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21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 1/39 SISTEMAS TÉRMICOSSISTEMAS TÉRMICOS TRANSFERÊNCIA DETRANSFERÊNCIA DE CALOR POR RADIAÇÃOCALOR POR RADIAÇÃO Au to r ( a ) : M e . Lu c a s D e l a p r i a D i a s d o s S a n to s R ev i s o r : M e . J u l i a n a G u e d e s A r ve l o s B a r b o s a Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 15 minutos. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 2/39 Introdução Olá, estudante! Neste material, veremos sobre os processos e as propriedades que regem a radiação. Iremos estudar seus processos, como acontece e as equações que são utilizadas para calcular suas propriedades. Introduziremos o conceito de corpo negro e em que isso se aplica no nosso dia a dia na indústria. Para �nalizar nossa disciplina, veremos que existem três propriedades que irão acompanhar a radiação sempre (re�exão, transmissão e absorção). Em determinados casos, pode ser que alguma dessas propriedades seja nula, mas existirá uma delas pelo menos sempre, aprenderemos como calcular cada uma delas e entenderemos qual a importância dessas propriedades no meio onde vivemos. Vamos lá!? Radiação: processos e 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 3/39 A radiação é uma das formas de transferência de calor, assim como a condução e a convecção. Esse método é, extremamente, importante para a existência de vida em nosso planeta, visto que a energia térmica do Sol chega à Terra por meio da radiação térmica. Além disso, a radiação é um processo importante para diversos procedimentos industriais, como veremos mais adiante. Apesar de diversos estudos e de avanços em pesquisas e tecnologias, não somos capazes de visualizar as ondas de radiação ainda. Portanto, muito do que sabemos foi suposto, imaginado por cientistas e provado por intermédio de experimentos. Então, as teorias que estudamos hoje em dia não explicam, de forma completa, a natureza do fenômeno ainda. Apesar disso, sabemos que a radiação se propaga no espaço com velocidade igual à da luz, de c = 3x108m /s no vácuo. Essa velocidade é produto do comprimento de onda da radiação e da frequência, ou seja: c = λv Sendo que lambda ( λ ) é o comprimento de onda ( m ), e v é a frequência ( s − 1 ). Contudo, apesar de o metro ser a unidade o�cial do comprimento de onda, é comum trabalharmos com o micrômetro ( μm ). Cientistas classi�cam o fenômeno de radiação por seu comprimento de onda característico, como mostra a Figura 4.1 abaixo. propriedades 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 4/39 Figura 4.1 - Espectro eletromagnético Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem representa uma “régua” com as frequências e os comprimentos de ondas característicos de algumas ondas. Fazendo a leitura da parte de cima da régua, da esquerda para a direita, temos o comprimento de onda, que começa em -14 m e vai até 8. A parte debaixo da régua (frequência) inicia em 22 s e vai até 1. Tanto a parte de cima quanto a parte de baixo são graduadas de 1 em 1. A imagem nos diz que as ondas visíveis (laranja, amarelo, vermelho, azul, verde, índigo e violeta) possuem frequência entre 15 e 16 s , as ondas de rádio possuem frequência entre 1 a 7 s , os raios cósmicos e gama têm frequência de 21s e a radiação térmica, entre 12 e 15 s . Como você pode observar na �gura anterior, o fenômeno eletromagnético engloba diversos tipos de radiações, desde o raio X com pequeno comprimento de onda até as ondas elétricas com longos comprimentos de -1 -1 -1 -1 -1 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 5/39 onda. O comprimento de onda é uma variável que depende de como a radiação é produzida. Fonte: anitavdb / 123RF. A distribuição espectral irá depender da temperatura e das características da superfície do corpo luminescente sempre. O Sol, por exemplo, possui uma temperatura aproximada de 5.800 K, e a maior parte da radiação emitida apresenta um comprimento de onda de aproximadamente 3 μm. Já a Terra, com uma temperatura próxima a 290 K, emite a maior parte de sua radiação com comprimentos de ondas maiores que 3 μm. Conceitos fundamentais Consideremos um sólido a uma temperatura, inicialmente, maior que a temperatura da vizinhança, ou seja, Ts > Tviz, e, ao redor desse sólido, não existe nada além de vácuo, logo, a existência do vácuo irá impedir a Radiação térmica 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 6/39 transferência de calor pelos modos de condução e convecção. Contudo esse sólido perderá calor e entrará em equilíbrio térmico com a vizinhança, isso acontece devido à emissão de radiação térmica pela sua superfície. Logo, a taxa de transferência