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21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 1/29 SISTEMAS TÉRMICOSSISTEMAS TÉRMICOS TRANSMISSÃO DE CALOR PORTRANSMISSÃO DE CALOR POR CONVECÇÃOCONVECÇÃO Au to r ( a ) : M e . Lu c a s D e l a p r i a D i a s d o s S a n to s R ev i s o r : M a . J u l i a n a G u e d e s A r ve l o s B a r b o s a Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 2/29 Introdução Olá, estudante! Começaremos nosso estudo de�nindo a convenção térmica. Em seguida, nos estudos sobre transferência de calor, veremos o que é uma camada-limite, os tipos de camada- limite existentes e como ela é vista em uma situação aplicada à engenharia. A partir desse momento, teremos em mente que existem três tipos de camadas-limite (velocidade, térmica e de concentração) e começaremos a estudar cada uma de forma particular e individual. Será apresentado como encontrar os coe�cientes convectivos local e médio para as situações de transferência de calor e massa e as situações em que as camadas-limites existem (laminar e turbulento). Veremos, também, as situações particulares das diferentes camadas-limite aplicadas em situações laminares e como se dão as equações de camada-limite para esses escoamentos apresentados. Vamos lá?! Caro(a) estudante, “convecção” é o termo empregado para tratarmos da transferência de calor entre uma superfície e um �uido em movimento sobre essa superfície. Esse termo é amplamente utilizado no meio cientí�co e em trabalhos de engenharia. Veremos mais a fundo como funciona esse processo a partir de agora. Transmissão de Calor por Convecção 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 3/29 No entanto o conceito de convecção, caro(a) estudante, também está relacionado com o transporte da energia através do movimento que o �uido realiza (aqui, chamaremos de movimento global ou advecção) e pelos movimentos aleatórios das moléculas do nosso sistema. Nossos objetivos aqui são conhecer os mecanismos que regem a transferência de calor pela convecção e aprender a calcular a convecção em situações práticas. Processo de Convecção Primeiramente, examinaremos o processo da transferência via convecção por meio da Figura 3.1. Observe que há uma superfície plana, onde acontecem os processos de aquecimento e resfriamento através do �uxo de �uido gasoso. Note, também, a forma como ocorre a distribuição de temperatura durante a convecção. Fonte: magnascan / 123RF. Ao aquecermos um recipiente metálico com uma certa quantidade de água em seu interior, a porção de água mais inferior, em contato direto com o recipiente, aquece antes do que a porção de água que está na parte superior do recipiente. Como sabemos, quando aquecidos, �uidos como a água tendem a �car menos densos (ou seja, eles �cam mais “leves”). Nesse momento, o líquido mais quente (menos denso) sobe para a camada superior, ao passo que o líquido mais denso desce. Esse movimento é chamado de corrente de convecção e é responsável por fazer com que o �uido quente se misture com o �uido frio até que a temperatura do sistema seja homogênea. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 4/29 Figura 3.1 — Distribuição de temperatura e velocidade em um �uxo de convecção laminar forçado em cima de uma placa plana aquecida a uma temperatura T Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: nessa imagem, temos uma placa plana sendo aquecida e resfriada por meio do �uxo de um �uido de trabalho. Temos a temperatura da superfície , a temperatura do �uido e o �uxo de calor saindo da placa e indo para o meio, sendo representado por uma seta. Para Kreith, Manglik e Bohn (2016), de acordo com o grá�co, a velocidade do �uido diminui na superfície em virtude das forças que atuam no �uido. Além disso, a transferência de energia térmica que acontece entre a superfície plana e o �uido é atribuída à condução, visto que a velocidade da camada de �uido adjacente à parede é zero. Sendo a taxa de convecção de calor. É importante ressaltar que o gradiente de temperatura na parede plana dependerá do �uxo. Com uma velocidade maior, é normal que sejam obtidos gradientes de temperatura e taxas de transferência de calor superiores. Em outras palavras, teremos que a transferência de energia térmica que ocorre pela convecção, dado um �uxo turbulento de alta velocidade, será maior do que a taxa de transferência que S Ts T∞ qc = − = ( − )qc ′′ kf ∂T ∂Y y=0 hc Ts T∞ qc ′′ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 5/29 ocorrerá em um �uxo laminar (velocidade menor). praticar Vamos Praticar Imagine que um �uido escoa sobre uma superfície plana. O �uido encontra-se a 15 °C, ao passo que a temperatura da superfície plana é de 95 °C. Em determinado momento, a temperatura é aderida em função da distância X da superfície na placa. O esquema descrito está ilustrado a seguir. Figura — Convecção entre o �uido e a superfície plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: esta imagem pode ser descrita como um grá�co, em que, no eixo X, temos as temperaturas de 20, 50 e 100 °C, e, no eixo Y, temos a chapa plana, em que o �uxo de ar �ui entre 1 e 2 mm da referência da placa. Além disso, temos a indicação de que o gradiente de temperatura é calculado como: = = = −66, 7 K/mm.