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PLANO DE CLIMATIZAÇÃO COM AR CONDICIONADOS EM PRÉDIO DE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

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Centro de Ciência Exatas e Tecnológicas 
Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas 
TARCIO DOROTEO DE SOUZA 
PROJETO DE CLIMATIZAÇÃO PARA PRÉDIO DA BIBLIOTECA 
LOCALIZADA NA UFRB CAMPUS CRUZ DAS ALMAS BASEADO 
NA NBR - 16401 
 
 
 
 
Cruz das Almas, Bahia 
Fevereiro de 2019 
 
 
 
TARCIO DOROTEO DE SOUZA 
PROJETO DE CLIMATIZAÇÃO PARA PRÉDIO DA BIBLIOTECA 
LOCALIZADA NA UFRB CAMPUS CRUZ DAS ALMAS BASEADO 
NA NBR – 1640 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à 
Unidade Acadêmica do Bacharelado em 
Ciências Exatas e Tecnológicas da 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
como parte dos requisitos necessários para a 
obtenção do grau de Bacharel em Ciências 
Exatas e Tecnológicas. 
Área de Conhecimento/Concentração: Engenharias/Engenharia Mecânica 
Orientador: 
Leonardo Rafael Teixeira Cotrim Gomes. 
Cruz das Almas, Bahia 
Fevereiro de 2019 
 
 
TARCIO DOROTEO DE SOUZA 
PROJETO DE CLIMATIZAÇÃO PARA O PRÉDIO DA BIBLIOTECA 
LOCALIZADA NA UFRB CAMPUS CRUZ DAS ALMAS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Unidade 
Acadêmica do Bacharelado em Ciências Exatas e 
Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da 
Bahia como parte dos requisitos necessários para a 
obtenção do grau de Bacharel em Ciências Exatas e 
Tecnológicas. 
Área de Conhecimento/Concentração: Engenharias/Engenharia Mecânica 
Aprovado em ____ / ____ / ____ 
 
 
Leonardo Rafael Teixeira Cotrim Gomes 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Orientador 
Professor 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Adelson Ribeiro de Almeida Júnior 
Avaliador 
Professor 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Vânio Vicente Santos de Souza 
Avaliador
 
v 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pela minha vida e pelo dom da perseverança, 
que me permitiu concluir este trabalho. 
Agradeço a minha família, meus irmãos Tales Doroteo e Tamires Doroteo por 
todo apoio de sempre, a meu pai Cosme Doroteo e em especial minha mãe Rosenilda 
Sousa por todos os diálogos de incentivo, por toda luta e batalha pra me manter aqui junto 
ao meu pai. 
Agradeço a meu avô Antônio Borges por todo suporte e carinho de sempre. 
Agradeço a minha tia Rosicleide por me ensinar a nunca desistir da vida apesar de 
todas as dificuldades que passamos em nossa caminhada. 
Agradeço a minha segunda família, a galera da república Lambda Teta, Marcos 
Felipe, Daniel Menezes, Wandersos Santana e Wesley Reis que estão comigo sempre, e 
a tanto tempo, vários momentos de descontrações, momentos de discussões mais que no 
final sempre acabou em resenhas. 
Agradeço a minha namorada Larissa Queiroz, por toda parceria e incentivo que 
vem me dado. 
Aos meus amigos, Higor Santos, Tiago Vale, Kaique França por toda parceria. 
Agradeço aos professores que fizeram parte dessa primeira etapa de minha 
formação, em especial ao professor Leonardo Cotrim que esteve comigo na realização 
deste trabalho. 
Agradeço ao meu colega de empresa Netaniel pela sua colaboração nesse trabalho. 
Agradeço também aos meus colegas da Empresa Emec Jr. Por todo aprendizado 
que pude ter com eles, assim como o pessoal do IEEE. 
Enfim, agradeço a todos que de alguma forma, passaram pela minha vida e 
contribuíram para a construção de quem sou hoje. 
 
 
 
RESUMO 
A cidade de Cruz das Almas possui um clima tropical, quente e umido que durante o 
verão apresenta altas temperaturas que afetam o conforto térmico das pessoas que 
frequentam ambientes não climatizados. O presente trabalho teve como objetivo a 
realização de um projeto de climatização para o prédio da biblioteca da UFRB 
(Universidade Federal do Recôncavo Baiano) no campus de Cruz das Almas Bahia. A 
metodologia consistiu em realizar um levantamento de dados sobre o prédio, buscando 
entender o seu funcionamento, fluxo de pessoas e fatores que venha influenciar no 
aumento de temperatura do ambiente. Os valores estabelecidos pela norma NBR – 6401 
serão utilizados como parâmetros à obtenção das cargas térmica de cada fator de 
influência do sistema. Para tratar a temperatura, umidade, pureza e movimentação do ar 
interior, a utilização do sistema de ar condicionado é o mais comum, e a escolha de qual 
equipamento deve ser instalado depende da necessidade térmica do ambiente, dessa 
maneira, a descrição do equipamento, os custos energéticos do sistema a ser instalado e 
o conforto termico das pessoas tornam o estudo necessario. Concluindo o projeto, obteve-
se dois resultados diferentes que estão associados a um sistema totalmente novo, e uma 
melhoria do sistema já instalado em um dos setores do prédio. Para um sistema novo, o 
valor total dos equipamentos gira em torno de R$ 128.045,29 reais, e permanecendo o 
sistema atual o custo seria de R$ 104,071,5 reais. Os resultados com relação aos custos 
energéticos também possuem valores diferentes, se o sistema for todo trocado o custo 
mensal de energia seria R$ 13.121,76 reais, permanecendo o sistema atual seria de R$ 
13.043,34, tendo uma economia de R$ 78,42 reais mensalmente. 
 
Palavras-chave: Climatização; Carga térmica; Conforto; Consumo, Sistema; 
Temperatura. 
 
 
 
ABSTRACT 
The city of Cruz das Almas presents a tropical, warm and humid climate that during the 
summer exhibits high temperatures that affects the thermal comfort of the people who 
attend unheated atmospheres. The main goal of this research was to carry out an air 
conditioning project for the UFRB (Federal University of Recôncavo of Bahia), library 
building in Cruz das Almas-Bahia campus. The methodology consisted in performing a 
survey of data on the building, seeking to understand its operation, flow of people and 
everything that could influence the increase of temperature of the environment. The 
established values by standard NBR - 6401 will be used as parameters to obtain the 
thermal loads of each factor of influence of the system. To manage with the temperature, 
humidity, purity and indoor air movement, the use of the air conditioning system is the 
most common, and the choice of which equipment to install depends on the thermal need 
of the environment. In addition to the equipment description, the energy costs of the 
system to be installed to guarantee the thermal comfort of the people who attend the 
environment are included in this research. Completing the project, we obtained two 
different results that are associated with an entirely new system, and an improvement of 
the system already installed in one of the sectors of the building. For a new system, the 
total value of the equipment rotates around R$ 128.045,29 actual, and staying with the 
current system, the cost would be R$ 104,071,5 real. The results with respect to energy 
costs also have different values, if the system is all replaced the monthly cost of energy 
would be R$ 13.121,76 real, and the current system would be R$ 13.043,34, having a 
economy of R$ 78,42 actual on a monthly basis. 
 
Keywords: Air conditioning; Thermal load; Comfort; Consumption; System; 
Temperature. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Imagem do Prédio da bibliotéca...................................................................... 30 
Figura 2: Imagens do primeiro andar com área 1 e área 2 respectivamente. ................. 30 
Figura 3: Croqui primeiro andar. .................................................................................... 31 
Figura 4: Imagens do segundo andar, setor administrativo com os aparelhos instalados.
 ........................................................................................................................................ 31 
Figura 5: Imagens do segundo andar, setor de periódicos. ............................................. 32 
Figura 6: Croqui segundo andar. .................................................................................... 32 
Figura 7: Ar Condicionado Split Piso Teto Eco Elgin 60.000 BTUs. .....Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 8: Ar Condicionado Split Piso Teto Eco Elgin 30.000 BTUs. ..... Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 9: Disposição do sistema de refrigeração do 1º andar. ........................................ 35 
Figura 10: Ar Condicionado Split Hi-Wall Eco Power Elgin 24.000 BTUs Frio. ... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 11: Disposição do sistema de refrigeração do 2ª andar. ...................................... 37 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Fatores e fontes que alteram a qualidade do ar interior e o conforto. ............. 20 
Tabela 2: Custo unitário por equipamento e valor total do investimento. ...................... 38 
Tabela 3: Custo de aquisição caso o sistema não seja trocado. ...................................... 38 
Tabela 4: Consumo por aparelho do primeiro andar considerando o consumo ativo na 
ponta. .............................................................................................................................. 39 
Tabela 5: Consumo por aparelho do primeiro andar considerando o consumo ativo fora 
da ponta........................................................................................................................... 40 
Tabela 6: Consumo por aparelho do segundo andar considerando o consumo ativo na 
ponta. .............................................................................................................................. 41 
Tabela 8: Consumo total do prédio caso o sistema seja trocado. ................................... 43 
Tabela 9: Consumo total do prédio caso o sistema seja mantido. .................................. 43 
 
 
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670203
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670204
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670205
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670205
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670206
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670207
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file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670209
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670210
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670211
file:///C:/Users/tarci/OneDrive/Documentos/TCC%20BCET/TCC_TARCIO.docx%23_Toc1670212
 