de calor por radiação líquida qrad , liq está acontecendo no sentido de saída da superfície, fazendo com que haja a redução de sua temperatura, até que Ts atinja viz, o processo está demonstrado na Figura 4.2. Figura 4.2 - Resfriamento por radiação de um sólido aquecido Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: esta imagem ilustra um objeto sólido perdendo calor e entrando em equilíbrio térmico com a vizinhança. A perda de calor ocorre via emissão de radiação térmica pela sua superfície e é representada por meio de uma seta que aponta para fora do sólido. Logo, a taxa de transferência de calor por radiação líquida q é, também, representada por uma seta apontando para fora do sólido. A temperatura da vizinhança é representada por T , e o objeto se encontra no vácuo. rad,liq viz 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 7/39 Então, podemos a�rmar que a radiação térmica está relacionada com a taxa que a energia é emitida pelo corpo. Podemos dizer que, neste exato momento enquanto você lê este material, a radiação térmica está agindo sobre você e ao seu redor, por todos os móveis e pelas paredes da sala, pelo solo e pela atmosfera. De acordo com Sears e Zemansky (1973), a oscilação dos elétrons está interligada com o fenômeno de transmissão de radiação pela matéria. A oscilação dos elétrons provoca quantidade de energia térmica presente. Assim, quanto maior for a quantidade de calor, maior será o grau de agitação das moléculas. É importante salientar que toda forma de matéria existente emite radiação (gases, sólidos, vidros, cristais etc.). Devemos deixar claro que trataremos a radiação como sendo um fenômeno de superfície, uma vez que a radiação emitida por uma molécula em um corpo é transmitida, imediatamente, pela molécula externa mais próxima adjacente, ou seja, estima-se uma distância entre moléculas de aproximadamente 1 μm. No entanto saiba que a radiação, na verdade, é um problema de volume, e não de superfície. Isto é, a radiação que emerge de um volume de matéria é correspondente ao efeito integrado da emissão local em todo seu volume. Dessa maneira, a natureza espectral da radiação térmica é uma das características que tornam difícil o bom entendimento da radiação. Uma segunda característica que complica esse conceito está ligada à sua natureza direcional, como podemos ver na Figura 4.3. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 8/39 Figura 4.3 - Distribuição direcional de radiação Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a �gura busca retratar a natureza direcional da radiação. Há uma base da qual, de um mesmo ponto, saem cincosetas em várias direções, mas que são limitadas por um contorno oval. Sendo assim, um corpo pode emitir sua radiação para uma determinada direção ou emitir, preferencialmente, para uma determinada direção, tornando difícil a quanti�cação do processo. Conhecimento 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=G… 9/39 Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Além da condução e da convecção, métodos de transferência de calor extremamente importantes para a existência da vida humana e para o nosso conforto, temos a radiação térmica também. É por meio da radiação que a energia térmica do Sol chega ao nosso planeta, possibilitando a realização da fotossíntese das plantas, a existência do ciclo da água, dentre outros inúmeros fenômenos que nos possibilitam estar aqui. Em relação à radiação térmica, assinale a alternativa correta. a) Podemos de�nir radiação térmica da seguinte forma: é energia radiante que é emitida por um meio em decorrência de geometria. Dessa forma, a emissão de radiação térmica é regulada pelo formato do corpo emissor. b) Podemos de�nir radiação térmica da seguinte forma: a energia radiante que é emitida por um meio em decorrência de sua viscosidade. Dessa forma, a emissão de radiação térmica é regulada pela rugosidade do corpo emissor. c) Podemos de�nir radiação térmica da seguinte forma: é a energia radiada por um corpo em virtude da sua temperatura. Dessa forma, a emissão de radiação térmica é regulada pela temperatura do corpo emissor. d) Podemos de�nir radiação térmica da seguinte forma: a energia radiante que é emitida por um meio em decorrência de suas propriedades físicas. Dessa forma, a emissão de radiação térmica é regulada pelas propriedades do corpo emissor. e) Podemos de�nir radiação térmica da seguinte forma: a energia radiante que é emitida por um meio em decorrência de sua energia cinética. Dessa forma, a emissão de radiação térmica é regulada pela velocidade do corpo emissor. