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climatologia e meteorologia 4

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- -1
CLIMATOLOGIA E METEOROLOGIA
CAPÍTULO 4 - COMO DISCUTIR OS DADOS 
METEOROLÓGICOS E RELACIONAR COM AS 
ATIVIDADES ANTRÓPICAS?
Debora Rodrigues Barbosa
- -2
Introdução
Este capítulo abordará a importância dos dados meteorológicos e como relacioná-los com as atividades
antrópicas. Mas antes disso, precisamos relembrar o que é meteorologia, vamos lá?
Estêves (2016, p. 76) define a meteorologia como a “ciência que estuda a atmosfera e os fenômenos
atmosféricos. Algumas áreas da meteorologia abrangem estudos sobre agricultura aplicada, astrometeorologia,
aviação, dinâmica, hidrometeorologia operacional e sinóptica, entre outros”. Com base no que fora exposto,
percebemos como a meteorologia é importante para o homem, pois seus estudos abrangem diversas áreas e
podem, muitas vezes, nortear os melhores meios de desenvolver determinada atividade.
Você sabe como os dados são coletados? A partir das estações meteorológicas, que possuem diversos
instrumentos capazes de identificá-los e, a partir disto, são definidas as aplicabilidades dos dados. Neste capítulo
será abordada a descrição de uma estação meteorológica, seu modo de funcionamento e as maneiras mais
adequadas de analisar seus registros. Também serão analisadas as cartas sinóticas como importantes aliadas à
espacialização dos fenômenos climatológicos.
Você já ouviu falar sobre bioclimatologia? Neste capítulo também vamos conceituá-la e discutiremos suas
aplicações. Além disso, você compreenderá de que maneira os fatores climáticos influenciam os organismos.
Os estudos meteorológicos e climatológicos são utilizados em diversas atividades antrópicas. Você sabe como?
No capítulo, após identificar e compreender todas as variáveis envolvidas, identificaremos as consequências das
ações antrópicas no clima e no tempo, relacionando-as aos impactos oriundos destas ações e às mudanças
climáticas em andamento, sejam elas locais, regionais ou globais.
4.1 Estações meteorológicas
Como acabamos de ver, os fenômenos climatológicos e meteorológicos, ao serem estudados, requerem uma
imensa quantidade de dados, que são obtidos a partir de um observador, das experiências criadas e das análises,
que podem ser de diferentes tipos, de acordo com o método científico optado.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) 2018b), a observação pode ser classificada como 
, de modo que podem ser consideradas uma avaliaçãoconvencional (sensorial) ou automática (instrumental)
ou uma medida dos parâmetros meteorológicos. Ainda de acordo com o autor, as observações são definidas
como sensoriais quando seu modo de aquisição é feito a partir um observador, sem o auxílio de qualquer
instrumento de medição, diferentemente das observações instrumentais, que são realizadas com o auxílio dos
equipamentos meteorológicos.
Mas que parâmetros meteorológicos os equipamentos são capazes de registrar? A partir da utilização de
diversos equipamentos pode-se obter dados de: temperatura do ar, pressão atmosférica, umidade relativa do ar,
precipitação etc. Existe um equipamento específico capaz de registrar cada elemento climático, como mostra a
figura a seguir.
- -3
Quadro 1 - Equipamentos utilizados para coletar dados meteorológicos e suas especificidades: as estações 
meteorológicas, em geral, possuem tais equipamentos, de acordo com a sua finalidade.
Fonte: Adaptado de INMET. Instrumentos Meteorológicos. Instituto Nacional de Meteorologia. Instrumentos 
Meteorológicos. S/D, b. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home
/page&page=instrumentos. Acesso: 08/11/2018.
Quando todos esses instrumentos se encontram disponíveis num mesmo local, temos a chamada estação
, que podem ser distinguidas a partir de uma identificação física, realizada através de suameteorológica
localização geográfica manifestada em .latitude, longitude e altitude
- -4
A localização geográfica é importante, pois a partir dos parâmetros determinantes será possível correlacionar os
dados obtidos de acordo com as características geográficas. Como estes parâmetros são utilizados?
Para aprender mais sobre o tema, clique nas setas abaixo.
Uma estação meteorológica detém diversos sensores isolados que são capazes de registrar ininterruptamente os
parâmetros meteorológicos, que posteriormente serão registrados por um observador a cada intervalo e, em
sequência, este os expedirá a um centro coletor.
Para que os dados meteorológicos sejam validados, a (WMO - OrganizaçãoOrganization Meteorological World
Meteorológica Mundial) determinou um padrão que deve ser seguido à risca.
A padronização inclui desde os equipamentos usados, até as técnicas utilizadas, seja para calibração, aferição,
ajustes, manuseio ou procedimentos observacionais (SILVA 2009).et al.
Esta padronização foi implementada devido ao grande número de estudos climatológicos mundiais, pois, uma
vez que não há um padrão, a representação temporal e espacial não pode ser atingida, inviabilizando a
comparação entre os dados.
As estações meteorológicas podem ser de – também conhecidassuperfícies convencionais ou automáticas
como . Cada uma delas terá sua própria singularidade, de modo que nasPlataforma de Coleta de Dados
estações convencionais (figura abaixo) será feita a observação dos fenômenos meteorológicos a partir de
“leituras sistemáticas, ou seja, padronizadas no tempo; uniformes, ou seja, com pessoas treinadas e devem ser
ininterruptas, ou seja, não falhar” (ALVES, s/d, p.1).
VOCÊ SABIA?