 
SUMÁRIO 
 
Resumo ............................................................................................................................ vi 
Abstract ........................................................................................................................... vii 
Lista de Figuras ............................................................................................................. viii 
Lista de Tabelas ............................................................................................................. viii 
Sumário ............................................................................................................................ ix 
1 Introdução ................................................................................................................ 11 
2 Objetivos .................................................................................................................. 12 
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12 
2.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 12 
3 Fundamentação Teórica ........................................................................................... 13 
3.1 Climatização .................................................................................................... 13 
3.1.1 Benefícios para ambientes comerciais ......................................................... 13 
3.1.2 Benefícios para ambientes como bibliotecas e museus ................................ 14 
3.2 Etapas de um Projeto de climatização ............................................................. 15 
3.2.1 Eficiência Energética.................................................................................... 16 
3.3 Crescimento dos projetos de climatização no mercado e tendências futuras .. 17 
3.3.1 Clima da cidade de Cruz das Almas............................................................. 19 
3.4 Qualidade do ar interior (QAI) ........................................................................ 19 
3.5 Equipamentos de ar condicionado e suas novas tecnologias no mercado ....... 21 
3.5.1 Ar condicionado portátil............................................................................... 21 
3.5.2 Ar condicionado de Janela ........................................................................... 22 
3.5.3 Tecnologia Split ........................................................................................... 22 
3.5.4 Split Cassete ................................................................................................. 22 
3.5.5 Split Inverter ................................................................................................. 23 
3.5.6 Sistemas VRF ............................................................................................... 23 
3.5.7 Split piso teto ................................................................................................ 24 
3.5.8 Cortinas de Ar .............................................................................................. 24 
3.6 Plano de Manutenção ....................................................................................... 25 
3.6.1 Procedimentos Básicos pra manutenção Preventiva de Equipamentos de 
Condicionador de ar ................................................................................................. 26 
3.7 Normas e Legislações ...................................................................................... 28 
4 Metodologia ............................................................................................................. 29 
4.1 Ambientes a serem climatizados ...................................................................... 30 
4.2 Sistema adotado ............................................................................................... 33 
 
 
4.3 Condições de cálculo ....................................................................................... 33 
4.3.1 Equações utilizadas para verificar o consumo Energético ........................... 33 
5 Resultados e discussões ........................................................................................... 34 
5.1 Primeiro Andar................................................................................................. 34 
5.1.1 Escolha dos Equipamentos, 1ªandar. ............................................................ 34 
5.1.2 Layout, 1º andar. .......................................................................................... 35 
5.2 Segundo Andar................................................................................................. 36 
5.2.1 Escolha de Equipamentos, 2ªandar............................................................... 36 
5.2.2 Layout, 2º andar. .......................................................................................... 37 
5.3 Custo de Aquisição total dos equipamentos .................................................... 38 
5.4 Consumo Energético do Sistema ..................................................................... 39 
5.4.1 Consumo do primeiro andar ......................................................................... 39 
5.4.2 Consumo do segundo andar .........................................................................41 
5.4.3 Consumo Total ............................................................................................. 43 
6 Considerações .......................................................................................................... 43 
7 Conclusão ................................................................................................................. 44 
8 Referências Bibliográficas ....................................................................................... 45 
Apêndice A – Memorial de cálculo ................................................................................ 46 
ANEXOS ........................................................................................................................ 48 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
A preocupação em relação ao equilíbrio da temperatura nos diversos tipos de 
ambientes tem crescido gradativamente, não só pela questão do conforto, mas também 
quanto à eficiência energética, já que esse conforto promove maiores gastos com energia. 
Se tratando de ambientes fechados hoje com a climatização, cuja função é fazer com que 
um ambiente qualquer permaneça numa faixa de temperatura favorável ao que se quer 
preservar, ou, manter de forma confortável.1 
Nas regiões de clima quente como no Nordeste do Brasil, tornou-se muito 
difundido o uso de condicionadores de ar em ambientes internos, tanto em residências 
como em ambientes de trabalho ou de estudo, mas sem uma avaliação da qualidade deste 
ar, a situação pode causar problemas à saúde e conforto, pelo fato de não serem 
satisfatórias as taxas de renovação de ar, por falta de projeto ou de concepção de 
equipamento adequado, o ar viciado recircula no ambiente, propiciando a colonização de 
microrganismos indesejáveis.2 
Segundo Machado (2009), para saber a quantidade de resfriamento ou 
aquecimento, bem como a umidade adequada para cada ambiente, utiliza-se o controle da 
carga térmica que consiste em determinar a quantidade de calor que deverá ser retirada 
ou acrescida em um ambiente, dando-lhe condições climáticas necessárias e ideais para o 
que se desejam realizar ou promover. 3 
Vários sistemas são utilizados para climatização de ambientes, e um dos mais 
acessíveis no mercado são os ar condicionados. O ar condicionado é uma solução muito 
comum e eficiente por que ajuda na qualidade de ar de um ambiente, bem como deixá-lo 
agradável para todos que estão presentes. Porém, tão comum quanto são os gastos que 
acompanham sua instalação, manutenção, e o aumento na conta de energia. A 
preocupação com esses gastos são válidas, mas todos estes podem ser minimizados se 
 
1 HENRIQUE, Ricardo e OLIVEIRA, Sousa, ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA CLIMATIZAÇÃO DO 
AMBIENTE NO, p. 1–12, 2013. 
2 NASCIMENTO, Guilherme C. do, AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES 
INTERNOS : BIBLIOTECA PÚBLICA São Carlos , SP AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR EM 
AMBIENTES INTERNOS : BIBLIOTECA PÚBLICA [ VERSÃO CORRIGIDA ] São Carlos , SP, 
Dissertação (Mestrado-Programa de Pós-Graduação e Área de Concentração em Engenharia 
Hidráulica e Saneamento) –- Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 
2011. 1., 2011. 
3 Ibid. 
12 
 
tiver um projeto bem feito por trás, que vai dá escolha dos equipamentos à instalação dos 
mesmos. 
Sendo assim, pensando no conforto dos alunos e dos funcionários do prédio da 
biblioteca, e visando um consumo energético controlável, seria muito positivo um projeto 
de climatização para o mesmo. 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Fazer um levantamento de dados com respeito a climatização, e aplicar os 
conhecimentos para desenvolver uma avaliação sobre o projeto de climatizar o prédio da 
biblioteca da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), para conforto 
térmico dos usuários e funcionários, bem como evitar danos ao acervo do prédio. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Os objetivos específicos deste trabalho são: 
• Desenvolver o memorial de cálculo de carga térmica; 
• Realizar um orçamento correspondente ao gasto inicial com os aparelhos 
propostos a serem instalados no projeto; 
• Realizar o cálculo referente aos gastos energético do sistema; 
 
13 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Neste capítulo serão apresentadas uma revisão pertinente das definições dos temas 
principais deste trabalho. 
 
3.1 CLIMATIZAÇÃO 
Gradativamente, as pessoas estão passando mais tempo dentro de locais fechados, 
seja em casas, escritórios, salas de aula, bibliotecas e entre outros. Por isso, é necessário 
que esses ambientes proporcionem conforto tanto em temporadas quentes quanto em 
épocas mais frias. 
Uma climatização significa tratar a temperatura, umidade, pureza e movimentação 
do ar, ao mesmo tempo, em recintos fechados, para obter conforto térmico. Os sistemas 
de climatização podem ser de zona simples atendendo apenas um recinto ou de zona 
múltipla atendendo simultaneamente vários recintos. Um sistema de climatização envolve 
o emprego de unidades de refrigeração, filtragem, circulação do ar, controle, etc.4 
3.1.1 BENEFÍCIOS PARA AMBIENTES COMERCIAIS 
Um ambiente confortável estimula os clientes a ficarem mais tempo, 
consequentemente aumentando as chances de vendas ou fechamento de negócios. Se a 
clientela passar calor ou frio demais dentro do seu estabelecimento, você pode perder 
oportunidades comerciais e ainda ter a imagem do seu negócio prejudicada. 
Segundo Santos (2001), a qualidade do meio afeta direta e indiretamente o bem-
estar, o temperamento e o rendimento das pessoas quando desenvolvem suas atividades. 
A impressão geral que os ocupantes têm de seu próprio ambiente fará com que se sintam 
confortáveis e aceitem o espaço, o que trará repercussões positivas à saúde e 
produtividade. 5 
Além desses aspectos dentro de um ambiente comercial é papel do empresário 
prezar pela saúde de seus funcionários. Os climatizadores e aparelhos de ar condicionado 
modernos têm filtros e sistemas de retenção de fungos e microrganismos prejudiciais à 
 
4 HENRIQUE e OLIVEIRA, ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA CLIMATIZAÇÃO DO AMBIENTE 
NO. 
5 EM, Citogenética e CESTRUM, Espécies D E, Livros Grátis, 2007. 
14 
 
saúde. Os equipamentos cumprem, então, a função de melhorar a qualidade do ar, 
evitando problemas de saúde, como por exemplo: respiratórios e alérgicos. 
3.1.2 BENEFÍCIOS PARA AMBIENTES COMO 
BIBLIOTECAS E MUSEUS 
A climatização tem papel fundamental na conservação preventiva de acervos. 
Desde locais que comportam livros, documentos, objetos antigos, até museus onde são 
guardados materiais antigos mais valiosos ou obras de arte. 
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituídos por materiais orgânicos 
e, como tal, estão sujeitos a um contínuo processo de deterioração. É cientificamente 
comprovado que o papel se degrada rapidamente se fabricado e/ou acondicionado sob 
critérios indevidos. 6 
A umidade causa o desgaste de objetos antigos, principalmente os mais sensíveis, 
como páginas de livros e quadros pintados com tinta a óleo. E a variação da umidade pode 
também causar reações que danificam a tinta de escritos. Além disso a umidade favorece 
a proliferação de microrganismos que podem ajudar na deterioração dos acervos. A 
variação da temperatura é outro fator que influencia muito e diretamente, alterando a 
forma e tamanho dos objetos. Isto é, a variação de temperatura e a umidade absoluta, 
nesse caso, são definidas como agentes físicos e podem resultar em mudanças 
significativas nas características das obras ou livros. (PORTAL, 2015) 
Por mais de um século tem-se fabricado papel destinado à impressão de livro com 
alto teor de acidez. Sabe-se que a acidez é uma das maiores causas da degradação dos 
papéis. Na mesma medida, o acondicionamento de obras em ambientes quente e úmido 
gera efeitos danosos, tais como: reações que se processama nível químico e que 
geralmente enfraquecem as cadeias moleculares de celulose, fragilizando o papel. Esse 
fato concorre para que todos os acervos bibliográficos estabeleçam controles ambientais 
próprios dentro de parâmetros precisos.7 
O ar-condicionado ajudará a regular a qualidade do ar interior, controlando a 
temperatura, a umidade, e consequentemente a limpeza do local. A temperatura 
aconselhada é entre 20ºC e 23ºC, com a umidade relativa controlada entre 50% e 60%. 
 