∂T ∂Y |y=0 ΔT ΔY (20−100)K 1,2mm 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 6/29 Considere o gradiente de temperatura dado pelo grá�co e que a condutividade térmica do �uido a 55 °C (temperatura média entre a superfície e o �uido) é de 0,031 W/mK. Considerando esses dados, calcule o coe�ciente de transferência de calor de convecção. Para seguirmos com nossos estudos sobre sistemas térmicos e transferência de calor e de massa (processo que ocorre durante a convecção entre uma superfície e um �uido de trabalho), introduziremos agora o conceito de camada-limite, que pode ser classi�cada em: camada-limite de velocidade; camada-limite térmica e camada-limite de concentração. (∂T/∂Y ) Convecção A camada limite de velocidade A camada limite térmica A camada limite de concentração Fonte: albund / 123RF. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 7/29 #PraCegoVer: o infográ�co interativo, intitulado “Classi�cação da camada limite”, contém três botões interativos, alinhados à esquerda, e, como plano de fundo, a imagem de bolhas. O primeiro botão interativo, intitulado “A camada limite de velocidade”, ao ser clicado, apresenta o texto “Para o desenvolvimento dessa camada, é preciso que, necessariamente, haja escoamento de algum �uido sobre a superfície do sistema. Nesse caso, a velocidade do �uido in�uenciará o fator de convecção de massa. Por isso, chamamos de camada limite de velocidade. Em muitos problemas práticos, há o envolvimento de tensão de cisalhamento e de tensões de atrito na superfície do corpo”. O segundo botão interativo, intitulado “A camada limite térmica”, ao ser clicado, apresenta o texto “Como sabemos agora, a camada limite de velocidade irá se formar durante o escoamento de um �uido em uma superfície. Já a camada limite térmica se formará nos casos em que houver diferença nas temperaturas entre o �uido tangente à superfície e o �uido de corrente livre”. O terceiro botão interativo, intitulado “A camada limite de concentração”, ao ser clicado, apresenta o texto “Da mesma forma que as camadas limites térmica e de velocidade se relacionamcom a transferência de calor e com o atrito do �uido em uma superfície, a camada limite de concentração estudará a transferência de massa que ocorrerá por meio da convecção. Nesse caso, se há uma mistura de dois elementos, A e B, escoa sobre uma parede, e, se a concentração do elemento A na superfície for diferente daquela na corrente livre, uma camada limite de concentração irá se desenvolver. Essa é a região do �uido em que existem gradientes de concentração”. A seguir, veremos os detalhes de cada uma das camadas-limite. A Camada-limite de Velocidade Para a camada-limite de velocidade, considere a Figura 3.2, em que há escoamento em uma superfície plana. A partir das partículas de um �uido, quando entram em contato com uma superfície plana, teremos a diminuição da sua velocidade, quando comparada à velocidade do �uido. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 8/29 Figura 3.2 — Camada-limite de velocidade sobre uma placa plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem apresenta uma superfície plana no eixo X. Há um �uido escorrendo da esquerda para a direita. Devido à ação da força de cisalhamento ( ), o �uido em contato com a superfície plana iria perder velocidade (u), o que acarretará retardo nas partículas de �uido adjacentes. Dessa forma, o desenho indica que o �uido que está mais afastado da superfície tem uma velocidade maior. A porção do �uido que mantiver a velocidade intacta é a corrente livre, em que se encontra a camada-limite de velocidade. Em muitas situações, podemos partir do princípio de que a velocidade da partícula é nula no contato com a parede. Sendo assim, essas partículas acabam atuando como retardadoras do movimento das partículas adjacentes. Por sua vez, essas partículas que foram retardadas induziram o atrito e a perda de velocidade nas partículas adjacentes a elas, formando um efeito em cadeia, até que uma determinada distância da superfície seja alcançada, tornando o efeito desprezível. Podemos relacionar o retardamento da movimentação