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 10/39 Devemos considerar vários tipos de �uxos térmicos na análise de um problema de transferência de calor por radiação. O Quadro 4.1, a seguir, traz os quatro principais tipos de �uxos radiantes que podem estar presentes em uma superfície. Temos que o poder emissivo (E W/m²) é a taxa na qual a radiação é emitida de uma superfície por unidade de área super�cial para todos os comprimentos de ondas e todas as direções. Fluxos térmicos radiantes 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 11/39 Quadro 4.1 - Fluxos radiantes Fonte: Adaptado de Incropera et al. (2012). #PraCegoVer: o quadro apresenta os quatro principais tipos de �uxos radiantes que podem estar presentes em uma superfície. O quadro possui três colunas que apresentam Fluxo (W/m²), Descrição e Comentário, desse modo, lemos linha a linha. Na segunda linha, há: “Poder emissivo, E; Taxa na qual a radiação é emitida de uma superfície por unidade de área; E = εσT4s ”. Na terceira linha, há: “Irradiação, G; Taxa na qual a radiação incide sobre uma superfície por unidade de área; Irradiação pode ser re�etida, absorvida ou transmitida”. Na quarta linha, há: “Radiosidade, J; Taxa na qual a radiação deixa uma superfície por unidade de área; Para uma superfície opaca, J = E + ρG”. Na quinta linha, há: “Fluxo radiante líquido q ″ rad = J − G; Taxa líquida de radiação deixando uma superfície por unidade de área; Para uma superfície opaca, q ″ rad = εσT4s − αG”. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 12/39 Agora, consideremos que a irradiação G (W/m²) é a taxa na qual a radiação incide sobre uma determinada superfície por unidade de área super�cial com todos os comprimentos de ondas e de todas as direções possíveis. Os outros dois �uxos térmicos estão descritos no quadro anterior. Quando tratamos de incidência de radiação em um corpo semitransparente, como um vidro, parte dessa irradiação é absorvida, parte da radiação é re�etida e parte dessa radiação é transmitida, como mostra a Figura 4.4 abaixo. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 13/39 Figura 4.4 - Re�exão, absorção e transmissão da irradiação em um meio semitransparente Fonte: Adaptada de Incropera et al. (2012). #PraCegoVer: a imagem apresenta um bloco identi�cado como Meio semitransparente. Na parte superior, há uma seta no sentido de cima para baixo, identi�cada como Irradiação (G), encostada na linha superior do bloco, de onde, do mesmo ponto, sai uma seta no sentido de baixo para cima identi�cada como Re�exão ( Gref ). De dentro para fora do bloco, em sentido horizontal, há uma seta identi�cada como Absorção ( Gabs ). De dentro para fora do bloco, no sentido vertical, há uma seta identi�cada como Transmissão (Gtr ). Temos, ainda, uma fórmula em que G = Gref + Gabs + Gtr. Então, podemos de�nir a re�etividade ρ como a fração da irradiação que é re�etida, a absortividade α como sendo a fração da irradiação que é absorvida e, por último, a transmissividade τ como sendo a fração de irradiação que é transmitida. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 14/39 Para todo caso de radiação em meio semitransparente, haverá os três modos de vibração de energia descritos acima sempre. A soma desses três modos de vibração (absorção, transmissividade e re�exão) é dada por: ρ + α + τ = 1 Para superfícies opacas, não existirá transmissão, nesse caso, a equação será: ρ + α = 1 Com esses conceitos apresentados, podemos dar continuidade ao assunto, apresentando novos conceitos. O primeiro a ser discutido é a radiosidade J(W/m²), nada mais é que a energia radiante deixando a superfície. Para superfícies opacas, a radiosidade engloba a emissão e a parcela re�etida da irradiação, sendo representada pela equação: J = E + Gref = E + ρG Podemos de�nir radiosidade para uma superfície semitransparente. Nesse caso, incluirá a radiação transmitida através do meio de baixo para cima. Temos, então, que o �uxo radiante líquido saindo da superfície q ″ rad (W/m²) será diferente entre as radiações que saem e as que entram: q ″ rad = J − G. Logo, combinando as equações, o �uxo líquido para uma superfície opaca será de: q ″ rad = E + ρG − G = εσT 4 s − Ag A re�exão acontece quando a radiação que incide em uma determinada superfície é redirecionada para fora da superfície, com um ângulo θ. