçamento, é necessária 
a aprovação por lei, mediante uma decisão política estabelecida em uma norma 
jurídica aprovada no respectivo parlamento.
O Princípio da Legalidade também é entendido como indisponibilidade das 
receitas públicas. Estas devem atender às necessidades públicas. O patrimônio 
público pertence à coletividade, de sorte que a ninguém é dado o direito de 
utilizá-lo livremente.
A lei orçamentária e a lei que instituir créditos suplementares e especiais, 
aprovados pelo PL, são os instrumentos legais que autorizam a aplicação dos 
recursos públicos. Dessa forma, em regra, as despesas são autorizadas por lei e 
abertas por decreto executivo. Portanto, não pode haver despesa pública sem a 
autorização legal prévia do Poder Legislativo.
O Estado não pode gastar sem ter previsão anterior em lei.
Medida provisória não pode abrir crédito orçamentário, exceto nos casos 
mencionados anteriormente: despesas de guerra, comoção interna ou calamida-
de pública. Por isso, é chamado de crédito extraordinário.
Outra vertente do Princípio da Legalidade é que a aplicação dos recursos or-
çamentários deve ocorrer em respeito às demais normas jurídicas que regulam 
a gestão governamental, não basta a autorização no orçamento, deve observar 
também a Lei de Licitações Públicas, Lei nº 8.666/1993, além da Lei Complemen-
tar nº 101/2000 de Responsabilidade Fiscal.
Há também o Princípio da Universalidade Orçamentária. O orçamento, em 
princípio, deve conter todas as receitas e todas as despesas da Administração 
Pública. Este princípio está positivado no art. 165, § 5º, a saber
“A Lei Orçamentária Anual (LOA) compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público;” (...)
4. Princípios Orçamentários – Parte II
Exceções ao Princípio da Universalidade:
I – as receitas e despesas operacionais ou de manutenção (correntes) de empresas 
públicas e sociedades de economia mista consideradas “estatais independentes”.
Direito Tributário22
Princípio do Orçamento Bruto
De início, esclarece-se que alguns autores inserem este princípio no Princípio 
da Universalidade. Em verdade, o Princípio do Orçamento Bruto está expresso no 
art. 6º da Lei nº 4.320/1964, §§ 1º e 2º.
Princípio da Unidade
O Princípio da Unidade também consta no art. 2º da Lei nº 4.320/1964.
Classicamente, este princípio reflete a necessidade de a administração ter ape-
nas um orçamento. Todavia, com as novas disposições constitucionais, o Princípio 
da Unidade não pode mais ser entendido com orçamento único, uma vez que 
há a previsão de três leis orçamentárias (PPA, LDO, LOA) e de três suborçamentos, 
a saber: o orçamento fiscal; o orçamento de investimento; e o orçamento da 
Seguridade Social.
Princípio da Anualidade Orçamentária
O postulado da periodicidade reclama a necessidade de um orçamento a cada 
período de 12 meses. No Brasil, por determinação legal, o exercício financeiro 
coincidirá com o ano civil, ou seja, vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Con-
tudo, nada obsta que seja alterado, assinalando outro período de 12 meses, isto 
é, a anualidade orçamentária está relacionada com o período de 12 meses e não 
com o ano civil.
Exercício 
2. (FCC – Procurador do Município – PB – 2012) Sobre os créditos adicionais, 
é correto afirmar:
a) O crédito suplementar pode ter vigência superior ao exercício financei-
ro em que foi aberto, desde que haja expressa autorização legal.
b) Os créditos extraordinários somente podem ser abertos por lei.
c) A lei orçamentária anual pode trazer autorização par abertura de cré-
dito suplementar, até certo limite, desde que obedecidas as exigências 
legais para tanto.
d) Quando existe dotação orçamentária insuficiente para cobrir uma des-
pesa, deve ser aberto crédito especial por decreto executivo, dispensada 
a autorização legal, por já haver previsão da despesa na lei orçamentária.
e) A abertura de crédito suplementar somente terá lugar se houver supe-
rávit financeiro apurado em balanço patrimonial no exercício anterior, 
hipótese em que a lei orçamentária anual já fará reserva deste superá-
vit para créditos suplementares.
Direito Tributário 23
5. Não Afetação da Receita Pública
O Princípio da Não Afetação da Receita Pública também pode ser chamado de 
Princípio da Não Vinculação dos Impostos ou Princípio da Arrecadação Não Vin-
culada dos Impostos.
Se houver uma lei que vincule a arrecadação à determinada despesa, essa lei 
poderá ser tratada como inconstitucional.
Arrecadação vinculada – exemplo: empréstimo compulsório, art. 148, pará-
grafo único, pois todos os valores arrecadados com empréstimo são vinculados à 
despesa que o fundamentou.
Arrecadação não vinculada – não afetação da receita pública, art. 167, IV, o 
imposto não pode ter arrecadação vinculada a órgão público ou despesa. Esse 
artigo tem algumas ressalvas:
I – recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde (art. 198, § 2º);
II – repartição do produto da arrecadação dos impostos (arts. 158 e 159);
III – recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino 
fundamental (Fundef) (art. 212);
IV – recursos destinados às atividades da administração tributária (art. 37, XXII);
V – recursos destinados à prestação de garantia às operações de crédito por 
antecipação da receita (ARO) (art. 165, § 8º);
VI – recursos destinados à prestação de garantia ou contragarantia à União e 
para pagamento de débitos para com esta (art. 16, § 4º).
Exercício 
3. (TRF 1ª Região – Juiz Federal – 2012) De acordo com o princípio da não 
afetação da receita de impostos, que rege tanto o direito financeiro quan-
to o tributário, o legislador é proibido de vincular a receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesas. Todavia, a despeito desse princípio, o legislador 
pode vincular a receita do imposto de renda a pagamento da dívida pública 
mobiliária federal.
6. Tipos e Natureza Jurídica do Orçamento
Há grande divergência sobre o tema da natureza jurídica do orçamento.
Entende-se que o orçamento é lei formal, que prevê as receitas públicas e 
autoriza os gastos, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias 
e as leis financeiras.