6 JUNIOR, Jayme Spinelli, A conservação de acervos bibliográficos e documentais, [s.l.: s.n.], 1997. 
7 Ibid. 
http://www.webarcondicionado.com.br/ar-condicionado-pode-ajudar-contra-a-formacao-de-mofo
15 
 
Mas antes da instalação do sistema de climatização em um acervo, é preciso realizar um 
estudo detalhado da infraestrutura dos ambientes e só após isso, planejar como será a 
instalação dos aparelhos de ar condicionado. (PORTAL, 2015) 
3.2 ETAPAS DE UM PROJETO DE CLIMATIZAÇÃO 
Qualquer sistema de refrigeração requer um bom projeto e também constante 
manutenção preventiva. Esses cuidados podem prolongar a vida útil do sistema, além da 
redução dos custos com manutenções emergenciais e promover também economia de 
energia, entre outros que garantem a qualidade do ar. 
De acordo com as normas da NBR – 16401, para realizar um projeto de 
climatização é importante seguir alguns paços para obter sucesso. São eles: 8 
• levantar dados sobre os elementos que devem ser considerados para os 
cálculos de carga térmica do ambiente; 
• zoneamento ou esboço do ambiente; 
• realização dos cálculos de carga térmica; 
• escolha dos equipamentos; 
• memorial descritivo. 
Levantamento de dados técnicos: É feito um levantamento de dados sobre a área 
a ser condicionada. Esses dados são de fundamental importância para os cálculos de carga 
térmica do ambiente. São considerados: 9 
• Quantidade de pessoas que circulam; 
• Qual o número de janelas e vãos; 
• Quantidade de equipamentos que dissipam calor; 
• Quantidade de luminárias; 
• Natureza da construção das paredes, pisos e tetos; 
• Tipos de vidros empregados e temperaturas dos recintos; 
• Orientação dos recintos e tipo de proteção existente em relação à radiação 
solar. 
 
8 ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 3° Projeto de revisão NBR 16401-2 
Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários Parte 2: Parâmetros de conforto térmico., 
p. 11, 2017. 
9 Ibid. 
16 
 
Cálculo da carga térmica: Carga térmica é o somatório de todo calor que é 
transmitido de fora para dentro do ambiente com o que é produzido internamente. Então, 
com os dados técnicos em mãos, é hora de calcular a necessidade térmica do ambiente, e 
a partir deste fazer o correto dimensionamento das capacidades dos equipamentos. Nesta 
etapa, a precisão é importante para que a quantidade de aparelhos e sua respectiva 
potência não seja superior nem inferior a necessidade do ambiente. 
Construção de um esboço: Analisar atentamente as possibilidades de posições 
ideais para os aparelhos de ar condicionado. Considerando sempre aspectos como 
desempenho e eficiência energética. Nesta etapa é importante se atentar as posições do 
que será inserido no interior do ambiente, para que o mesmo não interfira na circulação 
do ar. 
Escolha dos equipamentos: Com o calculo de carga térmica finalizado, o 
projetista terá em mãos a necessidade térmica do local a ser condicionado. Assim, poderá 
fazer a escolha dos aparelhos com suas respectivas potências. 
Memorial descritivo: A partir de todas essas determinações, é feito um memorial 
descritivo para a execução do projeto e instalação do sistema. 
3.2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
O aumento continuado do consumo de energia nas últimas décadas, sobretudo nos 
países mais desenvolvidos, resulta, essencialmente, do setor doméstico e empresarial, 
sendo a climatização dos edifícios uma das utilizações de energia com maior crescimento, 
no que respeita à energia elétrica. Sendo a climatização um dos grandes consumidores de 
energia nos edifícios, especialmente no setor empresarial, a eficiência energética 
associada a uma utilização racional dos recursos e equipamentos poderá significar um 
reverter da linha de tendência dos consumos de energia. 10 
A concessão dos sistemas ativos de climatização deverá ter em conta uma série de 
fatores potenciadores de uma maior produtividade, conforto dos ocupantes, qualidade nos 
serviços prestados e gestão racional de energia, que se traduzam numa redução da fatura 
energética e dos custos de operação nas empresas, bem como numa menor pegada 
ambiental.11 
 
10 RNAE, Associação das agências de energia e ambiente, Climatização eficiente, 2014. 
11 Ibid. 
17 
 
A climatização eficiente de um edifício passa por uma solução integrada e 
otimizada de medidas passivas, complementada pelo sistema ativo. Algumas destas 
medidas passivas, que permitem reduzir os custos com energia na climatização de forma 
permanente, passam por:12 
✓ envolvente exterior do edifício ajustada ao local e região com espessura 
de isolamento térmico, tipo de caixilharia e envidraçados adequados, de 
forma a reduzir as necessidades de aquecimento e arrefecimento do 
edifício; 
✓ exposição solar adequada, que permita ganhos térmicos na estação de 
aquecimento, e a proteção com fatores de sombreamento exterior na 
estação de arrefecimento; 
✓ ventilação natural, que permita o arrefecimento dos espaços de forma 
natural, com a entrada de ar exterior no edifício; 
A escolha dos equipamentos de climatização e sistemas de controle tem, também, 
grande influência na eficiência energética e, consequentemente, nos consumos de energia 
e nos custos de exploração. Um sistema de climatização bem dimensionado e adequado 
às necessidades, permite melhorar o conforto e segurança, a produtividade, a qualidade 
de serviço e a eficiência energética.13 
3.3 CRESCIMENTO DOS PROJETOS DE CLIMATIZAÇÃO NO 
MERCADO E TENDÊNCIAS FUTURAS 
As vendas de aparelhos de ar condicionado explodiram em todo o mundo nos 
últimos anos. O crescimento não é impulsionado por países de alta renda como os Estados 
Unidos, onde quase 90% dos lares já possuem ar condicionado. O crescimento é 
impulsionado por países de renda média, onde famílias e empresas estão comprando 
aparelhos de ar-condicionado a taxas alarmantes. O principal exemplo é a China, onde as 
vendas de condicionadores de ar quase dobraram nos últimos 5 anos. Somente em 2013, 
 
12 Ibid. 
13 Ibid. 
18 
 
havia 64 milhões de unidades vendidas, mais de oito vezes mais do que as vendidas nos 
Estados Unidos.14 
O ar condicionado trará alívio para os mais de três bilhões de pessoas que vivem 
nos trópicos e subtrópicos. No entanto, atender o aumento da demanda por eletricidade 
será um enorme desafio. Serão necessários trilhões de dólares em investimentos em 
infraestrutura de geração e transmissão de eletricidade, e mesmo os mercados mais 
robustos serão ameaçados por escassez e aumentos nos preços. Além disso, a maior parte 
da eletricidade em todo o mundo continua a ser gerada usando combustíveis fósseis, 
portanto, esse crescimento no ar condicionado significa bilhões de toneladas de emissões 
de dióxido de carbono aumentadas.15 
“A medida que as cidades se tornam mais populosas e a renda aumenta, 
especialmente em cidades mais quentes de países emergentes, o consumo de aparelhos de 
ar-condicionado, e consequentemente de energia, evolui a uma velocidade assustadora”, 
é o que revela o estudo preparado pela Agência Internacional de Energia (IEA) sobre “O 
Futuro da Refrigeração”. (LEONARDO, 2018) 
Segundo dados do estudo, até 2050, o consumo de energia gerado devido ao uso 
de ar-condicionadono mundo deve mais que triplicar, o significa que a quantidade de 
aparelhos instalados deve passar de 1,6 bilhões para 5,6 bilhões, ou seja 10 novos 
aparelhos vendidos a cada segundo pelos próximos 30 anos. No Brasil, este número 
saltaria de 26 milhões para 165 milhões de unidades de aparelhos de ar-condicionado, um 
número muito significativo que poderia interferir no consumo de energia, principalmente 
nos horários de pico. (LEONARDO, 2018) 
Após a queda geral nas vendas globais em 2016, principalmente devido ao 
impacto da desaceleração na China, o setor registrou recuperação em 2017, com vendas 
totais – de todos os tipos de ar-condicionado – atingindo US$ 102 bilhões, aponta um 
estudo da BSRIA, uma empresa britânica de pesquisas. (DUFRIO, Revista do frio, 2018) 
Segundo o documento, os aparelhos do tipo split continuam a dominar o mercado 
de climatização. No ano passado, foram vendidas cerca de 113 milhões de unidades 
externas em todo o mundo. (DUFRIO, Revista do frio, 2018) 
Devido aos recursos mais modernos, os splits oferecem maior capacidade de 
refrigeração, seus modelos chegam a 60 mil BTU/h com menor ruído ambiente, uma vez 
 