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 15/39 Radiação de corpo negro Corpo negro, conhecido como radiador ideal também, é um material que, em qualquer temperatura, irá emitir e absorver a máxima quantidade possível de radiação, independentemente do comprimento de onda. Esse é um conceito teórico que nos ajuda a de�nir um limite máximo para a emissão de radiação em conformidade com a Segunda Lei da Termodinâmica. Podemos, aqui, fazer uma analogia à máquina térmica ideal que transforma 100% da energia recebida em trabalho. Ambos atuam de acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica e ambos são conceitos teóricos que nos ajudam a entender as máquinas reais e a melhorá-las (KREITH; MANGLIK; BOHN, 2016). Para �ns de estudos, podemos de�nir um corpo negro como sendo uma cavidade, podendo ser uma esfera oca, cuja parede interna é mantida a uma temperatura uniforme T sempre. Consideramos, agora, que essa esfera possui um pequeno buraco na parede, dessa forma, a radiação que entra é, parcialmente, absorvidae re�etida no seu interior, como podemos observar na Figura 4.5. Assim, observamos que a radiação que entra não vai sair de forma imediata, antes, ela será re�etida uma série de vezes até que acerte a entrada/saída. Cada vez que o feixe de radiação bate na cavidade da esfera, parte dessa energia é absorvida, dessa forma, quando o feixe consegue encontrar a saída, a energia que resta é tão fraca que se torna insigni�cante praticamente. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 16/39 Figura 4.5 - Diagrama esquemático da cavidade do corpo negro Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a �gura apresenta um círculo que representa um recinto isotérmico. Há setas, na parte interna, que tocam as extremidades do círculo e que representam a Irradiação G, a Primeira, a Segunda, a Terceira e a Quarta re�exões e absorções parciais. Esse processo descrito acima pode ocorrer, também, em uma sala fechada com entrada de feixe de radiação. A sala (grande ou pequena) pode atuar como um corpo negro, uma vez que, praticamente, toda a radiação que entrou será absorvida no interior pelas paredes. Ainda, podemos expandir mais esse conceito e dizer que algo semelhante acontece para a radiação emitida pela superfície interna de uma cavidade, a radiação é re�etida muitas vezes e acaba sendo quase que absorvida totalmente. Se um corpo negro for inserido em uma cavidade com 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 17/39 temperatura de superfície igual à do corpo, teremos radiação de modo uniforme (ou seja, de forma isotrópica). Assim, podemos a�rmar que o corpo negro absorverá toda a radiação incidente. Portanto, visto que o sistema (corpo negro + cavidade) possui temperatura uniforme, é de se esperar que a taxa de emissão de radiação do corpo seja a mesma que a taxa de irradiação da cavidade. Se isso não acontecer, teremos um caso de violação da Segunda Lei da Termodinâmica. Em outras palavras, se chamarmos a taxa de energia radiante das paredes da cavidade incidente sobre o corpo de Gb e a taxa de emissão de energia do corpo de Eb, teremos que Gb = Eb. As diferentes cores que as estrelas apresentam são exemplos de corpos negros (também chamados de corpos espectrais). Existem estrelas que têm uma coloração mais avermelhada e possuem as menores temperaturas super�ciais, enquanto outras estrelas com coloração mais azulada possuem temperaturas super�ciais mais elevadas. Outro exemplo de corpo negro são os materiais que, ao serem aquecidos, se tornam incandescentes, aqui, vemos a forte in�uência que a temperatura de um corpo possui na emissão de calor. Desse modo, podemos dizer que �lamentos de lâmpadas incandescentes e barras/chapas metálicas aquecidas são exemplos do nosso cotidiano que emitem radiação e são caracterizados como corpo negro. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 18/39 O corpo negro é um modelo proposto por cientistas para estudar a radiação emitida por corpos quentes. Sabendo disso, analise as a�rmações a seguir, relacionadas à radiação de corpo negro, e marque a alternativa correta. a) Corpo negro, conhecido como radiador ideal também, é um material que, em qualquer temperatura, irá emitir e absorver a mínima quantidade possível de radiação, sendo uma propriedade dependente do comprimento de onda. b) Podemos fazer uma analogia de corpo negro com a máquina térmica ideal que transforma parte da energia recebida em trabalho. Ambos atuam de acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica. c) O corpo negro absorve a maior parte da radiação incidente, e, como estamos considerando que o sistema (corpo negro + cavidade) está na mesma temperatura, a taxa de emissão de radiação pelo corpo deverá ser igual à taxa de irradiação da cavidade. d) Se um corpo negro é colocado na cavidade com a mesma temperatura da superfície interior, irá receber radiação de forma uniforme, ou seja, é irradiante isotropicamente. e) Para �ns de estudos, podemos de�nir um corpo negro como sendo uma cavidade, podendo ser uma esfera oca, cuja temperatura da parede interna oscila com a variação do tempo. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 19/39 A radiação que incide em uma determinada superfície pode se propagar por todas as direções possíveis, podendo, ainda, ter uma direção preferencial de propagação. Para estudiosos da área, é interessante saber e conhecer sua distribuição direcional. Outro fator importante é que a radiação incidente em uma superfície qualquer pode ter diversas direções. Dessa forma, a�rmamos que os efeitos direcionais in�uenciam na determinação da taxa de transferência de calor radiante líquida. Intensidade de radiantes 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 20/39 #PraCegoVer: o infográ�co estático apresenta uma imagem que mostra uma régua, com os comprimentos de ondas característicos de algumas ondas. Fazendo a leitura da parte de cima da régua, da direita para a esquerda, temos o comprimento de onda, que começa em 10 − 13 m e vai até 104 m. A imagem nos diz que as ondas radioativas, como os raios gama, possuem comprimento de onda entre 10 − 13 m e 10 − 10 m. Na sequência, o raio-x possui o comprimento característico entre, aproximadamente, 10 − 10 m e 10 − 8 m; a luz visível emitida pelo sol possui o comprimento próximo a 10 − 6 m; o sinal infravermelho, para controle remoto, está entre 10 − 6 m e 10 − 3 m; as micro-ondas estão entre 10 − 3 m e 10 − 1 m, e, por �m, ondas de rádio estão entre 1 m e 104 m. Na parte de baixo da ilustração, há o título “Comprimento de algumas ondas características do nosso dia a dia”, seguido de “Onda de rádio: ondas do tipo long wave (LW), short wave (SW) ou medium wave (MW)”; “Sinal de comunicação: onda do tipo micro-onda”; “Sinal de controle remoto: sinal de controle remoto de TV ou ar- condicionado são do tipo infravermelho”; “Sol: luz visível”. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 21/39 De�inições matemáticas Devido à natureza da radiação ser tridimensional, envolvendo o volume da matéria, as equações matemáticas utilizadas devem contemplar as três dimensões também. Como nosso interesse não é �car deduzindo fórmulas aqui, e sim aprender a usá-las, pularemos a parte da dedução e focaremos no que já existe. A primeira fórmula a ser destacada é a do ângulo sólido diferencial dω dado por: dω = dAn r2 Nessa equação, a área é dAn, através da qual a radiação passa, e dω corresponde a um ângulo sólido diferencial quando visto de um ponto sobre dA1, como mostra a Figura 4.6 a seguir. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 22/39 Figura 4.6 - De�nições matemáticas: A- Ângulo plano. B- Ângulo sólido. C- Emissão da radiação a partir de uma área diferencial dA1 para um ângulo sólido d𝜔 subtendido por dAn em um ponto sobre dA1 Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: nesta imagem, temos a representação ilustrativa dos componentes da fórmula apresentada a partir de três �guras. Na �gura a, temos um cone de comprimento r, em que a ponta representa dα. Na �gura b, temos um cone tridimensional, com ângulo dω e área dAn. Na �gura c, temos um cone tridimensional sobre a origem do eixo x-y-z de um plano cartesiano. Ainda observando a Figura 4.6, temos que a área dAn é equivalente à área de um retângulo no qual os lados são rdΘ. rsen(Θ)dϕ . Dessa forma, dAn = r2.sen(Θ)dΘdϕ. Se voltarmos e substituirmos na equação anterior, teremos: dω = sen(Θ)dΘdϕ 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 23/39 Relação com a irradiação Os conceitos discutidos até o momento podem ser considerados para a radiação incidente. A radiação incidente possui origem na emissão e re�exão que ocorrem em outras superfícies e terá distribuições espectral e direcional determinadas pela intensidade espectral (λ, Θ, ϕ). Essa grandeza é de�nida como a taxa na qual energia radiante de comprimento de onda λ incide a partir da direção (Θ, ϕ), por unidade de área da superfície receptora normal a essa direção, por unidade de ângulo sólido no entorno dessa direção e por unidade de intervalo de comprimento de onda dλ no entorno de λ (INCROPERA et al., 2012, p. 498). Também, podemos relacionar a intensidade da radiação incidente com a irradiação, englobando a radiação incidente a partir de todas as direções. Assim, de�nimos a irradiação espectral Gλ W / m2. μm como sendo a taxa na qual a radiação de comprimento de onda λ incide sobre uma determinada superfície não apenas por unidade de área mas também por unidade de intervalo de comprimento de onda dλ no entorno de λ . Logo, teremos: G = ∫ ∞0 Gλ(λ)dλ Em que Gλ é o �uxo com base na área super�cial real. praticar Vamos Praticar ( ( )) 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 24/39 A distribuição espectral da irradiação sobre uma superfície pode ser representada como segue: Figura - Distribuição