Direito Tributário24
O orçamento é apenas autorizativo. Os gestores só podem realizar as despe-
sas que estejam previstas no orçamento, mas a efetivação das despesas não é 
obrigatória só pelo fato de estarem projetadas no orçamento.
Ainda sobre a natureza jurídica do orçamento, diz o STF: o simples fato de 
incluído no orçamento uma verba de auxílio a esta ou aquela instituição assisten-
cial, não gera, de pronto, direito a esse auxílio. A previsão de despesas, em lei 
orçamentária, não gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial.
Portanto, embora a previsão orçamentária seja o principal requisito para a 
realização de dispêndios públicos, o fato de determinada despesa estar prevista 
na lei orçamentária não obriga o governante a efetivá-la, a realizá-la.
O orçamento é uma autorização formal e um instrumento de planejamento, 
cabendo ao governante, diante de situações imprevistas ou excepcionais, sobre-
tudo quando se depara com escassez de recursos, dar prioridade a determinadas 
despesas.
Decerto, a lei orçamentária constitui um pré-requisito para a realização das 
despesas públicas, mas ninguém poderá exigir, a qualquer custo, a efetivação de 
determinada despesa.
A exceção diz respeito àquelas despesas previstas nos orçamentos, mas que 
são devidas pelo Poder Público em razão de norma constitucional, legal ou con-
tratual. São chamadaspela doutrina de despesas fixas.
As despesas fixas podem ser exigidas administrativa ou judicialmente; por 
exemplo, a remuneração de servidores públicos e as obrigações da dívida pública.
Quando é despesa fixa, gera-se o direito subjetivo a terceiro.
Todavia, o mesmo não ocorrerá no caso de uma autorização contida apenas 
no orçamento para o Poder Executivo transferir recursos para uma entidade pri-
vada. Esta norma não cria um direito subjetivo em favor da instituição, pois está 
alçada pela discricionariedade da Administração.
7. Lei de Responsabilidade Fiscal
Foi pleiteada a inconstitucionalidade da Lei Complementar nº 101/2000 com 
base no art. 163 da CF, sob o argumento de que essa lei não tratou de todos 
esses temas, sendo que a CF deveria ter uma lei complementar tratando dos 
sete incisos. Tal argumento foi considerado fraco pelo STF, onde concluiu-se 
que não seria necessária apenas uma única lei complementar, mas poderiam 
ter várias.
Direito Tributário 25
Características da LRF:
I – dentro do setor público, as funções de política e de gestão devem ser bem 
definidas e divulgadas ao público, informando sobre as atividades fiscais passa-
das, presentes e programadas – transparência dos atos;
II – a documentação orçamentária deve especificar objetivos da política 
fiscal, estrutura macroeconômica, políticas orçamentárias e riscos fiscais – pla-
nejamento;
III – informações orçamentárias devem facilitar sua análise; as contas fiscais 
devem ser apresentadas periodicamente ao Legislativo e ao público – publicidade, 
prestação das contas, relatórios fiscais.
Postulados da LRF:
I – ação planejada e transparente;
II – prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das 
contas públicas;
III – garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de resultados 
entre receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia de receita e 
a geração de despesas com pessoal, seguridade, dívida, operações de crédito, 
concessão de garantia e inscrição em restos a pagar.
A LRF é rígida, vem para controlar as despesas do Estado, limitar os gastos 
públicos.
Procura também a LRF trazer maior transparência e participação do povo na 
gestão financeira do Estado.
8. Créditos Adicionais
Os créditos adicionais são aqueles créditos orçamentários que vêm para suprir a 
deficiência orçamentária do Governo. São gastos não previstos, ou insuficientes 
para a realização da despesa.
Há três tipos de crédito: especial, suplementar e extraordinário.
No crédito especial, a característica principal é que não houve previsão orça-
mentária para aquela despesa. Exemplo: no DF, foi necessária a construção de 
uma rampa para deficientes, sendo que tal rampa não tinha previsão na LOA. 
Nesse caso, será utilizado o crédito especial.
No crédito suplementar, existia a previsão orçamentária para aquela despesa, 
porém, a previsão foi insuficiente, não conseguindo custear a obra pública, como 
o caso dos estádios para a Copa do Mundo.
Direito Tributário26
Há o denominado crédito extraordinário, instituído inclusive por medida provi-
sória, e o que lhe dá causa é a calamidade pública, comoção interna ou a guerra. 
Exemplo: enchentes ocorridas no Espírito Santo.
O crédito especial serve para quando não há previsão orçamentária, o crédito 
suplementar é para fins de reforço da dotação orçamentária e o crédito extraor-
dinário serve para os caos de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Exercício 
4. (Cespe – TRF 2ª Região – Juiz Federal – 2013) Quando, no decorrer da exe-
cução orçamentária, uma dotação se revelar insuficiente, o Poder Executivo 
poderá lançar mão da abertura de crédito suplementar, após autorização 
legislativa.
Capítulo 2
Poder de Tributar
1. Relação Tributária e Poder de Tributar
O Direito Tributário é fruto da representação popular e atua como limitação a 
ação estatal e com respeito aos direitos e garantias individuais.
A tributação tem como fundamento o financiamento das políticas públicas do 
Estado, ou seja, a concretização dos direitos fundamentais com a imposição de 
prestações em dinheiro.
Assim, o Direito Tributário além de atuar em defesa das limitações ao poder 
de tributar, também estimula a educação, a saúde, a cultura, a proteção ao meio 
ambiente, entre outros fundamentos.
Por fim, é importante ressaltar as diferenças entre competência tributária e 
capacidade tributária. A competência é indelegável, pertence somente aos en-
tes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), é constitucional e 
legislativa. Já a capacidade indica o sujeito ativo (toda pessoa jurídica de direito 
público conforme art. 119 do CTN) com poder para fiscalizar e arrecadar e possui 
fundo administrativo.
Exercício 
5. Todas as pessoas jurídicas de direito público têm competência tributária?
2. Competência e Capacidade Tributária
O CTN, em seu art. 119, definiu que o sujeito ativo é toda pessoa jurídica de 
direito público, todavia, a jurisprudência do STJ evoluiu para definir que também 
pessoas jurídicas de direito privado possuem capacidade tributária.