14 DAVIS, Lucas W. e GERTLER, Paul J., Contribution of air conditioning adoption to future energy use 
under global warming, Proceedings of the National Academy of Sciences, vol. 112, n. 19, p. 5962–
5967, 2015. 
15 Ibid. 
19 
 
que a unidade condensadora é instalada na parte externa dos edifícios; e a tecnologia 
inverter, que proporciona mais economia no consumo de energia. (DUFRIO, Revista do 
frio, 2018) 
3.3.1 CLIMA DA CIDADE DE CRUZ DAS ALMAS 
A cidade de Cruz das Almas possue um clima tropical, quente e úmido. “Com 
relação às temperaturas, a estação quente permanece por cerca de 5,3 meses, de 26 de 
outubro a 5 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O dia mais 
quente do ano é 28 de janeiro, cuja temperatura máxima média é de 34 °C e a mínima 
média é de 22 °C. A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 5 de junho a 23 de agosto, 
com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O dia mais frio do ano é 2 de 
agosto, com média de 18 °C para a temperatura mínima e 29 °C para a máxima.” 
(WIKIPÉDIA, 2019) 
3.4 QUALIDADE DO AR INTERIOR (QAI) 
É desejável que o ar seja percepcionado como fresco e agradável, isto é, não tenha 
impacto negativo na saúde e estimule o trabalho e a atividade humana. O ambiente interior 
dos edifícios é contaminado por substâncias que resultam da utilização corrente desses 
espaços ou que são emanadas pelos materiais que os integram (admitindo que o ar exterior 
não é fonte de poluição). Essas substâncias, dependendo das suas características e da sua 
concentração, podem ter efeitos sobre o bem-estar dos ocupantes, que vão desde a 
sensação ligeira de mal-estar até, no limite, originar doenças graves ou mesmo a morte, 
como no caso do monóxido de carbono.16 
O ar ambiente de um edifício resulta da interação da sua localização, do clima, do 
sistema de ventilação do edifício, das fontes de contaminação (mobiliário, fontes de 
humidade, processos de trabalho e atividades, e poluentes exteriores), e do número de 
ocupantes do edifício. Alguns destes fatores estão listados na tabela abaixo. 17 
 
16 SILVA, Sandra Monteiro da, Qualidade do Ambiente Interior de Edifícios, Seminário «Avaliação do 
Ciclo de Vida na Construção», p. 39, 2011. 
17 CCDR ALGARVE, Qualidade do AR, 2015. 
20 
 
Tabela 1: Fatores e fontes que alteram a qualidade do ar interior e o conforto. 
Fator Fonte 
Temperatura e 
valores extremos 
de humidade 
Colocação imprópria dos dispositivos de medição, deficiente controle de 
humidade, densidade de ocupação e número de equipamentos instalados. 
Dióxido de 
carbono 
Emissão de veículos (garagens, entradas de ar), combustão, fumo do 
tabaco. 
Formaldeído Madeira prensada, isolamento de espuma de ureia, formaldeído, tecidos, 
cola. 
Partículas Fumo, entradas de ar, papel, isolamento de tubagens, resíduos de água, 
carpetes, limpezas. 
Compostos 
Orgânicos Voláteis 
(COV) 
Fotocopiadoras e impressoras, computadores, carpetes, mobiliários, 
produtos de limpeza. 
Matéria microbiana Água estagnada em sistemas de HVAC, materiais molhados e húmidos, 
desumidificadores, condensadores das torres de arrefecimento e 
refrigeração. 
Fonte: CCDR ALGARVE, Qualidade do AR, 2015. 
 
A identificação dos poluentes faz-se útil para estimar sua origem e identificar sua 
provável fonte. Sendo assim, a classificação apresentada é importante para tentativa de 
identificação do tipo e origem dos compostos encontrados no ar, além de fornecer um 
panorama geral dos parâmetros. As fontes de poluentes devem ser localizadas e 
controladas para a manutenção de uma boa qualidade do ar interior, e algumas ações 
podem ser adotadas, como por exemplo, isolamento da fonte, minimização do tempo de 
exposição das pessoas, diluição e remoção dos poluentes do ambiente com aumento da 
ventilação, adoção de equipamentos de filtragem e outras.18 
Para MEYER (1983), o conforto e o clima são parâmetros influentes na QAI 
necessitam de estudos aprofundados, pois envolve fatores físicos, fisiológicos e 
psicológicos. O conforto químico consiste na ausência de odores indesejados, além da 
manutenção de níveis aceitáveis de contaminantes atmosféricos. O conforto relacionado 
a sistemas de aquecimento e resfriamento é uma análise do balanço de calor entre o 
ocupante e o ambiente interno. O conforto térmico depende da temperatura do ambiente, 
 
18 NASCIMENTO, AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES INTERNOS : 
BIBLIOTECA PÚBLICA São Carlos , SP AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES 
INTERNOS : BIBLIOTECA PÚBLICA [ VERSÃO CORRIGIDA ] São Carlos , SP. 
21 
 
do tipo de roupas e das atividades metabólicas. Um indivíduo sente-se confortável quando 
a energia do metabolismo é dissipada na mesma razão em que é produzida. Fica claro que 
o conforto térmico é uma medida complexa de ser estimada, devido à extensão e 
variedade de fatores envolvidos.19 
3.5 EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E SUAS 
NOVAS TECNOLOGIAS NO MERCADO 
O mercado de ar condicionado está em plena atividade no Brasil e no mundo. 
Muitos são os modelos e muitas são as características de cada um. 
 Devido à necessidade de reduzir a demanda por energia, grande parte das 
indústrias do segmento tem colocado no mercado equipamentos com níveis cada vez 
maiores de performance energética. Existem diferentes tipos de sistemas de ar 
condicionado disponíveis hoje, e cada um apresenta seu próprio conjunto de 
características positivas. Segue uma lista de um dos principais modelos utilizados na 
atualidade. 
3.5.1 AR CONDICIONADO PORTÁTIL 
Os aparelhos de ar-condicionado portáteis são modelos independentes e fáceis de 
mover que se esfriam puxando ar do ambiente, removendo calor e umidade, e retornando 
o ar fresco para o seu espaço. Para esfriar adequadamente, eles devem ventilar o ar quente 
em outro local, geralmente fora do imóvel, por isso devem ficar próximos às janelas. Não 
há necessidade de instalação especial. 
Os principais benefícios desse modelo são que você pode movê-lo para diferentes 
locais, não requer instalação permanente, e geralmente são opções acessíveis. Por isso 
são indicados para quem busca mobilidade. Contudo, algumas pessoas acham que os 
portáteis são barulhentos, e geralmente não são tão eficientes como outras opções de ar-
condicionado (DUFRIO, 2017). 
 
19 Ibid. 
https://www.dufrio.com.br/ar-condicionado/portatil/?utm_source=blogDufrio
22 
 
3.5.2 AR CONDICIONADO DE JANELA 
Modelo mais clássico, o ar-condicionado de janela é projetado para ser instalado 
dentro de uma janela padrão ou, emalguns casos, através de um furo feito na parede. 
Esses aparelhos, então, ficam com o sistema de escape de ar quente voltado para fora e o 
sistema de retorno de ar fresco voltado para dentro (DUFRIO, 2017). 
Geralmente são opções eficientes para climatizar quartos pequenos ou grandes. 
Contudo, por serem fabricados com uma tecnologia mais antiga, eles podem ser mais 
barulhentos e consumir mais energia. Os recursos que eles podem oferecer incluem 
temporizadores programáveis. 
3.5.3 TECNOLOGIA SPLIT 
 Popular por ser um seu sistema de climatização de alta eficiência, o ar-
condicionado Split é um sistema silencioso e discreto para diversos tipos de ambientes, 
tanto residenciais quanto comerciais. Esses sistemas possuem duas partes básicas: um 
condensador instalado ao ar livre e uma evaporadora compacta que é colocada 
estrategicamente dentro do espaço que você deseja climatizar. 
Os aparelhos de ar condicionado Split são confortáveis por sua alta eficiência de 
refrigeração, operação silenciosa e perfis finos em seu espaço. Por isso, são indicados 
para quem quer um aparelho discreto, de fácil instalação, muito indiciados para climatizar 
ambientes residenciais e comerciais, de forma eficiente, deixando-os agradáveis e 
confortáveis (DUFRIO, 2017). 
3.5.4 SPLIT CASSETE 
O Split Cassete segue o mesmo estilo de funcionamento do Split comum, porém 
é adaptado ao teto do ambiente (no centro) e não nas laterais, o que libera espaços para 
artigos decorativos nas paredes. Esse modelo é bem discreto e conta com um alto 
desempenho, unido a baixo nível de ruído por ser embutido no forro. Por ficar instalado 
no centro do ambiente, ele também proporciona melhor climatização, sendo indicado para 
escritórios grandes, como os chamados open office, tendência que centraliza todos os 
23 
 
departamentos de uma empresa em uma mesma área, sem divisão de paredes (DUFRIO, 
2017). 
3.5.5 SPLIT INVERTER 
O Split Inverter é exatamente igual ao Split comum fisicamente, porém, em seu 
motor interno, ele possui uma peça chamado Inversor, que trabalha controlando o 
compressor do aparelho (responsável pelo fluxo do ar no circuito interno do mesmo) para 
que ele funcione de forma otimizada e reduza o consumo de energia. 
Resultado: os Split Inverter possuem uma eficiência energética muito maior do 
que os demais modelos, reduzindo em até 60% o consumo de energia, ao mesmo tempo 
que apresenta melhor controle da temperatura. Além disso, ele apresenta baixo nível de 
ruído e ainda utiliza gás R-410ª, um gás ecológico que não agride a camada de ozônio. 
São indicados para quem tem o consumo de energia como uma das suas principais 
preocupações (DUFRIO, 2017). 
3.5.6 SISTEMAS VRF 
O VRF (Fluxo de Refrigerante Variável) é um sistema de múltiplas unidades 
internas, conectadas em um único sistema de unidades condensadoras. Ele surgiu em 
1982, no Japão, sendo o primeiro sistema Multi Split da história, com o objetivo de suprir 
as necessidades de controle de temperatura individualizado por ambiente de um edifício 
(DUFRIO, 2017). 
Com o crescimento constante do mercado de “Prédios Verdes” (Green Building) 
e com certificações LEED, a adesão ao VRF está cada dia mais comum. Ele funciona 
com uma unidade central ligada a múltiplas unidades internas para proporcionar 
climatização completa. Por isso é indicado para arrefecer edifícios, e não somente um 
ambiente (DUFRIO, 2017). 
A principal diferença entre o Ar Condicionado Multi Split e os modelos 
convencionais é que o gás refrigerado de todas as evaporadoras circula por uma única 
unidade condensadora do lado de fora de casa. Assim, para climatizar dois quartos e uma 
sala, por exemplo, você não precisa comprar três aparelhos de ar condicionado 
separados.Um ponto positivo do ar condicionado Multi Split é que tanto a instalação, 
https://www.dufrio.com.br/blog-novo/ar-condicionado/residencial/preocupado-com-o-consumo-de-energia-ar-condicionado-conheca-tecnologia-inverter/
https://www.dufrio.com.br/pagina/sistemas-vrf/?utm_source=blogDufrio
24 
 