Uma vez que a estação meteorológica é oficialmente reconhecida, ela terá um número de
identificação internacional composto de cinco algarismos. O Brasil possui dois blocos
meteorológicos identificados pelos numerais iniciais 82 ou 83, dependendo de sua localização
geográfica (SILVA 2009). Mas atenção! Caso haja a mudança de uma estação de posição et al.
geográfica, isso acarretará na construção de uma nova estação. Isto ocorre porque nos estudos
climatológicos, uma estação não pode ter sua localização transferida.
VOCÊ QUER VER?
O Canal do Youtube da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP), por meio do
curso de licenciatura em Ciências, criou um vídeo explicativo denominado “Licenciatura em
Ciências: Previsão do Tempo e do Clima”, no qual é abordada a coleta de dados nas estações
meteorológicas, radiossondas e como eles são processados ao chegarem no INMET e ao CPTEC
/INPE. Disponível em < >.https://www.youtube.com/watch?v=QwcVKWafbrU
- -5
Figura 1 - A estação de superfície convencional é o local onde são realizadas observações dos fenômenos 
meteorológicos que ocorrem na troposfera ao nível da superfície terrestre.
Fonte: gyn9037, Shutterstock, 2019.
Por sua vez, as estações meteorológicas automáticas, como a da figura a seguir, foram criadas após o aumento da
demanda de diversas empresas e instituições em obter regularmente informações colhidas em lugares remotos
ou referentes a uma região muito extensa.
Figura 2 - Estação de superfície automática: local criado devido ao aumento da demanda em adquirir 
continuamente dados sobre as condições do tempo em diversas áreas, incluindo as de difícil acesso ou muito 
extensas.
Fonte: Suwin, Shutterstock, 2019.
Certamente, as estações meteorológicas são importantes ferramentas para o gerenciamento dos dados e a
identificação das condições da atmosférica.
- -6
A instalação dos diferentes tipos de estações é adequada às suas necessidades. Enquanto as estações de
superfície convencional são instaladas em conformidade com um conjunto de instrumentos capazes de
descrever de maneira concisa as condições meteorológicas no momento da observação. Em contrapartida,
devido à necessidade de obtenção de dados precisos, as instalações para as estações automáticas requerem uma
área livre de qualquer interferência (árvores, construções, impermeabilização do solo etc.).
4.1.1 Medidas
A medição dos parâmetros meteorológicosé executada nas estações meteorológicas, todavia o tipo de estação
será definido de acordo com o número de elementos medidos, da frequência de medição e da condição do
observador (profissional ou amador).
No tópico anterior vimos que existem as estações de superfície convencionais, as automáticas e as de altitude.
Cada tipo de estação gerará seus dados a partir da análise específica de elementos. Ayoade (2007) subdivide as
estações de superfície convencionais em 4 tipos, como veremos abaixo:
Quadro 2 - As diferentes estações meteorológicas de superfície convencional e suas finalidades, adequadas à 
VOCÊ SABIA?
Existem as chamadas , que têm como objetivo observar estações meteorológicas de altitude
e traçar o perfil vertical de temperatura, pressão, umidade, direção e velocidade do vento nas
distintas camadas atmosféricas (FERREIRA; CAMARGO JUNIOR, s/d). Após as informações
serem colhidas, elas são codificadas e transferidas para emprego da Meteorologia Aeronáutica.
A observação meteorológica da atmosfera, em altitude, utilizando métodos diretos, é
conhecida por .observação aerológica
- -7
Quadro 2 - As diferentes estações meteorológicas de superfície convencional e suas finalidades, adequadas à 
necessidade do homem.
Fonte: Adaptado de AYOADE, 20unsafe:javascript:void(0)07.
De acordo com Orgaz . (1995), a instalação das estações meteorológicas deve seguir alguns padrões pré-et al
determinados para garantir a acuidade das informações adquiridas. A respeito disso, os autores explicam de que
forma as estações supracitadas devem estar dispostas a fim de garantir a qualidade dos dados:
As estações sinópticas devem estar situadas de modo a fornecer dados meteorológicos
representativos da área em que se encontram. Em geral, as estações climatológicas devem estar
situadas num local e sob condições que permitam o funcionamento contínuo da estação durante,
pelo menos, dez anos. A exposição deve permanecer inalterada durante um período de longa
duração. Nas estações de meteorologia agrícola os instrumentos devem ser colocados de modo a que
sejam representativos das condições do aeródromo, ou das condições agrícolas e naturais da região
respectiva. (p. 20)
Para dar sequência aos seus estudos sobre o tema, clique nos itens abaixo.
• 
Por sua vez, nas estações automáticas, os instrumentos são responsáveis por fazer, transmitir ou
registrar as observações automaticamente e podem, eventualmente, inserir os dados
manualmente. O tipo de funcionamento requerido de uma estação automática é definido em
conformidade com a adequação do uso dos dados.
• 
Orgaz et al. (1995) apontam que a melhor maneira de classificar estas estações deve ser baseada
no fornecimento de dados, ou seja, "se os dados são fornecidos em tempo real ou quando
registram os dados para análise em tempo real” (p. 246).
• 
Mas o que seriam os dados sinópticos? Felicio (2009, p. 1) define o sinóptico como a
“representação gráfica dos dados coletados em uma Estação Meteorológica de Superfície. As
informações podem se apresentar de 3 maneiras: Simples (Vento, Temperaturas do ar, Pressão
atmosférica.); Média (Visibilidade horizontal, Teto, Nuvens, Tempo Presente); Completa (todos os
dados possíveis).”
• 
Ainda de acordo com o autor, dependendo da finalidade não é necessária a plotagem de todos os
dados, contudo, quanto maior for o número de informações, melhores serão as condições de
visualização da atmosfera. É importante destacar que, tratando-se das redes nacionais de estações
meteorológicas, a WMO recomenda que sejam utilizadas as redes sinóticas espaçadas num raio
inferior a 150 km.
