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PROCESSO CIVIL 1 - PROF HENRY KAMINSKI

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PROCESSO CIVIL 1 – 1º BIMESTRE 
Teoria Geral do Processo 
 Elementos: 
- Ação 
- Jurisdição 
- Processo 
- Defesa 
Da autotutela à jurisdição 
 Sociedade Primitiva: 
- Utilizava-se a força física para resolução de conflitos, gerando insatisfação e instabilidade social. 
- O Estado é incipiente no momento. 
+ Características da autotutela durante esse período: 
- Não havia um juiz distinto das partes 
- A decisão era imposta por umas das partes à outra. 
 Arbitragem Facultativa: 
- A autotutela continua existindo 
- Envolve-se um terceiro presente no grupo social dos envolvidos 
- O terceiro envolvido era um ancião (pela experiência de vida) ou um sacerdote (representante da lei 
divina) 
- A imparcialidade era um desafio, uma vez que o terceiro normalmente possuía vinculo com uma das 
partes. 
- O Estado ainda está se desenvolvendo durante esse período. 
 Arbitragem Obrigatória: 
- Há o uso de leis na resolução dos conflitos 
- O Estado se apresenta desenvolvido 
- O terceiro deixa de pertencer ao grupo social das partes e segue os seguintes critérios: 
¹. Aplicação de critérios objetivos (a lei) no julgamento 
². As decisões proferidas deveriam vincular as partes envolvidas 
 Jurisdição: 
- Século III d.C. 
- O Processo é público 
- Entrega da autotutela ao Estado 
- O Estado possui o dever de aplicar o direito ao caso concreto, solucionando o conflito, pacificando as 
partes e, com isso, resguardar a autoridade da lei/ Ordenamento Jurídico. 
 
Poderes do Estado Função Típica Função Atípica 
Poder Executivo Administrar Legislar 
Poder Legislativo Legislar Julgar 
Poder Judiciário Julgar Legislar 
 
Classificações (Ulpiano) 
 Direito Público ≠ Direito Privado: 
- Direito Público: são regras que regulam um tipo de relação jurídica no qual o Estado figura como um dos 
participantes. Aplica-se de forma vertical. 
- Direito Privado: conjunto de normas que regulam as relações jurídicas entre os particulares. Aplica-se de 
forma horizontal, com a prevalência da autonomia privada das partes. 
 Norma Cogente ≠ Norma Dispositiva: 
- Norma Cogente: de ordem pública, atende o interesse da coletividade. O Estado impede a vontade das 
partes em alterar essas, uma vez que pode haver abuso ou vulnerabilidade de um dos envolvidos. 
*Cogente: cumprimento obrigatório de maneira coercitiva. 
Ex: normas processuais 
- Norma Dispositiva: de ordem privada/particular, podendo ser alterada por ambas as partes, não há 
restrição da autonomia da vontade 
Ex: direito civil 
 Direito Material ≠ Direito Processual: 
- 1868: A obra “Teoria e Pressupostos Processuais” de Oskar Von Bullow marca o inicio da ciência 
processual tendo como destaque: 
1. Independência do direito processual do direito material 
2. Explicação publicista do direito processual e, com isso, superando a teoria privatista do processo 
3. Os conceitos de ação, processo, jurisdição, partes e outros passam a ser avaliados pelo critério de 
direito processual 
- Ihering – “O direito é feito de fatos” 
- Fato Social ≠ Fato Jurídico 
- Direito Material: conjunto de normas jurídicas que regulam situações cotidianas. Ex: Constituição Federal 
e Código Civil 
- A violação do direito material irá gerar um processo de reparação 
- Direito Processual: conjunto de regras que regulam o processo, ou seja, regulam o que fazer quando o 
direito material for violado ou ameaçado de violação 
 Direito Objetivo ≠ Direito Subjetivo 
- Direito Objetivo: norma de agir/ de conduta – lei 
- Direito Subjetivo: faculdade de agir conferida ao individuo para invocar a norma em seu favor, ou seja, 
faculdade de agir sob mando da regra 
+ Direito Potestativo e Prestacional 
Escopo/ Função do Processo 
- Teorias: 
1. Subjetivista – tutelar o direito subjetivo 
2. Objetivista – aplicar o direito objetivo e pacificar as partes 
3. Mista – aplicar o direito objetivo, pacificar as partes e, via de consequência, tutelar direitos subjetivos 
encontrados no processo 
Histórico da Lei Processual Brasileira 
- 1º FASE: o Livro III das Ordenações Filipinas rege o Processo Civil 
- 2º FASE: representada pelo Consolidação Ribas 
- 3º FASE: precedidade pelo regulamento 737, editado pelo Governo Imperial, inicialmente destinado a 
reger o processo comercial, foi estendido para regulamentar causas cíveis em geral 
- 4º FASE: a Constituição de 1891 deu competência legislativa concorrente da União e dos Estados para 
legislar sobre os processos. 