quanto a manutenção, podem ser feitas de uma única vez ou em único dia, uma vez que 
todas as evaporadoras estão conectadas ao mesmo aparelho (MARTINS, 2018). 
Em relação à potência, os aparelhos Multi Split podem oferecer uma divisão por 
igual ou independente para cada uma das evaporadoras (unidades internas). Assim, você 
poderá encontrar aparelhos Multi Split com 18.000 BTUs, como esse Springer Midea, 
que tem 2 unidades internas de 9.000 BTUs ou 1 unidade interna de 9.000 BTUs + 1 
unidade interna de 12.000 BTUs (MARTINS, 2018). 
3.5.7 SPLIT PISO TETO 
Como o próprio nome já diz, o ar condicionado Split Piso Teto consiste em um 
modelo especial que possibilita a instalação no piso ou no teto. Conhecido como a solução 
ideal para ambientes comerciais, o Piso Teto conta com um alto desempenho de 
refrigeração. 
Sua capacidade varia de 18 mil até 80 mil BTUs. Os mais procurados dessa 
categoria de ar condicionados estão na faixa de 30 mil a 60 mil BTUs (VECAIR, 2013). 
Dentre todas as suas características, destaca-se o ótimo aproveitamento de espaço. 
Sua instalação é versátil em todas as posições, sobre o piso, na parede ou no teto, isso 
proporciona um maior espaço para a passagem de pessoas, ou mesmo para a harmonia da 
decoração, que pode contar com mais com móveis, quadros, enfeites, etc (VECAIR, 
2013). 
3.5.8 CORTINAS DE AR 
Cortinas de Ar são projetadas para serem instaladas na porta de entrada de lojas, 
prédios de escritórios, hotéis e restaurantes. O aparelho lança uma cortina de ar que 
efetivamente impede que o ar exterior entre no ambiente. Algumas aplicações são impedir 
a entrada de insetos, odores indesejáveis e passe poeira em excesso pela porta quando há 
trânsito de um grande número de pessoas entrando e saindo do ambiente. Outra função 
da cortina de ar é não deixar escapar ar que está sendo condicionado no ambiente. 20 
 
20 ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 3° Projeto de revisão NBR 16401-
2 Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários Parte 2: Parâmetros de conforto térmico. 
25 
 
3.6 PLANO DE MANUTENÇÃO 
Tal como todos os equipamentos mecânicos, o ar condicionado necessita da sua 
manutenção para garantir a sua durabilidade e eficiência. As recomendações de 
manutenção podem ser específicas de produto para produto, e de marca para marca, mas 
no essencial é possível indicar um plano de manutenção geral para todos os equipamentos. 
Para a maioria dos equipamentos mecânicos, a manutenção preventiva é a mais 
indicada, e para os aparelhos de ar condicionados não é diferente. “A principal finalidade 
da manutenção preventiva é evitar os riscos de defeito e/ou falha no funcionamento dos 
equipamentos, possibilitando a sua confiabilidade. Uma manutenção preventiva deve 
possuir principalmente, um mapa de planejamento com as rotinas de controle, 
acompanhamento e inspeção de cada equipamento, além da ficha de cadastro e da ficha 
de histórico de equipamento”.21 
Os procedimentos básicos de manutenção devem ser planejados de acordo com o 
histórico dos equipamentos e enumerados na ordem de serviço e entregue ao mantenedor. 
A necessidade de pessoal treinado e certificado é uma exigência na manutenção, visto 
que muitos defeitos são introduzidos nos equipamentos pelos próprios mantenedores que 
não são qualificados para àquela função. Neste caso, é fundamental que os trabalhadores 
de manutenção sejam capacitados de forma contínua, para garantir a qualidade e vida útil 
do funcionamento destes equipamentos. 22 
Existem também a manutenção sistemática e a preditiva que de certa forma estão 
inseridas na manutenção preventiva. “A manutenção sistemática é toda intervenção 
programada, com base em padrões preestabelecidos, visando manter a disponibilidade de 
equipamentos e sistemas. A manutenção preditiva é todaintervenção programada e 
subordinada a um acontecimento oriundo de acompanhamento de parâmetros 
preestabelecidos.” 23 
Um outro tipo é a manutenção corretiva, que é efetuada após a falha, visando o 
restabelecimento das condições normais de operação de equipamentos e sistemas. É uma 
prática não muito indicada, pois espera o equipamento chegar a uma falha, o que pode 
 
21 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de rede de frio: manutenção de equipamentos de 
refrigeração, ar condicionado e geração de emergência, [s.l.: s.n.], 2007. 
22 Ibid. 
23 Ibid. 
26 
 
piorar a situação do mesmo além de elevar o custo do conserto, por outro lado, ainda é 
uma das mais utilizadas. 
3.6.1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PRA MANUTENÇÃO 
PREVENTIVA EM EQUIPAMENTOS DE CONDICIONADOR DE 
AR 
Os procedimentos padrão para realização de uma manutenção preventiva de um 
equipamento individual de ar condicionado são: 24 
1. Desligar o equipamento na chave seletora – posição desligado. 
2. Desligar o disjuntor. 
3. Verificar o filtro de ar. 
4. Verificar a base de suporte e fixação do equipamento. 
5. Verificar a existência de pontos de ferrugem no gabinete e base do 
equipamento. 
6. Verificar o isolamento térmico e acústico do equipamento. 
7. Verificar a fiação e cabos de alimentação do comando. 
8. Verificar os terminais e conexões elétricas. 
9. Ligar a chave geral de energia. 
10. Ligar o equipamento na chave seletora. 
11. Verificar a oscilação da hélice do ventilador do evaporador e da hélice do 
condensador. 
12. Registrar as leituras de tensão e corrente do compressor. 
13. Registrar as leituras de tensão e corrente do motor do ventilador. 
14. Verificar a carga de gás refrigerante no sistema. 
15. Verificar se há vazamento de gás refrigerante. 
16. Registrar as temperaturas de insuflamento, retorno e ar exterior. 
17. Verificar a existência de acúmulo de poeira sobre o compressor, 
condensador e evaporador do equipamento, retirando-a com a utilização 
de pincel largo e macio. 
 
 
 
24 Ibid. 
27 
 
3.6.2 PLANO DE MANUTENÇÃO OPERAÇÃO E CONTROLE 
PARA AR CONDICIONADO (PMOC) 
PMOC é um plano exigido pela Portaria 3.523/GM agosto de 1998 que busca 
garantir a qualidade do ar ambiente e preservar a saúde das pessoas. É o conjunto de 
documentos onde constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização, do 
responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua 
execução.25 
“Segundo a Lei 6.437/77, o não cumprimento deste plano pode render em multas 
que podem variar de R$ 2.000,00 a R$ 1.500.000,00 dependendo do risco ou 
gravidade, recorrência e tamanho do estabelecimento, sendo dobrada na sua 
reincidência.” 
A lei diz que todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem 
ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem dispor de um Plano 
de Manutenção, Operação e Controle – PMOC dos respectivos sistemas de 
climatização, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde 
dos ocupantes. 
Todos os proprietários, locatários e prepostos de ambientes precisam, 
necessariamente, elaborar um PMOC para os ambientes submetidos ao processo de 
climatização. Caso o empreendimento tenha sistema de climatização com capacidade 
abaixo de 60.000 BTU/H, o PMOC deixa de ser obrigatório. Mesmo sem existir a 
exigência legal, o ideal é que seja elaborado o PMOC mesmo que não se atinja a 
quantidade de BTU’s exigida.26 
 
 
 
 
 
 
 
25 HVAC, Sistemas et al., Operação e Controle ., 2003. 
26 Ibid. 
http://arcondicionadorefrival.com/wp-content/uploads/2016/08/PORTARIA-GM-MS-n%C2%BA-3523-de-28-08-1998-Refrival-Ar-Condicionado.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6437.htm
28 
 
3.7 NORMAS E LEGISLAÇÕES 
Segue algumas normas e legislações que regem a refrigeração e climatização. 27 
❖ NBR 10.080 - Instalações de ar condicionado para salas de computadores; 
Descrição: Fixa condições exigíveis para a elaboração de projetos de 
instalações de ar condicionado para salas de computadores. 
❖ NBR 16401-1 - Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e 
unitários – Parte 1: 
Projetos e Instalações. 
Descrição: Estabelece os paramentos básicos e os requisitos 
mínimos de projeto para sistemas de ar condicionado, centrais e unitários. 
❖ NBR 16401-2 - Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e 
unitários – Parte 2: 
Parâmetros de conforto térmico. 
Descrição: Especifica os parâmetros do ambiente interno que 
proporcionem conforto térmico aos ocupantes de recintos providos de ar 
condicionado. 
❖ NBR 7256: Tratamento de ar de estabelecimentos assistenciais de saúde 
(EAS) – Requisitos gerais para projeto e execução 
Descrição: Estabelece os requisitos mínimos para projeto e 
execução de instalações de tratamento de ar em estabelecimentos 
assistenciais de saúde (EAS). 
❖ NBR 14679 – Sistemas de condicionamento de ar e ventilação – Execução 
de serviços de higienização. 
Descrição: Tem por objetivo estabelecer os procedimentos e 
diretrizes mínimas para execução dos serviços de higienização corretiva 
de sistemas de tratamento e distribuição de ar contaminados micro 
biologicamente. 
❖ NBR 13971 – Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar e 
ventilação – Manutenção programada. 
 