espectral da irradiação sobre uma superfície Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a �gura busca representar a distribuição espectral da irradiação sobre uma superfície. Em formato de grá�co quadriculado, ela apresenta, no eixo x, os valores 0, 5, 10, 15, 20 e 25 de λ(μm) . No eixo y, temos os valores 0, 500 e 1000 de Gλ W /m2. μm . A marcação sai de 0 e atinge 1000 em 5, mantém-se em 1000 até 20, quando entra em declínio até 25, formando um trapézio. Qual é o valor da irradiação total? ( ) 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 25/39 Nos tópicos anteriores, aprendemos que a emissão de uma superfície está relacionada com uma propriedade chamada de “emissividade” e é representada pelo símbolo “ ε ”. Absorção, reflexão e transmissão em superfícies reais 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 26/39 No estudo de radiação térmica e �uxo térmico, devemos considerar propriedades que determinam a absorção, a transmissão e a re�exão da irradiação. Para isso, já de�nimos, neste material, a radiação espectral Gλ W / m2. μm como sendo a taxa em que a radiação de um determinado comprimento de onda (λ) incide sobre uma superfície por unidade de área da superfície e por unidade de intervalo de comprimento de onda dλ no entorno de λ. Vimos que a radiação espectral pode incidir sobre todas as direções possíveis e pode ser originada de diversas fontes. Também, vimos que a irradiação total G W /m2 engloba todas as contribuições espectrais possíveis. De forma geral, a irradiação vai preferir interagir com o meio semitransparente sempre, como, por exemplo, uma camada de água ou uma placa de vidro. Como vimos na Figura 4.4, parte da radiação será re�etida, parte será absorvida e parte será transmitida. A partir de um balanço de energia, temos: Gλ = Gλ , ref + Gλ , abs + Gλ , tr A determinação desses componentes, na maioria das vezes, não é nada fácil, é complexa e depende de diversas condições, como: comprimento de onda da radiação, composição, espessura do meio e condições de superfície. Além dessas condições citadas, cada uma delas pode sofrer in�uência do meio e da geometria ainda. ( ( )) ( ) 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 27/39 Situações que são comuns à engenharia, normalmente, utilizam um material opaco, e não semitransparente. Nesse caso, Gλ , tr será 0, pois, em meios opacos, não há transmissividade. Nos casos de engenharia, os processos de absorção e re�exão podem ser tratados como problemas de superfície. Sendo assim, Gλ , ref e Gλ , abs irão depender apenas do comprimento de onda ( λ ) e das condições do material da superfície. A re�exão não provoca nenhum efeito extra, enquanto a absorção implica um aumento de energia interna. Nas seções anteriores, introduzimos as propriedades relacionadas aos processos de absorção, re�exão e transmissão. Agora, nos próximos tópicos, discutiremos essas propriedades. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 28/39 Absortividade Absortividade é uma propriedade que cada material possui que diz o quanto que esse determinado material absorveu da irradiação incidente em sua superfície. É uma propriedade difícil de ser determinada, pois a emissão pode ser caracterizada tanto por uma dependência direcional quanto por uma dependência espectral. Relacionando as duas dependências em uma equação apenas (absortividade direcional espectral αλ , θ (λ, θ, ϕ) de uma superfície), é de�nida como sendo a fração da intensidade espectral incidente na direção θ e Φ que é absorvida pela superfície, logo, temos: αλ , θ(λ, θ, ϕ) = Iλ , i , abs ( λ , θ , ϕ ) Iλ , i ( λ , θ , ϕ ) Repare que nenhum dos termos está ligado com a temperatura, isso porque desprezamos qualquer dependência dela, uma vez que a dependência é pequena para a maioria das propriedades radiantes. Como já dito anteriormente, as superfícies dos materiais podem apresentar uma absorção seletiva, ou seja, absorver alguns aspectos de radiação apenas. No entanto a maioria dos cálculos de engenharia trabalha com propriedades que representam a média direcional. Logo, é de�nida uma absortividade hemisférica espectral αλ(λ) como: αλ(λ) = Gλ , abs ( λ ) Gλ ( λ ) Assim, αλ irá depender da distribuição direcional da radiação incidente, irá depender, também, do comprimento de onda e da natureza da superfície absorvida (propriedades do material). Ressaltamos que, se a radiação incidente possuir uma distribuição difusa com αλ , θ independente de ϕ, a equação acima, então, será alterada para: αλ(λ) = 2∫ Π / 2 0 αλ , θ(λ, θ)cosθ. senθ dθ 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 29/39 Já a absortividade hemisférica total α é de�nida como a fração da irradiação total que é