- 5º FASE: com a Constituição de 1934, entra em vigência o primeiro Código de Processo Civil em 1939 
- 6º FASE: entra em vigência o Código de Processo Civil de 1973, solicitado em 1961 por Jânio Quadros 
-7º FASE: reforma do Código de 1973 em cumprimento da lei 11232/2005 
-8º FASE: representada pela entra em vigor do novo Código de Processo Civil de 2016 
Fontes do Processo Civil 
- Fontes Formais: 
1. Constituição Federal 
2. Código de Processo Civil 
3. Tratados – Art.5º, §2º e §3º 
- Compete à União legislar acerca do Processo Civil – Art.22, I, CF. 
- Medidas Provisórias não alteram a norma processual – Art.62, §1º, alínea b, CF. 
- Fontes Informais: utilizadas diante de lacunas na norma, são elas: 
1. Princípios Gerais 
2. Analogia 
3. Precedentes 
4. Costumes 
5. Jurisprudências – decisões reiteradas de tribunais 
Direito Intertemporal 
*Lei processual no espaço e no tempo 
- Espaço: 
 ART. 16: A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, 
conforme as disposições do CPC. 
 ART. 13: A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas* as 
disposições específicas previstas em tradados convenções ou acordos internacionais em que o Brasil 
seja parte. 
*Podem haver leis processuais internacionais agindo em território nacional 
- Tempo: 
 ART. 14: A lei processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, 
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da 
norma revogada. 
- Teoria dos Atos Isolados: cada ato processual deve ser considerado separadamente dos demais para o fim 
de se determinar qual a lei que o rege, assim, ao ato processual se aplica a lei vigente no momento em que 
ele é praticado, traduzindo, a lei que rege o ato processual é aquela em vigor no momento em que ele é 
praticado. 
- Procedimento Sumário: procedimento do CPC/73 suprido pelo novo código vigente, que passou a adotar 
outro método. No entanto, nos termos do 1.046, § 1º, do novo diploma, os processos ajuizados antes de 
sua vigência sob o rito sumário continuarão a tramitar por esse rito até a sua extinção, aplicando-se a eles 
as normas do CPC/1973. 
 ART. 1046, §1º: As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de Janeiro de 1973, relativas ao procedimento 
sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não 
sentenciadas até o inicio da vigência deste Código. 
- A ultratividade da lei processual foi revogada 
Justiça Multiportas 
*Meios alternativos de pacificação social 
- A jurisdição estatal não é o único meio de solucionar conflitos 
 ART. 3º, §3º: A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão 
ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo judicial. 
- Artigos relativos à conciliação e mediação judicial: 165 a 175 
- A resolução 125/2010, §2º, CNJ e o novo CPC caminham para construção da ideia de um processo civil e 
um sistema de justiça multiportas 
Conciliação: 
- Prevista no art.3º, §3º, CPC. 
- Trata- se de uma técnica negocial, onde o conciliador, terceiro devidamente treinado mediante técnica 
argumentativa, analisará o conflito e irá sugerir soluções consensuais para os conflitos e interesses das 
partes. 
- O acordo deve ser incentivado pelo conciliador NUNCA imposto 
- A principal função do conciliadoré incentivar o dialogo entre as partes 
*Quando se deve aplicar a conciliação? Na resolução de conflitos pontuais, quando não há longa relação 
entre as partes. 
Ex: relações de consumo – compra de produto com defeito/ prestação de serviço inadequado 
- A conciliação pode ser extrajudicial ou judicial: 
 Judicial: quando já há um processo instaurado 
*não há necessariamente a participação de um magistrado durante a conciliação, mas o procedimento é 
realizado no CEJUSC. 
