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Aula 1 - Introdução a Patologia Geral

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INTRODUÇÃO À
PATOLOGIA GERAL
Aula 1 
Introdução à Patologia
• Patologia é o estudo (logos) da doença (pathos).
Definição:
Estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e 
órgãos visando explicar os mecanismos através dos quais surgem 
os sinais e sintomas das doenças.
Respostas Celulares ao Estresse e aos 
Estímulos Nocivos
• As células são participantes ativos em seu ambiente, ajustando 
constantemente sua estrutura e função para se adaptarem às demandas 
de alterações e de estresse extracelular.
• Normalmente, as células mantêm um estado normal chamado 
homeostasia, no qual o meio intracelular é mantido dentro de uma 
faixa razoavelmente estreita dos parâmetros fisiológicos.
Respostas Celulares ao Estresse e aos 
Estímulos Nocivos
Resposta Celular Imediata
As células respondem inicialmente a quaisquer agentes potencialmente lesivos por meio 
de reações intracelulares que levam à suspensão da função normal da célula e o 
início da síntese de proteínas chamadas de proteínas de estresse.
As proteínas de estresse em condições normais reconhecem outras proteínas que foram 
produzidas de forma incorreta, reparando-as e acompanhando –as ao seu destino 
dentro da célula.
Em situações de estresse ocorre aumento da síntese das proteínas de estresse. Quando 
elas não conseguem reparar a célula, elas a encaminham para a degradação 
(marcando-as através da ligação com o aminoácido ubiquitina).
Respostas Celulares ao Estresse e aos 
Estímulos Nocivos
Resposta Celular Tardia
• Dependendo da intensidade e duração do estímulo, as células de um tecido 
podem passar por alterações morfofuncionais, sofrendo uma adaptação, 
alcançando um novo estado constante, preservando sua viabilidade e função.
• As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis, a estresses 
fisiológicos mais excessivos e a alguns estímulos patológicos, durante os 
quais estados constantes novos, porém alterados, são alcançados, permitindo 
que a célula sobreviva e continue a funcionar. 
Respostas Celulares ao Estresse e aos 
Estímulos Nocivos
• A resposta adaptativa pode consistir em um aumento no tamanho das células 
(hipertrofia) e da atividade funcional, um aumento do número das células 
(hiperplasia), uma diminuição do tamanho e da atividade metabólica das 
células (atrofia) ou uma mudança do fenótipo das células (metaplasia). 
• Quando o estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu estado original, 
sem ter sofrido qualquer consequência danosa. 
• Mas se a capacidade adaptativa é excedida ou se o estresse externo é
inerentemente nocivo, desenvolve-se a lesão celular.
Adaptações Celulares ao Estresse
As adaptações são alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, 
atividade metabólica ou das funções celulares em resposta às alterações no 
seu ambiente.
•Adaptações fisiológicas- representam respostas celulares à estimulação 
normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos (ex. 
Aumento da mama e do útero, induzido por hormônio, durante a 
gravidez).
•Adaptações patológicas– são respostas ao estresse que permitem às 
células modularem sua estrutura e função escapando, assim, da lesão (ex. 
aumento cardíaco devido a hipertensão). 
Hipertrofia
• A hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento 
do tamanho do órgão.
Hiperplasia
É importante notar que, em todas essas situações, o processo hiperplásico
permanece controlado; se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia 
desaparece. É essa sensibilidade aos mecanismos de controle de regulação 
normal que diferencia as hiperplasias patológicas benignas das do câncer, no 
qual os mecanismos de controle de crescimento tornam-se desregulados ou 
ineficazes. Contudo, em muitos casos, a hiperplasia patológica constitui um 
solo fértil no qual o câncer pode surgir posteriormente. Por exemplo, 
pacientes com hiperplasia do endométrio têm risco aumentado de desenvolver 
câncer endometrial.
