Buscar

ESTUDO DE CASO DE CULTURA E SOCIEDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

As Ciências Humanas possuem como característica a polissemia, isto é, uma expressão pode ser interpretada de diferentes maneiras (múltiplos sentidos). Por isso, de acordo com Cotanda (2014), é possível analisar os aspectos positivos (permite ampla interpretação sobre um fato/fenômeno) e negativos (por exemplo: é instável). Dessa maneira, torna-se evidente que não é viável a criação de leis mecânicas/estáticas que serão direcionadas aos seres humanos que são livres para agir dentro de uma sociedade, visto que as ações humanas não mantem necessariamente um padrão e não podem ser analisadas a partir de uma única perspectiva. 
Porém, é necessário ressaltar que os conhecimento pertencentes as Ciências Humanas apesar de não explicar com total certeza sobre os atos humanos são essenciais para compreende-los, e também, entender as estruturas que induzem o fenômeno social diante da globalização. O mundo deve ser visto e/ou analisado considerando as inúmeras culturas, ou seja, o multiculturalismo.
Desse modo, segundo Santos (1988), é preciso que em todos os âmbitos sociais sejam questionadas as atitudes estimuladas pelas bases estruturais da sociedade, por exemplo, educação, família e religião, pois as ações dos indivíduos devem respeitar as diferenças. Então, fica evidente que não é o suficiente buscar/criar medidas mitigadoras, deve-se buscar sensibilizar os seres humanos para que respeitem as diferentes realidades socioculturais, e assim, possam ser evitados conflitos. 
Diante desse contexto, pode ser destrinchado o exemplo citado anteriormente, sobre uma das bases estruturais da sociedade que é a educação formal/escolar em que os conhecimentos envolvendo cultura são trabalhados em um determinado período do ano letivo de maneira superficial e aditiva, sem necessariamente haver questionamentos e análise crítica do conteúdo que está sendo trabalhado. E assim, por vezes acaba reforçando a ideia errônea da existência de uma cultura modelo e menosprezando as outras culturas existentes. 
Por isso, conforme Santos (1996), é de extrema importância o questionamento dos processos educativos escolares que baseiam-se em aspectos da modernidade ocidental e monoculturalidade para que possam serem realizadas práticas educativas interculturais. Portanto, tornou-se notório que os seres humanos além de possuírem instinto, agem de acordo com o que é impulsionado pelas estruturas sociais que está inserido, por isso, são necessárias leis para que sejam estabelecidos os direitos e deveres, como é o caso da Constituição Federal de 1988. As leis estabelecidas de maneira democrática são fundamentais para manter a ordem social, e também, geração de ciência em determinadas áreas de conhecimento.
SANTOS, B. S. Para uma Pedagogia do Conflito. In: SILVA, L. H. da (Org.) Novos mapas culturais, novas perspectivas educacionais. Porto Alegre: Sulina, 1996.
COTANDA, F. C. A polissemia dos conceitos e suas implicações para Sociologia: os usos do termo “sistema”. In: Educ. Soc., Campinas, v.35, nº 128, p. 629-996, jul.-set., 2014)
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências na transição para ciência pós-moderna. Estudos Avançados, São Paulo, v.2, 1988.

Continue navegando