 Extrajudicial: realizada antes da propositura de uma ação judicial 
*pode-se homologar o acordo na via judicial para que com a chancela do juiz/do estado se passe a ter o 
título executivo judicial do procedimento 
Mediação: 
- Possui lei especifica (13.140/2015) 
- Assemelha-se a conciliação, a diferenciação se da no método, uma vez que o mediador, quem aplica a 
técnica negocial, NÃO pode sugerir soluções para o conflito. 
- O mediador deve facilitar o dialogo entre os envolvidos, para que estes, de forma autônoma, construam a 
solução do litigio. 
- O acordo entre as partes surge como consequência do trabalho realizado durante a mediação 
*Quando aplicar a mediação? Em relações existentes a longo prazo entre as partes 
Ex: divórcios e dissoluções de sociedades 
 - A mediação pode ser prévia (extrajudicial) ou incidental (judicial) 
-Vantagens a partir da resolução consensual de litígios: 
 Valorização da cidadania 
 Reforço da cultura de paz e do dialogo 
 Estabelecimento de respeito 
 Redução/prevenção da violência 
Arbitragem: 
- Regulada pela lei 9.307/96 
- Considerada o meio consensual mais estimulado nos últimos tempos, pela efetiva promoção da 
pacificação social e redução da “cultura da sentença” 
- Na arbitragem as partes possuem maior liberdade para modular o procedimento 
 ART. 190: Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
*os agentes devem ter direito disponíveis e capacidade absoluta 
- A arbitragem é instituída mediante negócio jurídico 
- Subdivisão entre Compromisso Arbitral e Clausula Compromissória 
 Compromisso Arbitral: acordo de vontade entre as partes, posterior ao litigio e que irá submetê-lo ao 
juízo arbitral 
 Clausula Compromissória: convencionada pelas partes anteriormente ao surgimento do litigio, 
normalmente estabelecida em contratos 
- O arbitro, de acordo com o Art. 18, é um juiz de fato e de direito. Possui poder de decisão, mas não de 
coerção. 
 ART. 18: Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo 
ordenamento jurídico. 
- Segundo o STJ, a atividade realizada na arbitragem é jurisdicional, tanto que o arbitro profere uma 
sentença arbitral, sendo este, o título executivo judicial. Uma vez não cumprida a decisão, há necessidade 
da parte favorecida no caso, levar a questão ao judiciário para iniciar cumprimento de sentença. 
- A arbitragem pode ser de direito ou de equidade 
 ART 2º, Lei 9.307/96: A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes: 
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem 
desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios 
gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais do comércio. 
- O arbitro poderá ser um particular, uma instituição especializada, etc. Não há necessidade de ser um 
bacharel em direito ou alguém que possua certo conhecimento jurídico. 
Juizado: 
- Faz parte do Poder Judiciário, mas possui procedimentos muito mais sintetizados, trabalha com causas de 
menor complexidade. 
- A lei 9.099/95 rege os Juizados Estaduais Especiais Cíveis e Criminais 
 ART. 2º, Lei 9.099/95: O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade buscando, sempre que possível, a conciliação ou a 
transação. 
- O Juizado Federal é regido pela Lei 10.259/01 
- Juizado Estadual da Fazenda regido pela Lei 12.153/09 
Processo Administrativo: julgado fora do poder judiciário, por um órgão administrativo 
 
Processo e Constituição 
- No passado a Constituição era vista como uma carta de intenções. Sua principal função, efetivar as 
normas do ordenamento jurídico, era desconhecida. 
- O poder judiciário seria o responsável pela tutela da efetivação das normas constitucionais 
- Durante os anos 90 há a necessidade de revalorizar a Constituição. Esse fenômeno fica conhecido como 
NEOCONSTITUCIONALISMO, tendo como finalidade a concretização de direitos fundamentais. 
- Neste contexto, destacam-se 2 textos: 
 “A Era do Direito” – Norberto Bobbio 
 “Neoconstitucionalismo e Constitucionalização do Direito” – Luís Roberto Barroso 
- Dessa forma, se segue o princípio da supremacia da norma constitucional. Dando origem ao 
Neoprocessualismo – Direito Constitucional Processual 
- Art. 1º, CPC: O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas 
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as 
disposições deste código. 