Hiperplasia
• A hiperplasia é caracterizada por aumento do número de células devido à
proliferação de células diferenciadas e substituição por células-tronco do 
tecido.
Aumento da espessura do revestimento do útero, devido ao excesso
de estrogênio.
Hipertrofia - Hiperplasia
Atrofia
A diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular, é
conhecida como atrofia. Embora as células atróficas tenham sua função 
diminuída, elas não estão mortas.
Atrofia
Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica
diminuída e degradação proteica aumentada nas células:
• A síntese de proteínas diminui por causa da redução da atividade metabólica.
• A degradação das proteínas celulares ocorre, nos lisossomos. 
• Em muitas situações a atrofia é acompanhada também pelo aumento da 
autofagia, que resulta no aumento de vacúolos autofágicos.
Atrofia
Alguns fatores causadores de atrofia podem ser enumerados:
• diminuição da função (inatividade ou trauma);
• inanição (restrição ao consumo de triglicerídeos leva à atrofia dos adipócitos)
• fluxo sanguíneo inadequado por longo tempo
• oclusão de ductos (glândulas exócrinas)
• ação hormonal
• envelhecimento (diminuição da massa corporal por dano provocado pela liberação de radicais 
livres)
• perda de inervação 
• ação de agentes tóxicos e drogas
Metaplasia
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto é
substituído por outro tipo celular adulto. 
Nesse tipo de adaptação celular, uma célula 
sensível a determinado estresse é
substituída por outro tipo celular mais 
capaz de suportar o ambiente hostil.
As influências que induzem a 
transformação metaplásica, se persistirem, 
podem predispor à transformação maligna 
do epitélio.
Lesão Celular e Morte Celular
A lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que 
não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos ou 
são prejudicadas por anomalias intrínsecas. 
Os diferentes estímulos lesivos afetam muitas vias metabólicas e organelas 
celulares. A lesão pode progredir de um estágio reversível e culminar em morte 
celular.
Lesão Celular e Morte Celular
Lesão Celular Reversível: Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as 
alterações morfológicas e funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for 
removido.
Morte Celular : Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com 
o tempo, a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte 
celular – necrose e apoptose - que diferem em suas morfologias, mecanismos e 
papéis na fisiologia e na doença.
Causas da Lesão Celular
A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes características 
gerais:
• Privação de Oxigênio- A hipoxia é uma deficiência de oxigênio que causa lesão celular 
por reduzir a respiração oxidativa aeróbica.
• Agentes Químicos -Substâncias como glicose ou sal em concentrações hipertônicas, além 
de poluentes no ambiente, inseticidas e herbicidas, drogas terapêuticas, entre outras.
• Agentes Infecciosos- Variam desde os vírus submicroscópicos às tênias grandes.
• Reações Imunológicas- As reações lesivas aos próprios antígenos endógenos são 
responsáveis por várias doenças autoimunes.
• Fatores Genéticos– Os defeitos genéticos causam lesão celular por causa da deficiência de 
proteínas funcionais.
Causas da Lesão Celular
• Desequilíbrios Nutricionais– Deficiências proteico-calóricas geram um número 
espantoso de mortes, principalmente entre as populações desfavorecidas. 
• Agentes Físicos– Incluem traumatismos mecânicos, extremos de temperatura 
(queimaduras e frio profundo), alterações bruscas da pressão atmosféricas, 
radiação e choque elétrico.
Morfologia da Lesão Celular Tecidual
Lesão Reversível
• As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são 
a tumefação celulare a degeneração gordurosa.
A tumefação celular é resultado dafalência das bombas de íons dependentes de 
energia na membrana plasmática, levando a uma incapacidade de manter a 
homeostasia iônica e líquida.
A degeneração gordurosa é manifestada pela presença de vacúolos lipídicos no 
citoplasma. Ela é encontrada principalmente em células que participam do 
metabolismo da gordura.