Mas o que seriam as redes meteorológicas? Clique nas abas a seguir e confira.
R e d e s
meteorológicas 
As redes meteorológicas são definidas como o conjunto de estações meteorológicas
distribuídas por uma região. Vale ressaltar que, nas estações sinóticas, as observações são
realizadas a partir de um horário pré-determinado. De acordo com o padrão estabelecido
pela WMO, as principais medições sinóticas são efetuadas a cada 6 horas, de modo que
fiquem dispostas às: 00:00, 06:00, 12:00 e 18:00 do horário local, considerando o Tempo
Médio de Greenwich (TMG).
Orgaz . (1995) aponta que as observações em superfície são executadas por umet al
•
•
•
•
- -8
Observador
Orgaz . (1995) aponta que as observações em superfície são executadas por umet al
observador presente no local da medição. As observações podem ser realizadas em estações
terrestres ou oceânicas, onde o observador deverá permanecer no nível do solo ou próximo
dele.
Observações
sensoriais 
As ou são aquelas nas quais se utilizam osobservações sensoriais não-instrumentais
órgãos sensoriais do observador, pois os elementos considerados não podem ser estimados a
partir de instrumentos. Acerca disso podemos citar os graus de visibilidade, o índice de
nebulosidade, a ocorrência de fenômenos específicos, como granizo, geadas, etc. e os tipos de
nuvem.
Observações
instrumentais
Destarte, a utilização de instrumentos torna-se necessária à medida que deva existir o
prolongamento dos sentidos. Neste caso, as observações designam-se por observações
instrumentais. As podem ser realizadas por instrumentosobservações instrumentais
registradores ou não-registradores, de modo que os primeiros possuem dispositivos
autoregistradores, que disponibilizam os dados meteorológicos de maneira contínua sob a
forma de um gráfico, e os segundos precisam ser aferidos em horários pré-determinados.
4.1.2 Registros
Como acabamos de analisar, os registros meteorológicos são obtidos a partir da utilização de instrumentos. No
entanto, Orgaz et al. (1995) destaca as principais características que os instrumentos meteorológicos devem ter
são elas:
• regularidade de funcionamento;
• precisão;
• simplicidade de concepção;
• facilidade de utilização e de manutenção;
• robustez de construção.
Os autores ainda salientam a importância da manutenção do grau de precisão conhecido durante um período
longo. Entretanto, as características que incluem a simplicidade e a facilidade de utilização e de manutenção
possuem extrema relevância devido ao funcionamento constante dos instrumentos meteorológicos. Uma vez que
esses instrumentos não estejam em pleno funcionamento podem não só comprometer a aquisição dos dados,
como a acuidade dos mesmos. Clique nas setas abaixo, para aprender mais sobre o tema.
Nas estações de superfícies convencionais, os registros são anotados a partir de um observador, que, após a
leitura dos aparelhos, registra os dados em sua caderneta e, após esse procedimento, tais dados são
encaminhados para o site de bancos de dados meteorológicos. Por sua vez, nas estações automáticas, os valores
são aferidos a cada minuto e disponibilizados automaticamente em cerca de uma hora.
Entretanto, os registros meteorológicos das estações não estão isentos de falhas. Estas falhas ocorrem quando,
por algum motivo, não são determinados os dados de algum período, sejam eles uma falha do observador ou do
próprio aparelho utilizado, que não computou os dados corretamente. Para que isto não ocorra é imprescindível
que as observações sejam rigorosas quanto à pontualidade.
Desse modo, é extremamente relevante a averiguação do resultado das observações a fim de asseverar que não
houve omissão ou erro grave, além de garantir que os resultados estejam em equivalência uns com os outros.
Com isso, o observador garantirá a acuidade dos dados, reduzindo o risco de interpretações dúbias devido à má
qualidade dos dados.
Atenção! No Brasil o site do INMET é o responsável por disponibilizar o banco de dados meteorológicos junto à
WMO. Além disso, a WMO delegou ao INMET a função de responsável pelo tráfego das mensagens coletadas pela
rede de observação meteorológica da América do Sul e dos demais centros meteorológicos que compõem o
Sistema de Vigilância Meteorológica Mundial (INMET, 2018b).Por meio do INMET (2018b), o Brasil sedia um Centro de Sistema de Informação Mundial (GISC, na sigla em
•
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Por meio do INMET (2018b), o Brasil sedia um Centro de Sistema de Informação Mundial (GISC, na sigla em
inglês), que é englobado pelo principal núcleo do novo Sistema de Informação da WMO (WIS, na sigla em inglês).
O WIS é resultado da evolução do Sistema Mundial de Telecomunicações (GTS).
4.1.3 Histórico de medições meteorológicas
Os históricos de medições meteorológicas surgem a partir da observação do tempo, ou seja, do tempo presente.
Alguns registros históricos indicam que o surgimento da previsão de tempo remonta à época dos homens
primitivos, quando os mesmos observavam as nuvens no céu.
Pouco difundida nas civilizações mais antigas, a meteorologia teve seus primeiros indícios sobre estudos
atmosféricos com os babilônios. Entretanto, séculos depois os gregos tornam-se o primeiro povo a estudar a
atmosfera a partir de um viés científico (CUNHA, 1997). Ainda em concordância com o autor, Aristóteles foi
quem mais se evidenciou ao realizar pesquisas sobre os ventos e as condições de tempo relacionadas. Sua
notoriedade foi confirmada quando, por fim, redigiu o livro chamado "Meteorologia". Contudo, a previsão de
tempo, de fato, só foi estabelecida em meados do século XVIII, pelo cientista francês Jean Baptiste de Monet.