27 CAMY, AR, a Plicação Do M Odelo Ucon Abc Em S Istemas De C Omércio E Letrônico B2B C 
Omércio E Letrônico B2B, p. 202–215, 2005. 
29 
 
Descrição: Estabelece orientações básicas para as atividades e 
serviços necessários na manutenção programada de conjuntos e 
componentes em sistemas e equipamentos de refrigeração, 
condicionamento de ar e ventilação. 
❖ Portaria nº. 3253/MS, de 28 de Agosto de 1998: Determina a criação de 
um plano de manutenção, operação e controle (PMOC) para ambientes 
climatizados. 
❖ Resolução 09 da ANVISA (2003): Estabelece padrões de qualidade do ar 
para ambientes interiores climatizados artificialmente. 
❖ Decisão normativa 42 do CONFEA: Determina o registro no CREA local 
de toda pessoa jurídica que execute instalação e manutenção de sistemas 
de condicionadores de ar. 
❖ Decreto Lei 99.280-90: Promulga a Convenção de Viana e o Protocolo de 
Montreal sobre substâncias que destroem a camada de ozônio 
❖ Resolução 267 do CONAMA: Proíbe o uso e comercialização de várias 
substâncias utilizadas na refrigeração. 
❖ Resolução 340 do CONAMA: Proíbe o uso de alguns cilindros e dá 
instruções sobre a reciclagem de gases. 
❖ Lei nº. 9605/98: Lei dos crimes ambientais. Aplica-se em alguns casos de 
descumprimentos. 
❖ NR 10: Instalações e serviços em eletricidade.28 
4 METODOLOGIA 
Utilizando pesquisas aplicada de caráter quantitativo, o trabalho teve seu objetivo 
em realizar o estudo de carga térmica do prédio da biblioteca, e fazer indicação de um 
sistema de refrigeração para garantir o conforto térmico dos usuários e funcionários, e 
evitar danos para o acervo do prédio. 
Para melhor eficiência do sistema, realizou-se um levantamento das medidas 
físicas dos ambientes a serem climatizados, dos equipamentos que geram calor, da 
estrutura do local e também a forma como os funcionários e usuários se comportam dentro 
 
28 Ibid. 
30 
 
do ambiente – pois é necessário saber a dinâmica do local para estabelecer com maior 
precisão a disposição dos equipamentos de climatização. 
Todos os dados foram obtidos através de visitas ao prédio da biblioteca, e através 
de entrevistas aos funcionários. 
 
Figura 1: Imagem do Prédio da bibliotéca. 
Fonte: http://www3.ufrb.edu.br/encontroprofmat/fotos.html. 
4.1 AMBIENTES A SEREM CLIMATIZADOS 
O prédio é constituído por três andares, mas só dois entraram no projeto (o 
primeiroe o segundo andar), e estes foram divididos em quatro áreas. O primeiro andar 
foi dividido em duas áreas que se resume a Área 1 e Área 2. Utilizando a ferramenta Visio 
Professional foi montado os esboços a seguir. 
Figura 2: Imagens do primeiro andar com área 1 e área 2 respectivamente. 
Fonte: Autor. 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O segundo andar possui dois setores diferentes, o Setor de Administrativo e o 
Setor Periódicos, ilustrados a seguir. 
 
Figura 3: Croqui primeiro andar. 
Figura 4: Imagens do segundo andar, setor administrativo com os aparelhos instalados. 
Fonte: Autor 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• 1° andar: ficam o acervo de livros e a recepção, onde há maior 
concentração de pessoas, devido a procura pelo acervo. 
• 2° andar: ficam o setor administrativo que é composto por 6 salas 
separadas por paredes meia altura, uma sala de reunião, e o setor de 
periódicos. 
Os dados relacionados a medidas das áreas encontram-se no memorial descritivo 
de cálculo em anexo. 
 
Figura 6: Croqui segundo andar. 
Figura 5: Imagens do segundo andar, setor de periódicos. 
Foonte: Autor. 
33 
 
4.2 SISTEMA ADOTADO 
O sistema de climatização adotado foi o de expansão direta através de aparelhos 
de ar condicionados, por ser um sistema com uma instalação mais simples, não requer 
uma instalação especial, a manutenção é mais pratica e fácil de encontrar especialistas 
que a faça, não ocupa o ambiente interno, tem grande versatilidade, e um custo menor se 
comparado ao sistema de expansão indireta (sistemas de refrigeração em que há a 
transferência de calor em mais de um meio antes de chegar a transferir o calor contido no 
meio que deseja-se resfriar). 
4.3 CONDIÇÕES DE CÁLCULO 
Para realização do cálculo de carga térmica foi feito todo o levantamento de dados 
necessários descrito pela norma NBR – 16401 (que consta no desenvolvimento do 
trabalho), e a partir desses dados e com o auxílio das tabelas que encontram-se em anexos, 
foi possível determinar a quantidade de BTU’s (potência dos aparelhos de ar 
condicionado) que necessita cada ambiente. Os dados referentes se encontram no 
memorial descritivo de cálculo. 
Após os resultados dos cálculos, iniciou-se as pesquisas para decidir qual 
equipamento que se alinhasse com os requisitos necessários, o qual seria indicado para 
aquisição. Para a escolha dos aparelhos mais viáveis foi avaliado o custo benefício do 
mesmo, do qual o consumo energético foi um dos principais pontos analisado. 
4.3.1 EQUAÇÕES UTILIZADAS PARA VERIFICAR O 
CONSUMO ENERGÉTICO 
O custo energético que cada aparelho acarretaria mensalmente foi calculado da 
seguinte forma: 
𝐶. 𝐸 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (
𝑘𝑊ℎ
𝑚ê𝑠
) ∗ 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑘𝑊ℎ ∗ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 
Onde: 
• C.E = Custo Energético; 
34 
 
• Tempo = Quantidade de horas por dia o aparelho funciona; 
• Valor do kWh = Preço pago pelo kWh consumido; 
• Consumo = Qual consumo de energia do aparelho no mês. 
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Após o estudo e realização do cálculo de carga térmica, foram obtidos os seguintes 
resultados que serão demonstrados por andar. 
5.1 PRIMEIRO ANDAR 
O setor de acervos de livros do primeiro andar (especificado como Área 1) possui 
uma perda por carga térmica de 258.298,00 BTU/h ou 21,52 TR. Para garantir uma 
margem de segurança recomenda-se aproximação para 260.000 BTU/h. 
O setor de acervos de livros do primeiro andar (especificado como Área 2) possui 
uma perda por carga térmica de 355.283,00 BTU/h ou 29,60 TR. Para garantir uma 
margem de segurança recomenda-se aproximação para 360.000 BTU/h. 
A partir desses resultados, foi analisado a quantidade de aparelhos de ar 
condicionado que devem ser instalados em cada ambiente para que suprisse as 
necessidades térmicas do mesmo. 
5.1.1 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS, 1ªANDAR. 
Os aparelhos de ar condicionado escolhido para serem instalados foram o Split 
Piso Teto Atualle Eco Elgin 60.000 BTUs só frio e tensão de 380V trifásico, e o de 30.000 
BTU’, estes podem ser observados no Anexo F. 
Para o primeiro andar, foram no total dez aparelhos de 60.000 BTU’s e um de 
30.000BTU’s, distribuídos por todo ambiente. Estes podem ser observados no tópico a 
seguir. 
 
35 
 
5.1.2 LAYOUT, 1º ANDAR. 
Para o 1º andar o sistema final pode ser visualizado a partir da Figura 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A figura 3 esboça como está dividido todo ambiente do primeiro andar. As linhas 
finas representam as divisões entre salão 1, salão 2 e recepção. A linha verde representa 
uma parede de vidro que não existe ainda no prédio, indica-se que tenha essa parede 
separando os ambientes para evitar a troca de ar entre um salão e outro, e assim, não seria 
necessário colocar uma cortina de ar para evitar essa troca, diminuindo o custo inicial e o 
custo energético. Recomenda-se também, que as portas da recepção permaneçam 
fechada, afim de evitar também a instalação de cortinas de ar. 
Os retângulos representam os aparelhos de ar condicionados a serem instalados 
no local. Os vermelhos são os aparelhos de potência de 60,000 BTU’s e o azul 30,000 
BTU’s. 
 
Aparelhos de 60K 
BTU 
 
Aparelhos de 30K 
BTU 
 
Figura 7: Disposição do sistema de refrigeração do 1º andar. 
36 
 
5.2 SEGUNDO ANDAR 
O segundo andar é dividido em setor administrativo e periódicos. No setor 
administrativo já existe aparelhos de ar condicionados instalados, porém, tudo indica que 
não houve um planejamento para fazer essa instalação. De acordo com o depoimento de 
alguns dos funcionários, os aparelhos não supri as necessidades térmicas do ambiente, 
pois o conforto não é atingido para eles, tendo até que levar ventiladores em determinadas 
épocas para amenizar a temperatura do local. Também, não são todos os aparelhos que 
estão funcionando, e nem podem, segundo os funcionários ao ligar todos os aparelhos ao 
mesmo tempo acontece uma queda de energia, ou seja, algum problema no sistema 
elétrico. Recomenda-se que revisem toda parte elétrica da instalação, e que acrescentem 
mais aparelhos para suprir as necessidades térmicas. 
Analisando também os modelos instalados, observou-se que os aparelhos 
possuem uma faixa de classificação B na tabela do INMETRO (Instituto Nacional de 
Metrologia, Qualidade e Tecnologia), desta forma, foi feito os cálculos de consumo 
energético para efeito de comparação e verificação da viabilidade de se manter estes 
aparelhos. 
Foi feito os cálculos de carga térmica e a perda por carga térmica referente ao 2° 
andar no setor administrativo é de 352.705 BTU/h ou 29,40 TR. Sendo assim, deve-se 
partir dessa informação para que as condições de climatização sejam atendidas e, assim, 
garantir a melhor escolha dos aparelhos de refrigeração que serão instalados no local. 
Com uma margem de segurança, recomenda-se aproximação para 354.000 BTU/h. 
O setor de periódicos possui uma perda por carga térmica de 276.221 BTU/h 23,02 
TR. Afim de estabelecer uma margem de segurança, recomenda-se aproximação para 
280.000 BTU/h. 
Caso queiram mudar todo sistema instalado, o planejamento recomendado pode 
ser observado a seguir. 
5.2.1 ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS, 2ªANDAR. 
Os aparelhos de ar condicionado escolhido para o segundo andar também foram 
o Split Piso Teto Atualle Eco Elgin 60.000 BTUs só frio e tensão de 380V trifásico, e o 
37 
 