das partículas do �uido com a tensão de cisalhamento ( ) atuante nos planos paralelos à velocidade do �uido. Dessa forma, de acordo com Cengel e Ghajar (2012), aumentando o comprimento “ ” da nossa superfície plana, consequentemente, a componente da velocidade do �uido deverá aumentar também, até que o valor da corrente livre seja atingido (condição de corrente livre, fora da camada-limite). A espessura da camada-limite será representada pela letra grega e é de�nida como sendo o valor de y para o qual . Portanto, entendemos que o per�l de velocidade na camada-limite está relacionado com a forma como o (velocidade do �uido) varia com através da camada-limite. Dessa forma, o escoamento será caracterizado por meio de duas regiões distintas: na 1ª região, temos uma �na τ u∞ τ y x u u∞ ς u = 0, 99u∞ u y 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 9/29 camada de �uido, denominada camada-limite. Nessa região, as tensões de cisalhamento e o gradiente de velocidade são grandes. Na sequência, a 2ª região localiza-se fora da camada-limite, onde os efeitos da tensão de cisalhamento e do gradiente de velocidade são desprezíveis. Dessa forma, o distanciamento da aresta frontal da superfície plana fará com que a camada limite aumente ( aumenta com x). A Camada-limite Térmica A camada-limite térmica irá existir nos casos em que houver diferença de temperatura entre a temperatura da superfície plana e do �uido na corrente livre. Na Figura 3.3, visualizamos o escoamento em uma superfície plana e isotérmica. O per�l de temperatura se manterá uniforme na aresta frontal, com . Contudo as partículas do �uido em contato com a superfície plana entrarão em equilíbrio térmico (como já sabemos, devido ao gradiente de temperatura da superfície da placa e do �uído). Sendo assim, haverá transferência de calor entre as partículas que estiverem em contato direto com a placa, desenvolvendo, assim, um gradiente de temperatura no �uido. A região do �uido em que houver gradiente de temperatura é denominada camada-limite térmica e a sua espessura é calculada como: De acordo com Incropera e Witt (2012), os efeitos da transferência de energia térmica intensi�cam- se com o aumento da distância do eixo X. ς T (y) = T∞ [( − T ) / ( − )] = 0, 99.Ts hc Ts T∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 10/29 Figura 3.3 — Camada-limite térmica sobre uma placa isotérmica plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem mostra uma superfície plana no eixo X. Há um �uido escorrendo da esquerda para a direita. Existe uma diferença de temperatura entre a placa e o �uido ( . A velocidade do �uido é de . Entre o �uido e a placa plana, há diferença de temperatura, portanto, há troca de calor. Consequentemente, temos a formação da camada-limite térmica. Essa camada é maior nas proximidades da placa e vai diminuindo conforme o �uido afasta-se da superfície, até que ela se torna desprezível. Podemos relacionar as condições da camada-limite térmica com o coe�ciente de transferência de calor por convecção por meio da equação a seguir: Que nos diz que, qualquer que seja a distância , o �uxo térmico será calculado a partir da lei de Fourier, em y=0. A equação apresentada torna-se apropriada, visto que a condução é a única forma de transmissão de calor presente e que não há movimentação de �uido. Relembrando a lei de resfriamento de Newton: Unindo as duas equações, chegamos em: ( )Ts )T∞ u∞ = −qs ′′ ks ∂T ∂Y |y=0 x = h ( − )qs ′′ Ts T∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 11/29 Sendo assim, fornece a taxa de transferência de calor através da camada-limite térmica. Além disso, o termo é uma constante que não está relacionada com a distância , ao passo que aumenta com o aumento de x e o gradiente de temperatura da camada-limite térmica sofre decréscimos conforme aumenta. Concluímos, portanto, que diminuirão com o aumento de x. A Camada-limite de Concentração Começaremos com o seguinte caso de transferência de massa por convecção: imagine que há partículas de água evaporando de um lago. Conforme o vento passa, o vapor de água será carregado para o interior da corrente de ar. Vamos deixar essa situação mais genérica. Imagine uma mistura binária dos elementos químicos A e B escoando sobre uma superfície plana, como ilustrado na Figura 3.4. Quimicamente, temos que a concentração molar da mistura na superfície é ao passo que, na corrente livre, será . Se , ocorrerá transferência de massa do elemento A via convecção. Em um caso real, podemos supor que o elemento A é o vapor de água que será transferido para o interior da corrente gasosa (composto pelo elemento B). Nessa situação, uma camada-limite passará a existir, e, esse