Não obstante, a sistematização das previsões de tempo só começou a ser realizada no final do século XIX, na
Europa. Apesar disso, naquela época, a ciência meteorológica detinha pouca credibilidade, uma vez que as
previsões eram feitas a partir do método sensorial, ou seja, considerando apenas a parte observacional.
Para o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a Segunda Guerra Mundial sinalizou o avanço
da meteorologia devido à necessidade de se determinar rotas de voo e navegação, assim como estipular
estratégias militares. Neste período, foram realizadas as primeiras sondagens atmosféricas e, posteriormente, foi
elaborado o radar meteorológico a partir do radar militar e a previsão era representada manualmente por meio
de mapas meteorológicos (TEIXEIRA, 2018). Ainda de acordo com a autora, as melhorias alcançadas foram
posteriormente complementadas pelo desenvolvimento dos satélites meteorológicos que acompanharam o
surgimento de novas teorias sobre o funcionamento do sistema-tempo.
Com o avanço das tecnologias, os estudos foram se aprofundando dadas as melhores condições de obtenção de
dados e, com o surgimento dos computadores, foi possível aplicar a modelagem numérica, surgindo então os
modelos atmosféricos. Desse modo, as previsões passaram a ter mais credibilidade, devido à maior precisão dos
dados coletados. Mas atenção! Para que os modelos numéricos sejam realizados é imprescindível que haja um
parque computacional de alto desempenho.
De acordo com Cunha (1997, p. 163), no Brasil, cabe ao INMET a realização dos estudos e levantamentos
meteorológicos:
aplicados à agricultura, aos transportes, à defesa civil, à indústria, ao comércio, ao turismo, ao
VOCÊ O CONHECE?
O francês t, também conhecido por Chevalier deJean-Baptiste-Pierre-Antoine de Mone
Lamarck, devido à sua descendência nobre, formou-se naturalista e dedicou seus estudos à
área médica, observação meteorológica e, posteriormente, à botânica (USP, 2019). Ele teve
grande relevância na ciência meteorológica, pois foi o primeiro pesquisador a tentar a previsão
do tempo ao publicar um anuário meteorológico entre os anos de 1799-1810.
- -10
aplicados à agricultura, aos transportes, à defesa civil, à indústria, ao comércio, ao turismo, ao
ambiente etc., além de efetuar a previsão de tempo para todo o país e estabelecer, manter e operar as
redes meteorológicas e de telecomunicações brasileiras, inclusive aquelas integradas à rede
internacional.
Mas, será que apenas o INMET colhe esses dados? Existem diversos outros órgãos de suma importância para a
coleta de dados e elaboração de previsões, como a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV), a
Telecomunicações Aeronáuticas S.A. (TASA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), todos do Ministério da
Aeronáutica; a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), do Ministério da Marinha; o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN) e; o
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), do Ministério de Minas e Energia, (CUNHA, 1997).
Vale salientar que, no Brasil, os estudos sobre a previsão do tempo deslancharam somente após a inauguração
do CPTEC, em 1994. O projeto foi idealizado na década anterior devido à necessidade de alavancar os estudos
sobre o tema e, por meio de um projeto de modernização constante, atualmente ele se equipara aos centros dos
países que detém as tecnologias mais avançados na previsão de tempo e, principalmente, na previsão climática,
área de atividade restrita a um seleto grupo de oito países (TEIXEIRA, 2018).
Posteriormente, os dados obtidos por meio das redes meteorológicas deverão ser montados de maneira
adequada, ou seja, seguindo os parâmetros pré-estabelecidos pela WMO. As observações meteorológicas devem
ser traduzidas a partir de uma identificação numérica reconhecida internacionalmente, para que em seguida
sejam transmitidas para os diversos centros meteorológicos nacionais por meio de teletipo.
Clique nas abas para aprender outros aspectos relacionados ao tema.
•
Banco de dados
A tecnologia de Banco de Dados vem sendo cada vez mais incorporada aos grandes centros
meteorológicos mundiais, devido ao seu alto grau de confiabilidade, flexibilidade e eficiência
(NYFORS, 1995; POTTIER, 1995; RAOULT, 1997). A utilização de subsistemas relativos aos dados
climatológicos ou observacionais torna-se uma opção para o armazenamento no banco de dados
meteorológicos.
•
Subsistema observacional 
Vale ressaltar que o subsistema observacional é responsável pelo armazenamento e recuperação
VOCÊ O CONHECE?
Antônio Divino Moura foi o primeiro vice-presidente da Organização Meteorológica Mundial
e diretor do Instituto Meteorológico do Brasil (INMET, 2016). Durante a década 1980, quando
ainda dirigia o INMET, o pesquisador destacou a importância de modernizar o serviço
meteorológico do país. Assim, pode-se dizer que ele foi o grande impulsionador para a criação
do CPTEC - considerado uma referência na modernização da prática de previsão de tempo e de
clima do país.
•
•
- -11
Vale ressaltar que o subsistema observacional é responsável pelo armazenamento e recuperação
das observações meteorológicas que chegam regularmente aos centros de previsão numérica por
meio da rede GTS - WMO.
Além disso, é importante saber que o controle de qualidade dos dados é conduzido pelo pré-processamento
(DERECZYNSKI, 1996), que acrescenta às observações índices de confiabilidade dos valores reportados para as
variáveis meteorológicas. Como resultado do pré-processamento, há uma codificação para cada observação e sua
respectiva informação de qualidade em BUFR, padrão de formato usado para observações adotado pela WMO
(WMO, 1994).
Existem atualmente 10 tipos de observações cujas características principais são mostradas no quadro a seguir:
VOCÊ SABIA?