Morfologia da Lesão Celular Tecidual
Lesão Irreversível
• Necrose
É o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e 
extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, 
resultante da ação degradativa de enzimas nas células lesadas letalmente.
Os conteúdos celulares que escapam sempre iniciam uma reação local no 
hospedeiro, conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as células 
mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. 
Morfologia da Lesão Celular Tecidual
A necrose é caracterizada por alterações no citoplasma e no núcleo das células 
lesadas:
Alterações citoplasmáticas: 
• Aumento da eosinofilia (isto é, coloração rósea do corante eosina).
• Na microscopia eletrônica, as células caracterizam-se pela descontinuidade 
das membranas das organelas e das membranas plasmáticas, dilatação das 
mitocôndrias, rompimentos dos lisossomos e figuras de mielina 
intracitoplasmática.
Aumento da eosinofilia (coloração 
rósea do corante eosina no 
citoplasma).
Morfologia da Lesão Celular Tecidual
A necrose é caracterizada por alterações no citoplasma e no núcleo das células 
lesadas:
Alterações nucleares:
• Picnose (retração nuclear e aumento da basofilia)
• Cariólise (dissolução da cromatina a atividade da desoxirribonuclease –
Dnase).
• Cariorrexe (núcleo picnótico sofre fragmentação) 
Picnose Cariorrexe Cariólise
Picnose nuclear
Cariorrexe
Cariólise
Lesão Irreversível
• Apoptose
É uma via de morte celular, induzida por um programa de suicídio estritamente 
regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam 
seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas.
A membrana plasmática da célula apoptótica permanece intacta, mas é alterada 
de tal maneira que a célula e seus fragmentos tornam-se alvos atraentes para os 
fagócitos. Rapidamente, as células mortas e seus fragmentos são removidos 
antes que seus conteúdos extravasem e, por isso, não induz uma reação 
inflamatória.
Morfologia da Lesão Celular Tecidual
Causas da ApoptoseMorfologia da Lesão Celular Tecidual
Os núcleos das células apoptóticas exibem vários estágios de condensação e 
agregação da cromatina e, finalmente, cariorrexe.
Rapidamente as células retraem, formando brotos citoplasmáticos, e se 
fragmentam em corpos apoptóticos compostos por vesículas envoltas por 
membrana contendo citosol e organelas. 
Em razão de tais fragmentos serem rapidamente expulsos e fagocitados, sem 
induzir resposta inflamatória, histologicamente, pode ser indetectável.
Necrose - Apoptose
Acúmulos Intracelulares
Em algumas circunstâncias, as células podem acumular quantidades anormais de 
várias substâncias que podem ser inofensivas ou associadas com vários graus de 
lesão.
A substância pode estar localizada no citoplasma, no interior de organelas, ou no 
núcleo, e pode ser sintetizada pelas células afetadas ou produzidas em qualquer 
outro lugar.
Envelhecimento Celular
O envelhecimento é resultado do declínio progressivo da função e viabilidade 
celulares causado por anomalias genéticas e acúmulo de danos moleculares e 
celulares devido aos efeitos da exposição a influências exógenas.
As alterações conhecidas que contribuem para o envelhecimento incluem as 
seguintes: 
• Diminuição da replicação celular - Todas as células normais possuem 
capacidade limitada de replicação e, após um número fixo de divisões, 
estacionam em um estado terminal de não divisão, conhecido como senescência 
replicativa. 
Envelhecimento Celular
• Lesão do DNA - Uma série de lesões metabólicas que se acumulam com o 
tempo resulta em lesão do DNA nuclear e mitocondrial. Embora a maioria das 
lesões de DNA seja reparada pelas enzimas de reparo, algumas persistem e se 
acumulam quando as células envelhecem. 
• Deficiência da homeostasia proteica- Com o tempo, as células tornam-se 
incapazes de manter uma homeostasia proteica normal 
Envelhecimento Celular
FIM

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