contexto, chamamos de camada-limite de concentração. Essa camada- h = −kf (∂T/∂Y )y=0 −Ts T∞ ∂T/∂Yy=o ( − )Ts T∞ x ςt x ∂T/∂ , e hYy=o qs A (kmol/m )3 ,CA,S CA,∞ ≠CA,S CA,∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 12/29 limite é a região do �uido que apresenta gradientes de concentração com espessura , a qual podemos de�nir como . Entendemos que a camada-limite de concentração aumentará sempre que houver acréscimo na distância da aresta frontal. Figura 3.4 — Camada-limite de concentração sobre uma placa plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem mostra uma superfície plana no eixo X. Há um �uido (elementos A+ B) escorrendo da esquerda para a direita. A velocidade do �uido é de . A camada-limite de concentração que se forma tem espessura de e diminui conformea corrente livre afasta-se da superfície. A camada é maior nas proximidades da placa e vai diminuindo conforme o �uido afasta-se da superfície, até que ela se torna desprezível. Agora, veremos como determinar a taxa na qual ocorre a transferência de substância por convecção. Para tanto, precisamos levar em consideração o �uxo molar da substância. Sendo assim, estabelecemos uma comparação para determinar o �uxo. O �uxo molar é responsável pela transferência da substância por difusão. Analogicamente à lei de Fourier, teremos: Nessa equação, é a propriedade física da mistura denominada coe�ciente de difusão binária. ςc y = [( − ) / ( − )] = 0, 99CA,S CA CA,S CA,∞ u∞ ςc = −NA ′′ DAB ∂CA ∂y DAB 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 13/29 Da mesma forma que relacionamos a lei de resfriamento de Newton com os estudos das camadas-limite dos tópicos anteriores, faremos o mesmo aqui, relacionando com o �uxo molar e descrevendo da seguinte forma: Em que a unidade do coe�ciente de transferência de massa por convecção ( ) é m/s. Combinamos essa equação com o coe�ciente de transferência de calor por convecção. Combinando as equações: Com isso, concluímos que tanto o gradiente de concentração da superfície quanto o coe�ciente de transferência de massa são in�uenciados pelas condições de contorno da camada- limite de concentração. Transferência de Calor Considere a Figura 3.5, em que percebemos a existência de um �uido com velocidade e temperatura escoando sobre uma placa plana de área super�cial As. Assumimos que a superfície tem temperatura uniforme de , e que . Nessa situação, haverá transferência de energia térmica via convecção. Além disso, o �uxo de calor na superfície da placa e o coe�ciente de transferência de calor irão variar ao longo da placa plana. = ( − )NA,S ′′ hm CA,S CA,∞ hm =hm − ∂ /∂yDAB CA −CA,S CA,∞ ∂T/∂Yy=o V T∞ TS ≠TS T∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 14/29 Figura 3.5 — Transferência de calor por convecção local e total — a) superfície arbitrária e b) placa plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem à esquerda representa uma massa de ar com velocidade e temperatura escoando sobre uma superfície arbitrária qualquer, de formato elíptico — meramente ilustrativo. A segunda imagem, à direita, representa uma massa de ar escoando sobre uma superfície plana de área super�cial As. O �uido também tem velocidade e temperatura . Em ambos os casos, a superfície tem temperatura uniforme de , em que , e, em ambas as �guras, temos a taxa de transferência total de calor (representada por “ ”) indicada por uma seta saindo da superfície. Obteremos a taxa de transferência total de calor integrando o �uxo local ao longo de toda a superfície (CENGEL; GHAJAR, 2012): Ou, ainda: O coe�ciente convectivo médio pode ser de�nido para toda a superfície, e a taxa de transferência de calor pode ser escrita da seguinte forma: V T∞ V T∞ TS ≠TS T∞ q q q = D∫ Ag q ′′ Ag q = ( − ) DTs T∞ ∫ Ag q ′′ Ag q = ( − )h − As Ts T∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 15/29 Combinando as duas equações apresentadas: Para as situações em que temos uma placa plana, podemos reescrever: Apresentamos, a seguir, um exemplo de aplicação do conteúdo apresentado. Aplicaremos os conceitos de coe�ciente de transferência de calor médio , coe�ciente de transferência de calor local (h ), coe�ciente de transferência de calor convecção, além de conhecimentos básicos de integração de�nida e raciocínio lógico. Vamos lá? praticar Vamos Praticar Observe a �gura a seguir: = hDh − 1 As ∫ As As = hDxh − 1 L ∫ L0 )(hx −−− x 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 16/29 Figura: Camada limite térmica Fonte: Elaborada pelo autor #PraCegoVer: nesta imagem, temos uma superfície plana no eixo X, de temperatura , e um �uido percorrendo a superfície da esquerda para a direita, de temperatura . A imagem indica