de 30.000 BTU’s, e mais um aparelho de 24.000 BTU’s do tipo Split Hi-Wall Eco Power 
Elgin Frio que pode ser visto na figura 10 que encontra-se no Anexo F. 
Para o segundo andar, foram no total dez aparelhos de 60.000 BTU’s, um de 
30.000BTU’s e mais um de 24.000 BTU’s, distribuídos por todo ambiente. Estes podem 
ser observados no tópico a seguir. 
5.2.2 LAYOUT, 2º ANDAR. 
Para o 2º andar o sistema final pode ser visualizado a partir da Figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para o Espaço Administrativo, recomenda-se a utilizaçãode um aparelho de 
24.000,00 BTU’s, indicado pelo ícone na cor verde na Figura 4 para a sala de reuniões. 
Os aparelhos de 60.000,00 BTU’s indicados pelos ícones em vermelhos e o aparelho de 
30.000,00 BTU’s indicado em Azul são suficientes para suprir a demanda do restante do 
espaço. 
Para o Setor de Periódico, será necessário apenas a utilização de aparelhos de 
60.000,00 BTU’s representados em vermelho. Para fins de minimizar o consumo 
energético e garantir a eficiência do sistema de refrigeração, recomenda-se que a porta de 
acesso para o Setor de Periódico esteja constantemente fechada, bem como a do setor 
administrativo. 
Aparelhos de 60K 
BTU 
 
Aparelhos de 30K 
BTU 
 
Aparelhos de 24K 
BTU 
 
 
 
Figura 8: Disposição do sistema de refrigeração do 2ª andar. 
38 
 
5.3 CUSTO DE AQUISIÇÃO TOTAL DOS EQUIPAMENTOS 
Para o novo sistema que é indicado à ser instalado, o custo inicial com compras 
dos aparelhos condicionadores gira em torno dos valores da tabela 2. 
Tabela 2: Custo unitário por equipamento e valor total do investimento. 
Quantidade Modelo do Equipamento Valor Unitário Valor total 
20 Split Piso Teto Eco Elgin 
60.000 BTUs. 
R$ 5.889,05 R$ 117.781,00 
2 Split Piso Teto Eco Elgin 
30.000 BTUs. 
R$ 3.957,65 R$ 7.915,30 
1 Split Hi-Wall Eco Power 
Elgin 24.000 BTUs Frio. 
R$ 2.348,99 R$ 2.348,99 
Custo total ------- ------- R$ 128.045,29 
Fonte: Lojas de ar condicionados como Pontofrio, Leveros e Poloar, preços referentes ao mês de fevereiro 
de 2019. 
 
Como no segundo andar do prédio já possui alguns aparelhos instalados como já 
foi explicado, os custos iniciais do sistema seriam reduzidos se optarem por manter a 
instalação, como segue na tabela 3. 
Tabela 3: Custo de aquisição caso o sistema não seja trocado. 
Quantidade Modelo do Equipamento Valor Unitário Valor total 
17 Split Piso Teto Eco Elgin 
60.000 BTUs. 
R$ 5.889,05 R$ 100.113,85 
1 Split Piso Teto Eco Elgin 
30.000 BTUs. 
R$ 3.957,65 R$ 3.957,65 
Custo total ---------- ---------- R$ 104.071,5 
Fonte: Lojas de ar condicionados como Pontofrio, Leveros e Poloar, preços referentes ao mês de fevereiro 
de 2019. 
Observação: Os custos de instalação não foram considerados para o projeto por 
que dependem muito das empresas prestadoras de serviço, e como é uma Universidade 
Federal, deve ser com processos de licitação. É importante salientar que para permanência 
do sistema já implementado no segundo andar, a revisão da instalação elétrica é 
imprescindível. 
39 
 
5.4 CONSUMO ENERGÉTICO DO SISTEMA 
O setor de acervo funciona num período de aproximadamente 13:00 horas por dia, 
iniciando 08:00 horas até 21:00 horas. 
A Universidade possui um contrato com a COELBA (Companhia de Eletricidade 
do Estado da Bahia) com relação ao valor pago pelo kwh. Em conversa com o Eng. 
Eletricista Pedro da Costa Barbosa (Superintendência de infraestrutura – SIPEF/UFRB), 
obteve-se a informação de que considerando o consumo ativo na ponta (das 18:00 às 
21:00 horas) o valor pago é de R$2,50 reais, enquanto o consumo ativo fora da ponta 
(fora do período acima) o valor é de R$0,34 centavos. 
Com isso, se tratando de economia em gastos energéticos, é indicado que o 
sistema esteja desligado durante esse período fora da ponta, que seria das 18:00 até 21:00 
horas, e o sistema ficaria desligado somente três horas, evitando um gasto muito maior. 
5.4.1 CONSUMO DO PRIMEIRO ANDAR 
Na tabela 4 encontram-se os valores do consumo de cada tipo de aparelho que 
serão utilizados no primeiro andar durante as primeiras dez horas de funcionamento. 
Tabela 4: Consumo por aparelho do primeiro andar considerando o consumo ativo fora da ponta. 
Tipo de 
aparelho 
Quantidade 
Consumo 
(kwh/mês) 
Tempo de 
funcionamento 
Valor 
do kWh 
(R$) 
Valor pago 
por mês 
(R$) 
Split Piso 
Teto Eco 
Elgin 60.000 
BTUs 
10 91,04 
08:00 – 18:00 
Horas 
0,34 
3.095,35 
Split Piso 
Teto Eco 
Elgin 30.000 
BTUs 
1 45,68 155,31 
Total 11 136,72 3.250,66 
40 
 
Fonte: Dados do consumo em kwh/mês fornecidos pela tabela da INMETRO 2017, considerando 24 dias 
no mês. 
 
Na tabela da INMETRO (2017) encontra-se o valor do consumo de energia 
elétrica de cada aparelho considerando que ele funcione uma hora por dia, durante trinta 
dias. Os valores da tabela 4 foram encontrados considerando que os aparelhos funcionarão 
durante 10 horas por dia, num total de 24 dias do mês. 
Com isso, obteve-se um total de R$3.250,66 de consumo mensal para o primeiro 
andar. 
Caso o sistema permaneça em funcionamento mesmo com o consumo ativo na 
ponta de 18:00 às 21:00 horas, o consumo seria como mostrado na tabela 5. 
Tabela 5: Consumo por aparelho do primeiro andar considerando o consumo ativo na ponta. 
Tipo de 
aparelho 
Quantidade 
Consumo 
(kwh/mês) 
Tempo de 
funcionamento 
Valor 
do kWh 
(R$) 
Valor pago 
por mês 
(R$) 
Split Piso 
Teto Eco 
Elgin 60.000 
BTUs 
10 91,04 
18:00 – 21:00 
Horas 
2,50 
6.828,00 
Split Piso 
Teto Eco 
Elgin 30.000 
BTUs 
1 45,68 342,60 
Total 11 136,72 7.170,60 
Fonte: Dados do consumo em kwh/mês fornecidos pela tabela da INMETRO 2017. 
 
Considerando o resultado na tabela 5, no qual mostra o consumo dos aparelhos se 
funcionar durante 24 dias no período de 18:00 até 21:00 horas, somando 3 horas a mais 
de funionamento, o sistema do primeiro andar teria um consumo total de R$ 10.421,26 
reais. 
 
41 
 
5.4.2 CONSUMO DO SEGUNDO ANDAR 
Na tabela 6 encontram-se os valores do consumo de cada tipo de aparelho que 
serão utilizados no segundo andar durante as oito horas de funcionamento diariamente. 
 
1. Considerando que o sistema seja substituido. 
Tabela 6: Consumo por aparelho do segundo andar considerando o novo sistema. 
Tipo de 
aparelho 
Quantid
ade 
Consumo 
(kwh/mês) 
Tempo de 
funcionamento 
Valor do 
kWh (R$) 
Valor pago 
por mês 
(R$) 
Split Piso Teto 
Eco Elgin 
60.000 BTUs 
10 91,04 
08:00 Horas 0,34 
2.476,3 
Split Piso Teto 
Eco Elgin 
30.000 BTUs 
1 45,68 124,096 
Split Hi-Wall 
Eco Power Elgin 
24.000 BTUs 
Frio. 
1 36,8 100,096 
Total 12 173,52 2.700,50 
Fonte: Dados do consumo em kwh/mês fornecidos pela tabela da INMETRO 2017, considerando 24 dias 
do mês. 
 