Direito Tributário28
Nesse sentido, a Súmula nº 396 do STJ prescreve:
“A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a co-
brança da contribuição sindical.”
O candidato deve-se atentar no enunciado de uma questão de concurso, pois, 
se mencionar “segundo o CTN, quem possui capacidade tributária ativa”, a res-
posta deve ser apenas pessoas jurídicas de direito público. Mas, se a questão 
envolver o mesmo assunto e mencionar “segundo a jurisprudência”, a resposta 
pode acrescentar pessoas jurídicas de direito privado, como o Sesi, o Senai e o 
Sebrae.
As características da competência são:
I – privatividade;
II – indelegabilidade;
III – incaducabilidade ou imprescritibilidade;
IV – inalterabilidade;
V – irrenunciabilidade; e
VI – facultativa.
Conclui-se que o ato de instituir o tributo pertence somente à pessoa jurídica 
de direito público – entes federativos, já o ato de fiscalizar e arrecadar pertence a 
todas as pessoas jurídicas de direito público e em alguns casos de direito privado 
conforme jurisprudência retromencionada.
Exercício 
6. O que significa a inalterabilidade da competência?
3. Espécies de Tributos
Os tributos são classificados como impostos, taxas e contribuições de melhoria 
pertencentes à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
A União institui o Imposto sobre a Importação, Imposto sobre a Exportação, 
Imposto de Renda, IPI, IOF, ITR e IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas).
Os Estados e o Distrito Federal possuem a competência sobre o ITCMD e Doa-
ção, ICMS (circulação de bens intermunicipal e interestadual) e IPVA.
Já os Municípios são responsáveis pelo IPTU, ITBI e ISS.
Se faz necessário destacar que o Distrito Federal possui competência dupla ao 
poder instituir tributos de competência estadual e municipal.
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Os empréstimos compulsórios pertencem somente à União, assim como as 
Contribuições Sociais para a Seguridade Social, a Contribuição de Intervenção no 
Domínio Econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
Exercício 
7. Por que o Distrito Federal possui dupla competência de tributação?
4. Função da Constituição
A Constituição não cria ou institui tributos, ela delimita a competência tributária.
É a lei ordinária que cria tributos, sendo que a lei complementartambém cria 
em apenas quatro casos:
a) Imposto sobre Grandes Fortunas;
b) empréstimo compulsório;
c) impostos residuais; e
d) contribuições da Seguridade Social residuais da União.
Cumpre destacar que a Constituição Federal é o fundamento de validade de 
todas as demais normas que integram o nosso ordenamento, sendo considerado 
um complexo de normas inteiramente relacionadas, todas voltadas para garantir 
a finalidade que firmou o poder constituinte.
O poder constituinte derivado atua mediante emenda à Constituição, todavia, 
o poder constituinte originário estabeleceu limites de ordem material ao poder 
reformador por meio das cláusulas pétreas.
Exercício 
8. Quais as diferenças entre poder constituinte originário e derivado?
5. Função da Lei Complementar
A lei complementar tem a finalidade de definir diretrizes básicas e os princípios 
que orientam as normas tributárias conforme disciplina o art. 146 da Constituição 
Federal.
Ela dispõe sobre conflito de competência em matéria tributária entre União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios.
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Regula as limitações constitucionais ao poder de tributar, define os tributos e 
suas espécies, as obrigações, o lançamento,o crédito, a prescrição e a decadência.
Define o tratamento diferenciado e favorecido para as ME e EPP, inclusive, 
regimes especiais simplificados.
Oferece um tratamento tributário adequado ao ato cooperativo.
Poderá ainda estabelecer critérios especiais de tributação para prevenir dese-
quilíbrios da concorrência, instituir empréstimos compulsórios para atender des-
pesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra ou sua imi-
nência, para investimento público de caráter emergencial e de relevante interesse 
nacional observado o Princípio da Anterioridade.
Conclui-se, portanto, que a lei complementar em matéria tributária é de suma 
importância enquanto norma geral. Sua função não é criar tributos, apenas os faz 
em casos excepcionais constantes na Constituição Federal.
Exercício 
9. Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária?
6. Função da Lei Ordinária e Medida Provisória
Como já foi visto anteriormente, a Constituição Federal não cria tributos, ela 
apenas confere competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-
nicípios para instituí-los por lei ordinária.
No entanto, em ocasiões especiais, indicados na Constituição, o tributo só 
poderá ser criado por lei complementar, como nos casos de competência residual 
da União, empréstimos compulsórios e outras fontes destinadas a garantir a ma-
nutenção ou expansão da Seguridade Social.
A medida provisória tem como objetivo o tratamento de assuntos de urgência 
e relevância.
É o meio pelo qual o Poder Executivo legisla e possui força imediata de lei 
sem a participação do Legislativo, o qual será chamado a discutir e aprovar em 
momento posterior. Mas existem vedações de matérias por Medida Provisória 
conforme art. 62, § 1º, I, da Constituição Federal.
Exercício 
10. Quais as matérias vedadas de edição por meio de Medidas Provisórias?
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Capítulo 3
Espécies Tributárias e 
Classificação dos Tributos
1. Conceito de Tributo
É preciso estudar a questão do art. 3º do Código Tributário Nacional, bem como 
a interpretação que o STJ e o STF fazem deste dispositivo.
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, ou seja, eliminam-se as pres-
tações in labore, como o serviço no Tribunal do Júri ou serviço de mesário. Assim, 
as prestações in labore, como é o caso do serviço militar, por exemplo, são pres-
tações compulsórias, mas não são pecuniárias.
Ainda, há algumas prestações que são consideradas pecuniárias, mas não 
compulsórias.
Ademais, a compensação financeira decorrente da exploração de minerais e 
petróleo (royalties) não tem natureza jurídica tributária, segundo o STF.
O segundo item a respeito do conceito de tributo é que seja em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir.
Outro ponto é que a dação em pagamento que, segundo o CTN, só é possível 
se for de bens imóveis.