que o coe�ciente de transferência de calor local é de . O �uido é representado até o início de sua camada-limite. A camada tem espessura . Na situação apresentada, “ ” será um coe�ciente e a nossa distância da aresta frontal da superfície plana. Calcule a razão entre (coe�ciente de transferência de calor médio) (coe�ciente de transferência de calor local em x). Ts T∞ (x) = ahx x−0,1 ςt a (W/m1, 9.K) x (m) hx−− hx Sistemas Térmicos: Transferência de Massa 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 17/29 Dando continuidade aos estudos de transferência de massa, observe a Figura 3.6 a seguir. Figura 3.6 — Transferência de massa por convecção local e total — a) superfície arbitrária e b) placa plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem à esquerda representa uma massa de ar, com velocidade e concentração escoando sobre uma superfície arbitrária qualquer, de formato elíptico — meramente ilustrativo. A segunda imagem, à direita, representa uma massa de ar escoando sobre uma superfície plana de área super�cial . O �uido também tem velocidade e concentração . Em ambos os casos, a concentração do �uido em contato com a superfície será diferente do restante do �uido, , e, em ambas as �guras, temos a taxa de transferência molar (representa por “ ”) indicada por uma seta saindo da superfície. Suponha que um �uido de concentração molar CA,∞ escoe sobre uma superfície plana. A concentração desse elemento é mantida uniforme tal que: Tanto o coe�ciente de transferência de massa convectivo quanto o �uxo de massa na superfície irão variar ao longo da superfície. Sendo assim, a taxa de transferência molar total será: V CA,∞ AS V CA,∞ ≠CA,S CA,∞ N ≠CA,S CA,∞ (kmol/s)NA = . = ( − )NA hm−−− AS CA,S CA,∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 18/29 Vimos que: Portanto, ao simpli�carmos a equação da transferência de massa em superfícies, teremos: Outra forma de expressar a transferência de massa é por meio do �uxo mássico ou por meio da taxa de transferência de massa , quando multiplicamos ambos os lados da equação pela massa molar da substância, obtendo: Ou: Ao multiplicarmos toda a equação pela base mássica, hm será expresso como: Veremos que, ao calcular a transferência de massa por convecção, será conveniente ter o valor de ou . Para obtê-lo, consideramos o equilíbrio termodinâmico nas interfaces. Com essa consideração, teremos que a temperatura do vapor na superfície será a mesma que a da interface. Além disso, ao considerarmos o equilíbrio, o vapor estará saturado. De acordo com a química básica, algumas propriedades, como a massa especí�ca, diferenciam-se do habitual. Para gases ideais, conseguimos determinar a concentração molar do vapor na superfície utilizando a equação a seguir: Em que é a constante universal dos gases e é a pressão de vapor a uma temperatura correspondendo à saturação. A expressão anterior relaciona a concentração molar do valor e sua massa especí�ca. = dhm−−− 1 AS ∫ AS hm AS = dxhm−−− 1 L ∫ 0 L hm (nA (kg/s) = ( − )nA ′′ hm ρA,S ρA,∞ = ( − )nA ′′ hm−−− AS ρA,S ρA,∞ hm − /∂DAB∂ρA yy=0 −ρA,S ρA,∞ CA,S ρA,S TS =CA,S ( )PSAT Ts RTs R PSAT Ts =ρA MACA 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 19/29 Para �nalizarmos este tópico, conceituaremos o que são os escoamentos laminar e turbulento, que serão abordados na sequência. Até aqui, caro(a) estudante, estudamoscomo funciona a transferência de calor e de massa através da convecção, vimos a formação e as condições das camadas-limite e introduzimos os regimes de transferência. Vamos exercitar nossos conhecimentos?! Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Na transferência de calor e de massa, processo que ocorre durante a convecção entre uma superfície e um �uido de trabalho, sob algumas condições e circunstâncias, há a formação de camadas-limite, que são classi�cadas em: camada-limite de velocidade; camada-limite térmica e camada-limite de concentração. A respeito da camada-limite de velocidade, assinale a alternativa correta. a) Podemos a�rmar que a camada-limite de concentração forma-se somente na presença do escoamento de uma mistura (elemento A+B) e sobre uma superfície onde há tensão de cisalhamento; b) Podemos a�rmar que a camada-limite térmica será formada somente quando houver escoamento de uma mistura sobre uma superfície (�uido A+B) e quando houver diferença de temperatura entre o �uido e a superfície. c) Podemos a�rmar que a camada-limite de concentração forma-se onde há diferença de temperatura e de velocidade entre o �uido de trabalho que escoa sobre a superfície plana. d) A existência de uma camada-limite de velocidade está condicionada, obrigatoriamente, à existência de um �uido de escoamento em uma superfície e tem relação com a tensão de cisalhamento. e) Para que haja camada-limite de velocidade, deve haver, necessariamente, escoamento de um �uido sobre uma placa plana, não havendo necessidade de diferença de velocidade entre o �uido e a superfície. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 20/29 Durante os problemas de convecção, teremos que lidar com o �uxo local e/ou com a taxa de transferência total. As equações que serão apresentadas neste tópico irão ajudar a de�nir essas propriedades. No entanto, caro(a) estudante, essas equações dependem dos coe�cientes convectivos locais ( ou ) e médios ( ou ). E é por isso que muitos autores tratam a determinação dos coe�cientes citados como problemas de convecção. Tais coe�cientes podem variar de acordo com as propriedades do �uido, como viscosidade, densidade, calor especí�co e condutividade térmica, além de serem dependentes da geometria da superfície e das condições do escoamento. Camadas-limite de Velocidade Laminares e Turbulentas A Figura 3.7 apresenta a formação de uma camada-limite em uma superfície plana. Em casos reais, poderemos encontrar problemas em que ambas as condições de escoamento coexistem de forma natural. Vale ressaltar que o escoamento laminar se desenvolverá antes do turbulento. Observe que o movimento do �uido é representado pelas componentes horizontais e verticais . O movimento do �uido que se afasta da superfície plana é necessário para a desaceleração do �uido perto da parede, à medida que a camada-limite vem crescendo na direção x. No caso da condição laminar, o movimento do �uido é extremamente ordenado, possibilitando que as linhas de corrente que as partículas percorrem sejam identi�cadas. Em tópicos anteriores, vimos que, ao longo do sentido de escoamento , a espessura da camada- limite aumenta e o gradiente de velocidade em diminui. Além do gradiente de velocidade, a tensão de cisalhamento também diminui com o aumento de x. O Problema da Convecção h hm h − h −m (x e y) x y = 0 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 21/29 Observe, na Figura 3.7, que as partículas do �uido têm um comportamento estável até a zona de transição, onde há mudança do regime laminar para o turbulento. Devemos ter em mente que as condições na zona de transição não são estáticas e podem sofrer alterações ao longo do tempo, ora assemelhando-se à região laminar, ora assemelhando-se ao regime turbulento. Figura 3.7 — Desenvolvimento da camada-limite de velocidade sobre uma superfície de placa plana Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem representa o escoamento laminar, a zona de transição e o escoamento turbulento. Temos um �uido, de velocidade , escoando sobre uma superfície plana de comprimento X. O escoamento laminar, que ocorre no ponto inicial da superfície, é representado por setas retas e ordenadas, apontando o sentido da esquerda para a direita. Conforme o �uido vai se movimentando ao longo da superfície, o escoamento vai ganhando energia, as partículas vão movimentando-se e começamos a ter a zona de transição, onde o escoamento tem características do laminar e do turbulento — na representação, as setas começam a mudar o sentido. Por �m, na zona turbulenta, temos setas apontando para todos os lados, indicando a desordem no escoamento turbulento. O escoamento turbulento, por outro lado, é de�nido pela literatura como sendo altamente desordenado e irregular (ou seja, o oposto do laminar). Esse escoamento é caracterizado por movimentos tridimensionais aleatórios da maior parcela do �uido. De acordo com Incropera e Witt (2012, p. 213): [...] no caso do escoamento turbulento, a mistura no interior da camada-limite direciona o �uido com alta velocidade para a superfície do sólido, transferindo o �uido com movimento mais lento para o interior da corrente livre. A maior parte da movimentação e da mistura é promovida por vórtices que recebem o nome de streaks, são intermitentemente gerados próximo da superfície da placa plana, onde acontece o u∞ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 22/29 crescimento e o decaimento de forma muito rápida. Essa e outras estruturas que acontecem no interior do escoamento turbulento podem possuir velocidade superior a , que interagem de forma não linear e geram a desordenação que caracteriza esse tipo de escoamento. Como já vimos, os escoamentos laminar e turbulento geram diversas modi�cações no sistema de trabalho. Em relação à zona turbulenta da camada-limite, as interações criam certas desordens no sistema, como �utuação de pressão e de velocidade, o que acarreta três regiões distintas dentro da zona turbulenta, que são apresentadas