Os valores da tabela são considerando que o sistema do segundo andar funcionará 
no período de 08:00 – 12:00 e de 14:00 – 18:00, totalizando 08:00 horas por dia, que é o 
horário que os funcionários do setor estão trabalhando, e que o sistema do setor 
administrativo será substituído. 
2. Sistema atual mantido e melhorado. 
Caso o sistema do setor administrativo seja mantido, o consumo ficará da seguinte 
forma: 
• Considerando que o ambiente já possui seis aparelhos de 24.000 BTU’s, 
classificação B pela tabela da INMETRO; 
42 
 
• Consumo de energia de 49,1 kWh/mês equivalente a 39,28 kWh/24 dias; 
• E será acrescentado mais 8 aparelhos de 60.000 BTU’s cada, sendo 3 deles 
no setor administrativo, e 5 no setor de periódicos. 
Tabela: Consumo por aparelho do segundo andar considerando o consumo ativo na ponta, se o sistema 
não for completamente trocado. 
Tipo de 
aparelho 
Quantidade 
Consumo 
(kwh/mês) 
Tempo de 
funcionamento 
Valor 
do kWh 
(R$) 
Valor pago 
por mês 
(R$) 
Split Piso 
Teto Eco 
Elgin 60.000 
BTUs 
8 91,04 
08:00 Horas 0,34 
1.981,03 
Split 
Samsung 
Eletronics 
24.000 
BTU’s 
6 39,28 641,05 
Total 14 136,72 2.622,08 
Fonte: Dados do consumo em kwh/mês fornecidos pela tabela da INMETRO 2017, considerando 24 dias 
do mês. 
Observa-se que se o sistema não for completamente trocado no setor 
administrativo do segundo andar, acarreta numa economia de R$ 78,42 reais no custo 
energético do segundo andar. Porém é inportante frisar que o sistema instalado necessida 
de uma revisão da parte eletrica pois não está funcionando corretamente, junto a 
manutenção dos aparelhos.
43 
 
 
5.4.3 CONSUMO TOTAL 
Somado o custoenergético dos dois andares considerando que todo sistemas será 
instalado. 
Tabela 7: Consumo total do prédio caso o sistema seja trocado. 
Valor total do primeiro andar R$ 10.421,26 
Valor total do segundo andar R$ 2.700,50 
Valor total no mês R$ 13.121,76 
Fonte: Autor 
Caso o sistema do setor administrativo seja mantido. 
 
 
Tabela 8: Consumo total do prédio caso o sistema seja mantido. 
Valor total do primeiro andar R$ 10.421,26 
Valor total do segundo andar R$ 2.622,08 
Valor total no mês R$ 13.043,34 
Fonte: Autor 
 
6 CONSIDERAÇÕES 
O trabalho foi desenvolvido com respeito ao primeiro e segundo andar do prédio 
da biblioteca da UFRB com o intuito de levantar dados suficientes para analisar a 
possibilidade de instalação de um sistema de ar condicionados nos ambientes citados, 
bem como avaliar o custo inicial do projeto, referente a aquisição dos equipamentos de ar 
condicionado, e os custos posteriores, referentes ao custo energético que o sistema 
acarretaria. 
Desta forma, a instalação de ar condicionados nos ambientes da biblioteca da 
UFRB, terá um custo de aquisição total em torno de R$ 128.045,29 reais, considerando 
que o sistema será todo novo. Para incrementar o sistema já utilizado, o custo inicial seria 
de R$ 104.071,5 reais. 
44 
 
O custo energético total do prédio ficaria em torno de R$ 13.121,76 mensais 
considerando o novo sistema instalado, caso o sistema que é utilizado atualmente seja 
mantido, o custo mensal seria de R$ 13.043,34 reais, tendo uma economia de R$ 78,42 
reais. 
Considerando esse consumo total do sistema, é um valor consirevavelmente alto, 
porém esses custos podem ser reduzidos. Existem equipamentos com uma potência 
inferior aos que foram escolhidos para análise do trabalho e que possuem um consumo 
menor também, possivelmente o custo inicial seria maior, pois necessitaria de uma 
quantidade de equipamentos condicionadores maior para suprir as necessidades térmicas. 
Os aparelhos que possuem a tecnologia inverter, por exemplo, possui um consumo que 
chega a 60% menor que os aparelhos convencionais, e pode ser uma opção para diminuir 
os gastos energéticos, porém, esses aparelhos possuem um custo de aquisição maior, mas 
é válido a comparação com seus respectivos consumos energéticos. 
O setor de Periódicos, por possuir obras de grande valor histórico deve-se ter um 
cuidado maior quanto aos fatores que podem interferir no seu estado de conservação, por 
isto, é de extrema importância o acompanhamento da umidade do ar, para assim evitar 
danos às obras. Para tanto, recomenda-se a instalação de um TERMO-HIGOMETRO, 
instrumento que mede a umidade do ar, sendo assim possível acompanhar e programar a 
temperatura do ambiente, além dos equipamentos de ar condicionados. 
7 CONCLUSÃO 
Os objetivos do trabalho foram alcançados, foi desenvolvido o memorial de 
cálculo de carga térmica, foi feito o orçamento correspondente ao gasto inicial com os 
aparelhos propostos a serem instalados no projeto bem como os cálculos referente aos 
gastos energético do sistema. Portanto, conclui-se que é possível a implantação de um 
sistema de climatização qualificado, desde que todos os pontos levantados no projetos 
forem acatados 
Apesar de ser um investimento alto, presar pelo conforto dos funcionários e dos 
estudantes deve ser prioridade para a instituição, visando um melhor desenpenho de seus 
alunos, bem como um melhor trabalho desenvolvido por seus funcionários. 
 
45 
 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 3° Projeto de 
revisão NBR 16401-2 Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários 
Parte 2: Parâmetros de conforto térmico. p. 11, 2017. Disponível em: 
<http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/140624 REVISÃO ABNT 
NBR 16401_2_versao 2017.pdf>. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de rede de frio: manutenção de 
equipamentos de refrigeração, ar condicionado e geração de emergência. [s.l.: s.n.], 
2007. 
CAMY, AR. a Plicação Do M Odelo Ucon Abc Em S Istemas De C Omércio E 
Letrônico B2B C Omércio E Letrônico B2B. p. 202–215, 2005. Disponível em: 
<https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102447>. 
CCDR ALGARVE. Qualidade do AR. 2015. Disponível em: <https://www.ccdr-
alg.pt/site/info/qualidade-do-ar>. 
DAVIS, Lucas W. e GERTLER, Paul J. Contribution of air conditioning adoption to 
future energy use under global warming. Proceedings of the National Academy of 
Sciences, vol. 112, n. 19, p. 5962–5967, 2015. Disponível em: 
<http://www.pnas.org/lookup/doi/10.1073/pnas.1423558112>. 
EM, Citogenética e CESTRUM, Espécies D E. Livros Grátis. 2007. 
HENRIQUE, Ricardo e OLIVEIRA, Sousa. ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA 
CLIMATIZAÇÃO DO AMBIENTE NO. p. 1–12, 2013. 
HVAC, Sistemas; REFERENCIAIS, E S; DO, D E Qualidade; et al. Operação e 
Controle . 2003. 
JUNIOR, Jayme Spinelli. A conservação de acervos bibliográficos e documentais. 
[s.l.: s.n.], 1997. Disponível em: 
<http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/manualjame.pdf>. 
NASCIMENTO, Guilherme C. do. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR EM 
AMBIENTES INTERNOS : BIBLIOTECA PÚBLICA São Carlos , SP AVALIAÇÃO 
DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES INTERNOS : BIBLIOTECA PÚBLICA 
[ VERSÃO CORRIGIDA ] São Carlos , SP. Dissertação (Mestrado-Programa de 
Pós-Graduação e Área de Concentração em Engenharia Hidráulica e Saneamento) 
–- Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2011. 1., 
2011. 
RNAE, Associação das agências de energia e ambiente. Climatização eficiente. 2014. 
SILVA, Sandra Monteiro da. Qualidade do Ambiente Interior de Edifícios. Seminário 
«Avaliação do Ciclo de Vida na Construção», p. 39, 2011. Disponível em: 
<http://www.centrohabitat.net/PageText.aspx?id=13108&ref=ID0EECA/ID0EAECA>. 
46 
 
 
APÊNDICE A – MEMORIAL DE CÁLCULO 
Neste memorial serão descritos os cálculos feitos para determinar a carga térmica 
gerada na biblioteca da UFRB. 
 
Informações para os cálculos: 
 
1º Andar: Acervo de Livros. 
• 7 CPU’s; 
• 5 Impressoras térmicas; 
• 3 Impressoras comuns; 
• 7 Estabilizadores; 
• 270 Lâmpadas. 
Dimensões: 
• Área 1= 386,4 m² 
• Pé direito: 3,10 m 
• Perímetro = 65 m 
• Número de pessoas Área 
1: 28 pessoas; 
• Área 2 = 714 m² 
• Perímetro = 97 m 
• Número de pessoas na 
Área2 = 28 pessoas; 
2º Andar: Espaço 
Administrativo. 
• 7 Impressoras 
• 8 CPU’s; 
• 13 Monitores; 
• 12 Estabilizadores; 
• 3 Nobreak; 
• 1 Scanner; 
Dimensões: 
• Área: 252 m2 
• Pé direito: 3,10 m 
• Perímetro: 12m 
• Número de pessoas: 10 
pessoas. 
2º Andar: Setor de Periódicos. 
• 2 Impressoras; 
• 1 Impressora Térmica; 
• 12 CPU’s; 
• 14 Monitores; 
• 02 Nobreak; 
• 11 Estabilizadores; 
Dimensões: 
• Área: 386,4 m2 
• Pé direito: 3,10 m 
• Perímetro: 21m 
• Número de pessoas: 33 
pessoas. 
Fator de correção por região: 
 
Cruz das Almas – Ba 
 
• Fator = 1
47 
 
 
Algumas informações foram lançadas diretamente na planilha, por exemplo, as 
informações a respeito das janelas (orientação, quantidade e dimensões). 
A perda por carga térmica referente ao 2° andar no setor administrativo é de 
352.705 BTU/h ou 29,40 TR. Sendo assim, deve-se partir dessa informação para que as 
condições de climatização sejam atendidas e, assim, garantir a melhor escolha dos 
aparelhos de refrigeração que serão instalados no local. Com uma margem de segurança, 
recomenda-se aproximação para 354.000 BTU/h. 
O setor de periódicos possui uma perda por carga térmica de 276.221 BTU/h ou 
23,02 TR. Afim de estabelecer uma margem de segurança, recomenda-se aproximação 
para 280.000 BTU/h. 
O setor de acervos de livros do primeiro andar (especificado como Área 1) possui 
uma perda por carga térmica de 258.298,00 BTU/h ou 21,52 TR. Para garantir uma 
margem de segurança recomenda-se aproximação para 260.000 BTU/h. 
O setor de acervos de livros do primeiro andar (especificado como Área 2) possui 
uma

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