A rede GTS (Sistema Mundial de Comunicações) é definida como "Um Sistema mundial
coordenado composto por instalações de telecomunicações e arranjos para uma rápida coleta,
troca e distribuição de observações e informações processadas no âmbito da Vigilância
Meteorológica Mundial" (INMET, 21018b). Assim, por meio de uma rede integrada interligada
aos centros de telecomunicações meteorológicas operados pelos países, os dados são coletados
e distribuídos de forma confiável e em tempo quase real.
- -12
Quadro 3 - Principais tipos de observações realizadas no subsistema observacional e suas principais 
características.
Fonte: Adaptadode Ferreira et al., 2000 (p.3119)
Por sua vez, o subsistema climatológico “corresponde a uma complementação do subsistema de dados
observacionais, decorrente da necessidade de acesso mais eficiente a dados relativos a longos períodos de
tempo, porém restritos a localidades e a variáveis meteorológicas de interesse” (FERREIRA 2000, p. 3.123).et al.
Neste sistema, o controle de qualidade dos dados abarcará múltiplos níveis e se diferenciará de acordo com a
- -13
Neste sistema, o controle de qualidade dos dados abarcará múltiplos níveis e se diferenciará de acordo com a
origem e o tipo de cada dado meteorológico analisado. Salienta-se que, neste processo, erros de dados serão
descartados automaticamente.
O subsistema climatológico divide sua operacionalização em 2 partes: a primeira disponibilizará os valores
relativos à umidade, temperatura e precipitação (quadros a seguir) e, na segunda fase, são incluídos dados de
radiação, pressão, evaporação, vento e nebulosidade, de forma semelhante aos dados da primeira fase.
Quadro 4 - Principais variáveis analisadas pelo Subsistema Climatológico e a exemplificação de como seus 
VOCÊ QUER VER?
Os boletins meteorológicos são considerados um conjunto de informação sobre a atmosfera
num dado período. Eles indicam as condições meteorológicas e os principais sistemas
atmosféricos capazes de influenciar as condições do tempo presente. Além disso são
caracterizados como de extrema importância. O CPTEC disponibiliza em seu site, na página de
Previsão de Tempo, todos os boletins técnicos de previsão do tempo desde 01/09/2008, além
de vídeos explicativos sobre previsão de tempo, previsão climática e diversos outros.
Disponível em: < >http://tempo.cptec.inpe.br/
- -14
Quadro 4 - Principais variáveis analisadas pelo Subsistema Climatológico e a exemplificação de como seus 
valores são relacionados.
Fonte: Adaptado de Ferreira et al., 2000, p. 3124.
Desse modo, percebemos que o histórico das medições meteorológicas fica condicionado à presença de um
banco de dados, garantindo assim a qualidade dos dados, uma vez que seguem as normas da WMO.
4.2 Tratamento de dados meteorológicos
Para prever o tempo, a meteorologia moderna depende, fundamentalmente, da troca de dados. Um importante
aspecto do gerenciamento de dados para a World Weather Watch (WWW - Vigilância Meteorológica Mundial) é
o estabelecimento de procedimentos comuns para representação dos dados meteorológicos, que podem ser
realizado por . Taismeio de códigos de caracteres, representações binárias ou computação gráfica
procedimentos servem para facilitar o intercâmbio nacional e internacional do amplo volume de informações
meteorológicas, geofísicas e ambientais adquiridas por cada membro para cumprir suas responsabilidades
operacionais específicas. Os programas nacionais e internacionais de pesquisa e aplicação também são atendidos
pela disponibilidade de observações em formulários de dados comuns.
Esses procedimentos comuns para representação internacional de dados baseiam-se na ideia de usar códigos
para descrever condições climáticas, relatórios de leituras instrumentais e dados processados, reduzindo
consideravelmente a duração das mensagens, evitando problemas de linguagem e facilitando o processamento
automático.
Com base no que fora exposto, o tratamento dos dados será feito quando, após a leitura das observações dos
parâmetros meteorológicos e da representação de dados escolhida, forem elaboradas cartas de tempo e
diagramas, mas sempre seguindo os padrões estabelecidos pela WMO.
4.2.1 Leitura de cartas sinópticas
As cartas sinópticas, também conhecidas como , servem para analisar o tempo indicando a suacartas de tempo
previsão, tornando-se, assim, uma importante aliada à espacialização dos fenômenos climatológicos. Essas cartas
são geradas a partir da seleção significativa de um conjunto de dados sinópticos, possibilitando a visualização
das condições da atmosfera e, posteriormente, executando as análises que servem para o prognóstico do tempo.
Lembre-se que existe um sistema-padrão de símbolos, elaborados pela WMO, ante a plotagem de fenômenos e
demais dados meteorológicos numa carta sinóptica.
Desse modo, pode-se dizer que as cartas sinópticas fazem parte do conjunto de mapas meteorológicos, ou seja,
aqueles que refletem uma situação momentânea da atmosfera. Assim, elas traduzem, na forma de representação
gráfica, os dados coletados numa Estação Meteorológica de Superfície.
4.2.2 Cartografia climática
Para compreendermos a cartografia climática, primeiro precisamos relembrar o que é cartografia. Vamos lá? O
processo cartográfico é realizado em 2 grandes etapas, de modo que a primeira corresponde à coleta de dados e
a segunda envolve o estudo, a análise, a composição e a representação das observações, pertinentes às mais
diversas áreas da ciência.
Atualmente, o conceito mais difundido de cartografia é o proposto pela Associação Cartográfica Internacional
(ACI, 1966) que define a cartografia como:
conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base o resultado de
- -15
conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base o resultado de
observações diretas ou da análise da documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e
outras formas de expressão e representação de objetos, fenômenos e ambientes físicos e
socioeconômicos, bem como sua utilização. (IBGE, 1999, p.12) 
A representação cartográfica normalmente é realizada por meio de mapas ou cartas. Mas o que os diferenciam?