Cumpre observar que tributo não equivale à multa tributária, o tributo não 
pode equivaler a uma sanção de ato ilícito.
Outro ponto a ser ressaltado é que a cobrança do tributo, em sua fiscalização 
e arrecadação, é feita sem que haja discricionariedade. Neste sentido, havendo 
previsão legal, não pode o auditor, de acordo com sua discricionariedade, não 
cobrar determinado tributo.
Por fim, o tributo deve ser instituído em lei, o que decorre do Princípio da 
Legalidade.
Insta ressaltar que o tributo é uma receita pública que pode ser destinada ao 
ente tributante ou a terceiros, desde que exerçam atividade de interesse público, 
como é o caso das entidades parafiscais, que podem arrecadar contribuições so-
ciais obrigatórias.
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Direito Tributário32
Exercício 
11. (APO – União – Esaf – 2010) Analise a assertiva:
 Ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa 
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, 
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
2. Natureza Jurídica do Tributo e o Fato Gerador
De acordo com o CTN, a natureza jurídica do tributo é identificada pelo fato 
gerador.
A partir da Constituição Federal de 1988, a questão de apenas se considerar 
o fato gerador restou insuficiente, para identificar a natureza jurídica do tributo. 
Assim, hoje se dá importância à base de cálculo e à destinação legal do produto 
arrecadado.
O art. 4º do CTN dispõe que a natureza jurídica específica do tributo é de-
terminada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para 
qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a 
destinação legal do produto da sua arrecadação.
Ainda, o CTN estabelece que os tributos são impostos, taxas e contribuições 
de melhoria, adotando uma classificação tripartite. Todavia, cumpre ressalvar que 
a doutrina adota hoje uma classificação pentapartite.
O fato gerador, em abstrato, é a previsão legal daquilo que dá origem à obri-
gação tributária.
Já a previsão em concreto, a doutrina chama de hipótese de incidência realizada.
É necessário observar que adoutrina entendeu que a base de cálculo é impor-
tante para identificação do fato gerador, não apenas o fato gerador em si.
A base de cálculo serve também para quantificar a grandeza financeira do 
fato gerador, o quanto se deve pagar de tributo.
A doutrina elenca três funções fundamentais à base de cálculo: a função men-
suradora, a função objetiva e a função comparativa.
Exercício 
12. (Cespe – Advogado – Sepro) Analise a assertiva:
 A destinação legal do produto da arrecadação de determinado tributo é 
imprescindível para qualificar sua natureza jurídica.
Klebio Saraivva
Realce
Direito Tributário 33
3. Análise dos Tributos em Espécie – Teorias
A contribuição social pelo lucro líquido tem, em princípio, o mesmo fato gerador 
do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, que é o lucro auferido, podendo-se 
perceber com facilidade que o fato gerador não é suficiente para identificar a 
natureza jurídica da CSLL.
Em relação às contribuições especiais e empréstimos compulsórios, destaca-
-se que a doutrina compreende que a destinação do produto da arrecadação é 
relevante para identificar a espécie tributária, uma vez que nos referidos tributos 
a Constituição Federal afetou a arrecadação a determinados fins.
Alguns autores acrescentam, ainda, o critério da restituição do tributo para 
fins de distinção das espécies tributárias. Insta salientar que a restituição do tribu-
to ocorre apenas com o empréstimo compulsório.
Exercício 
13. (Cespe – Juiz Federal – TRF 5ª Região) Consoante o CTN, a natureza jurídica 
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais 
características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do pro-
duto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de 1988, 
os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais assumiram o status 
de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador 
idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do CTN.
4. Análise dos Tributos em Espécie – Impostos
A principal característica na Teoria Geral dos Impostos está presente no art. 16 do 
CTN, que deixa claro que o imposto é um tributo não vinculado.
O fato gerador do imposto independe de uma atividade estatal específica 
relativa ao contribuinte.
O pagamento do imposto ocorre independentemente de o Estado prestar 
uma atividade estatal relativa àquele indivíduo.
Reza o art. 16 que:
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação in-
dependente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
É preciso observar as principais classificações a respeito do tributo.
Direito Tributário34
A primeira classificação fala em tributos diretos e indiretos. A respeito do tri-
buto direto, não há o repasse econômico de tributo a terceiro. Exemplo: Imposto 
de Renda. Já nos tributos indiretos, há esse repasse, principalmente ao consumi-
dor. Exemplo: IPI, ICMS, dentre outros.
É polêmica a classificação do Imposto de Importação, do Imposto de Expor-
tação e do IOF nas categorias de impostos diretos e indiretos. O entendimento 
majoritário é o de que sempre dependerá do caso concreto.
Cumpre observar que o IPI e o ICMS na importação podem ser considerados 
impostos diretos, caso a importação do bem seja para uso e consumo próprio.
O ISS, por sua vez, é imposto indireto, exceto na hipótese de ISS de prestação 
fixa.
Outra classificação diz respeito aos impostos pessoais e reais. Os pessoais con-
sideram as condições pessoais do sujeito passivo, como ocorre com o Imposto 
de Renda. Já os impostos reais são aqueles que analisam o objeto, a coisa, como 
ocorre com o IPVA, por exemplo.
Há também a classificação entre os impostos fixos e variáveis que, por sua vez, 
engloba os impostos proporcionais, progressivos e regressivos.
5. Taxas
A taxa é um tributo vinculado, um tributo contraprestacional. Decorre tanto do 
poder de polícia quanto da prestação de serviço público específico e divisível re-
lativo ao contribuinte.
A taxa é um tributo cobrado pela União, Estados, Distrito Federal e Municí-
pios, ou seja, é um tributo de competência comum.
Ademais, merece destaque o fato de que é preciso verificar a competência do 
tema para especificar se a taxa é de competência da União, de um Estado ou de 
determinado Município. Exemplo: o Sistema Financeiro Nacional é considerado 
competência da União.
Nota-se, portanto, que, para efeito de instituição e cobrança de taxas, conside-
ram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constitui-
ções dos Estados, das Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e as legisla-
ções com elas compatíveis, competem a cada uma destas pessoas de direito público.