absorvida por uma superfície, representa uma média integrada em relação a λ. α = Gabs G Re�etividade A re�etividade é a propriedade que determina a fração da radiação incidente que um determinado material re�ete por meio da sua superfície. Vale lembrar que nem todo material re�ete, pode ser que ele absorva toda a radiação (ÇENGEL; GHAJAR, 2012). Essa propriedade é, inerentemente, bidirecional, isso quer dizer que, além de depender da direção da radiação incidente, ela depende da radiação re�etida e de sua direção também. No entanto, com o intuito de facilitar os estudos, abordaremos casos mais simples aqui, que são situações, exclusivamente, com re�etividade representada por uma média integrada no hemisfério associado à radiação re�etida. Dessa forma, não teremos informações a respeito da direção nem da distribuição dessa radiação. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 30/39 Figura 4.7 - Re�exão difusa e re�exão especular Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem está dividida em duas partes. A �gura da esquerdaapresenta uma base e um raio incidente representado por uma seta em sentido de cima para baixo. De um mesmo ponto, saem sete �echas que são limitadas por uma forma circular, e, acima, há o texto “Radiação re�etida com intensidade uniforme”. A �gura da direita apresenta uma base, um raio incidente representado por uma seta em sentido de cima para baixo e outra que sai do ponto de onde a incidente toca, de baixo para cima, com o nome de raio re�etido. Essas duas setas formam um ângulo que é dividido por uma linha pontilhada, da linha pontilhada até raio incidente θ_1 e da linha pontilhada até raio re�etido θ2. Acima, temos a informação que θ1 = θ2. Com isso, podemos de�nir a re�etividade direcional espectral ρλ , θ(λ, θ, ϕ) como sendo a fração da intensidade espectral que incide nas direções θ e ϕ, que é re�etida pela superfície: ρλ , θ(λ, θ, ϕ) = Iλ , i , abs ( λ , θ , ϕ ) Iλ , i ( λ , θ , ϕ ) Podemos, então, de�nir a re�etividade hemisférica espectral ρ λ (λ) como sendo a fração da irradiação espectral que é re�etida pela superfície, logo: 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 31/39 ρλ(λ) = Gλ , abs ( λ ) Gλ ( λ ) Enquanto a equação de cima é referente à re�etividade parcial, agora, podemos escrever a re�etividade hemisférica total ρ: ρ = Gref G De acordo com a forma que a superfície re�ete a radiação, ela pode ser dividida entre superfície difusa ou superfície especular. É importante ressaltar que não existe uma superfície que seja 100% difusa ou 100% especular, no entanto a superfície que consegue apresentar um maior grau de “pureza” com um tipo de caracterização apenas é a superfície polida, por se parecer com espelhos, acabando por ter características predominantes da superfície especular. Já uma superfície rugosa se aproxima muito de uma superfície com 100% de re�exão difusa. Transmissividade Transmitância ou transmissividade é a fração da luz incidente em um determinado corpo sólido que atravessa uma amostra de matéria. Embora tenhamos problemas com as respostas quando lidamos com materiais semitransparentes, podemos obter resultados razoáveis quando usamos a transmissividade hemisférica de�nida por: Tab 1 Tab 2 Superfície difusa ou re�exão difusa acontece independentemente da direção da radiação que incide na matéria, a intensidade da radiação re�etida é independente do ângulo de re�exão. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 32/39 τλ = Gλ , tr ( λ ) Gλ ( λ ) Ou apenas: τ = Gtr G Ainda, podemos relacionar a transmissividade total com o componente espectral por meio da expressão: τ = ∫ ∞0 Gλ , tr ( λ ) dλ ∫ ∞0 Gλ ( λ ) dλ = ∫ ∞0 τλ ( λ ) Gλ ( λ ) dλ ∫ ∞0 Gλ ( λ ) dλ Veja esta consideração especial: a partir da equação de balanço de radiação já discutida neste estudo e das de�nições apresentadas para um meio semitransparente, temos: ρλ + αλ + τλ = 1. Em casos de meios opacos em que não existe a transmissão, a equação será: ρλ + αλ = 1. praticar Vamos Praticar Nas �guras a seguir, temos a representação da absortividade hemisférica espectral e da irradiação espectral sobre uma superfície opaca. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 33/39 Figura - Absortividade hemisférica espectral e irradiação espectral sobre uma superfície opaca Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a �gura apresenta dois grá�cos. O grá�co da esquerda tem, no eixo x, os valores 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16 de λ(μm). O eixo y apresenta os valores 0, 0,2 e 1,0 para αλ. A marcação começa em 0,2 no eixo y e se mantém estável até 6 no eixo x, quando aumenta e tem seu pico em 1,0 no eixo y em relação a 8 no eixo x, mantendo a constância até o �m do que é apresentado no grá�co. O grá�co da direita tem, no eixo x, os valores 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16 de λ(μm). O eixo y apresenta os valores 0 e 500 para Gλ W / m2. μm . A marcação começa em 0 no eixo y e se mantém estável até 2 no eixo x, quando começa a aumentar e tem seu pico em 500 no eixo y em relação a 6 no eixo x, mantendo a constância até 12, declinando até 0 no eixo y, no ponto 16 em x. Sendo assim, como varia a re�etividade hemisférica espectral com o comprimento de onda? ( ( )) 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 34/39 Qual é a absortividade hemisférica total da superfície? Considere a superfície a 500 K inicialmente. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 35/39 Material Complementar F I L M E Sol de norte a sul Ano: 2016 Comentário: Neste documentário, produzido pelo Greenpeace, acompanhamos um viajante percorrendo os quatro quantos do nosso país enquanto ele nos apresenta um lado diferente da radiação solar, o lado em quem a radiação ajuda a transformar vidas. Somos apresentados ao mundo da energia fotovoltaica, assim, entendemos como a radiação e a energia solar ajudam populações carentes de todo o Brasil. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em: TRA I LER 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 36/39 L I V R O De Sol a Sol: a energia no século XXI Autor: Cylon Gonçalves da Silva Editora: O�cina de Textos Capítulo: 1 Ano: 2010 ISBN: 9788586238932 Comentário: Ao longo de nossos estudos, vimos como funciona a transmissão de calor por meio da radiação solar. No livro indicado, entenderemos como podemos utilizar a radiação solar para produzir eletricidade por intermédio de placas fotovoltaicas. Ao nos aprofundarmos, veremos que a radiação solar fornece energia para elementos químicos presentes nas placas solares, desencadeando uma série de reações até a geração de eletricidade. Disponível na Biblioteca Virtual. 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 37/39 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 38/39 Conclusão Ao longo deste material, aprendemos sobre absorção, re�exão e transmissão em superfícies reais. Vimos que a determinação desses componentes, na maioria das vezes, é complexa e depende de diversas condições como: comprimento de onda da radiação, composição, espessura do meio e condições de superfície. Além dessas condições citadas, cada uma delas pode sofrer in�uência do meio e da geometria ainda. Por �m, entramos em detalhes e de�nimos a equação de cálculo para cada uma das características (absortividade, re�etividade e transmissividade). Referên cias ÇENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. J. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill: Bookman, 2012. FARIA, T. P. de et al. Desenvolvimento de cerâmicos para radiação de calor. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 14., 2000, São Pedro. Anais eletrônicos [...]. São Pedro, 2000. Disponível em: 21/01/2024, 21:55 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Waob3FIRK7ajYsvlkEU6CQ%3d%3d&l=Zm%2bpN2B2ZVyCDv8HxPpoWQ%3d%3d&cd=… 39/39 https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbecimat/2000/Docs/TC112-001.pdf. Acesso em: 12 abr. 2022. INCROPERA, F. P. et al. Fundamentos de transferência de calor e massa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. KREITH, F.; MANGLIK, R. M.; BOHN, M. Princípios de transferência de calor. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. v. 1. LEITE, D. de O.; PRADO, R. J. Espectroscopia no infravermelho: uma apresentação para o Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 34,n. 2, p. 1-9, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbef/a/QbZCxNqrv3B7nYTHzwtrmFm/? format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 abr. 2022. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W. Física: calor, ondas, ótica. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1973. v. 2. SILVA, C. G. da. De Sol a Sol: a energia no século XXI. São Paulo: O�cina de Textos, 2010. (Disponível na Biblioteca Virtual). SOL de norte a sul. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (2 min.). Publicado pelo canal Greenpeace Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=2rguLHu0Y44. Acesso em: 14 abr. 2022. https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbecimat/2000/Docs/TC112-001.pdf https://www.scielo.br/j/rbef/a/QbZCxNqrv3B7nYTHzwtrmFm/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/rbef/a/QbZCxNqrv3B7nYTHzwtrmFm/?format=pdf&lang=pt https://www.youtube.com/watch?v=2rguLHu0Y44 https://www.youtube.com/watch?v=2rguLHu0Y44
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