Veremos na figura abaixo:
Quadro 5 - Diferença conceitual entre Mapas e Cartas e suas aplicabilidades.
Fonte: Adaptado de Oliveira, 1980 p. 57 e 233.
De uma maneira simplificada podemos dizer que enquanto os mapas representam a Terra a partir dos aspetos
geográficos, sejam eles naturais ou artificiais, as cartas representam a Terra de maneira precisa, permitindo a
medição de distâncias, direções e a localização de pontos (IBGE, 1999).
Clique nas abas, para aprender mais sobre o tema.
Classificação da
cartografia
É importante lembrar que a cartografia se classifica de acordo com os produtos cartográficos
gerados, ou seja, quanto à natureza da sua representação. Assim, a representação poderá ser
dividida em: cartografia geral, englobando as cartas cadastrais (até 1:25.000), topográficas
(escala de 1:25.000 até 1:250.000) e geográficas (1:1:000.000 até 1:30.000.000); cartografia
temática e; cartografia especial.
A representação dos produtos climáticos encontra-se na chamada , uma cartografia temática
vez que se destinam a um tema específico, no caso o clima. Desse modo, a cartografia surge
como uma importante ferramenta para compreensão dos fenômenos naturais, pois por meio
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Cartografia
temática
vez que se destinam a um tema específico, no caso o clima. Desse modo, a cartografia surge
como uma importante ferramenta para compreensão dos fenômenos naturais, pois por meio
dela torna-se possível analisar os dados a partir de uma análise espacial (GARBIN .et al
2011).
Produtos
cartográficos
Os produtos cartográficos climáticos podem ser subdivididos em meteorológicos (ou
sinópticos) e climáticos, quando refletem a situação momentânea da atmosfera ou quando
refletem as variáveis estáveis e características de uma área empregadas numa análise natural
do território, respectivamente.
Os mapas meteorológicos (figura abaixo) podem aparecer considerando valores médios ou valores sinópticos,
que seriam como uma explicação das consequências meteorológicas sobre os lugares.
Figura 3 - A carta sinóptica é um mapa meteorológico que demonstra a situação momentânea da atmosfera. A 
imagem retrata a Carta Sinóptica da América do Sul mostrando o estado do tempo presente
Fonte: CPTEC/INPE. Boletim Técnico. Disponível em: . Acesso em: 14/11/2018.
A leitura de uma carta sinóptica requerconhecimentos prévios das legendas destinadas aos atributos
específicos. Essa legenda é fornecida pelo CPTEC/INPE, como veremos na figura abaixo:
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Figura 4 - A Legenda da Análise sinótica é uma ferramenta de suma importância para realização da leitura de tais 
cartas, pois além de identificar os símbolos, traz a explicação dos atributos específicos, facilitando o processo de 
análise das cartas.
Fonte: CPTEC/INPE. Legenda. Disponível em: . Acesso em: 14/11/2018.
Diferentemente dos mapas meteorológicos, os mapas climáticos (figura abaixo) têm a maior parte dos seus
dados oriundos de métodos estatísticos. Para que esses métodos sejam aplicados é necessário um grande
poderio organizacional, capaz de recolher as informações dispersas no tempo e no espaço de forma contínua.
Figura 5 - Exemplo de mapa climático que identifica as zonas climáticas globais e associando-as com a presença 
de fauna específica da região.
Fonte: Shutterstock.
De modo geral, os mapas estão presentes na história desde a antiguidade, auxiliando não somente na
compreensão do espaço geográfico, como também quanto aos fenômenos que o influenciam (RAISZ, 1969).
A questão climática emerge dada a necessidade da compreensão de seus fenômenos. Nas últimas décadas, o
tema ganha destaque, principalmente quando relacionado com as políticas do desenvolvimento sustentável.
Considerando que os fenômenos climáticos estão cada vez mais intensos e que estes afetam o desenvolvimento
do homem como um todo, a cartografia climática torna-se imprescindível para a compreensão dos fenômenos
naturais.
Harley (1968) assinalou os mapas como instrumentos indispensáveis para a compreensão do desenvolvimento
de uma cultura. Neste contexto, os produtos cartográficos climáticos se destacam, uma vez que, por meio da
representação têmporo-espacial dos fenômenos naturais, auxilia nas previsões climáticas e, consequentemente,
no desenvolvimento das civilizações.
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4.3 Conceitos básicos de bioclimatologia
A climatologia é a ciência multidisciplinar que estuda os padrões de comportamento atmosféricos considerando
um período de longo prazo. Ela pode se subdividir de acordo com seus campos de atuação. Neste contexto, a
bioclimatologia pode ser definida como a ciência que estuda os efeitos do ambiente físico sobre os organismos
vivos (BACCARI JUNIOR, 1986) ou como a relação entre a biosfera e a atmosfera (SILVA, 2000).
Dessa forma, o estudo bioclimático será nomeado adequadamente de acordo com a área da ciência em que ele
atua. Por exemplo, quando a bioclimatologia estiver vinculada à ecologia, será chamada de bioclimatologia
; quando corresponder à fisiologia animal, será denominada ; se a área devegetal bioclimatologia animal
atuação for a zootecnia, será chamada de . bioclimatologia zootécnica
4.3.1 Bioclimatologia e zoneamentos agrícolas
Os estudos bioclimáticos voltados para os zoneamentos agrícolas são englobados na categoria de 
 vegetal, que corresponde aos efeitos do ambiente físico sobre as plantas. Nesta categoria sãobioclimatologia
buscados os padrões de respostas às alterações das plantas em função das condições e alterações climatológicas.
Para isso, são requeridos conhecimentos de diversas áreas, como meteorologia, agronomia, fisiologia vegetal etc.