- A Constitucionalização do Direito Processual faz parte do Direito Contemporâneo 
- Historicamente, a 2º Guerra Mundial gera efeitos constitucionais e processuais. 
- Durante a guerra, ocorreram diversas violações dos Direitos Humanos 
- Em 1949, com o fim da batalha e a vitória dos Aliados, os alemães são obrigados a reformular sua 
constituição – Constituição de Weimar –, dando origem a Lei Fundamental de Bonn 
- A Lei Fundamental de Bonn simboliza um grande marco democrático pelas seguintes inovações: 
 Garantia de direitos fundamentais 
 Garantias processuais, como o acesso à justiça e o juiz natural 
 Supremacia das normas constitucionais, como forma de evitar a violação de direitos fundamentais. 
 Limitação do poder estatal 
- Além disso, a lei alemã influenciou a reformulação do ordenamento de outros países 
- A Constituição Cidadã do Brasil (1988), se inspirou na Lei Fundamental de Bonn estabelecendo normas 
que evitassem o reestabelecimento de regimes ditatoriais como o vivido de 1964 a 1985. 
Princípios Constitucionais do Processo Civil 
- São o ponto de partida/ regra mestra para devida interpretação do ordenamento jurídico 
- Art. 2º - 12, CPC são infraconstitucionais 
1. Acesso à Justiça – Inafastabilidade da Tutela Jurisdicional 
- Nada pode proibir/vedar o acesso à tutela jurisdicional do Estado. 
- Art. 5º, XXXV, CF: A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
- Lesão: houve violação de direito, portanto, pode-se solicitar reparação no Judiciário 
- Ameaça de direito: a violação de direito não ocorreu, mas está em eminência, assim, recorre-se ao poder 
estatal como forma de prevenção. 
- O princípio se refere à defesa de direitos individuais, coletivos e difusos 
- Direitos transindividuais: se referem a um grupo, extrapolam a pessoa 
- Art. 81, CDC: A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em 
juízo individualmente, ou a título coletivo – primeira norma a tratar de direitos coletivos 
- A lei de Arbitragem não viola/retira o acesso à Justiça 
- Ações Afirmativas: proporcionam o acesso à justiça de modo mais amplo e irrestrito possível; como por 
exemplo, o benefício da justiça gratuita (art.98, CPC), acesso à defensoria pública, a justiça itinerante. 
2. Devido Processo Legal: 
- Art. 5º, LIV, CF: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o processo legal 
- Incialmente criado em 1215, na Inglaterra, pelo déspota/ Rei João Sem Terra 
- Parte fundamental do Estado Democráticode Direito; um dos pilares do constitucionalismo moderno 
- Assegura um processo legal, mas não o resultado desejado subjetivamente 
- Projeta-se: 
 Na esfera legislativa – razoabilidade com relação aos valores fundamentais vigentes na sociedade 
 Na administração pública – princípio da legalidade 
 Nas relações privadas – dever de lealdade 
 Na motivação/fundamentação das decisões 
- Formal/ Processual: exige o respeito a um conjunto de mínimas garantias processuais 
- Substancial/ Material: autoriza o julgador questionar a razoabilidade de uma determinada lei, ou de uma 
decisão estatal; proporcionalidade; controle material da constitucionalidade 
3. Ampla Defesa: 
- Art. 5º, LV, CF: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a eles inerentes 
- As partes podem interferir na formação do convencimento do magistrado 
- Direito de provar/comprovar o que está afirmando 
- Provas: fase instrutória/ probatória 
- Réu contrapõe os argumentos trazidos pelo autor 
4. Juiz Natural 
- Art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção 
- Art. 5º, LIII: Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente 
- Também previsto na Lei Fundamental de Bonn 
- Garante imparcialidade e competência do órgão julgador 
5. Vedação da Prova Ilícita 
- Art. 5º, LVI, CF: São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos 
- Art. 369, CPC: As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente 
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o 
pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
- A regra não admite provas ilícitas. No entanto, em casos específicos, o poder judiciário pode decidir se 
irá, ou não, admitir a prova – pode haver relativização do princípio 
 Distinção entre prova ilícita¹ e prova legal adquirida por meios ilícitos² 
¹. Possui ilegalidade inerente a sua natureza – Ex: tortura 
². A prova, lícita, é contaminada pelo meio de aquisição – Ex: interceptação telefônica sem autorização 
do juiz 
6. Isonomia & Paridade de armas 
- Art. 5º, caput, CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, 
à segurança e à propriedade, (...). 