Conforme já mencionado, a taxa é um tributo vinculado, ou seja, retributivo.
Assim, o fato gerador da taxa pode ser o Estado fornecer certidões ou, ainda, 
vacinar, por exemplo.
Direito Tributário 35
Exercício 
14. (FGV – AFRM – Angra dos Reis) Analise a assertiva:
 A possibilidade de instituir uma taxa está diretamente vinculada ao campo 
de atuação da entidade federativa.
6. Contribuição de Melhoria
A contribuição de melhoria decorre de uma atividade estatal relativa ao con-
tribuinte.
É um tributo justo, pois para haver cobrança deve existir uma obra pública que 
valorize o imóvel do particular.
Ademais, a contribuição de melhoria decorre do Princípio da Vedação do En-
riquecimento sem Causa.
Em que pese o laconismo da Constituição Federal, a contribuição de melhoria 
somente deve ser cobrada em decorrência de obra pública que cause valorização 
imobiliária, conforme entendimento predominante na doutrina e na jurisprudência.
O fato gerador ou hipótese de incidência da contribuição de melhoria consiste 
em obter valorização imobiliária (mais-valia) decorrente de obra pública.
Outrossim, a contribuição de melhoria tem como limite total a despesa reali-
zada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada 
imóvel beneficiado.
Insta ressaltar que se trata de dois limites aplicados simultaneamente.
A contribuição de melhoria se distingue de outras espécies tributárias, já que 
a base de cálculo é exatamente o valor que acresceu ao imóvel em razão da obra 
pública e não vislumbra exigência constitucional específica para o produto de sua 
arrecadação.
Exercício 
15. (FCC/SP) A realização de obras públicas, que transformaram uma região 
anteriormente pantanosa em um belo e aprazível parque, ocasionou a va-
lorização da maior parte dos imóveis localizados em suas proximidades, da 
seguinte maneira:
 − o imóvel “A”, que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator 
de absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$ 
12.000.000,00.
Direito Tributário36
 − o imóvel “B”, que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de 
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$ 
6.000.000,00.
 − o imóvel “C”, que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator 
de absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$ 
3.000.000,00.
 − o imóvel “D” não teve valorização alguma em decorrência das obras 
realizadas.
 Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que de-
terminou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização 
foram elementos alheios à dimensão do terreno.
 O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribui-
ção deverá custeá-la integralmente.
 Com base nessas informações e considerando que o município em questão 
editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria 
para fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que:
a) A municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel “C” con-
tribuição de melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu 
imóvel tenha sido valorizadoem R$ 1.000.000,00, desde que o li-
mite total da exigência referente ao custo da obra não ultrapasse R$ 
6.000.000,00.
b) Os proprietários dos imóveis “A”, “B”, “C” e “D” deverão pagar con-
tribuição de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
c) Os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C” deverão pagar contribui-
ção de melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos 
geradores respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
d) Os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C”, que tiveram seus imóveis 
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o 
valor de custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, 
cabendo a cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
e) A municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro 
proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valori-
zação de seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel “A” pagar R$ 
8.000.000,00, ao imóvel “B” pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel “C” 
pagar R$ 1.000.000,00 e não cabendo nada a “D”, perfazendo um 
total de R$ 12.000.000,00.
Direito Tributário 37
7. Empréstimo Compulsório
O empréstimo compulsório é hoje considerado uma espécie tributária.
Observa-se que o empréstimo compulsório é de competência exclusiva da 
União e é um tributo que deve ser cobrado por meio de lei complementar.
São três as causas do empréstimo compulsório: guerra externa ou sua iminên-
cia; calamidade pública; e investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional.
Ainda, o empréstimo compulsório é espécie de tributo e não de confisco, 
devendo-se observar, em regra, as limitações constitucionais de tributar, inclusive 
os Princípios da Legalidade, da Igualdade e da Irretroatividade Tributária.
No que tange à anterioridade anual e nonagesimal, o empréstimo compulsó-
rio que tenha como causa guerra externa ou calamidade pública é exceção.
Conforme disposto no art. 148 da Constituição Federal, a União, mediante lei 
complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despe-
sas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.
O art. 150, § 1º, traz as exceções à anterioridade anual e nonagesimal, não 
abordando o art. 148, II.
Com efeito, o conceito de despesa extraordinária abrange apenas despesas 
quando tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência.
Exercício 
16. (Esaf – Auditor Fiscal) Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto 
afirmar que é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do 
Código Tributário Nacional.
8. Contribuições Especiais
As contribuições especiais podem se dividir, nas de competência da União e dentro 
de contribuições sociais, em: contribuições ordinárias para a Seguridade Social; 
contribuições residuais para a Seguridade Social; e contribuições sociais gerais.
Há, ainda, a contribuição de intervenção no domínio econômico, prevista nos 
arts. 149 e 177, § 4º, da Constituição Federal.
Direito Tributário38
Já a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
também denominadas contribuições corporativas, são aquelas que se paga às en-
tidades que fiscalizam a profissão. Exemplo: CREA, CRM, dentre outros. Observa-
-se que a exceção se refere apenas à profissão de advogado.
Além da competência constitucional da União para instituir contribuição pre-
videnciária de seus servidores públicos, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios também possuem tal competência.
Assim, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuições 
de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do sistema previdenciário 
respectivo, cuja alíquota não será inferior à da contribuição previdenciária dos 
servidores titulares de cargos efetivos da União.
A contribuição de iluminação pública serve para o custeio do serviço de ilu-
minação pública, de competência do Distrito Federal e dos Municípios, sendo 
facultada a cobrança nas faturas de consumo de energia elétrica.
Exercício 
17. (TRF – 3ª Região – 2011) De acordo com o art. 149, § 2º, da Constituição 
Federal, as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico 
não incidirão sobre as receitas de exportação. Esta imunidade alcança a 
contribuição social sobre o lucro líquido, destinada ao custeio da seguridade 
social?
9. Classificação de Tributos – Tributos Reais e 
Pessoais
O Direito Tributário admite diversas classificações, de acordo com as ideologias ou 
as correntes de pensamentos existentes.