Também são necessários conhecimentos prévios em matemática, física e estatística, uma vez que suas
ferramentas de análise incluirão modelos estatísticos, modelagem e simulação e os sistemas de informação
geográfica.
De acordo com Caramori (2006), a bioclimatologia vegetal irá trabalhar em várias frentes de atuação:
• índices bioclimáticos;
• classificação climática;
• fenologia de plantas;
• épocas de plantio;
• zoneamento agrícola.
Para saber mais sobre este assunto, clique nas setas abaixo.
Ao compreendermos o que é a bioclimatologia, iremos direcioná-la aos zoneamentos agrícolas. Mas o que o são
zoneamentos e para que eles servem? Braga (2017) caracteriza o zoneamento como uma importante ferramenta
auxiliar aos planos diretores das cidades em razão das diferentes diretrizes aplicadas para o uso e ocupação do
solo. Millikan e Del Prette (2000) também destacam a importância do zoneamento para o planejamento espacial
de atividades produtivas baseadas em estudos edáficos (estudos do solo, a partir do ponto de vista dos vegetais)
e nas demais características naturais, que o influenciarão direta ou indiretamente.
Com a intensificação das discussões acerca do desenvolvimento sustentável, a criação de uma gestão dos
VOCÊ SABIA?
Os estudos bioclimáticos são considerados multidisciplinares, pois eles transcorrem em
diversas áreas da ciência, como por exemplo: Agronomia, Geografia, Ecologia, Climatologia,
Meteorologia, Genética, Fisiologia Animal e Zootecnia. Entretanto, estes estudos serão
direcionados para as necessidades específicas de cada área de atuação. Desse modo, fica
evidenciada a importância das interações ocorridas entre a biosfera e a atmosfera, uma vez
que mudanças ocorridas em ambas são capazes de alterar o funcionamento da outra.
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Com a intensificação das discussões acerca do desenvolvimento sustentável, a criação de uma gestão dos
recursos naturais torna-se extremamente relevante quando há o intuito de antecipar e prevenir os problemas
ambientais, além de preservar os recursos naturais a partir de uma relação de equilíbrio com a produção
(AVANCINI, 2018).
Com a ascendência das políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável no meio agrícola, ocorre numa
tentativa de reduzir os efeitos nocivos da exploração por meio da imposição e especificação de limites para a
produção de alimentos.
O zoneamento agrícola é definido por Pereira et al. (2007) como a associação entre zoneamento agroecológico
(que envolve as características climáticas e edáficas) e as condições socioeconômicas para delimitar a vocação
agrícola das terras. Essas informações são utilizadas como base para o planejamento racional do uso da terra.
Por sua vez, Ranieri et al. (2005) indicam que este zoneamento não impõe regras de uso, mas auxilia nas
tomadas de decisão.
Neste contexto, entende-se o zoneamento agrícola como uma ferramenta auxiliar ao ordenamento territorial, ou
seja, ao planejamento de uso e ocupação do solo. Ressalta-se a importância dos agentes públicos e da sociedade
civil para o planejamento, pois o mesmo será formulado considerando as ações realizadas de curto a longo prazo
em cada região. Portanto, deve-se “articular os propósitos estabelecidos nacionalmente com as necessidades e
realidades regionais” (AVANCINI, 2018, p. 85).
4.4 Ação antrópica e flutuações climáticas
É indiscutível o modo como o clima afeta a vida planetária, o que gera a necessidade de compreendê-lo, pois
conhecer suas variáveis de maneira adequada irá influenciar diretamente na melhora da qualidade de vida.
As variações climáticas ocorrem na Terra desde sua formação e, com o objetivo de quantificar sua ocorrência,
são utilizadas as chamadas . As possuem tempo de duração inferior aescalas temporais flutuações climáticas
10 anos e têm como causas prováveis a interação oceano-atmosfera (VIANELLO; ALVES, 2012).
Entretanto, elas podem sofrer influência das atividades antrópicas. Isto ocorre porque as ações antrópicas
refletem diretamente no corpo do clima, uma vez que seus elementos podem sofrer alterações causados pelo
homem. A exemplo disto, podemos citar as atividades econômicas, sejam rurais ou industriais, e até mesmo o
modo como nos comportamos diariamente.
VOCÊ QUER LER?
Desde 1996 aplica-se no Brasil o método de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC),
criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e parceiros, fornecido
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ele proporciona a indicação
de dados relevantes para redução das perdas agrícolas. Para entender mais sobreo assunto a
Embrapa disponibiliza um artigo sobre os instrumentos de gestão utilizados pelo seguro.
Disponível em: <https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio
>./Zoneameno_agricola_000fl7v6vox02wyiv80ispcrruh04mek.pdf
- -23
Para aprender mais sobre o tema, assista ao vídeo abaixo.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549477859&entry_id=1_lie5kyup
As alterações antrópicas no clima podem ser intencionais ( ) quando são aplicados estudoscontrole climático
para mitigar ou intensificar alguma variável climática ou não-intencionais, quando as mudanças ocorrem em
função dos hábitos cotidianos. Dentre as principais podemos citar a liberação de gases do efeito estufa através
das atividades industriais, das queimadas para fim agrícola e da poluição gerada pela utilização de combustíveis
fósseis, entre outros.
Portanto, é necessário compreender a climatologia como uma ciência auxiliar ao planejamento territorial, pois
seus fatores serão determinantes para manutenção da qualidade de vida e de um meio ambiente saudável com
perspectiva de garantir meios de sobrevivência para as gerações futuras (BORSATO; SOUZA FILHO, 2006).