a seguir. Na Figura 3.8, podemos analisar os per�s laminar e turbulento em relação ao componente . Observamos que o per�l de velocidade turbulento é praticamente plano. Atribuímos essa característica à mistura que acontece no interior da região turbulenta. Ao ocorrer a mistura, é dado lugar ao gradiente de velocidade das subcamadas viscosas, acarretando um cisalhamento maior na parte turbulenta da camada-limite do que na parte laminar. u∞ Subcamada viscosa Camada de amortecimento Zona turbulenta nessa região do escoamento turbulento, o transporte de massa é dominado pela difusão entre as partículas, e o per�l de velocidade característico é semelhante ao linear. x 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 23/29 Figura 3.8 — Comparação entre os per�s de velocidade nas camadas-limite laminar e turbulenta para uma mesma condição de velocidade e corrente livre Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: na primeira imagem, do lado esquerdo, temos a representação do escoamento laminar. Essa imagem é um grá�co X-Y, com setas saindo, no sentido horizontal, do eixo Y, indicando a velocidade do �uido . A imagem contém 6 setas, em que a primeira seta, de baixo para cima, é a mais curta, a segunda seta é um pouco maior, e assim por diante. Ao conectar a ponta das setas, o grá�co forma uma imagem que lembra a metade da letra “u”, com um grande ângulo de abertura. Na segunda imagem, do lado direito, temos a representação do escoamento turbulento. Essa imagem é um grá�co X-Y, com setas saindo, no sentido horizontal, do eixo Y, indicando a velocidade do �uido . A imagem contém 6 setas,em que a primeira seta, de baixo para cima, é a mais curta, a segunda seta é um pouco maior, e assim por diante. Ao conectar a ponta das setas, o grá�co forma uma imagem que lembra a metade da letra “u”, com um ângulo bem fechado. A mudança do escoamento laminar para o escoamento turbulento acontece através de mecanismos como a interação de estruturas transientes do escoamento que acontecem de forma natural no interior do �uido, ou ainda, pequenas perturbações que existem no interior da maioria das camadas-limites. Tais perturbações possuem origem das �utuações na corrente livre, ou podem ainda serem induzidos pela rugosidade super�cial ou minúsculas vibrações na superfície. Para o início da turbulência, vai depender se o mecanismo de gatilho é ampli�cado ou atenuado na direção do escoamento do �uido, que por sua vez, é dependente de um agrupamento adimensional de parâmetros, conhecido como número de Reynolds (INCROPERA; WITT, 2012, p. 356). u∞ u∞ R =ex ρ xu∞ μ 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 24/29 Em uma superfície plana, o termo “x” refere-se ao comprimento da placa (distância a partir da aresta frontal). Veremos que é possível de�nir o número de Reynold pela razão entre as forças de inércias e a viscosas. Teremos que a força de inércia será insigni�cante em relação às outras forças (viscosas), quando é obtido um número de Reynolds pequeno, fazendo com que o escoamento permaneça laminar. Todavia, para um elevado número de Reynolds, as forças de inércia iniciam a transição do laminar para o turbulento. Nos estudos e resoluções de problemas de escoamento laminar e turbulento, usualmente, supomos que a transição de um regime para o outro começa em um determinado ponto ,. Vale ressaltar que o ponto de transição é identi�cado pelo número de Reynolds crítico . No escoamento sobre uma placa plana, podemos ter variando de, aproximadamente, a . Alguns fatores que in�uenciam o número de Reynolds crítico: grau de turbulência da corrente livre e rugosidade da superfície. Além disso, é comum assumir um número de Reynolds crítico representativo para calcular a camada-limite em casos em que não se tem a informação real. Camadas-limites Térmica e de Concentração de Espécies Laminares e Turbulentas Da mesma forma que a distribuição de velocidade é um ponto determinante no transporte de calor e de substância em uma camada-limite, o escoamento também in�uencia as taxas de transferência, tanto para energia térmica quanto para massa. Assim como a camada-limite de velocidade laminar cresce no sentido do escoamento (eixo ), as camadas-limite térmicas e de concentração também aumentam. Além disso, os gradientes de temperatura e de concentração do �uido, nas camadas-limite térmicas e de concentração, também diminuirão quando (diminuem no sentido do escoamento). O decréscimo ocorre também nos coe�cientes de transferência de calor e de massa. Além disso, da mesma forma que o regime turbulento induz gradientes de velocidade em , esse regime também induz gradientes de temperatura e de concentração de espécies na