- Art. 7º, CPC: É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e 
faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, 
competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
- Durante o cotidiano, identifica-se a insuficiência da igualdade formal para assegurar a igualdade. A 
igualdade material se mostra necessária para garantir a isonomia, uma vez que sociedade compreende 
indivíduos com realidades culturais, econômicas, etc. distintas. 
- Não há ilegalidade no tratamento diferenciado a certos grupos, uma vez que esta é uma medida 
necessária para diminuição do desnível existente entre as partes do litigio. 
7. Garantia da motivação/ fundamentação das decisões judiciais 
- Art. 93, IX: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as 
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes 
e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
- Dever de esclarecimento das razões/ do convencimento do magistrado – motivo da decisão 
- Caso a decisão não tenha sido fundamentada, será considerada nula 
- O art. 489, §1º, descreve em seus incisos as características de uma decisão não fundamentada 
 
 
8. Publicidade: 
- Art. 11, CPC: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas 
as decisões, sob pena de nulidade. 
Parágrafo único: Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de 
seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. 
- Complementação nos artigos: 5º, LX e 93, IX da Constituição 
- A publicidade é uma garantia ao cidadão na medida em que permite o controle dos atos judiciais. 
- É inerente a função pública. No entanto, há casos excepcionais que ocorrem em segredo de justiça 
- Art. 189, CPC : Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
9. Princípio Dispositivo: 
- Liberdade que o indivíduo possui em exercer, ou não, os seus direitos 
- Exemplo: a iniciativa da instauração da relação processual incumbe à parte 
 - Há exceções em que o juiz pode instaurar alguns incidentes de oficio e sem iniciativa das partes 
- A adoção desse princípio se da de forma mitigada, uma vez que há consonância com o poder do 
magistrado em dar inicio ao processo 
10. Impulso Oficial: 
- Art. 2º, CPC: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei 
- A jurisdição é inerte, apenas quanto ao início e aos limites de sua atuação. Uma vez instaurado o 
processo, por iniciativa da parte, o juiz o moverá até se exaurir sua função jurisdicional. 
11. Duplo grau de Jurisdição: 
- Possibilidade de revisão, por via recursal, de decisões proferidas pelos magistrados 
- Em alguns casos, pode garantir um novo julgamento por parte de órgão julgador hierarquicamente 
superior 
12. Duração Razoável do Processo: 
- Art. 5º, LXVIII, CF: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
- Art. 4º, CPC: As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a 
atividade satisfativa. 
- O prazo razoável não pode ser aplicado de forma indiscriminada, uma vez que existe uma complexidade 
por trás de cada processo. Deve haver um equilíbrio durante a demanda. 
13. Princípio da primazia do julgamento do mérito: 
- O juiz deve priorizar, sempre que possível, o julgamento do mérito, além de viabilizar a correção de vícios 
processuais. 
14. Boa fé processual: 
- Art. 5º, CPC: Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a 
boa-fé. 
- Assegura que a conduta de todos os sujeitos processuais, não somente as partes, mas também, 
promotores, advogados, etc. devem seguir um padrão ético, objetivando a honestidade, diligencia e 
confiança 
- Enunciado 374 – FPPC 
15. Princípio da Cooperação 
- Art. 6º, CPC: Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo 
razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
- Engloba deveres de esclarecimento, prevenção, consulta e auxilio 
- O processo deve ser mais que um diálogo entre as partes e o juiz 
- O processo não perde seu caráter de litigiosidade 
16. Liberdade Negocial 
- Art. 190, CPC: Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e 
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
- O princípio garante maior autonomia das partes na formação e desenvolvimento da ação processual 
- Autoretratamento das partes- Alusão ao procedimento arbitral 
- Também chamado de negócio jurídico processual atípico

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