No entanto, o sentido da classificação deve sempre facilitar o estudo das es-
pécies tributárias, mediante o aspecto preponderante a ela conferido por certas 
doutrinas ou pela jurisprudência.
A primeira classificação, já estudada, diz respeito às espécies tributárias, ha-
vendo entendimento no sentido de que são cinco referidas espécies: impostos; 
taxas; contribuições de melhoria; empréstimo compulsório; e contribuições espe-
ciais ou gerais.
Outra classificação é quanto à natureza da hipótese de incidência do tributo, 
que pode ser vinculado ou não vinculado.
Direito Tributário 39
Existe, ainda, a classificação que diz respeito ao destino da arrecadação, se-
parando os tributos de arrecadação vinculada dos tributos de arrecadação não 
vinculada.
A quarta classificação se dá quanto à forma de percepção, apartando os tri-
butos em diretos e indiretos.
A quinta classificação diz respeito aos aspectos objetivos e subjetivos da hipó-
tese de incidência, distinguindo os tributos em reais e pessoais.
Há também a classificação quanto à finalidade ou função dos tributos, que 
podem ser fiscal, extrafiscal e parafiscal.
A classificação quanto à alíquota do tributo ou forma de quantificação divide 
os tributos em fixos, proporcionais, progressivos e regressivos.
Existe também a classificação simples da receita pública, com base na diferen-
ça entre receitas originárias e receitas derivadas.
Capítulo 4
Limitações Constitucionais 
ao Poder de Tributar
1. Limitações e Poder
As limitações constitucionais ao poder de tributar são as imunidades tributárias e 
os princípios tributários.
O poder de tributar é um ato de soberania do Estado, distribuído aos entes 
federativos, chamado de competência tributária. A Constituição Federal atribui o 
poder de tributar e o Código Tributário define a competência, esse poder sofre 
limitações, logo, tal competência não é plena.
É necessário a existência das limitações constitucionais ao poder de tributar, 
para com isso poder-se conter o Fisco nas arrecadações. Tais limitações nascem 
com o objetivo de tutelar os interesses do contribuinte.
A imunidade musical refere-se aos impostos sobre fonogramas e videofono-
gramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais 
de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, 
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na 
etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
A mencionada imunidade é aplicada a todos os entes federados e afasta a 
tributação apenas dos impostos. É uma imunidade objetiva, pois se relaciona 
aos objetos estabelecidos na norma imunizante, mas não afasta os impostos 
sobre o rendimento ou o patrimônio das pessoas que produzem tais bens ou 
realizam as mencionadas operações. A imunidade musical é uma imunidade 
incondicionada, uma vez que independe de qualquer condição estabelecida 
pela legislação infraconstitucional para operar sua eficácia plena e aplicabili-
dade imediata.
Direito Tributário 41
2. Natureza das Limitações Constitucionais e 
suas Espécies
As limitações são constitucionais e se resumem a imunidades e a princípios. A 
doutrina faz diferenciação entre limites e limitações. Essa distinção é abstrata, 
pois atua no campo teórico, não produz consequênciana prática.
As limitações constitucionais têm natureza jurídica de garantia constitucional 
assegurada ao contribuinte, para que ele não tenha, por exemplo, a cobrança de 
um tributo inesperado (Princípio da Anterioridade). Outra proteção constitucional 
importante é o Princípio da Legalidade.
Uma pessoa não pode ser punida por um ato praticado em determinada épo-
ca que passou posteriormente a ser previsto como crime (âmbito penal).
Tem-se a garantia à imunidade recíproca, à imunidade dos templos e à imuni-
dade das entidades assistenciais sem fins lucrativos.
Existem regras infraconstitucionais: primeiro existe o poder de tributar, depois 
as limitações a esse poder, depois a lei complementar regulando as limitações e 
definindo as regras. As limitações constitucionais possuem regras que devem ser 
seguidas.
3. Limitações Constitucionais – Não Incidência 
Tributária
As espécies de não incidência tributária dividem-se em: pura e simples, legal e 
constitucional.
A não incidência pura e simples decorre da falta de lei. Se não tem lei, não tem 
fato gerador e, consequentemente, não tem obrigação tributária.
Quando a lei diz que não incide, tem-se a não incidência legal. O objetivo da 
lei ao dizer isso é evitar qualquer dúvida. Não ocorre fato gerador.
Se estiver no campo da não incidência tributária, não terá fato gerador.
Se a não incidência é prevista na Constituição, há a chamada imunidade tri-
butária. A lei pode ser revogada. A Constituição, no entanto, só será revogada se 
houver outra constituição.
Para retirar uma imunidade considerada cláusula pétrea, a Emenda Constitu-
cional não pode revogar a hipótese da não incidência.
Tudo o que está na Constituição recebe o nome de imunidade tributária.
Direito Tributário42
Toda imunidade é uma não incidência, mas nem toda não incidência é uma 
imunidade.
Quando a não incidência é constitucional, tem-se uma ordem constitucional.
É dirigida ao legislador que não pode prever a hipótese de incidência tributá-
ria. Se o legislador a fizer, tal lei será considerada inconstitucional.
A não incidência é o acontecimento no mundo dos fatos que não correspon-
de à descrição legal tributária. Assim, na não incidência, faltam elementos para 
enquadrar determinado fato na hipótese de incidência (fato gerador in abstrac-
to), ou seja, é a não previsão do fato na hipótese de incidência. Com efeito, não 
há obrigação tributária e, por conseguinte, não há crédito tributário.
Decerto, a não incidência pode decorrer da falta de competência ou do não 
exercício da competência em toda a sua amplitude (característica da facultativi-
dade do exercício da competência tributária).
4. Imunidade e Isenção
A imunidade é uma delimitação negativa de competência tributária, ou seja, não 
há competência tributária. Como a competência tributária é a aptidão para deter-
minado ente criar o tributo, a imunidade traduz um elemento de incompetência 
tributária, sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver tributação 
e, consequentemente, incidência tributária.
A imunidade tem sede na CF/1988, materializando uma dispensa constitucio-
nal de pagamento de tributo. Sendo assim, há dispositivos constitucionais que 
transmitem o teor de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”, 
existindo equívoco por parte do legislador constitucional. Por exemplo, o art. 