4.4.1 Climatologia aplicada aos diversos segmentos das atividades humanas
De acordo com Smith (1975) e Hobbs (1980), o clima pode afetar o homem de diversas maneiras e o impacto do
mesmo sobre as atividades humanas é conhecido como .climatologia aplicada
Mas de que forma o clima pode afetar o homem? Isto pode ocorrer de diversas maneiras, que vão desde o
conforto fisiológico até o desenvolvimento econômico de uma região. Quando os fatores climáticos não são
conhecidos e o clima de determinada região não é analisado, cria-se um estado de pois a açãovulnerabilidade,
climática poderá influenciar tanto positivamente quanto negativamente. A vulnerabilidade climática de uma
determinada região é mensurada pelo grau de suscetibilidade daquela área para sofrer as consequências
climáticas.
CASO
A influência do homem no meio ambiente é inegável e isso afeta diretamente o clima do
planeta. Além disso, existem os fenômenos naturais que interferem na mesma intensidade ou
mais, dependendo do caso. Se utilizarmos como exemplo o , fenômeno atmosférico-El Niño
oceânico que aquece de maneira anormal as águas superficiais do oceano Pacífico Tropical,
perceberemos que o mesmo afeta não só o clima regional, da área em questão, mas também
altera os padrões de vento a nível global, interferindo na distribuição dos regimes
pluviométricos das regiões tropicais e das médias latitudes.
O Nordeste brasileiro por exemplo, é bastante afetado pelo , pois sofre um período deEl Niño
grande estiagem das chuvas devido às alterações no padrão de circulação atmosférico,
ocasionando mudanças nos moldes de transporte de umidade. Esse processo causa grandes
prejuízos à região pela ausência de chuvas, ocasionando significativas perdas nas atividades
agropecuárias.
- -24
Estudo recentes indicam que a capacidade de absorver os fenômenos climáticos não está diretamente associada
ao grau de desenvolvimento ou riqueza de uma região. Burton et al. (1978) destacam que as civilizações mais
vulneráveis aos impactos climáticos são aquelas que se encontram em intenso processo de modernização. Isto se
deve à incapacidade de absorção dos mecanismos necessários para acompanhar as rápidas transformações em
andamento.
As alterações climáticas influenciam principalmente na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico de
uma sociedade. No primeiro caso, podemos citar a saúde humana, que muitas vezes é afetada devido às
condições climáticas, que propiciam o aparecimento de algumas enfermidades.
No quesito desenvolvimento econômico também é possível identificar a climatologia aplicada ao setor industrial
e agrícola, visto que as situações adversas podem causar perdas de produção. Podemos exemplificar essa relação
por meio dos níveis de desempenho e durabilidade das máquinas, pois as variações de temperatura influenciam-
nas diretamente, aumentando os custos com manutenção.
Neste contexto, os estudos climatológicos propiciarão o conhecimento sobre as variáveis climáticas e os eventos
extremos, auxiliando as diversas áreas das atividades humanas a atingirem um nível considerável de resiliência
climática, ao invés de se manterem vulneráveis.
Síntese
Concluímos agora o quarto capítulo relativo à Climatologia e Meteorologia. Agora, você consegue discutir os
dados meteorológicos e relacioná-los com as atividades antrópicas. Além disso, você compreende a importância
dos dados meteorológicos para os estudos climáticos de modo geral. Também foi importante fazer a correlação
entre o clima e a cartografia, demonstrando como os produtos cartográficos gerados são essenciais para o
avanço da ciência e da sociedade.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• conhecer os diferentes tipos de estações meteorológicas e diferenciá-las;
• aprender como são feitas as medidas e os registros meteorológicos, buscando compreender as possíveis 
associações históricas;
• aprender sobre o tratamento de dados meteorológicos e sua correlação com a cartografia climática;
• entender de que modo a cartografia climática é vital para o desenvolvimento das civilizações, 
principalmente, quando relacionada ao desenvolvimento sustentável;
• apreciar o conceito de bioclimatologia, entendendo de que forma o clima afeta os organismos;
• descobrir as principais ações antrópicas ligadas às flutuações climáticas;
• aplicar os estudos climatológicos de maneira adequada às mais diversas atividades antrópicas.
VOCÊ QUER LER?
A World Wide Fund for Nature Brasil desenvolveu uma parceria com o Ministério do Meio
Ambiente e o Ministério da Integração e lançaram um estudo chamado “Índice de
Vulnerabilidade aos Desastres Naturais relacionados às Secas no Contexto das Mudanças do
Clima – IVDNS”, como uma resposta à lacuna de estudos sobre a vulnerabilidade do país a
secas e estiagens no contexto da mudança do clima. Disponível em: <https://d3nehc6yl9qzo4.
>cloudfront.net/downloads/estudo_secas_completo_com_isbn.pdf
•
•
•
•
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•
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• aplicar os estudos climatológicos de maneira adequada às mais diversas atividades antrópicas.
Bibliografia
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INMET. . Instituto Nacional de Meteorologia, s/d, a. Disponível em: <Glossário http://www.inmet.gov.br/portal
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WMO. . N° 306 vol 1, International Codes, Part B - Binary Codes, com Suppl. n. 6B, v. 1994.Manual on Codes
World Meteorological Organization, Geneva.
	Introdução
	4.1 Estações meteorológicas
	4.1.1 Medidas
	4.1.2 Registros
	4.1.3 Histórico de medições meteorológicas
	Banco de dados
	Subsistema observacional
	4.2 Tratamento de dados meteorológicos
	4.2.1 Leitura de cartas sinópticas
	4.2.2 Cartografia climática
	4.3 Conceitos básicos de bioclimatologia
	4.3.1 Bioclimatologia e zoneamentos agrícolas
	4.4 Ação antrópica e flutuações climáticas
	4.4.1 Climatologia aplicada aos diversos segmentos das atividades humanas
	Síntese
	Bibliografia

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