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LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MED UEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
Larva Migrans Cutânea
Os principais agentes etiológicos envolvidos na 
dermatite serpiginosa/ pruriginosa são parasitos de 
outros animais (cães e gatos) e, quando infectam 
humanos, podem não ser capazes de completar seu 
ciclo, podendo realizar apenas migrações no tecido 
subcutâneo e visceral. Exemplos de espécies desses 
parasitos são: 
• Ancylostoma braziliense 
• Ancylostoma caninum 
 
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO 
DEFINITIVO 
 
1- A fêmea realiza postura de ovos nas fezes de cães 
e gatos infectados 
2- No meio externo ocorre o desenvolvimento em L1 
dentro ovo, que eclodem e se alimentam no solo 
de matéria orgânica 
3- Larva se desenvolve ate L3 no ambiente. Esta não 
se alimenta e não sobrevive por muitas semanas no 
solo 
4- Os cães e gatos podem se infectar por via oral, 
cutânea ou transplacentária 
5- Vermes se desenvolvem dentro do organismo do 
hospedeiro até maturidade sexual 
INFECCÇÃO DO SER HUMANO 
Larva L3 penetra ativamente na pele do ser humano e 
migram através do tecido subcutâneo durante 
semana ou meses e, então, morrem. A locomoção 
desses vermes deixa rastros na pele chamados 
popularmente “bicho geográfico” ou “bicho das 
praias”. 
 
Menos frequentemente, as L3 podem ser ingeridas e, 
ao atingirem o intestino, podem migrar através das 
vísceras, provocando síndrome de larva migrans 
visceral (LMV). Além disso, elas podem ir pros vasos 
sanguíneos, chegar nos pulmões e estar presente na 
expectoração. 
SINTOMATOLOGIA 
• Eritema e prurido na penetração 
• Lesão eritemopapulosa 
• Rastro linear e tortuoso 
• Lesão saliente e pruriginosa 
• Síndrome de Loefer 
DIAGNOSTICO 
• Anamnese 
• Sintomas 
• Aspecto dermatológico da lesão 
TRATAMENTO 
• Pode ser dispensado nos casos mais benignos 
• Uso tópico de tiabendazol na lesão 
• Uso associado de tiabendazol VO em infecções 
múltiplas 
LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MED UEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
LARVA MIGRANS VISCERAL E OCULAR 
A LMV é uma síndrome caracterizada por migrações 
prolongadas de larvas de estão condenadas a morrer, 
depois de longa permanência nas vísceras, sem poder 
chegar no estágio adulto. Quando esses parasitas 
migram para o globo ocular tem-se a síndrome 
denominada LMO. A espécie mais importante 
associada a essas síndromes é a Toxocara canis. 
SINTOMATOLOGIA 
• Leucocitose 
• Hiperosinofilia sanguínea 
• Hepatomegalia 
• Linfadenite 
• Tosse, dispneia 
• SNC: meningite, encefalite 
• Endoftalmia 
• Granuloma ocular 
• Catarata 
• Lesões orbitárias 
• Hemorragia retiniana 
DIAGNÓSTICO 
• LMV: 
o Biópsia (único efetivo) 
o Historia+ sintomas+ imunodiagnóstico 
• LMO: + exame ocular 
TRATAMENTO 
• LMV: 
o Albendazol 
o Ivermectina 
o Tiabendazol 
• LMO: 
o Corticoide periocular 
o Fotocoagulação em granuloma 
o Pouca eficiência dos anti-helmínticos 
CONTROLE 
• Conscientização 
• Exame periódico de fezes de cães e gatos 
• Tratamento de cães e gatos com anti-helmintico 
• Evitar acesso de animais em locais públicos 
• Reduzir populações de cães e gatos de rua, os 
quais apresentam alta carga parasitária

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