195, § 7º, da CF/1988, que dispõe:
“São isentas de contribuições para a seguridade social as entidades benefi-
centes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.”
Esta é uma imunidade subjetiva, segundo entendimento do STF.
A isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto é, a au-
toridade não pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo a incidência tri-
butária (ocorre o fato gerador), está impedido de realizar o lançamento tributário.
Portanto, a isenção está dentro do campo da incidência e decorre do exercício 
a competência tributária, sendo veiculada em norma infraconstitucional e acon-
tece o fato gerador (obrigação tributária), porém, não há constituição do crédito 
tributário.
Direito Tributário 43
5. Isenção e Alíquota Zero
A alíquota zero, da mesma forma que a isenção, encontra-se no campo da inci-
dência tributária. Por conseguinte, há obrigação tributária, mas o valor do tributo 
é inexistente (aspecto quantitativo), por simples razão matemática, isto é, a mul-
tiplicação da base de cálculo por zero é igual a zero. Então, o valor do tributo a 
ser pago é nulo.
A remissão é uma hipótese de extinção do crédito tributário após o lançamen-
to, abrange tributos ou multas.
A anistia é a dispensa da multa antes do lançamento do crédito tributário.
A isenção é a dispensa do pagamento do tributo antes do lançamento do 
crédito tributário.
Quando ocorre uma dilação no prazo para pagamento do tributo, chamamos 
de moratória.
6. Relação da Imunidade com a Competência
O poder de tributar faz a distribuição da competência tributária para os entes da 
Federação.
A competência para legislar sofre limitações.
Quando um determinado ente federativo exerce competência que lhe foi ou-
torgada pela Constituição, exerce uma competência positiva.
É competência positiva porque está exercendo a competência constitucional a 
ele outorgada, criando o tributo.
A competência negativa é uma ordem proibitiva ao exercício da competência 
positiva. A ordem proibitiva parte da Constituição.
Se a União Federal legislar sobre ICMS, que é um tributo estadual, pode-se 
dizer que a União está invadindo a competência tributária do Estado.
Capítulo 5
Imunidade Tributária
1. Classificação das Imunidades
As imunidades podem ser consideradas em ontológicas e políticas. Ontológicas 
são aquelas que não podem ser abolidas por meio de emenda constitucional, por 
tratar-se de cláusula pétrea decorrente do Princípio Federativo do Estado.
Segundo grande parte dos doutrinadores, quase todas as imunidades são 
ontológicas, como a imunidade religiosa e a cultural, já o STF decidiu que so-
mente as recíprocas são consideradas imunidades ontológicas (art. 150, VI, “a”, 
da CF).
As imunidades políticas podem ser revogadas por meio de emenda constitu-
cional e, segundo o STF, essas imunidades estão suscetíveis à alteração pelo exer-
cício do poder constituinte derivado, uma vez que estas não decorrem de direitos 
e garantias individuais (art. 184, § 5º, da CF).
O Princípio Federativo do Estado é decorrente do Princípio da Igualdade entre 
os entes políticos, ou seja, União, Estados e Municípios.
São imunidades gerais e tópicas aquelas que definem o alcance das normas 
constitucionais imunizantes.
A imunidade geral é dirigida a todos os entes da Federação e possui previsão 
expressa no texto constitucional, já a imunidade tópica ou específica dirige-se a 
um único tributo, podendo ser, por exemplo, um imposto ou taxa (art. 153, § 3º, 
III, da CF).
As imunidades também podem ser classificadas em explícitas, quando previs-
tas literalmente no texto de lei, como a liberdade religiosa ou implícitas, hipótese 
em que se faz necessária uma interpretação sistemática do texto constitucional, 
como ocorre com o chamado mínimo existencial.
Nos casos de imunidades classificadas em excludentes e incisivas, adota-se 
como critério de aferição a abrangência da vedação contida na norma imunizante.
Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
Realce
Direito Tributário 45
A imunidade excludente restringe-se à determinada situação da tributação, 
por apenas um tipo de imposto (art. 153, § 5º, da CF) e, na imunidade incisiva, 
estabelece-se certas situações que serão tributadas por alguns impostos (art. 155, 
§ 3º, da CF).
Vale destacar que, segundo jurisprudência pacificada no Supremo Tribunal 
Federal, é possível a incidência incisiva em contribuições, como a Cofins.
Exercício 
18. (Esaf para a Sefaz – SP) As imunidades tributárias são classificadas em:
a) ontológicas e políticas;
b) proporcionais e políticas;
c) diretas e indiretas;
d) cumulativas e não cumulativas;e) vinculadas e não vinculadas;
2. Imunidade Recíproca – Parte I
A imunidade recíproca também chamada de imunidade intergovernamental ou 
federativa trata-se da vedação da União, Distrito Federal, Estados e Municípios 
instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
Vale ressaltar que tal vedação estende-se às autarquias e fundações (funda-
ções autárquicas) criadas e mantidas pelo Poder Público, no que tange ao patri-
mônio, renda e serviços com finalidades essenciais.
A imunidade recíproca se estende à OAB, porém, o STF entende que o mesmo 
não é válido para a Caixa de Assistência dos Advogados.
É importante lembrar o caráter subjetivo dessa imunidade, porque se refere a 
determinadas pessoas jurídicas e não deve ser invocada na hipótese de contribui-
ções previdenciárias e também não alcança as taxas.
Como decorre do Princípio da Isonomia das pessoas políticas, o chamado 
Princípio Federativo do Estado brasileiro, a imunidade recíproca é ontológica, não 
podendo ser abolida por meio de emenda constitucional.
Portanto, o Princípio da Imunidade Recíproca visa assegurar a autonomia dos 
entes políticos, além de ser incondicionada, porque não necessita de normas in-
fraconstitucionais para sua plena eficácia.
A Constituição Federal estabelece que a imunidade recíproca apenas ocorra 
sobre os impostos incidentes sobre serviço, patrimônio ou renda, não atingindo 
os impostos sobre circulação de riquezas e produção (IPI e ICMS).
Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
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Klebio Saraivva
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Klebio Saraivva
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Klebio Saraivva
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Klebio Saraivva
Realce
Direito Tributário46
O STF decidiu que a imunidade recíproca abarca o IOF, mas, em relação ao 
ICMS e ao IPI, o tema ainda é controvertido. Atualmente, as bancas de concurso 
público entendem que não incidirá imunidade recíproca sobre o ICMS e IPI.
Exercício 
19. (Cespe – Promotor – SE) A imunidade recíproca, ou seja, entre os entes 
federados, não está limitada a certos tipos de impostos.
3. Imunidade Recíproca – Parte II
Conforme art. 150, § 3º, da CF/1988, a imunidade recíproca não se aplica ao 
patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em 
que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
Já o STF interpreta este dispositivo mitigando a literalidade da lei, conside-
rando que não é necessário o monopólio estatal já que a imunidade recíproca 
abrange bens públicos sob o uso de concessionárias de serviço público.
A imunidade tributária recíproca não alcançaria as empresas públicas e socie-
dade de economia mista, exceto quanto às atividades tipicamente estatais.
O STF gradativamente ampliou esse entendimento, decidindo que empresas 
públicas poderiam adquirir imunidade, como no caso de um hospital integrante 
do Sistema Único de Saúde que, por contar com maior número de ações perten-
centes à União, ganhou imunidade.
Antes de conferir imunidade recíproca, além de analisar se o tipo de atividade 
desempenhada pelo órgão está ou não sujeita ao monopólio estatal, é necessário 
fazer um exame acerca do risco à concorrência e à livre-iniciativa, e aos riscos ao 
pacto federativo, pela pressão política ou econômica.
Exercício 
20. (Cespe – Juiz Federal – TRF – 2007) A União, almejando facilitar o escoa-
mento da produção nacional de biocombustível para o exterior, construiu 
estrutura portuária em imóvel integrante de seu domínio econômico, si-
tuado em determinado município brasileiro. Para se viabilizarem as ativida-
des do porto, os serviços portuários foram delegados à pessoa jurídica de 
direito privado que se utiliza do acervo patrimonial portuário pertencente 
Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
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Klebio Saraivva
Realce
Klebio Saraivva
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Direito Tributário 47
à União. Nessa situação, o referido município não pode cobrar IPTU da 
empresa delegatária, a qual, todavia, é contribuinte de taxa de limpeza 
urbana.
4. Imunidade Religiosa ou Imunidades do 
Templo de Qualquer Culto
O fundamento da liberdade religiosa tem previsão no art. 5º, VI, da CF/1988, 
assegurando a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença.
O Estado não pode interferir na opção religião do indivíduo, visto que o Brasil 
é um estado laico, sem predominância de uma religião oficial.
O STF recentemente decidiu que os templos maçônicos não são abarcados 
pela imunidade, pois, segundo o Relator Ricardo Lewandowski, o que se defende 
na Maçonaria seria uma ideia, descaracterizando os templos maçônicos como 
entidades religiosas.
A imunidade tributária religiosa veda o IPTU sobre imóveis de propriedade 
dos templos que se encontram alugados, bem como o patrimônio, a renda e os 
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas.
Se restar comprovado o desvio de finalidade religiosa, o Estado pode tentar 
demonstrar, objetivando a cobrança do referido imposto.
A imunidade religiosa é considerada um tipo de imunidade subjetiva, abran-
gendo a pessoa jurídica em si, não privilegiando o pastor ou o padre. A proteção 
recairá tão somente à entidade que representa a igreja.
Exercício 
21. (Cespe – Delegado – RN) Os cemitérios que consubstanciam extensões de 
entidades de cunho religioso não estão abrangidos pela imunidade tribu-
tária prevista na CF, uma vez que as normas que tratam de renúncia fiscal 
devem ser interpretadas restritivamente.
5. Imunidades Condicionadas
As imunidades condicionadas e incondicionadas são aquelas que dependem da 
existência ou não de autorização na norma constitucional imunizante, para que 
as normas infraconstitucionais fixem requisitos para a concessão da imunidade.
Direito Tributário48
No caso da imunidade incondicionada, sua aplicabilidade ocorre de forma 
imediata, como a imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”, da CF/1988).
O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre pa-
trimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, incluindo suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistên-
cia social, sem fins lucrativos (art. 150, VI, “c”, § 4º, da CF/1988).
Para que o partido político goze dessa imunidade, incluindo sua fundação, 
precisa ter declarada sua regularidade mediante registro perante o Superior Tri-
bunal Eleitoral.
Importante destacar que são sinônimos de trabalhador, o termo obreiro ou em-
pregado, sendo recorrente em questões de prova trazendo entidade sindical dos 
obreiros. Jamais confunda esse termo com entidade sindical patronal, pois essa 
não possui imunidade, uma vez que não representa a categoria dos trabalhadores.
Temos as instituições de educação e de assistência social equiparadas à cate-
goria de sem fins lucrativos. Nesse sentido, o STF estabelece que a Constituição 
remeta à lei ordinária a fixação de normas sobre a criação e o funcionamento da 
entidade educacional.
Para efeitos de imunidade, quando suscetíveis de disciplina infraconstitucio-
nal, essa matéria reserva-se à lei complementar, nos termos do art. 146, II, da 
Constituição Federal.
Exercício 
22. (Esaf para MPE – GO) Os partidos políticos são entidades imunes, benefício 
que não se estende às suas fundações.
6. Imunidade Objetiva
O Princípio da Capacidade Contributiva está elencado no art. 145, § 1º, da Cons-
tituição Federal e garante a igualdade tributária, operando como limite e gradua-
ção da obrigação de pagar o tributo.
Essa obrigação deve ser analisada a partir de duas nuanças, sendo a primeira 
a perspectiva objetiva que leva em consideração as manifestações reais de riqueza 
do fato tributável, como ser proprietário de um veículo.
Desde a Roma antiga, existia a cobrança de tributos e, com o advento do Estado 
Democrático de Direito, certas cobranças tornaram-se abusivas. Dessa forma, foi 
preciso estabelecer critérios reveladores

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