superfície do sólido. Outro ponto importante é que há um aumento signi�cativo nos coe�cientes de transferência de calor e de massa ao longo da região em que acontece a transição. Depois de toda essa teoria, somos capazes de a�rmar que a transferência de calor e/ou transferência de massa que ocorre poderá interferir no regime (laminar ou turbulento) do sistema, visto que teremos fatores como viscosidade, densidade e temperatura interferindo na dinâmica do �uxo (KREITH; MANGLIK; BOHN, 2016). Xc Rex,c Rex,c 10 5 3.106 X y = 0 y = 0 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 25/29 Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) As interações que ocorrem dentro do �uido, durante um escoamento, estão relacionadas com características inerentes e empíricas da mistura, como velocidade, pressão e densidade. Em relação às regiões que podem formar-se dentro de uma zona turbulenta, assinale a alternativa correta. a) Subcamada viscosa: nessa região, o transporte é dominado pela difusão, e o per�l de velocidade dado por vórtices. b) Zona turbulenta: nessa região, o per�l de velocidade é aproximadamente linear. c) Subcamada viscosa: nessa região, o transporte é dominado pela difusão, e o per�l de velocidade é aproximadamente linear. d) Camada de amortecimento: nessa região, a turbulência começa a tomar conta. e) Zona turbulenta: nessa região, o transporte das partículas dos �uidos é majoritariamente dominado pela zona laminar. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 26/29 Material Complementar F I L M E Uma verdade inconveniente Ano: 2006 Comentário: Esse documentário, ganhador de Oscar, retrata as mudanças que vêm ocorrendo devido ao aquecimento global. Durante o �lme, entendemos como as mudanças afetam o clima em nosso planeta e como as ondas de calor prejudicam as vidas animal e vegetal. Veremos que a poluição atmosférica, principal causadora do efeito estufa, desequilibra as camadas de proteção naturais da Terra, aumentando os níveis de radiação solar que penetram nossa atmosfera e, consequentemente, aumentam a transferência de calor pelas demais formas que conhecemos. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em: TRA I LER 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 27/29 L I V R O Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas Autor: Lisa Gartland Editora: Editora O�cina de Textos Capítulos: Um e dois Ano: 2010 ISBN: 9788586238994 Comentário: Esse livro aborda o fenômeno das ilhas de calor, que acontece nos centros urbanos devido às grandes construções de concreto, à falta de árvores e ao excesso de calor liberado por máquinas térmicas (como carros e caminhões). A ilha de calor é um problema que surgiu com a urbanização e a modernização e acontece devido à transferência de calor por meio da convecção. Vale a pena realizar a leitura dos capítulos indicados para entender melhor esse fenômeno e como podemos mitigá-lo. 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 28/29 21/01/2024, 21:54 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 29/29 Conclusão Estudante, chegamos ao �m de mais uma jornada de estudos. Aqui estudamos com mais detalhes a transferência de calor e de massa por convecção. Vimos os tipos de camadas-limite (de velocidade, de temperatura e de concentração) e suas características típicas. Estudamos, também, os tipos de regime de escoamento, como o laminar e o turbulento. Além disso, abordamos o conceito do número de Reynolds, que de�nimos como sendo a razão entre as forças de inércias e as viscosas. Com esse conteúdo, �nalizamos o tópico de convecção. Referências ABENTROTH, R. A. Parametrização do decaimento da turbulência na camada-limite convectiva. Dissertação (Mestrado em Engenharia) — Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13456. Acesso em: 31 mar. 2022. CENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. J. Transferência de calor e massa. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2012. INCROPERA, F. P.; WITT, D. P. Fundamentos de transferência de calor e massa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. KREITH, F.; MANGLIK, R. M.; BOHN, M. Princípios de transferência de calor. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. UMA VERDADE mais inconveniente | Trailer | LEG | Paramount Pictures Brasil. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (2 min.) Publicado pelo canal Paramount Brasil.Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=SdRtq1BcCWs. Acesso em: 31 mar. 2022. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13456 https://www.youtube.com/watch?v=SdRtq1BcCWs https://www.youtube.com/watch?v=SdRtq1BcCWs
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